Stellantis - Um português faz casamento do século
Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Lá voltou para baixo da MMA200.
Confirmaram expectativa de resultados para o que resta do ano mas mercado ouviu, na minha oppiniao mal, novo profit warning. Cai 6%.
Pode que com a conf call isto se clarifique e recupere algo até ao fecho.
			
		Confirmaram expectativa de resultados para o que resta do ano mas mercado ouviu, na minha oppiniao mal, novo profit warning. Cai 6%.
Pode que com a conf call isto se clarifique e recupere algo até ao fecho.
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Se o futuro for totalmente eléctrico, muitas marcas tradicionais europeias correm o risco de ficar para trás.
O meu medo é que não consigamos salvar a Ferrari… e, se venderem a Porsche, ainda ficam com 45 % da Bugatti.
Três dias de luto europeu estão mais do que justificados.
			
		O meu medo é que não consigamos salvar a Ferrari… e, se venderem a Porsche, ainda ficam com 45 % da Bugatti.
Três dias de luto europeu estão mais do que justificados.
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
isso talvez, sim. O proprio Carlos >Tavares aponta isso como algo possivel para a Stelantis na Europa. Que no futuro os chineses comprem operaçoes Europeias e fique de fora mercado Americano
			
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Goya777 Escreveu:Opcard Escreveu:Eu estou longe de todo o sector automóvel europeu porque o futuro será chinês .
De momento como produto ainda nao me convence. Qualidade deixa um pouco a desejar. COmo me posso permitir comprar algo melhor...
Não é para uso pessoal, nisso continua o ‘Made in Germany’: foram os ingleses os culpados.
Eu referia-me aos chineses, que aparecem na Europa como salvadores já o foram para a Peugeot, e são hoje o maior acionista da Mercedes
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Opcard Escreveu:Eu estou longe de todo o sector automóvel europeu porque o futuro será chinês .
De momento como produto ainda nao me convence. Qualidade deixa um pouco a desejar. COmo me posso permitir comprar algo melhor...
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Eu estou longe de todo o sector automóvel europeu porque o futuro será chinês .
			
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Opcard Escreveu:Tudo na vida é relativo dar números é Zero como informação 50 de 100 e muito 50 de mil e pouco .
Jaguar Land Rover (JLR) 12% das receitas EUA afetadas
Stellantismas com produção no México/EUA/Canadá) ~3–5% da receita efectuada ‘
1.5bn é um terço dos dividendos pagos em 2024. Dividendos esses que em 2025 (a pagar em 2026) serao bem mais pequenos.
Disclaimer: estou longo (bem carregado e actualmente a perder), quero é que a Stellantis suba
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Tudo na vida é relativo dar números é Zero como informação 50 de 100 e muito 50 de mil e pouco .
Jaguar Land Rover (JLR) 12% das receitas EUA afetadas
Stellantismas com produção no México/EUA/Canadá) ~3–5% da receita efectuada ‘
			
		Jaguar Land Rover (JLR) 12% das receitas EUA afetadas
Stellantismas com produção no México/EUA/Canadá) ~3–5% da receita efectuada ‘
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Opcard Escreveu:Embora parte da produção da Stellantis para as marcas Jeep, RAM e Dodge seja feita no México, é importante destacar que a maior fatia das receitas e da produção estratégica da empresa no segmento North America é realizada nos Estados Unidos.
Segundo os especialista,
Stellantis (Jeep/RAM/Dodge) efeito Moderada benefecia vendo os concorrentes.
General Motors carris feitos chave na mão feiros no México, Impacto forte
Só analisado cada marca e nisto a Stellantis até pode benefeciar , isto é trabalho de análise fina .
Essa análise foi feita por enumeras casas de research.
"Stellantis is experiencing significant financial impacts from tariffs, estimating a 2025 net impact of €1.5 billion, including €300 million from the first half of the year. This has contributed to major financial losses, a significant drop in North American shipments, and has prompted the company to shift production to the U.S. to avoid tariffs on vehicles assembled in Canada. Stellantis expects a total 2025 loss of around €1.5 billion due to tariffs and other costs"
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Opcard Escreveu:Embora parte da produção da Stellantis para as marcas Jeep, RAM e Dodge seja feita no México, é importante destacar que a maior fatia das receitas e da produção estratégica da empresa no segmento North America é realizada nos Estados Unidos.
Segundo os especialista,
Stellantis (Jeep/RAM/Dodge) efeito Moderada benefecia vendo os concorrentes.
General Motors carris feitos chave na mão feiros no México, Impacto forte
Só analisado cada marca e nisto a Stellantis até pode benefeciar , isto é trabalho de análise fina .
È verdade que em algumas marcas ou segmentos pode sair beneficiada, como vimos anteriormente https://www.msn.com/en-us/money/other/stellantis-vehicle-sales-rise-13-on-us-recovery/ar-AA1Oc51d, mas parece-me unânime que após o anúncio das tarifas houve um sell-off nas construtoras automóveis. Sendo a Stellantis uma empresa global, com produção em vários países essa decisão teve consequências visíveis.
https://abcnews.go.com/Business/jeep-maker-stellantis-lose-27-billion-due-partly/story?id=123921743
President Donald Trump’s tariffs are costing Jeep maker Stellantis hundreds of millions of dollars, the company said Monday.
The giant carmaker expects to have suffered nearly $350 million in losses over the first half of 2025 due to direct tariff payments as well as a loss of planned production on account of the company's response to the policy, preliminary data showed.
In all, the company expects to have lost as much as $2.7 billion over the first half of 2025 as a result of costly efforts to improve profitability and tariff-related expenses. The losses also include compliance charges with Trump’s suspension of financial penalties tied to fuel emissions standards.
https://www.reuters.com/business/autos-transportation/stellantis-sees-greater-tariff-impact-after-27-bln-first-half-loss-2025-07-21/
Stellantis (STLAM.MI), expects more impact from U.S. tariffs on vehicles and auto part imports in the second half of 2025, the company said on Monday as it reported a preliminary 2.3 billion euro ($2.7 billion) net loss for the first six months of the year.
The carmaker, which owns a sprawling portfolio of brands including Jeep, Ram, Peugeot and Fiat, said President Donald Trump's tariffs had cost it 300 million euros so far as the company reduced vehicle shipments and cut some production to adjust manufacturing levels.
But Chief Financial Officer Doug Ostermann told analysts that the 300 million euro impact was not representative of what the group expects for the second half, as tariffs only came into effect part way through the first half.
"We'll see significantly more in the second half unless things change ... given the current outlook, I would expect to see that figure probably double in the second half or more," he said, adding that Stellantis was seeing a total full-year impact of between 1 and 1.5 billion euros.
Stellantis, which under new CEO Antonio Filosa faces the challenge of revamping its product ranges in Europe and the United States, said it also booked 3.3 billion euros in pre-tax charges for the first half.
Editado pela última vez por hugob0ss em 29/10/2025 12:53, num total de 1 vez.
					
				
			O mercado tem sempre razão, a não ser que esteja obviamente errado.
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Ele tem um bom francês , entrevista de hoje merece escuta  para quem gosta de escrever com algum saber , ele lembra que na empresa trabqlham 164 nacionalidades e 3 polos , risco de partir 2 empresas
"Le risque existe": Stellantis peut exploser selon Carlos Tavares si le groupe devient trop américain (sous la pression de Donald Trump)
https://www.bfmtv.com/economie/entrepri ... 90342.html via @bfmbusiness
			
		"Le risque existe": Stellantis peut exploser selon Carlos Tavares si le groupe devient trop américain (sous la pression de Donald Trump)
https://www.bfmtv.com/economie/entrepri ... 90342.html via @bfmbusiness
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Embora parte da produção da Stellantis para as marcas Jeep, RAM e Dodge seja feita no México, é importante destacar que a maior fatia das receitas e da produção estratégica da empresa no segmento North America é realizada nos Estados Unidos.
Segundo os especialista,
Stellantis (Jeep/RAM/Dodge) efeito Moderada benefecia vendo os concorrentes.
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Stellantis (Jeep/RAM/Dodge) efeito Moderada benefecia vendo os concorrentes.
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Só analisado cada marca e nisto a Stellantis até pode benefeciar , isto é trabalho de análise fina .
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Opcard Escreveu:’...Isso é contrário ao interesse dos meus netos, porque o fusível é o planeta. Quem se preocupa hoje com o aquecimento global? Eu me preocupo, quando faz 46° no verão em Portugal e incêndios devastam 220 mil hectares. Então disse a Elkann que era melhor nos separarmos. O acordo foi negociado em 48 horas e a minha saída foi anunciada no final do fim de semana.”
que conversinha...mais um doidinho do aquecimento global....enfim...foi despedido e esta dorido...que continue no douro a fazer vinho....
avaliacao do grok ao "reinado do tavares"
"As a veteran investor with over three decades in the auto sector—spanning everything from Detroit's Big Three to European conglomerates and emerging EV plays—I've seen CEOs who build empires and others who erode them. Carlos Tavares, who steered Stellantis from its birth in January 2021 through the merger of PSA and Fiat Chrysler Automobiles (FCA) until his abrupt resignation in December 2024, falls squarely into the latter camp. "
"Tavares was a "performance psychopath," as he once self-described, obsessed with margins and synergies. But in the brutal Darwinian arena of autos—where EVs, supply chains, and geopolitics can upend fortunes overnight—that fixation proved myopic. He delivered short-term wins but sacrificed long-term value, alienating dealers, unions, and shareholders alike."
ainda fez buybacks em 2024....enfim....
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Opcard Escreveu:Esta empresa não muito afectada pelas tarifas até pode beneficiar , 2024, o segmento “North America” da Stellantis reportou receitas líquidas 64 000 milhões l
Com as suas marcas ,Jeep, RAM, Dodge e Chrysler que são produzidas localmente.
É afectada sim. Vários veículos dessas marcas são produzidos no Mexico
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Esta empresa não muito afectada pelas tarifas até pode beneficiar  , 2024, o segmento “North America” da Stellantis reportou receitas líquidas 64 000 milhões l
Com as suas marcas ,Jeep, RAM, Dodge e Chrysler que são produzidas localmente.
			
		Com as suas marcas ,Jeep, RAM, Dodge e Chrysler que são produzidas localmente.
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Se a média móvel 200 dias era relevante, parece que desta já foi passada. A continuar assim e a confirmar-se a formação deste fundo, brevemente recuperará do efeito que as tarifas Trump tiveram no sector automóvel.
O mercado tem sempre razão, a não ser que esteja obviamente errado.
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Goya777 Escreveu:Ai se rompe a MMA200![]()
Primeira tentativa falhada.
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Entrevista fascinante aquela concedida esta semana ao Le Point por Carlos Tavares, ex-líder do grupo Stellantis.
“Quase toda a gente tem uma opinião sobre Carlos Tavares e a sua obsessão pelo resultado, louvável em pista, mas temível quando se lida com ele no meio profissional. De facto, não é certo que muita gente tenha derramado uma lágrima com a sua saída da Stellantis no final de 2024, mesmo que ele próprio reconheça na entrevista que deu aos nossos colegas do Le Point que a expressão “psicopata da performance”, que usava frequentemente para se descrever, foi muito feliz: “Eu meio que parei de usar essa expressão a pedido dos sindicatos e da minha mulher. Parece um pouco demais ‘assassino em série’.” Não é falso.
De qualquer forma, o homem retoma o tema da sua saída assegurando que não foi despedido: “Era necessário tomar uma decisão: ou travar a produção de carros elétricos como todos os construtores chorões que diziam que não iam conseguir, ou aproveitar essa travagem para acelerar e liderar a corrida pelo elétrico. Nós escolhemos a segunda opção através de um plano estratégico validado. No entanto, alguns no conselho de administração quiseram temporizar. Nos Estados Unidos, a Stellantis teve um problema conjuntural de excesso de stocks que se resolveu. A margem operacional tinha-se degradado, mas a empresa era rentável. Numa noite de dezembro, John Elkann, Presidente da Stellantis, liga-me e fala de uma perda de confiança em mim. A confiança é recíproca. Eu estava lá para executar um plano válido e disseram-me ‘não, é preciso voltar para a box’. Isso é contrário ao interesse dos meus netos, porque o fusível é o planeta. Quem se preocupa hoje com o aquecimento global? Eu me preocupo, quando faz 46° no verão em Portugal e incêndios devastam 220 mil hectares. Então disse a Elkann que era melhor nos separarmos. O acordo foi negociado em 48 horas e a minha saída foi anunciada no final do fim de semana.”
A Europa abriu um boulevard para os chineses.”
E Tavares continua sobre os veículos elétricos, mencionando os “erros” de Bruxelas: “O maior erro da Comissão Europeia foi querer se vingar da indústria automóvel europeia após o dieselgate de 2015, em vez de apenas mirar na Volkswagen, que tinha fraudado as emissões de CO₂ dos seus motores. Tornou-se dogmática e não ouviu de forma alguma os construtores. A solução teria sido proibir a venda de motores a combustão por etapas, de acordo com o seu nível de emissão de CO₂, e impor um aumento gradual de veículos elétricos. Os engenheiros europeus teriam tido tempo para trabalhar numa tecnologia de baixa emissão. Isso teria permitido à classe média comprar veículos menos poluentes. Em vez disso, obrigou-se os construtores europeus, que não estavam prontos para avançar para o elétrico, e abriu-se um boulevard para os chineses, que dominavam a tecnologia. Os europeus gastaram 50 mil milhões para recuperar o atraso, que desperdício!”
Os construtores chineses são outra fonte de preocupação para o português, que não acredita na eficácia das tarifas aduaneiras para se proteger: “Os chineses vêm montar os seus carros na Europa. Os fornecedores europeus exigem então que os construtores chineses produzam com peças europeias e acabam por produzir a preços europeus. O que ganhámos com isso? A indústria automóvel europeia terá-se tornado chinesa. Sempre me perguntei por que a chinesa Leapmotor aceitou o acordo pelo qual a Stellantis ficava com 21% da empresa e 51% dos seus negócios fora da China. Só encontro uma resposta: um dia, se a Stellantis estiver mal, eles estarão na posição de a comprar.”
“A Europa tem um problema com o capitalismo.”
A entrevista, fascinante, estende-se por 4 páginas e justifica por si só a compra da revista, que estará ainda nas bancas hoje e amanhã. Ela também aborda a remuneração frequentemente considerada estratosférica de Carlos Tavares, que finge estranhar: “por que aceitamos que um futebolista ganhe 100 milhões por ano mas não que um CEO receba 20?”
Gostaríamos, no entanto, que ele tivesse abordado a sua caça desenfreada a custos, que também se traduziu na gestão deplorável dos casos dos motores PureTech e dos airbags Takata (especialmente na Citroën). Mas a resposta encontra-se também em parte no livro que Carlos Tavares publicará nesta quinta-feira, 23 de outubro: “A primeira coisa a lembrar é que são os acionistas que decidem e pedem aos CEOs para serem greedy (gananciosos!). A França em particular, e a Europa em geral, têm obviamente um problema com o capitalismo, mas é assim: uma empresa tem o dever de servir os seus acionistas. Caso contrário, eles vão embora e não há mais empresa.” Mas cuidado para que os clientes maltratados não façam o mesmo.
			
		“Quase toda a gente tem uma opinião sobre Carlos Tavares e a sua obsessão pelo resultado, louvável em pista, mas temível quando se lida com ele no meio profissional. De facto, não é certo que muita gente tenha derramado uma lágrima com a sua saída da Stellantis no final de 2024, mesmo que ele próprio reconheça na entrevista que deu aos nossos colegas do Le Point que a expressão “psicopata da performance”, que usava frequentemente para se descrever, foi muito feliz: “Eu meio que parei de usar essa expressão a pedido dos sindicatos e da minha mulher. Parece um pouco demais ‘assassino em série’.” Não é falso.
De qualquer forma, o homem retoma o tema da sua saída assegurando que não foi despedido: “Era necessário tomar uma decisão: ou travar a produção de carros elétricos como todos os construtores chorões que diziam que não iam conseguir, ou aproveitar essa travagem para acelerar e liderar a corrida pelo elétrico. Nós escolhemos a segunda opção através de um plano estratégico validado. No entanto, alguns no conselho de administração quiseram temporizar. Nos Estados Unidos, a Stellantis teve um problema conjuntural de excesso de stocks que se resolveu. A margem operacional tinha-se degradado, mas a empresa era rentável. Numa noite de dezembro, John Elkann, Presidente da Stellantis, liga-me e fala de uma perda de confiança em mim. A confiança é recíproca. Eu estava lá para executar um plano válido e disseram-me ‘não, é preciso voltar para a box’. Isso é contrário ao interesse dos meus netos, porque o fusível é o planeta. Quem se preocupa hoje com o aquecimento global? Eu me preocupo, quando faz 46° no verão em Portugal e incêndios devastam 220 mil hectares. Então disse a Elkann que era melhor nos separarmos. O acordo foi negociado em 48 horas e a minha saída foi anunciada no final do fim de semana.”
A Europa abriu um boulevard para os chineses.”
E Tavares continua sobre os veículos elétricos, mencionando os “erros” de Bruxelas: “O maior erro da Comissão Europeia foi querer se vingar da indústria automóvel europeia após o dieselgate de 2015, em vez de apenas mirar na Volkswagen, que tinha fraudado as emissões de CO₂ dos seus motores. Tornou-se dogmática e não ouviu de forma alguma os construtores. A solução teria sido proibir a venda de motores a combustão por etapas, de acordo com o seu nível de emissão de CO₂, e impor um aumento gradual de veículos elétricos. Os engenheiros europeus teriam tido tempo para trabalhar numa tecnologia de baixa emissão. Isso teria permitido à classe média comprar veículos menos poluentes. Em vez disso, obrigou-se os construtores europeus, que não estavam prontos para avançar para o elétrico, e abriu-se um boulevard para os chineses, que dominavam a tecnologia. Os europeus gastaram 50 mil milhões para recuperar o atraso, que desperdício!”
Os construtores chineses são outra fonte de preocupação para o português, que não acredita na eficácia das tarifas aduaneiras para se proteger: “Os chineses vêm montar os seus carros na Europa. Os fornecedores europeus exigem então que os construtores chineses produzam com peças europeias e acabam por produzir a preços europeus. O que ganhámos com isso? A indústria automóvel europeia terá-se tornado chinesa. Sempre me perguntei por que a chinesa Leapmotor aceitou o acordo pelo qual a Stellantis ficava com 21% da empresa e 51% dos seus negócios fora da China. Só encontro uma resposta: um dia, se a Stellantis estiver mal, eles estarão na posição de a comprar.”
“A Europa tem um problema com o capitalismo.”
A entrevista, fascinante, estende-se por 4 páginas e justifica por si só a compra da revista, que estará ainda nas bancas hoje e amanhã. Ela também aborda a remuneração frequentemente considerada estratosférica de Carlos Tavares, que finge estranhar: “por que aceitamos que um futebolista ganhe 100 milhões por ano mas não que um CEO receba 20?”
Gostaríamos, no entanto, que ele tivesse abordado a sua caça desenfreada a custos, que também se traduziu na gestão deplorável dos casos dos motores PureTech e dos airbags Takata (especialmente na Citroën). Mas a resposta encontra-se também em parte no livro que Carlos Tavares publicará nesta quinta-feira, 23 de outubro: “A primeira coisa a lembrar é que são os acionistas que decidem e pedem aos CEOs para serem greedy (gananciosos!). A França em particular, e a Europa em geral, têm obviamente um problema com o capitalismo, mas é assim: uma empresa tem o dever de servir os seus acionistas. Caso contrário, eles vão embora e não há mais empresa.” Mas cuidado para que os clientes maltratados não façam o mesmo.
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Ai se rompe a MMA200  
  
			
		
  
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
https://www.investing.com/news/stock-market-news/stellantis-reports-strong-september-sales-growth-in-european-market-93CH-4299312
			Stellantis NV (BIT:STLAM) recorded an 11.5% increase in passenger car sales across the EU-30 region in September 2025.
The automaker’s third-quarter passenger car sales grew by 4.4% year-over-year, totaling 422,000 units.
When including both passenger cars and light commercial vehicles, Stellantis achieved total sales of 549,000 units across European Union countries during the third quarter.
The company captured a 15.4% overall market share in the EU during the third quarter of 2025.
O mercado tem sempre razão, a não ser que esteja obviamente errado.
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Opcard Escreveu:Isto dos automóveis tenho medo estou longe .
A Ferrari é claramente um produto de luxo, mais do que apenas um automóvel por isso devia não sofrer ontem caiu 15%
O setor automóvel vive uma angústia intensa entre elétrico e térmico, marcas tradicionais lutam sem saber se é melhor ganhar dinheiro com o tradicional ou perder com as inovações mas cumprindo as normas impostas .
Normas essas que vao mudando...
Em Maio falei que a Stellantis ia reintroduzir os motores Hemi nos US, dado que o consumidor local nao quer uma pickup electrica. Estao a vender como paezinhos quentes.
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
Isto dos automóveis tenho medo estou longe .
A Ferrari é claramente um produto de luxo, mais do que apenas um automóvel por isso devia não sofrer ontem caiu 15%
O setor automóvel vive uma angústia intensa entre elétrico e térmico, marcas tradicionais lutam sem saber se é melhor ganhar dinheiro com o tradicional ou perder com as inovações mas cumprindo as normas impostas .
			
		A Ferrari é claramente um produto de luxo, mais do que apenas um automóvel por isso devia não sofrer ontem caiu 15%
O setor automóvel vive uma angústia intensa entre elétrico e térmico, marcas tradicionais lutam sem saber se é melhor ganhar dinheiro com o tradicional ou perder com as inovações mas cumprindo as normas impostas .
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
https://www.msn.com/en-us/money/other/stellantis-vehicle-sales-rise-13-on-us-recovery/ar-AA1Oc51d
			(Bloomberg) -- Stellantis NV’s third-quarter deliveries climbed 13% on surging sales in North America, pointing to a recovery after the ailing carmaker worked down high inventories in the US.
Total consolidated shipments rose to 1.3 million units for the three months ending Sept. 30, the Jeep maker said Friday. US deliveries jumped 35% year-on-year, thanks in part to the company reintroducing popular models like the V8-powered Ram 1500 pickup truck.
....
The group’s new Chief Executive Officer Antonio Filosa is taking steps to turn around a company on the back foot following steep market share losses in both the US and Europe. Carlos Tavares, the previous CEO who left in December, had pursued cost cuts and efficiencies at the expense of new models. Stellantis plans to invest about $10 billion in the US to boost momentum in its key profit pool, Bloomberg reported earlier this month.
....
The manufacturer is due to report full third-quarter deliveries and revenues on Oct. 30.
O mercado tem sempre razão, a não ser que esteja obviamente errado.
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
richardj Escreveu:A acreditar que não vem aí uma crise, agora seria um bom ponto de entrada, os múltiplos a que a stellantis está a operar são incríveis, há um ano andava nos 26.
Mas entre tarifas, menor consumo, maior receio de crise, penso que não é líquido que as coisas melhorem. No caso particular do setor auto, a ideia que tenho é a stellantis está atrás nos veículos eléctricos que são os que mais crescem nas vendas do setor.
Qual é a estratégia para dar a volta á quebra das vendas?
A única coisa que pode ajudar é a baixa das taxas de juro na Europa.
A Stellantis em electricos e hibridos tem uma oferta já bastante decente. O Tavares sempre pressionou muito por isso. Até têm um Charger 100% electrico. mas curiosamente nos EUA o que os penalizou (para alem de preços altos) foi precisamente esse foco nos electricos. Tiraram o Hemi V8 das RAM e dos muscle cars e o publico alvo nao gostou. E já se diz que vao voltar a montar esse motor
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Re: Stellantis - Um português faz casamento do século
A acreditar que não vem aí uma crise, agora seria um bom ponto de entrada, os múltiplos a que a stellantis está a operar são incríveis, há um ano andava nos 26.
Mas entre tarifas, menor consumo, maior receio de crise, penso que não é líquido que as coisas melhorem. No caso particular do setor auto, a ideia que tenho é a stellantis está atrás nos veículos eléctricos que são os que mais crescem nas vendas do setor.
Qual é a estratégia para dar a volta á quebra das vendas?
A única coisa que pode ajudar é a baixa das taxas de juro na Europa.
			Mas entre tarifas, menor consumo, maior receio de crise, penso que não é líquido que as coisas melhorem. No caso particular do setor auto, a ideia que tenho é a stellantis está atrás nos veículos eléctricos que são os que mais crescem nas vendas do setor.
Qual é a estratégia para dar a volta á quebra das vendas?
A única coisa que pode ajudar é a baixa das taxas de juro na Europa.
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