Como se combate o populismo? "Com eleições", responde Fukuyama

[marafado]

Dezembro foi o melhor mês do ano
Fundos nacionais «ganham» mais de mil milhões de euros em 2004
Os fundos de investimento (FIM) nacionais registaram subscrições líquidas positivas de 874 milhões de euros no mês de Dezembro, no melhor mês de 2004, que permitiu elevar o saldo do ano 2004 para um total de 1,056 mil milhões de euros. Apesar de liderarem as rentabilidades, os fundos de acções sofreram mais resgates que novas subscrições.

--------------------------------------------------------------------------------

Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


Os fundos de investimento (FIM) nacionais registaram subscrições líquidas positivas de 874 milhões de euros no mês de Dezembro, no melhor mês de 2004, que permitiu elevar o saldo do ano 2004 para um total de 1,056 mil milhões de euros. Apesar de liderarem as rentabilidades, os fundos de acções sofreram mais resgates que novas subscrições.

Segundo os dados hoje divulgados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), os FIM registaram subscrições de 15,94 mil milhões de euros, contra resgates de 14,88 mil milhões de euros, originando um total de 1,056 mil milhões de euros de subscrições líquidas.

No total, os 224 FIM nacionais geriam um total de 24,415 mil milhões de euros, o que corresponde a 18,4% do Produto Interno Bruto português.

Os 874 milhões de euros angariados pelos fundos em Dezembro correspondem ao montante mensal mais elevado de 2004 (o anterior era 276 milhões de euros em Setembro) e surge depois das perdas registadas em Novembro (162 milhões de euros) e Outubro (315 milhões de euros). O último mês do ano é o mais utilizado pelos investidores para aplicarem as suas poupanças, sobretudo por motivos fiscais.

Entre as quatro categorias de fundos apenas as de fundos de acções observaram um desempenho negativo em Dezembro (-9 milhões de euros) e 2004 (-95 milhões de euros). Os fundos de tesouraria verificam um saldo negativo mais elevado em 2004 (-511 milhões de euros) mas em Dezembro registaram subscrições líquidas positivas de 94 milhões de euros.

Com comportamento positivo estiveram os fundos de obrigações, que em 2004 registaram subscrições líquidas de 691 milhões de euros, bem como os outros fundos, com 972 milhões de euros.

Fundos Especiais de Investimento com subscrições líquidas de 391 milhões em Dezembro

Os fundos especiais de investimento (FEI), um produto recente na indústria de FIM em Portugal, lideraram as subscrições líquidas em Dezembro, justificando em grande parte (quase 50%) o salto registado no mês passado no conjunto dos fundos.

Este tipo de fundos, incluído na categoria de outros fundos, permite acesso a produtos financeiros sofisticados, como Hedge Funds ou Fundos de Commodities, mas também a produtos mais tradicionais, como os fundos imobiliários, fundos de tesouraria, fundos de obrigações ou fundos de acções.

No final de Dezembro os FEI apostavam sobretudo em unidades de participação (UP) de fundos de investimento nacionais (46,8%) e UP de fundos de investimento internacionais (28,9%).

Na totalidade do ano os FEI verificaram subscrições líquidas positivas de 563 milhões de euros, um valor só inferior às subscrições líquidas dos fundos de obrigações taxa indexada euro, que totalizaram 675 milhões de euros.

A baixa inflação na Zona Euro terá motivado os investidores mais avessos ao risco a direccionarem as suas aplicações para as obrigações europeias, que oferecem maiores rendibilidades quanto mais baixa estiver a inflação.

No pólo contrário estiveram os fundos de tesouraria euro, que «perderam» investimentos de 508 milhões de euros em 2004.

Os fundos de acções nacionais, a classe de fundos mais rentável em 2004, registaram subscrições líquidas positivas de 50 milhões de euros no ano passado, e um saldo negativo de um milhão de euros em Dezembro. No final do ano, as carteiras destes fundos, avaliadas em 350 milhões de euros, estavam 88,4% aplicadas em acções e 8,3% em liquidez.