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Revisão da "estratégia de Lisboa" apresentada a 2 de Fevereiro
Bruxelas Lança Mega-programa de Modernização da Economia EM DESTAQUE
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
Se antes o objectivo era fazer da União Europeia a economia mais competitiva e dinâmica do mundo até 2010, a meta agora é manter os níveis europeus de prosperidade, estabilidade e segurança. Melhorar os regulamentos comunitários, tornando-os amigos da competitividade, e reorientar os recursos orçamentais, deslocando-os da ajuda aos países mais desfavorecidos para a inovação e investigação científica, é a receita de Guenter Verheugen, vice-presidente da Comissão Europeia. Esforços devem ser concentrados nas pequenas e médias empresas, que empregam mais de dois terços da mão-de-obra, e nos sectores com maior potencial de crescimento, como a saúde, turismo e educação
Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas
A Comissão Europeia vai brevemente lançar um ambicioso programa de modernização da economia comunitária virado para o crescimento e o emprego, que assumirá como instrumento central o reforço da competitividade. Este programa será o resultado da revisão da "estratégia de Lisboa" que a Comissão de Durão Barroso conta apresentar aos Estados-membros da União Europeia (UE) a 2 de Fevereiro, e cujas grandes linhas foram explicadas em entrevista ao PUBLICO por Guenter Verheugen, vice-presidente da Comissão Europeia com o pelouro das Empresas e da Indústria.
Depois de ter, durante cinco anos, assumido a responsabilidade pelo alargamento da UE na Comissão de Romano Prodi (ver texto em baixo), Verheugen terá agora a missão de pilotar a revisão e relançamento da estratégia de Lisboa, concebida em 2000 para tornar a economia comunitária na mais competitiva do Mundo em 2010.
Cinco anos depois, o comissário alemão não tem outro remédio senão reconhecer que os resultados estão muito aquém dos objectivos iniciais, e mesmo que a UE perdeu terreno no campo da competitividade face aos Estados Unidos.
Parte do problema, explicou, resultou da sobrecarga de objectivos, metas e indicadores em termos de criação de emprego, investimento em investigação científica ou formação ao longo da vida expressos na estratégia de Lisboa, a par da falta de uma divisão clara das responsabilidades entre as instituições comunitárias e os estados membros.
Crescer para criar emprego
A Comissão pretende agora simplificar, aligeirar e reorientar todo este processo para o objectivo central do crescimento e emprego, essencialmente em torno de dois grandes eixos. O primeiro, explica Verheugen, prende-se com uma melhor regulamentação e simplificação das barreiras administrativas das empresas, o que pressupõe, por exemplo, uma avaliação sistemática dos efeitos da legislação comunitária sobre a economia. "Todas as propostas e iniciativas da Comissão serão submetidas a testes de competitividade", explicou.
O segundo eixo passa por uma reorientação dos recursos orçamentais, incluindo os fundos estruturais de ajuda aos países mais desfavorecidos, para a inovação e investigação científica. "Podemos fazer muito mais do que no passado para ajudar a economia europeia a adaptar-se a novas técnicas, novas tecnologias, novos produtos e novos modos de produção", afirmou. O problema não está na capacidade de investigação dos europeus, "que permanec excelente", mas na transformação do conhecimento em inovação".
Verheugen preconiza assim a criação de um "grande programa de inovação e competitividade, dirigido em especial para as pequenas e médias empresas, que representam mais de 99 por cento das nossas empresas e dois terços da mão de obra na Europa". E defende que os esforços europeus em investigação devem ser concentrados nas áreas com maior potencial de crescimento, exemplificando com os sectores da saúde, turismo e educação.
Do mesmo modo, "concentrar as despesas europeias no crescimento e emprego significa igualmente um aumento da eficácia dos fundos estruturais e de coesão em termos de crescimento e emprego", considera. "Não estou a defender o fim do princípio da solidariedade europeia, porque precisamos de ajudar as regiões menos desenvolvidas a recuperar o seu atraso, mas podemos fazê-lo de uma forma que tenha um impacto directo e quantificável sobre o crescimento e emprego. E isso nem sempre é o caso", sublinhou.
Um "Senhor ou uma Senhora Lisboa" para cada país
O comissário alemão desdramatiza o facto de os atrasos registados na estratégia de Lisboa tornarem obsoletas as metas definidas para 2010. "Não é importante saber se apanhamos os Estados Unidos em 2010 ou um pouco mais tarde. Aliás, continuou, "não é sequer importante saber se conseguimos fazer melhor que os americanos, mas se somos suficientemente bons para manter os níveis europeus de prosperidade, estabilidade e segurança". E considera que "o que é crucial fazer até 2010 é inverter a tendência".
A sua convicção é que está hoje finalmente criado um "sentido de urgência" nos governos nacionais sobre a necessidade de fazer algo. "Todos percebem que algo tem de ser feito, foi um choque para a opinião pública perceber que não só não conseguimos cumprir os objectivos mas que, na realidade, perdemos terreno face aos Estados Unidos".
Verheugen não exclui a possibilidade de a Comissão vir a defender a elaboração de planos nacionais para a aplicação da estratégia de Lisboa com objectivos e metas adaptados à situação específica de cada país. "Ainda estamos a reflectir. Não está nada ainda decidido. Mas é claro que precisamos de garantir que a estratégia de Lisboa também seja vista como um projecto nacional", considera.
Em contrapartida, afirmou-se "muito favorável" a que cada governo nomeie internamente um "operador" - um "senhor ou senhora Lisboa" - para coordenar estas acções ao nível europeu. Estas personalidades permitiriam dar ao conselho de ministros europeu da competitividade, (encarregue das decisões nas áreas económicas como transportes, energia ou telecomunicações) a influência política que lhe falta actualmente pelo facto de contar muitas vezes com cinco ministros por país. Os "senhores ou senhoras Lisboa", que, segundo Verheugen, deveriam ser os ministros chave das áreas económicas, permitiriam torná-lo num peso pesado nas instituições europeias para as questões microeconómicas, como o ECOFIN [o conselho de ministros de economia e finanças] é para as questões macroeconómicas"
Bruxelas Lança Mega-programa de Modernização da Economia EM DESTAQUE
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
Se antes o objectivo era fazer da União Europeia a economia mais competitiva e dinâmica do mundo até 2010, a meta agora é manter os níveis europeus de prosperidade, estabilidade e segurança. Melhorar os regulamentos comunitários, tornando-os amigos da competitividade, e reorientar os recursos orçamentais, deslocando-os da ajuda aos países mais desfavorecidos para a inovação e investigação científica, é a receita de Guenter Verheugen, vice-presidente da Comissão Europeia. Esforços devem ser concentrados nas pequenas e médias empresas, que empregam mais de dois terços da mão-de-obra, e nos sectores com maior potencial de crescimento, como a saúde, turismo e educação
Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas
A Comissão Europeia vai brevemente lançar um ambicioso programa de modernização da economia comunitária virado para o crescimento e o emprego, que assumirá como instrumento central o reforço da competitividade. Este programa será o resultado da revisão da "estratégia de Lisboa" que a Comissão de Durão Barroso conta apresentar aos Estados-membros da União Europeia (UE) a 2 de Fevereiro, e cujas grandes linhas foram explicadas em entrevista ao PUBLICO por Guenter Verheugen, vice-presidente da Comissão Europeia com o pelouro das Empresas e da Indústria.
Depois de ter, durante cinco anos, assumido a responsabilidade pelo alargamento da UE na Comissão de Romano Prodi (ver texto em baixo), Verheugen terá agora a missão de pilotar a revisão e relançamento da estratégia de Lisboa, concebida em 2000 para tornar a economia comunitária na mais competitiva do Mundo em 2010.
Cinco anos depois, o comissário alemão não tem outro remédio senão reconhecer que os resultados estão muito aquém dos objectivos iniciais, e mesmo que a UE perdeu terreno no campo da competitividade face aos Estados Unidos.
Parte do problema, explicou, resultou da sobrecarga de objectivos, metas e indicadores em termos de criação de emprego, investimento em investigação científica ou formação ao longo da vida expressos na estratégia de Lisboa, a par da falta de uma divisão clara das responsabilidades entre as instituições comunitárias e os estados membros.
Crescer para criar emprego
A Comissão pretende agora simplificar, aligeirar e reorientar todo este processo para o objectivo central do crescimento e emprego, essencialmente em torno de dois grandes eixos. O primeiro, explica Verheugen, prende-se com uma melhor regulamentação e simplificação das barreiras administrativas das empresas, o que pressupõe, por exemplo, uma avaliação sistemática dos efeitos da legislação comunitária sobre a economia. "Todas as propostas e iniciativas da Comissão serão submetidas a testes de competitividade", explicou.
O segundo eixo passa por uma reorientação dos recursos orçamentais, incluindo os fundos estruturais de ajuda aos países mais desfavorecidos, para a inovação e investigação científica. "Podemos fazer muito mais do que no passado para ajudar a economia europeia a adaptar-se a novas técnicas, novas tecnologias, novos produtos e novos modos de produção", afirmou. O problema não está na capacidade de investigação dos europeus, "que permanec excelente", mas na transformação do conhecimento em inovação".
Verheugen preconiza assim a criação de um "grande programa de inovação e competitividade, dirigido em especial para as pequenas e médias empresas, que representam mais de 99 por cento das nossas empresas e dois terços da mão de obra na Europa". E defende que os esforços europeus em investigação devem ser concentrados nas áreas com maior potencial de crescimento, exemplificando com os sectores da saúde, turismo e educação.
Do mesmo modo, "concentrar as despesas europeias no crescimento e emprego significa igualmente um aumento da eficácia dos fundos estruturais e de coesão em termos de crescimento e emprego", considera. "Não estou a defender o fim do princípio da solidariedade europeia, porque precisamos de ajudar as regiões menos desenvolvidas a recuperar o seu atraso, mas podemos fazê-lo de uma forma que tenha um impacto directo e quantificável sobre o crescimento e emprego. E isso nem sempre é o caso", sublinhou.
Um "Senhor ou uma Senhora Lisboa" para cada país
O comissário alemão desdramatiza o facto de os atrasos registados na estratégia de Lisboa tornarem obsoletas as metas definidas para 2010. "Não é importante saber se apanhamos os Estados Unidos em 2010 ou um pouco mais tarde. Aliás, continuou, "não é sequer importante saber se conseguimos fazer melhor que os americanos, mas se somos suficientemente bons para manter os níveis europeus de prosperidade, estabilidade e segurança". E considera que "o que é crucial fazer até 2010 é inverter a tendência".
A sua convicção é que está hoje finalmente criado um "sentido de urgência" nos governos nacionais sobre a necessidade de fazer algo. "Todos percebem que algo tem de ser feito, foi um choque para a opinião pública perceber que não só não conseguimos cumprir os objectivos mas que, na realidade, perdemos terreno face aos Estados Unidos".
Verheugen não exclui a possibilidade de a Comissão vir a defender a elaboração de planos nacionais para a aplicação da estratégia de Lisboa com objectivos e metas adaptados à situação específica de cada país. "Ainda estamos a reflectir. Não está nada ainda decidido. Mas é claro que precisamos de garantir que a estratégia de Lisboa também seja vista como um projecto nacional", considera.
Em contrapartida, afirmou-se "muito favorável" a que cada governo nomeie internamente um "operador" - um "senhor ou senhora Lisboa" - para coordenar estas acções ao nível europeu. Estas personalidades permitiriam dar ao conselho de ministros europeu da competitividade, (encarregue das decisões nas áreas económicas como transportes, energia ou telecomunicações) a influência política que lhe falta actualmente pelo facto de contar muitas vezes com cinco ministros por país. Os "senhores ou senhoras Lisboa", que, segundo Verheugen, deveriam ser os ministros chave das áreas económicas, permitiriam torná-lo num peso pesado nas instituições europeias para as questões microeconómicas, como o ECOFIN [o conselho de ministros de economia e finanças] é para as questões macroeconómicas"
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Estudo da Capgemini "Cars Online 2004/05"
Internet É Mais Eficaz Que a TV na Escolha do Automóvel
Por MARIA LOPES
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
A informação veiculada na Internet é mais influente do que a publicidade transmitida na televisão, rádio e "outdoors" para a escolha de um novo automóvel. De acordo com a edição deste ano do estudo "Cars Online 2004/05" da Capgemini, as principais fontes de informação para a escolha de um automóvel são a família e os amigos, seguidos pelos vendedores especializados e logo a seguir pela Internet; só mais abaixo na lista aparece a publicidade.
Internet É Mais Eficaz Que a TV na Escolha do Automóvel
Por MARIA LOPES
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
A informação veiculada na Internet é mais influente do que a publicidade transmitida na televisão, rádio e "outdoors" para a escolha de um novo automóvel. De acordo com a edição deste ano do estudo "Cars Online 2004/05" da Capgemini, as principais fontes de informação para a escolha de um automóvel são a família e os amigos, seguidos pelos vendedores especializados e logo a seguir pela Internet; só mais abaixo na lista aparece a publicidade.
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Desenvolvimento e Ética
Por JOSÉ PINTO DUARTE
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
Na revista "Newsweek", em Abril de 2004, um artigo -"Why cheaters don't win"- recordava que fazer batota pode não compensar. Dizia o artigo que John Nash ganhou um Nobel ao provar matematicamente que os batoteiros continuarão a sê-lo enquanto virem vantagens, mas que dois investigadores de Harvard mostraram recentemente que os batoteiros apenas beneficiam da sua acção em grupos de grandes dimensões, onde podem permanecer anónimos. Num pequeno grupo, se um indivíduo detectar outro a fazer batota, na próxima também fará batota, porém a cooperação prevalece. A razão é simples: os indivíduos acabam por interagir apenas com outros em quem possam confiar, o que leva a que todos evitem fazer batota para não serem marginalizados.
Num país com a dimensão de Portugal, que situação prevalecerá? Num primeiro momento, fazer batota é benéfico para os prevaricadores, embora prejudique o país. Num segundo momento, prejudica todos, incluindo os próprios batoteiros.
Uma empresa faz batota, por exemplo não pagando impostos. Se pagar, o Estado tem mais dinheiro para investir na melhoria das infra-estruturas que beneficiam todos. Mas, se não pagar e outras o fizerem, beneficia das infra-estruturas criadas e ainda pode investir directamente em si mesma. A falta de ética beneficia os batoteiros, mas faz com que o Estado tenha menos dinheiro para investir no bem comum.
Uma empresa que pague os impostos está em desvantagem, pois possui maiores encargos financeiros. As empresas que não pagam impostos podem vender os seus produtos a custos inferiores, o que lhes dá uma importante vantagem competitiva. A ausência de ética beneficia os batoteiros, mas distorce as regras de mercado.
Enquanto as empresas obtiverem lucros fugindo aos impostos, têm menos incentivo para investir na inovação e gerar produtos com maior valor acrescentado. O que lhes limita a competitividade, sobretudo no mercado global. É impossível competir com empresas de países onde a ética estimula a produção bens inovadores mais apetecíveis. Mas é também impossível competir com empresas de países com salários baixos que produzem bens a custos muito inferiores.
As desvantagens da ausência de ética não ficam por aqui.
Leva à desconfiança e impede a colaboração entre indivíduos. Se os clientes não pagam regularmente, os riscos de efectuar uma transacção crescem desmesuradamente, levando a que os agentes económicos diminuam a sua actividade. Constitui também um factor desmotivador de investimento exterior. Provoca conflito, absorvendo energias e recursos financeiros, diminuindo consequentemente a produtividade. Se implicar desrespeito pela lei, conduz a um aumento de acções judiciais, acabando por absorver também recursos sociais. Há milhares de casos que atingem tribunal, o que não ocorreria se houvesse mais ética.
Turva as regras sociais, não permitindo perceber com clareza os princípios orientadores do comportamento. Por exemplo, é proibido estacionar em segunda fila, mas se um indivíduo o fizer e não for sancionado, a regra efectiva não é a lei. Um indivíduo respeitador, ao verificar que estacionando bem se atrasa enquanto que os outros chegam a horas, é estimulado a subverter a lei. Ao estacionar mal dificulta, porém, a circulação. O desrespeito tem vantagens individuais imediatas, mas acaba por prejudicar todos.
Finalmente, desmotiva o trabalho. Se as organizações não forem regidas por princípios de ética, rapidamente se produz mau ambiente. O trabalho deixa de ser fonte de prazer e os indivíduos sentem-se desmotivados, produzem pouco e anseiam pelo fim do dia.
Como aumentar, então, os princípios de ética numa sociedade democrática? A solução é desenvolver um código de ética, de tal forma forte que o indivíduo sinta pressão social para cumprir as regras. Existem várias medidas possíveis.
Uma é clarificar as regras. Tarefa de sociólogos, filósofos, psicólogos e juristas, mas também de todos. As regras devem ser sensatas. Mais vale admitir que o limite de velocidade na auto-estrada é 140 km/h e todos cumprirem, do que manter 120 km/h e poucos respeitarem.
Depois, é necessário apostar na formação dos cidadãos. A escola não deve servir só para transmitir conhecimentos humanísticos e científicos, mas também para incutir valores éticos e sociais elementares.
Outra medida é valorizar publicamente casos exemplares de respeito pelo código e denunciar firmemente casos de flagrante violação. Aqui os media, mas também todos temos um papel importante. Queixarmo-nos com frontalidade a quem não cumpre as regras é salutar.
Outra ainda é aumentar o policiamento e a fiscalização. Esta medida desequilibra a balança dos benefícios individuais imediatos. Se estacionar mal significar com grande probabilidade ser multado, as desvantagens sobrepõem-se às vantagens.
Complementar desta medida é tornar os tribunais mais fluidos. Se o tempo decorrido entre o acto de desrespeito pela lei e o respectivo castigo for curto, não há lugar à percepção de impunidade do acto e o factor dissuasor do castigo é mais eficaz.
O risco é transformar o país num Estado autoritário. Pode parecer uma contradição a existência de uma autoridade firme num Estado democrático, mas é a falta de autoridade que poderá pôr em perigo a democracia. Existe em alguns sectores da sociedade portuguesa desconfiança crónica relativamente aos agentes de autoridade, que se poderá explicar por estes terem sido o rosto repressivo da ditadura. Mas trinta anos passados sobre o 25 de Abril é altura de compreendermos que a autoridade é indispensável para que a democracia funcione bem.
Combinando todas estas medidas será possível aumentar os princípios de ética, estimulando a produtividade e o desenvolvimento. Com coragem e empenho.
*Professor universitário, doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology, EUA, e membro do Missão Possível, grupo cívico de informação e opinião
jduarte@civil.ist.utl.pt
Por JOSÉ PINTO DUARTE
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
Na revista "Newsweek", em Abril de 2004, um artigo -"Why cheaters don't win"- recordava que fazer batota pode não compensar. Dizia o artigo que John Nash ganhou um Nobel ao provar matematicamente que os batoteiros continuarão a sê-lo enquanto virem vantagens, mas que dois investigadores de Harvard mostraram recentemente que os batoteiros apenas beneficiam da sua acção em grupos de grandes dimensões, onde podem permanecer anónimos. Num pequeno grupo, se um indivíduo detectar outro a fazer batota, na próxima também fará batota, porém a cooperação prevalece. A razão é simples: os indivíduos acabam por interagir apenas com outros em quem possam confiar, o que leva a que todos evitem fazer batota para não serem marginalizados.
Num país com a dimensão de Portugal, que situação prevalecerá? Num primeiro momento, fazer batota é benéfico para os prevaricadores, embora prejudique o país. Num segundo momento, prejudica todos, incluindo os próprios batoteiros.
Uma empresa faz batota, por exemplo não pagando impostos. Se pagar, o Estado tem mais dinheiro para investir na melhoria das infra-estruturas que beneficiam todos. Mas, se não pagar e outras o fizerem, beneficia das infra-estruturas criadas e ainda pode investir directamente em si mesma. A falta de ética beneficia os batoteiros, mas faz com que o Estado tenha menos dinheiro para investir no bem comum.
Uma empresa que pague os impostos está em desvantagem, pois possui maiores encargos financeiros. As empresas que não pagam impostos podem vender os seus produtos a custos inferiores, o que lhes dá uma importante vantagem competitiva. A ausência de ética beneficia os batoteiros, mas distorce as regras de mercado.
Enquanto as empresas obtiverem lucros fugindo aos impostos, têm menos incentivo para investir na inovação e gerar produtos com maior valor acrescentado. O que lhes limita a competitividade, sobretudo no mercado global. É impossível competir com empresas de países onde a ética estimula a produção bens inovadores mais apetecíveis. Mas é também impossível competir com empresas de países com salários baixos que produzem bens a custos muito inferiores.
As desvantagens da ausência de ética não ficam por aqui.
Leva à desconfiança e impede a colaboração entre indivíduos. Se os clientes não pagam regularmente, os riscos de efectuar uma transacção crescem desmesuradamente, levando a que os agentes económicos diminuam a sua actividade. Constitui também um factor desmotivador de investimento exterior. Provoca conflito, absorvendo energias e recursos financeiros, diminuindo consequentemente a produtividade. Se implicar desrespeito pela lei, conduz a um aumento de acções judiciais, acabando por absorver também recursos sociais. Há milhares de casos que atingem tribunal, o que não ocorreria se houvesse mais ética.
Turva as regras sociais, não permitindo perceber com clareza os princípios orientadores do comportamento. Por exemplo, é proibido estacionar em segunda fila, mas se um indivíduo o fizer e não for sancionado, a regra efectiva não é a lei. Um indivíduo respeitador, ao verificar que estacionando bem se atrasa enquanto que os outros chegam a horas, é estimulado a subverter a lei. Ao estacionar mal dificulta, porém, a circulação. O desrespeito tem vantagens individuais imediatas, mas acaba por prejudicar todos.
Finalmente, desmotiva o trabalho. Se as organizações não forem regidas por princípios de ética, rapidamente se produz mau ambiente. O trabalho deixa de ser fonte de prazer e os indivíduos sentem-se desmotivados, produzem pouco e anseiam pelo fim do dia.
Como aumentar, então, os princípios de ética numa sociedade democrática? A solução é desenvolver um código de ética, de tal forma forte que o indivíduo sinta pressão social para cumprir as regras. Existem várias medidas possíveis.
Uma é clarificar as regras. Tarefa de sociólogos, filósofos, psicólogos e juristas, mas também de todos. As regras devem ser sensatas. Mais vale admitir que o limite de velocidade na auto-estrada é 140 km/h e todos cumprirem, do que manter 120 km/h e poucos respeitarem.
Depois, é necessário apostar na formação dos cidadãos. A escola não deve servir só para transmitir conhecimentos humanísticos e científicos, mas também para incutir valores éticos e sociais elementares.
Outra medida é valorizar publicamente casos exemplares de respeito pelo código e denunciar firmemente casos de flagrante violação. Aqui os media, mas também todos temos um papel importante. Queixarmo-nos com frontalidade a quem não cumpre as regras é salutar.
Outra ainda é aumentar o policiamento e a fiscalização. Esta medida desequilibra a balança dos benefícios individuais imediatos. Se estacionar mal significar com grande probabilidade ser multado, as desvantagens sobrepõem-se às vantagens.
Complementar desta medida é tornar os tribunais mais fluidos. Se o tempo decorrido entre o acto de desrespeito pela lei e o respectivo castigo for curto, não há lugar à percepção de impunidade do acto e o factor dissuasor do castigo é mais eficaz.
O risco é transformar o país num Estado autoritário. Pode parecer uma contradição a existência de uma autoridade firme num Estado democrático, mas é a falta de autoridade que poderá pôr em perigo a democracia. Existe em alguns sectores da sociedade portuguesa desconfiança crónica relativamente aos agentes de autoridade, que se poderá explicar por estes terem sido o rosto repressivo da ditadura. Mas trinta anos passados sobre o 25 de Abril é altura de compreendermos que a autoridade é indispensável para que a democracia funcione bem.
Combinando todas estas medidas será possível aumentar os princípios de ética, estimulando a produtividade e o desenvolvimento. Com coragem e empenho.
*Professor universitário, doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology, EUA, e membro do Missão Possível, grupo cívico de informação e opinião
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- Registado: 5/10/2004 16:59
Travagem
Por *DIRECTOR ESPÍRITO SANTO INVESTMENT
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
Ano novo, vida nova. Depois de os últimos dois meses de 2004 terem entusiasmado os mais cépticos, 2005 arrancou de forma bem menos animadora. Com os índices americanos em território claramente negativo, e os europeus em grande esforço para se manterem na linha de água, é caso para perguntar onde pára o entusiasmo que dominou o final do ano passado. Na verdade, a travar os mercados estão os mesmíssimos factores aparentemente esquecidos no final do ano: petróleo em alta, pressões inflacionistas no horizonte, receios de uma Fed agressiva na subida de taxas a curto prazo. A única coisa que mudou foi mesmo o ano no calendário, mas com a folha de 2004 parece ter também caído o interesse em maximizar performances circunstanciais, e assim temos mercados em busca de níveis fundamentalmente mais sustentáveis. Na semana que entra merecem destaque os dados macroeconómicos relativos à confiança dos agentes económicos, mas acima de tudo os dados relativos à inflação nos preços no consumidor. Para além disso, e não menos importante, o início da apresentação de resultados por parte das empresas americanas pode vir a marcar as próximas semanas. Estaremos especialmente atentos às perspectivas que cada empresa, em cada sector, for apresentando para o ano de 2005, na medida em que é daí que poderão resultar revisões de estimativas com impacto directo no valor das cotações. Ano novo, novos e velhos desafios se perfilam. Como sempre, na aplicação de bom senso auxiliado por sólida e fiável informação estará o segredo do sucesso para quem embarca na aliciante aventura do investimento em acções.
*Director Espírito Santo Investment
Por *DIRECTOR ESPÍRITO SANTO INVESTMENT
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
Ano novo, vida nova. Depois de os últimos dois meses de 2004 terem entusiasmado os mais cépticos, 2005 arrancou de forma bem menos animadora. Com os índices americanos em território claramente negativo, e os europeus em grande esforço para se manterem na linha de água, é caso para perguntar onde pára o entusiasmo que dominou o final do ano passado. Na verdade, a travar os mercados estão os mesmíssimos factores aparentemente esquecidos no final do ano: petróleo em alta, pressões inflacionistas no horizonte, receios de uma Fed agressiva na subida de taxas a curto prazo. A única coisa que mudou foi mesmo o ano no calendário, mas com a folha de 2004 parece ter também caído o interesse em maximizar performances circunstanciais, e assim temos mercados em busca de níveis fundamentalmente mais sustentáveis. Na semana que entra merecem destaque os dados macroeconómicos relativos à confiança dos agentes económicos, mas acima de tudo os dados relativos à inflação nos preços no consumidor. Para além disso, e não menos importante, o início da apresentação de resultados por parte das empresas americanas pode vir a marcar as próximas semanas. Estaremos especialmente atentos às perspectivas que cada empresa, em cada sector, for apresentando para o ano de 2005, na medida em que é daí que poderão resultar revisões de estimativas com impacto directo no valor das cotações. Ano novo, novos e velhos desafios se perfilam. Como sempre, na aplicação de bom senso auxiliado por sólida e fiável informação estará o segredo do sucesso para quem embarca na aliciante aventura do investimento em acções.
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Ainda É Cedo para Uma Subida de Taxas na Europa
Por PEDRO MATOS BRANCO
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
O Banco Central Europeu (BCE) manteve, na reunião do comité de política monetária da passada quinta-feira, a taxa 'refi' em dois por cento. A decisão não surpreendeu os mercados, permanecendo a taxa inalterada desde Junho de 2003 e no patamar mais baixo das últimas seis décadas. Se alguma surpresa se manifestou foi no enquadramento macroeconómico que justificou a manutenção da taxa de referência naquele nível.
As expectativas criadas indicavam que as autoridades monetárias, embora sem alterar as taxas directoras, apresentassem um discurso que prenunciasse maiores riscos face ao comportamento dos preços e sinais para um andamento ligeiramente mais animado da actividade, indiciando uma predisposição para subida de taxas num futuro próximo. Esta percepção vinha já de declarações e documentos anteriores, como no último relatório mensal do BCE. Neste documento, referia-se que as perspectivas de curto prazo para a inflação continuavam a ser preocupantes e que a evolução dos preços do petróleo registava um impacto considerável nos preços do consumidores na área euro. Salvaguardava, no entanto, que não existia uma acumulação de pressões inflacionistas a nível interno, o que decorria de um consumo privado e investimento enfraquecidos e de uma moderação no crescimento dos custos salariais. Apesar deste facto, continuava a manter a existência de "riscos ascendentes para a estabilidade de preços a médio prazo, pelo que uma vigilância contínua é fundamental".
As declarações do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, na conferência de imprensa após a reunião de quinta-feira, percepcionam agora uma leitura ligeiramente menos forte (sem, na nossa opinião, se ter alterado a conjuntura), apontando para uma ausência de pressas na subida das taxas de juro. Afirma que, embora persistam pressões inflacionistas no curto prazo, estas se reduziram um pouco e que se mantêm sinais contraditórios quanto ao andamento da economia da Zona, apontando uns para um crescimento mais robusto, outros em sentido contrário.
Para grande parte dos observadores, este posicionamento do BCE revela-se mais adequado e aderente à actual conjuntura que experimenta a Zona Euro. Isto é, não obstante continuarem a existir riscos quanto à evolução dos preços, a generalidade das previsões, inclusive as do BCE, prevê uma descida da inflação no decurso do corrente ano, colocando-a mesmo num valor abaixo do 'target' (dois por cento) das autoridades monetárias, ao mesmo tempo que grande parte das perspectivas para o crescimento do PIB tem vindo a ser revista em baixa e para valores bem aquém do crescimento potencial (dois a 2,5 por cento). Neste sentido, não é de admitir que nos próximos meses se venha assistir a uma subida da taxa 'refi', hipótese esta que só é equacionável durante a segunda metade do ano e seguramente em apenas 25 pontos base.
Na passada quinta-feira, foi igualmente ocasião para a reunião mensal do comité de política monetária do Banco de Inglaterra. Também como era esperado, não se procedeu a qualquer alteração na 'base rate', tendo esta permanecido em 4,75 por cento, pelo quinto mês consecutivo. Após as expectativas de que as autoridades monetárias poderiam subir a sua taxa directora para cinco ou 5,25 por cento, o controlo conseguido ao nível da inflação e os sinais de abrandamento da actividade dissuadiram os mercados dessa provável decisão.
De facto, as preocupações existentes quanto ao andamento dos preços no mercado imobiliário têm vindo claramente a dissipar-se, com as quedas evidentes nas variações homólogas, o andamento do conjunto do índice de preços no consumidor mantém-se bem aquém da meta do banco central, ao mesmo tempo que a evolução no sector industrial e no comércio a retalho se tem vindo a degradar com a perspectiva de desaceleração do crescimento do PIB no corrente ano. Nesta conjuntura, a proceder-se a qualquer alteração na política monetária, será no sentido da descida das taxas de juro e não no seu aumento.
Economista Sénior do Banco Espírito Santo
Por PEDRO MATOS BRANCO
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
O Banco Central Europeu (BCE) manteve, na reunião do comité de política monetária da passada quinta-feira, a taxa 'refi' em dois por cento. A decisão não surpreendeu os mercados, permanecendo a taxa inalterada desde Junho de 2003 e no patamar mais baixo das últimas seis décadas. Se alguma surpresa se manifestou foi no enquadramento macroeconómico que justificou a manutenção da taxa de referência naquele nível.
As expectativas criadas indicavam que as autoridades monetárias, embora sem alterar as taxas directoras, apresentassem um discurso que prenunciasse maiores riscos face ao comportamento dos preços e sinais para um andamento ligeiramente mais animado da actividade, indiciando uma predisposição para subida de taxas num futuro próximo. Esta percepção vinha já de declarações e documentos anteriores, como no último relatório mensal do BCE. Neste documento, referia-se que as perspectivas de curto prazo para a inflação continuavam a ser preocupantes e que a evolução dos preços do petróleo registava um impacto considerável nos preços do consumidores na área euro. Salvaguardava, no entanto, que não existia uma acumulação de pressões inflacionistas a nível interno, o que decorria de um consumo privado e investimento enfraquecidos e de uma moderação no crescimento dos custos salariais. Apesar deste facto, continuava a manter a existência de "riscos ascendentes para a estabilidade de preços a médio prazo, pelo que uma vigilância contínua é fundamental".
As declarações do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, na conferência de imprensa após a reunião de quinta-feira, percepcionam agora uma leitura ligeiramente menos forte (sem, na nossa opinião, se ter alterado a conjuntura), apontando para uma ausência de pressas na subida das taxas de juro. Afirma que, embora persistam pressões inflacionistas no curto prazo, estas se reduziram um pouco e que se mantêm sinais contraditórios quanto ao andamento da economia da Zona, apontando uns para um crescimento mais robusto, outros em sentido contrário.
Para grande parte dos observadores, este posicionamento do BCE revela-se mais adequado e aderente à actual conjuntura que experimenta a Zona Euro. Isto é, não obstante continuarem a existir riscos quanto à evolução dos preços, a generalidade das previsões, inclusive as do BCE, prevê uma descida da inflação no decurso do corrente ano, colocando-a mesmo num valor abaixo do 'target' (dois por cento) das autoridades monetárias, ao mesmo tempo que grande parte das perspectivas para o crescimento do PIB tem vindo a ser revista em baixa e para valores bem aquém do crescimento potencial (dois a 2,5 por cento). Neste sentido, não é de admitir que nos próximos meses se venha assistir a uma subida da taxa 'refi', hipótese esta que só é equacionável durante a segunda metade do ano e seguramente em apenas 25 pontos base.
Na passada quinta-feira, foi igualmente ocasião para a reunião mensal do comité de política monetária do Banco de Inglaterra. Também como era esperado, não se procedeu a qualquer alteração na 'base rate', tendo esta permanecido em 4,75 por cento, pelo quinto mês consecutivo. Após as expectativas de que as autoridades monetárias poderiam subir a sua taxa directora para cinco ou 5,25 por cento, o controlo conseguido ao nível da inflação e os sinais de abrandamento da actividade dissuadiram os mercados dessa provável decisão.
De facto, as preocupações existentes quanto ao andamento dos preços no mercado imobiliário têm vindo claramente a dissipar-se, com as quedas evidentes nas variações homólogas, o andamento do conjunto do índice de preços no consumidor mantém-se bem aquém da meta do banco central, ao mesmo tempo que a evolução no sector industrial e no comércio a retalho se tem vindo a degradar com a perspectiva de desaceleração do crescimento do PIB no corrente ano. Nesta conjuntura, a proceder-se a qualquer alteração na política monetária, será no sentido da descida das taxas de juro e não no seu aumento.
Economista Sénior do Banco Espírito Santo
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Alertas
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
A Portugal Telecom (PT) tem o maior potencial de valorização face ao seu preço-alvo entre as cinco acções analisadas pelo Millennium bcp investimento. Para a operadora de telecomunicações foi reiterado o preço-alvo para final de 2005 nos 11,55 euros, valor acima da cotação actual. Para a outra empresa do grupo, a PT Multimédia, foi reiterado o preço-alvo nos 23,05 euros. O Millennium bcp investimento também manteve o preço-alvo para a Sonaecom nos 4,85 euros, para a EDP nos 2,70 euros e da Jerónimo Martins nos 11,90 euros.
Amorim
A Amorim vai abrir este ano uma unidade de produção para transformação de cortiça na China, revelou o vice-presidente da empresa, um dos empresários que integra a comitiva do Presidente Jorge Sampaio na visita ao gigante asiático. "Ao longo deste ano iniciaremos a 'joint-venture'. O parceiro chinês está praticamente decidido e confiamos entrar em laboração antes do final deste ano", referiu à Lusa José Américo Amorim Coelho. Após alguns anos a promover e vender as tradicionais rolhas e os luxuosos pavimentos de cortiça na China, a Amorim decidiu avançar com uma unidade de transformação de cortiça para abastecer o mercado local e, no futuro, também os países vizinhos.
Sonae Distribuição Brasil
A Sonae Distribuição Brasil, do grupo Sonae, assinou um contrato com o grupo brasileiro Santa Fé para construção de um centro comercial em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina. O compromisso, assinado na semana passada, visa a construção do Shopping Santa Mónica, num investimento total de 31 milhões de euros (110 milhões de reais), com conclusão prevista para 2007. A Sonae Distribuição Brasil vai investir 8,9 milhões de euros (31,5 milhões de reais) no centro comercial, onde terá um hipermercado BIG, uma das cinco marcas que o grupo controla no Brasil.
Millennium
O Millennium bcp lançou dois novos certificados sobre os principais índices das bolsas de Madrid e de Londres. Estes certificados replicam, a qualquer momento, o comportamento do IBEX 35 e do FTSE 100, permitindo assim aos investidores estarem expostos às acções de Madrid e de Londres. "Os certificados agora emitidos destinam-se a clientes que procurem um investimento simples e eficaz, que lhes permita investir num determinado mercado com a máxima diversificação de risco, um potencial de rendibilidade ilimitado (estando dispostos a suportar o risco de perda de capital) e um grau de liquidez bastante elevado com possibilidade de transacção intra-dia", refere o comunicado do banco.
A Portugal Telecom (PT) tem o maior potencial de valorização face ao seu preço-alvo entre as cinco acções analisadas pelo Millennium bcp investimento. Para a operadora de telecomunicações foi reiterado o preço-alvo para final de 2005 nos 11,55 euros, valor acima da cotação actual. Para a outra empresa do grupo, a PT Multimédia, foi reiterado o preço-alvo nos 23,05 euros. O Millennium bcp investimento também manteve o preço-alvo para a Sonaecom nos 4,85 euros, para a EDP nos 2,70 euros e da Jerónimo Martins nos 11,90 euros.
Amorim
A Amorim vai abrir este ano uma unidade de produção para transformação de cortiça na China, revelou o vice-presidente da empresa, um dos empresários que integra a comitiva do Presidente Jorge Sampaio na visita ao gigante asiático. "Ao longo deste ano iniciaremos a 'joint-venture'. O parceiro chinês está praticamente decidido e confiamos entrar em laboração antes do final deste ano", referiu à Lusa José Américo Amorim Coelho. Após alguns anos a promover e vender as tradicionais rolhas e os luxuosos pavimentos de cortiça na China, a Amorim decidiu avançar com uma unidade de transformação de cortiça para abastecer o mercado local e, no futuro, também os países vizinhos.
Sonae Distribuição Brasil
A Sonae Distribuição Brasil, do grupo Sonae, assinou um contrato com o grupo brasileiro Santa Fé para construção de um centro comercial em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina. O compromisso, assinado na semana passada, visa a construção do Shopping Santa Mónica, num investimento total de 31 milhões de euros (110 milhões de reais), com conclusão prevista para 2007. A Sonae Distribuição Brasil vai investir 8,9 milhões de euros (31,5 milhões de reais) no centro comercial, onde terá um hipermercado BIG, uma das cinco marcas que o grupo controla no Brasil.
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