«Small caps» nacionais têm mais risco e menos retorno
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Small Caps
Já o Expresso chamava a atenção para esse facto, referindo como exemplo que a Corticeira Amorim tinha subido sem fundamentais e que tudo se devia ao efeito Janeiro.
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«Small caps» nacionais têm mais risco e menos retorno
«Small caps» nacionais têm mais risco e menos retorno
As pequenas capitalizações («small caps») da bolsa nacional têm-se evidenciado ao longo dos últimos meses, com valorizações excepcionais, seguidas, por vezes, de fortes correcções.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
As pequenas capitalizações («small caps») da bolsa nacional têm-se evidenciado ao longo dos últimos meses, com valorizações excepcionais, seguidas, por vezes, de fortes correcções.
Paradigmático é o caso da Reditus que no ano passado conseguiu uma subida em bolsa superior a 200%, o que despertou o interesse do mercado por outras empresas de idêntico calibre, como a Orey Antunes.
Os analistas alertam, no entanto, para o facto dessas empresas, não raras as vezes, decepcionarem os investidores, pela sua elevada volatilidade.
O Jornal de Negócios procurou perceber se o elevado nível de risco das «small caps» está em consonância com a rendibilidade média auferida pelos investidores.
A conclusão foi que, num curto espaço de tempo (dois a três dias), o investimento pode gerar retornos impressionantes (ou perdas volumosas), mas num horizonte temporal de médio a longo prazo, o retorno não é suficiente para justificar a exposição a tão elevado nível de risco.
Risco chega a ser quatro vezes superior
Analisando os dados relativos a 2005, o nível de risco médio das «small caps» foi o mais elevado, de 63,28%, mas a rendibilidade oferecida foi de apenas de 1,15%.
As «large caps» conseguiram uma rendibilidade média idêntica (de 1,07%), mas com um grau de risco quatro vezes menor (de 14,38%).
As médias capitalizações, com uma volatilidade média de 20,46%, apresentam, desde o início do ano, o retorno mais elevado, elevado, de 2,6%.
Estas conclusões repetem-se se alargarmos a análise a um horizonte temporal de 12 meses, que tende a analisar as tendências.
As «small caps» continuam a ter um risco maior e uma rendibilidade idêntica ou inferior à dos restantes segmentos de mercado.
Estes resultados contrariam a própria teoria económica. Um dos modelos académicos mais usados (o Capital Asset Pricing Model) para estudar a relação entre o risco e a rendibilidade esperada, baseia-se na teoria que os investidores exigem maior rentabilidade para assumirem maiores riscos.
Pedro Santos, do Millennium bcp, disse ao Jornal de Negócios a que a motivação dos investidores que procuram estas acções de elevada volatilidade «é pura especulação. É como ir ao casino», acrescentando que «nem sequer olham para os fundamentais da empresas».
Para este analista, são sobretudo os investidores com um horizonte temporal de dois a três dias, que andam a fazer mexer estes papéis. Pedro Santos não aconselha os aforradores a aplicar poupanças que poderão fazer falta no futuro, em acções com este grau de volatilidade.
O Jornal de Negócios utilizou a distinção adoptada pela Euronext que, a partir deste ano, vai segmentar o mercado em função do tamanho das empresas.
As «large caps» têm um valor superior a mil milhões de euros (12 na bolsa nacional) e as «mid caps» entre 150 milhões e mil milhões (15). As «small caps» são as cotadas com capitalização inferior a 150 milhões, e contam-se 22 no principal mercado nacional.
Para aferir o grau de risco dos vários segmentos, foi usado a média aritmética das volatilidades individuais.
Para o cálculo da rendibilidade, o Jornal de Negócios construiu três índices (de capitalização e sem correcção pelo «free- loat») para os diferentes segmentos de mercado.
CN
As pequenas capitalizações («small caps») da bolsa nacional têm-se evidenciado ao longo dos últimos meses, com valorizações excepcionais, seguidas, por vezes, de fortes correcções.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
As pequenas capitalizações («small caps») da bolsa nacional têm-se evidenciado ao longo dos últimos meses, com valorizações excepcionais, seguidas, por vezes, de fortes correcções.
Paradigmático é o caso da Reditus que no ano passado conseguiu uma subida em bolsa superior a 200%, o que despertou o interesse do mercado por outras empresas de idêntico calibre, como a Orey Antunes.
Os analistas alertam, no entanto, para o facto dessas empresas, não raras as vezes, decepcionarem os investidores, pela sua elevada volatilidade.
O Jornal de Negócios procurou perceber se o elevado nível de risco das «small caps» está em consonância com a rendibilidade média auferida pelos investidores.
A conclusão foi que, num curto espaço de tempo (dois a três dias), o investimento pode gerar retornos impressionantes (ou perdas volumosas), mas num horizonte temporal de médio a longo prazo, o retorno não é suficiente para justificar a exposição a tão elevado nível de risco.
Risco chega a ser quatro vezes superior
Analisando os dados relativos a 2005, o nível de risco médio das «small caps» foi o mais elevado, de 63,28%, mas a rendibilidade oferecida foi de apenas de 1,15%.
As «large caps» conseguiram uma rendibilidade média idêntica (de 1,07%), mas com um grau de risco quatro vezes menor (de 14,38%).
As médias capitalizações, com uma volatilidade média de 20,46%, apresentam, desde o início do ano, o retorno mais elevado, elevado, de 2,6%.
Estas conclusões repetem-se se alargarmos a análise a um horizonte temporal de 12 meses, que tende a analisar as tendências.
As «small caps» continuam a ter um risco maior e uma rendibilidade idêntica ou inferior à dos restantes segmentos de mercado.
Estes resultados contrariam a própria teoria económica. Um dos modelos académicos mais usados (o Capital Asset Pricing Model) para estudar a relação entre o risco e a rendibilidade esperada, baseia-se na teoria que os investidores exigem maior rentabilidade para assumirem maiores riscos.
Pedro Santos, do Millennium bcp, disse ao Jornal de Negócios a que a motivação dos investidores que procuram estas acções de elevada volatilidade «é pura especulação. É como ir ao casino», acrescentando que «nem sequer olham para os fundamentais da empresas».
Para este analista, são sobretudo os investidores com um horizonte temporal de dois a três dias, que andam a fazer mexer estes papéis. Pedro Santos não aconselha os aforradores a aplicar poupanças que poderão fazer falta no futuro, em acções com este grau de volatilidade.
O Jornal de Negócios utilizou a distinção adoptada pela Euronext que, a partir deste ano, vai segmentar o mercado em função do tamanho das empresas.
As «large caps» têm um valor superior a mil milhões de euros (12 na bolsa nacional) e as «mid caps» entre 150 milhões e mil milhões (15). As «small caps» são as cotadas com capitalização inferior a 150 milhões, e contam-se 22 no principal mercado nacional.
Para aferir o grau de risco dos vários segmentos, foi usado a média aritmética das volatilidades individuais.
Para o cálculo da rendibilidade, o Jornal de Negócios construiu três índices (de capitalização e sem correcção pelo «free- loat») para os diferentes segmentos de mercado.
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