Caldeirão da Bolsa

OT - Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 7/9/2025 22:57

O Pacheco de Amorim, como vice-presidente da assembleia da republica, recebe 4 185,70 € brutos/mês de remuneração base mais 1 046,27 € brutos/mês de despesas de representação, totalizando 5 231,97 € brutos/mês, acrescidos dos subsídios de férias e de Natal (5 231,97 € cada), do subsídio de refeição de 21,00 €/dia útil (~441 € brutos/mês) e das ajudas de custo em deslocações oficiais (~69,19 €/dia em Portugal e 100–180 €/dia no estrangeiro). Tem ainda carro oficial com motorista, gabinete próprio, secretário/a, apoio administrativo e técnico, bem como todas as regalias normais de um deputado.

E este é o trabalho que faz na assembleia da república nas poucas vezes que é chamado:
https://www.facebook.com/share/v/14Qi78 ... tid=wwXIfr
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 7/9/2025 14:52

Depois de 1963, quando aconteceu o acidente na Nazaré, também devido ao cabo, fizeram-se melhorias de segurança, mas agora verificou-se que o problema da ausência de redundância no sistema de travagem, caso o cabo falhasse, manteve-se. Acho que isto é grave até porque estes elevadores deram bastante dinheiro à Carris.

Ainda não disseram se foi um problema de manutenção/ inspeção ou se foi fadiga do cabo por serem demasiadas viagens diárias no limite da capacidade, ou ambas as coisas, mas tendo em conta que não havia problema na outra extremidade do cabo talvez possa ter havido um problema de manutenção/ inspeção.
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Re: OT - Políticas para Portugal

por caldeirum » 7/9/2025 14:11

O que aconteceu com esse elétrico é aquilo que acontece um pouco pelo país.

Tudo está bem, tudo está dentro das regras, as manutenções são fantásticas até acontecer um acidente. Aí descobrimos a realidade.
"A Guerra é a continuação da política por outros meios"
Carl von Clausewitz 1780 -1831
 
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 7/9/2025 10:52

Acho que agora que já se sabe que não há um sistema de travagem que seja efetivamente redundante, devia ser dito que os elevadores do mesmo género que foram suspensos não vão voltar a funcionar até que seja adaptado um sistema de travagem que seja efetivamente redundante.

Isto devia ter sido testado antes, mas foi preciso que acontecesse o acidente para se descobrir, e não encontrei registo de ninguém que tivesse dito antes que não havia um sistema de redundância de travagem que funcionasse sem o cabo.
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 6/9/2025 22:08


O Elevador da Glória cumpre a norma europeia EN 81-20/50?

Não, do ponto de vista estritamente técnico, o Elevador da Glória não cumpre a norma europeia EN 81-20/50.

1. O que a norma exige
• Sistema de segurança redundante: freios ou mecanismos que possam parar a cabina mesmo se o cabo principal falhar.
• Cabos múltiplos ou freios independentes para garantir que a falha de um componente não cause queda.

2. Situação do Elevador da Glória
• Depende do cabo de ligação entre cabinas para o equilíbrio das massas.
• Os freios pneumático e manual não têm capacidade de parar as cabinas de forma independente do cabo, logo não constituem redundância real.
• Portanto, não atende à exigência de redundância da EN 81.
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 6/9/2025 21:01

Do estudo feito aos destroços no local, foi de imediato constatado que o cabo que unia as duas cabinas cedeu
no seu ponto de fixação dentro do trambolho superior da cabina n.º 1 (aquela que iniciou a viagem no cimo da
Calçada da Glória). O restante cabo, o volante de inversão e as polias onde este desenvolve o seu trajeto
encontravam-se lubrificadas e sem anomalias aparentes. O cabo no trambolho superior da cabina n.º 2 encontrava-se também sem anomalias aparentes.

O cabo utilizado é do tipo 6x36SW-CF U 1960 ZZ L3 CRM, constituído por seis cordões de 36 arames de aço com
alma em fibra, com um diâmetro total nominal de 32 mm e uma carga de rotura aproximada da ordem de 662 kN
(aproximadamente 68 ton), sendo este tipo de cabo usado neste ascensor há cerca de seis anos.

Tem fixada uma vida útil de 600 dias para este uso e aquele existente no momento do acidente havia sido
instalado há 337 dias, tendo ainda uma vida útil de 263 dias até à sua substituição. É considerado pela entidade
operadora do sistema que a vida útil definida para o cabo tem um coeficiente de segurança significativo

Segundo as evidências observadas até ao momento, o plano de manutenção previsto estava em dia e na manhã
do dia do acidente havia sido realizada a inspeção visual programada, a qual não detetou qualquer anomalia no
cabo e nos sistemas de frenagem dos veículos. A zona onde o cabo se separou não é passível de visualização sem
desmontagem.

... as evidências indicam que o freio pneumático e também o freio manual
foram rapidamente aplicados pelo guarda-freio da cabina n.º 1, mas que na configuração existente os freios não
têm a capacidade suficiente para imobilizar as cabinas em movimento sem estas terem as suas massas em vazio
mutuamente equilibradas através do cabo de ligação. Desta forma, não constitui um sistema redundante à falha
dessa ligação.
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 6/9/2025 20:10

Relatório aponta falha no cabo como causa do acidente do Elevador da Glória

O primeiro relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) confirma que o acidente do Elevador da Glória ocorreu devido à cedência do cabo que ligava as duas cabinas.

https://24noticias.sapo.pt/atualidade/a ... g_rewarded
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 6/9/2025 17:17

Presidente da Carris pediu a demissão na noite do acidente. Carlos Moedas não aceitou
Pedro Bogas pôs o lugar à disposição na quarta-feira, pouco depois do acidente do Elevador da Glória, mas o presidente da Câmara de Lisboa não aceitou o pedido de demissão e pediu a abertura de um inquérito. A notícia foi avançada pela CNN Portugal.
https://observador.pt/liveblogs/elevado ... rilamento/

Foi Carlos Moedas quem decidiu externalizar a manutenção dos equipamentos da Carris?

O QUE ESTÁ EM CAUSA?
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) está a ser acusado nas redes sociais de entregar a manutenção dos elevadores da Carris ao privado. Na realidade, a prática começou em 2006, com contratos a serem celebrados com privados e a Carris ainda sob gestão do Governo.
https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/fo ... da-carris/
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 6/9/2025 14:16

Pergunta:
A capacidade de 40 pessoas não será demasiada para um elevador tão velho? E não faz viagens diárias a mais devido ao fluxo de turistas?

Resposta técnica com histórico (aproximação):
Sim — a capacidade nominal de 40–42 passageiros foi definida quando o Elevador da Glória foi projetado no século XIX, mas mantém uma estrutura histórica apesar das modernizações.

No início (1885): estimativa aproximada de ~24 viagens/dia, com cerca de 960 passageiros/dia, servindo principalmente moradores locais.

Atual (pré-acidente, 2025): cerca de 160–200 viagens/dia, com lotação máxima frequente, transportando entre 6.600 e 7.000 passageiros/dia devido ao turismo intenso.

Este aumento exponencial de frequência e passageiros, aliado à idade centenária do sistema, gera maior desgaste de cabos, travões e chassis, mesmo com manutenção periódica, elevando o risco de falhas mecânicas.

Receita anual considerando apenas turistas (estimativa de 75%)

Total de passageiros: ~3.000.000 por ano
Este valor é uma aproximação baseada em dados reportados oficialmente pelo Elevador da Glória e também é consistente com uma estimativa baseada em frequência de viagens diárias (~166–200 viagens/dia) e capacidade de 40–42 passageiros por carruagem.

Turistas (estimativa 75%): 3.000.000 × 0,75 ≈ 2.250.000 passageiros
Nota: a percentagem de turistas é uma aproximação; não existem dados oficiais sobre a proporção exata de turistas versus residentes.

Tarifa média turística: €3,60

Receita anual estimada (somente turistas):
2.250.000 × €3,60 ≈ €8,1 milhões/ano
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 6/9/2025 13:54

British couple killed in Lisbon funicular crash named

Kayleigh Smith, 36, and William Nelson, 44, among passengers who died when the Elevador da Glória derailed

In a statement on Friday morning, police said the accident had killed five Portuguese citizens, three Britons, two South Koreans, two Canadians, one American, one Ukrainian, one Swiss citizen and one French person.

The accident, described by Portugal’s prime minister, Luís Montenegro, as “one of the biggest tragedies in our recent history”, also left 21 people injured, five of whom are in a serious condition.

Investigators have not found any evidence of sabotage, leaving mechanical failures or maintenance issues among the possible causes.

https://www.theguardian.com/world/2025/ ... hatgpt.com
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 6/9/2025 13:40

MILLENNIAL MONEY
31-year-old moved from the U.S. to Portugal and only works 20 hours a week: ‘I’m much happier in Lisbon’

https://www.cnbc.com/2025/08/21/31-year ... RKLVsNQBqg
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Re: OT - Políticas para Portugal

por Carrancho_ » 5/9/2025 12:48

previsor Escreveu:
Marco Silva, de 40 anos, mandatário do CHEGA na candidatura autárquica de Vendas Novas, encabeçada por Jorge Alcobia Pereira, foi apanhado pela GNR a tentar atear um fogo, na madrugada desta quinta-feira.
https://www.cmjornal.pt/portugal/detalh ... mor-o-novo


Os 20cm2 que o Ventura apagou deviam contar para atenuar a pena deste sujeito. Por outro lado deve ser enquadrado como terrorismo.
Um abraço,

Carrancho
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Re: OT - Políticas para Portugal

por Opcard » 5/9/2025 6:21

Durante a noite pensei se houve vatagem em passar a tutela da Carris do Ministério das Infraestruturas para a câmara em 2017 .

Existia maior capacidade técnica , o Ministério tinha equipas especializadas em mobilidade, planeamento de infraestruturas e era possível gestão estava mais alinhada com as políticas nacionais de transportes .

Na verdade a Câmara não tem o mesmo corpo técnico especializado em transportes que o Ministério possuía.
 
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 5/9/2025 1:33

Marco Silva, de 40 anos, mandatário do CHEGA na candidatura autárquica de Vendas Novas, encabeçada por Jorge Alcobia Pereira, foi apanhado pela GNR a tentar atear um fogo, na madrugada desta quinta-feira.
https://www.cmjornal.pt/portugal/detalh ... mor-o-novo
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 5/9/2025 1:07

Cabo do Elevador da Glória pode não se ter rompido. Causa do acidente ainda por descobrir
Avaliação preliminar do GPIAAF indica que cabo pode não ter rebentado — o que obrigará a análises complementares para se concluir sem dúvidas o que causou o descarrilamento.

Um dado que pode tornar mais difícil perceber o que estará verdadeiramente na origem do acidente que vitimou pelo menos 16 pessoas. Ao que o Observador apurou junto de fontes conhecedoras do processo, pode não ter existido rompimento no cabo que garante a circulação do elevador da Glória. É isso mesmo que parece indicar uma avaliação preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF). Qualquer conclusão definitiva só poderá ser retirada posteriormente, mas este indício pode afastar a causa mais provável do acidente. Esta informação a que o Observador teve acesso vai ao encontro do que já tinha sido sinalizado por Pedro Bogas. Esta quinta-feira, na conferência de imprensa que serviu para prestar os primeiros esclarecimentos, o presidente da Carris deixou duas pistas nesse mesmo sentido. Num primeiro momento, o responsável disse que o rompimento de um dos cabos do funicular “poderá não ser” a causa do acidente. Mais à frente, o mesmo Pedro Bogas chegou a sugerir que se a causa do acidente fosse tão evidente, a Carris já teria percebido o que se tinha passado com o elevador da Glória. Quando se dirigiu aos jornalistas, pelas 17 horas, Bogas já teria tido acesso à informação preliminar do GPIAAF. Estas primeiras avaliações, que serão conhecidas nos próximos dias, não significam necessariamente que o rompimento do cabo do funicular esteja completamente descartado como hipótese mais provável. Mas obrigará a análises complementares para concluir num ou noutro sentido.

https://observador.pt/2025/09/04/cabo-d ... descobrir/
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 4/9/2025 20:14

O inquérito preliminar será conhecido daqui a 45 dias (CMTV)
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 4/9/2025 20:06

Semelhanças
1. Responsabilidade política – Tanto Jorge Coelho (Ponte Hintze Ribeiro) como Carlos Moedas (Elevador da Glória) têm responsabilidade política sobre infraestruturas que acabaram por falhar.
2. Tragédia com vítimas – Ambos os casos envolveram mortes e feridos, o que gera pressão pública e ética para assumir consequências.
3. Pressão ética e mediática – Em Portugal, ministros ou presidentes de câmara podem sentir pressão para agir ou assumir responsabilidades políticas em casos de falhas graves.

Diferenças
1. Culpa direta vs. indireta
• Jorge Coelho: O acidente ocorreu numa infraestrutura sob supervisão direta do seu ministério, mas ele não era responsável técnico. Ainda assim, a manutenção era da responsabilidade do governo, e ele sentiu a obrigação ética de se demitir.
• Carlos Moedas: A Carris é uma empresa municipal com contratos de manutenção externalizados há anos. Moedas não decide tecnicamente sobre a manutenção nem supervisiona o dia a dia dos elevadores.
2. Histórico de manutenção
• A Ponte tinha problemas estruturais conhecidos e históricos de degradação que não foram suficientemente tratados.
• O elevador da Glória estava sob contrato de manutenção externa há mais de uma década, então a falha foi mais técnica-operacional do que por negligência direta da Câmara.
3. Contexto político
• No caso de Coelho, houve consenso de que assumir responsabilidade política era um ato de “invulgar dignidade”.
• No caso de Moedas, a demissão não é esperada nem obrigatória; espera-se que tome medidas corretivas e supervisione a investigação.

Resumo:
O ponto comum é a responsabilidade política por tragédias envolvendo infraestruturas. A diferença principal é que Coelho estava mais diretamente ligado à manutenção do sistema, enquanto Moedas é responsável por supervisão e gestão política, não pela execução técnica.
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 4/9/2025 20:01

O colapso da Ponte Hintze Ribeiro, ocorrido em 4 de março de 2001, foi resultado de uma combinação de fatores técnicos e humanos, incluindo falhas nas inspeções e na manutenção da estrutura.

Problemas identificados nas inspeções

Relatórios técnicos revelaram que a estrutura da ponte apresentava sinais de degradação, especialmente no pilar P4, que estava fundado em leito aluvial. Este pilar não foi adequadamente protegido contra a erosão subaquática, o que comprometeu sua estabilidade. Além disso, a falta de vistorias regulares e de intervenções de manutenção preventiva contribuiu para o agravamento da situação.  

Fatores ambientais e operacionais

A extração excessiva de areias no leito do rio entre 1975 e 2000 e as cheias consecutivas entre dezembro de 2000 e março de 2001 agravaram a erosão ao redor dos pilares da ponte. Esses fatores aumentaram significativamente o risco de colapso, especialmente no pilar P4, que estava vulnerável devido à sua fundação inadequada. 

Consequências e responsabilidades

Embora o acidente tenha sido atribuído principalmente a causas naturais, houve críticas à falta de ações corretivas por parte das autoridades competentes. O Ministro do Equipamento Social da época, Jorge Coelho, pediu demissão após o desastre, assumindo responsabilidade política pela tragédia. 

Em resumo, o colapso da Ponte Hintze Ribeiro foi causado por uma combinação de fatores técnicos, ambientais e operacionais, incluindo falhas nas inspeções e na manutenção da estrutura, que não foram adequadamente realizadas para garantir a segurança da ponte.
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 4/9/2025 17:21

Tendo em conta o que é conhecido e que o cabo estava dentro do período de vida útil e que têm realizado inspeções visuais diárias e semanais, e não considerando sabotagem, penso que pode ser algumas destas causas, ou um pouco de todas: má qualidade do cabo (acho esta menos provável), falta de lubrificação, inspeções insuficientes que não detetam problemas internos e sobrelotação diária de passageiros
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Re: OT - Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 4/9/2025 15:51

Excerto de uma notícia no site da RTP:


(...)

As investigações iniciam-se esta quinta-feira, com trabalho já feito durante a noite pela PSP e Polícia Judiciária.

O diretor do gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários revelou à RTP que só tem um investigador disponível e que, por isso mesmo, só hoje vai dar inicio às diligências no terreno.

Diz que aguarda há seis meses a substituição do investigador que saiu, Mas garante que, dentro de cerca de três dias, será emitida uma nota preliminar sobre o descarrilamento.

(...)


O negrito está no original. Só um investigador disponível? Entre prevenção e investigação, certamente que há trabalho para mais do que um investigador. Não estou a dizer que é a "causa", mas é sintomático e indicativo.
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: OT - Políticas para Portugal

por Bar38 » 4/9/2025 15:38

previsor Escreveu:
Bar38 Escreveu:Como me parece óbvio um cabo de aço não se terá partido ao meio isso era o cúmulo do ridículo com certeza deverá se ter soltado de algum dos lados por deficiente manutenção.


Coloquei um exemplo de uma situação semelhante em 1963, na Nazaré, e.

Pois à 70 anos atrás…..quer dizer não mais houve desenvolvimento técnico…
 
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 4/9/2025 15:00

O tempo de vida útil do cabo é de 600 dias, e ainda faltavam 263 dias para o fim do período de vida.

Acho que a lotação do elevador pode também ser um possível problema. Dizem que ambos estavam com muita gente
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 4/9/2025 14:07

Está a falar dos cabos grossos de aço usados em funiculares, planos inclinados e teleféricos — como o caso do da Nazaré em 1963.

Esses cabos não são iguais aos dos elevadores de edifícios. São cabos portantes/tractores de aço de grande diâmetro, que trabalham em condições exteriores, sujeitos a salinidade, humidade, variações de temperatura e corrosão atmosférica.

Vida útil típica
• Em teoria: um cabo destes pode durar 10 a 15 anos.
• Na prática (à beira-mar, como na Nazaré): a durabilidade desce bastante, muitas vezes para 5 a 7 anos, dependendo da proteção contra a corrosão, da lubrificação e da manutenção.

Normas e regulamentos aplicáveis
• Hoje, em Portugal e na União Europeia, a referência são as normas EN 12929, EN 12927 e EN 1709 (cabo de aço para teleféricos, funiculares e transportes por cabo).
• Estas normas exigem:
• Inspeções visuais diárias e registos regulares.
• Inspeções magnéticas e medições de desgaste em intervalos definidos (normalmente anuais).
• Substituição imediata ao atingir limites de fios partidos, corrosão visível, redução de diâmetro ou deformações.

Caso da Nazaré (1963)

No inquérito foi concluído que o acidente se deveu à ruptura do cabo provocada pela deterioração do metal por infiltrações de água e corrosão acumulada. Ou seja, não foi um problema súbito, mas sim desgaste progressivo que não foi detetado a tempo.

Em resumo:
Um cabo destes não deve ser usado “até falhar”. A prática correta é definir uma vida útil preventiva (normalmente 5–10 anos em ambientes marítimos) e trocá-lo antes, mesmo que ainda pareça estar em condições.

Inspeções diárias?

Sim, parece estranho à primeira vista, mas é mesmo assim.

Nos transportes por cabo (funiculares, teleféricos, teleféricos urbanos, etc.), a legislação europeia e portuguesa obriga a uma rotina de inspeções muito apertada, justamente porque a segurança depende quase toda da integridade do cabo.

Tipos de inspeções exigidas:
1. Inspeções diárias (visuais, rápidas):
• Feitas antes de o equipamento começar a funcionar nesse dia.
• São de responsabilidade do operador, não de engenheiros.
• Verifica-se se há fios partidos visíveis, corrosão evidente, deformações, lubrificação insuficiente, alinhamento anormal ou ruídos.
2. Inspeções periódicas detalhadas (semanal/mensal):
• Mais completas, feitas por técnicos de manutenção.
• Incluem medições básicas de desgaste, tensão, alinhamento, condições das roldanas e fixações.
3. Ensaios não destrutivos (normalmente anuais ou bianuais):
• Ex.: ensaios magnéticos para medir a perda de secção metálica interna do cabo (corrosão ou fios partidos dentro, invisíveis a olho nu).
4. Substituição preventiva:
• Definida por critérios objetivos: nº de fios partidos por comprimento, redução do diâmetro do cabo, corrosão ou após atingir a vida útil máxima recomendada.

Exemplo concreto (Norma EN 12927-7):
• Um cabo deve ser retirado de serviço se tiver mais de 6 fios partidos num comprimento de torção ou mais de 3 fios partidos adjacentes.
• A norma também define a percentagem máxima de redução do diâmetro e de perda de metal admissível.

Ou seja: a inspeção diária é uma triagem rápida (para detetar algo anormal logo antes do funcionamento). As inspeções técnicas e ensaios são os que realmente determinam a vida útil.
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Re: OT - Políticas para Portugal

por Opcard » 4/9/2025 13:41

Tempo perdido toda discussão só depois de saber o o cabo cede po defeito ? Corrosão ? Sobrecarga ? Fadiga ? Defeito ? Sabotagem ?

Agora só palpites , este é o meu contributo volto depois de saber as causa .
 
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Re: OT - Políticas para Portugal

por previsor » 4/9/2025 13:33

16 mortos e 5 feridos graves

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