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Caldeirão da Bolsa

BES - A LUTA

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: BES - A LUTA

por Adam hedge » 27/5/2015 17:01

se há pessoas que merecem ele é um deles :-k
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Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras
ficarão para trás.

Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
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Re: BES - A LUTA

por ovelhaxone » 19/5/2015 18:15

ninguém está a brincar com o sistema financeiro pois ele já não tem credibilidade há muito :mrgreen:

eles estão mesmo a brincar com a malta, o que é ainda pior. mas é assim num país sem lei nem roque.
o dinheiro, esse já era, em nome de um "designio" maior que foi salvar os depósitos.
 
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Re: BES - A LUTA

por jopsilveira » 19/5/2015 15:22

EuroSexy Escreveu:O Novo Banco não tem nada a ver com o antigo BES.

Quem era cliente do BES e deixou-se enganar não verá o seu de volta. É triste, mas é impossivel que assim seja.
Os depósitos a prazo foram assegurados, o resto já era...

Felizmente eu nunca tive uma conta no BES, nem nada no BPP nem BPN, nem Montepio, nem outro banco do mercado.

Eu apenas mantenho os ovos concentrados no mesmo cesto e certifico-me bem que esse cesto é de ouro!!!


EuroVerde, tu dominas disto tanto como dominas da GALP e da Cofina.

Os investidores compraram papel comercial com informação que não era verdadeira e de lhe ter sido dito repetidamente que aquilo era uma responsabilidade do BES. Pelas mais diversas vias. Desde a constituição da provisão do BES, desde a declaração da comissão executiva do BES, até declarações sucessivas à resolução.

Como já depois da resolução e até 15 de Janeiro, o próprio Novo Banco dizia que era uma responsabilidade sua, de reembolsar os clientes.

A comunicação executiva publicou em 18 de Julho um comunicado oficial, dizendo que o BES era responsável pelo reembolso de papel comercial. O BES tornou-se responsável pelo reembolso. Pelas circunstâncias como foi vendido. Pelas circunstâncias em que foi depois gerido o processo. Pelas declarações que foram feitas.

Não é aceitável que uma instituição financeira diga “eu devo isto”, “eu pago isto” e depois mais tarde diga “afinal não era isto que queria dizer". Estamos a brincar com a confiança do sistema financeiro!
 
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Re: BES - A LUTA

por EuroSexy » 19/5/2015 14:59

O Novo Banco não tem nada a ver com o antigo BES.

Quem era cliente do BES e deixou-se enganar não verá o seu de volta. É triste, mas é impossivel que assim seja.
Os depósitos a prazo foram assegurados, o resto já era...

Felizmente eu nunca tive uma conta no BES, nem nada no BPP nem BPN, nem Montepio, nem outro banco do mercado.

Eu apenas mantenho os ovos concentrados no mesmo cesto e certifico-me bem que esse cesto é de ouro!!!
 
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Re: BES - A LUTA

por Ulisses Pereira » 19/5/2015 14:00

"BCE impede Novo Banco de compensar lesados do Grupo Espírito Santo"

19 Maio 2015, 09:41 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt



"O Banco Central Europeu não gostou das notícias sobre uma eventual solução encontrada para os investidores em papel comercial do GES. Por isso mesmo, enviou uma carta ao Banco de Portugal, escreve o Diário Económico.

O Banco Central Europeu (BCE) quer ter a palavra final na decisão que vier a ser tomada para os clientes que investiram em papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES). A notícia é manchete na edição do Diário Económico desta terça-feira, 19 de Maio.

Segundo o jornal, o BCE não aceita que seja o Novo Banco a compensar estes investidores, uma vez que tal poria em causa a hierarquia de credores prevista nas regras europeias de resolução bancária.

Nesse sentido, o BCE chegou mesmo a mandar um email à entidade de Carlos Costa no passado dia 23 de Março, devido às notícias sobre uma solução iminente para o problema dos 2.500 lesados.

A solução, que não chegou a avançar, previa que os clientes que investiram em papel comercial do GES pudessem ser compensados entre 30 a 40% dos montantes aplicados."

(in www.negocios.pt)
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

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Re: BES - A LUTA

por FDPC » 15/5/2015 18:54

Entre esmifrarem nos até o tutano, a pancadas de martelo e a falta de responsabilização total com uma cara de grão de bico azedo vão nos jogar mais um balde da fossa na cabeça com o preço de 85 milhões em perdão fiscal, ou o que é que isso se chama ou dizem que não se aplica ao Novo Banco. Deixem estar; meu filho 29 anos Universitário, português, formado em Klagenfurt Austria, e ali a viver e trabalhar em nossos contatos diários ele vacila e se diz cheio de esperança e com saudades da Santa Terrinha, eu até fico abalado com suas ideias de retornar e sou implacável: -SE TU VOLTAR PARA PORTUGAL além de não lhe dar um único apoio eu lhe deserdo, arrebento o património, mas para Portugal não voltas.

Vão dar uma curva e se estampem, atirem-se de cabeça na Boca do Inferno.

Que indignação.
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Re: BES - A LUTA

por Rbs77 » 4/5/2015 17:49

Ola a todos, pois todos sabiam e agora não podem fugir a verdade mas e os pobres incautos que sem saberem financiaram estas operações? sera que os reguladores não devem agora obrigar o NB a reembolsar os valores que foram garantidos pelo BES?

E que este veículos tinham o dinheiro dos emigrantes que o BES pôs como acoes preferenciais a ainda apesar de todas as promessas mesmo do sr Stock NÃO foi pago. Ele, em Marco, prometeu que iria apresentar em breve uma proposta "bastante satisfatória" a todos os emigrantes e ate hoje NADA. e que assim nem temos hipótese de os levar a tribunal visto que não disseram que não pagam e que devemos esperar mas o facto e que ainda não pagaram... isto neste momento esta a custar muitos milhões em depósitos e outras apps ao NB visto emigrantes estarem a mexer dinheiro para fora de Portugal ou para outros Bancos. A mim só me falta mover os PPRs.
 
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Re: BES - A LUTA

por carvalhasjon » 30/4/2015 15:57

Afinal tudo diz que houve gestão danosa e ruinosa e nenhuma entidade reguladora e competente faz nada?

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... visto.html
 
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Re: BES - A LUTA

por carvalhasjon » 29/4/2015 16:01

Para quem não assitiu, aqui está apenas o excerto sobre Papel Comercial do Dr. Carlos Tavares na Assembleia da República, dia 21/04/2015.

https://www.youtube.com/watch?v=Wv7NrVB_DxE
 
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Re: BES - A LUTA

por ovelhaxone » 17/4/2015 15:26

o João Rendeiro já sabe quem vai ganhar:
http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=2219

mas ainda há 2 meses era a Fosun
http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=2186

enfim, é a volatilidade dos mercados
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 4/4/2015 22:22

Boas,


MARQUES MENDES DIZ QUE BANCO POPULAR E BANCO DA CHINA FICARAM FORA DA CORRIDA AO NOVO BANCO
04 Abril 2015, 21:37 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt

Na corrida ao Novo Banco ficaram pelo caminho dois candidatos. No habitual comentário na SIC, Luís Marques Mendes revelou que Popular e Banco da China já não vão fazer propostas vinculativas.
Dos sete candidatos que fizeram propostas não vinculativas para a compra do Novo Banco ficaram, agora, cinco interessados que terão de fazer as suas propostas vinculativas.

A "short list" ja foi escolhida. Pelo caminho, segundo revelou Luís Marques Mendes, ficou o espanhol Banco Popular e o chinês Banco da China.

Para a próxima fase ficaram ainda dois chineses, um nome-americano, um espanhol e um português.

TEM SIDO REFERIDA A CANDIDATURA DO SANTANDER, BPI, FOSUN, ANBANG INSURANCE E A APOLLO.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 4/4/2015 12:40

Boas,

BESI VENDIDO AOS CHINESES COM PREJUIZOS
Citamos:

Jornal de Negócios

José Maria Ricciardi acredita que pode expandir a actividade com a passagem para a Haitong. A transacção deverá estar concluída na primeira metade do ano. Até lá, as decisões estão limitadas.

O presidente do BESI, banco de investimento com origem no antigo Banco Espírito Santo, acredita que 2015 será um ano positivo. Contudo, metade do período será passado em gestão corrente, até que se conclua a venda para a Haitong.



“As nossas expectativas para 2015 são claramente positivas”, comenta José Maria Ricciardi no comunicado enquanto presidente da comissão executiva do BESI, incluído no relatório e contas relativo a 2014 intitulado “Fit for a new era” (preparado para uma nova era, numa tradução literal).



Em 2014, o banco apresentou um prejuízo de 138 milhões de euros, prejudicado pelas imparidades que teve de constituir para fazer face à derrocada do BES, grupo bancário a que pertencia. Desde Agosto que está integrado no Novo Banco (na sequência da resolução do BES), sendo que foi assinado em Dezembro um acordo de venda para passar para um grupo financeiro de Hong Kong.



“A aquisição do BESI pelo grupo chinês Haitong representa uma oportunidade única de desenvolvimento que queremos potenciar, expandindo a actividade do BESI na Ásia e a presença internacional da Haitong na Europa, América e África”, indica Ricciardi no comunicado. O BESI já tem presença em vários mercados internacionais como Brasil (embora tenha vendido operações), Angola e, na Ásia, está na China, Malásia e Índia.



Apesar das expectativas positivas de Ricciardi, metade do ano é passado sem poder tomar decisões de gestão de relevo. “A primeira metade do ano de 2015 será marcada pelo período de transição de accionistas, que apenas terminará quando a aquisição seja formalmente aprovada pelas diversas entidades regulatórias. Durante todo este período o BESI estará sob gestão corrente”, indica Ricciardi, num comunicado em que também dedica palavras aos clientes que acompanharam o banco num “período tão difícil”.



O negócio, de 379 milhões de euros, está ainda à espera de aprovações regulatórias como o Banco de Portugal, Comissão Europeia e reguladores de outros países como o Brasil, EUA, Reino Unido, Polónia e Índia. “Espera-se que a transacção de aquisição do capital do BESI pela Haitong fique concluída em meados de 2015″. Só depois disso a gestão deixará os limites impostos a quem está numa liderança corrente.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 4/4/2015 12:38

Boas,

LESADOS DO BES “CANDIDATOS AO NOVO BANCO TÊM DE CONTAR CONNOSCO”
Abril 3rd, 2015
Citamos

Notícias ao minuto

Os clientes lesados com a compra de papel comercial do BES querem que os novos donos do Novo Banco acautelem a sua situação.

A problemática em torno das dezenas de pessoas lesadas com papel comercial do BES continua a dar que falar, ainda que o processo de venda do Novo Banco tenha conhecido nas últimas semanas alguns avanços.

Segundo reporta o Expresso, os antigos clientes do banco que era liderado por Ricardo Salgado querem que a sua situação seja tida em conta no momento da aquisição do Novo Baco.

A Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPCI) está por isso a enviar cartas aos candidatos que passaram à segunda fase do processo.

Na missiva, os antigos clientes do BES pedem uma “reunião e análise sobre o tema do papel comercial do ex-BES, atual Novo Banco”, referindo que o seu propósito é “a defesa dos interesses dos atuais clientes da entidade alvo da sua oferta de aquisição e que foram altamente lesados”.

“As pessoas vão continuar a lutar pelo que têm direito e pelo que, consideramos, deve ser resolvido pelo Novo Banco”, refere Ricardo Ângelo, representante destes clientes.

Relembre que esta situação já mereceu uma acesa troca de argumentos entre o BdP e a CMVM.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 4/4/2015 12:37

Boas,

NOVO BANCO. TODOS QUEREM OS CHINESES
Abril 3rd, 2015
Citamos

Observador

Banco de Portugal tem sete propostas não vinculativas pelo Novo Banco. Quem dará mais? Qual traria mais benefícios para a economia? E, ainda, quem é o favorito dos trabalhadores e das autoridades?

O Banco de Portugal escolheu sete propostas não vinculativas pelo Novo Banco. Por razões de praticabilidade, esse grupo foi quinta-feira reduzido paracinco instituições, sabe o Observador. Não é ainda conhecida a origem de todas as sete propostas, mas sabe-se que além doBPI e do espanhol Santander, há pelo menos duas entidades chinesas na corrida e, ainda, um fundo de investimento norte-americano. Qual dos interessados tem capacidade para fazer a melhor proposta, limitando o risco de um prejuízo na operação (que teria de ser coberto pelos outros bancos)? Qual das propostas teria maior potencial para dinamizar a banca, a concessão de crédito e a economia nacional? E qual irá proteger melhor os atuais trabalhadores? Nesta fase, todos parecem preferir os chineses, sobretudo os funcionários.

No grupo de candidatos estão instituições de vários tipos, várias nacionalidades e com planos distintos para o Novo Banco. Percorra a galeria de fotos abaixo para conhecer os interessados já conhecidos e os que podem estar a correr por fora.

O BPI foi um dos que apresentaram propostas não vinculativas, apesar de estar a braços com uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) por parte do seu maior acionista, o Caixabank, e de ter em cima da mesa uma proposta da segunda maior acionista, a Santoro, da angolana Isabel dos Santos, para se fundir com o BCP. Fernando Ulrich, o presidente do BPI, nunca escondeu o interesse na aquisição do Novo Banco mas nem por isso deixou de combater aquilo que chamou de “mitos”, como o “mito, que há-de interessar a muita gente, de que o BES era o grande banco das PME” (pequenas e médias empresas). Mais recentemente, tem defendido que “o tema da litigância no Novo Banco é importantíssimo”, sugerindo que esse risco tem de ser afastado ou refletido no preço de compra.

O Santander é outro candidato de peso, olhando para o Novo Banco como uma forma de mais que duplicar os 12% que são a sua atual quota do mercado bancário português. O banco está numa fase de transformação, liderada pela nova presidente Ana Patrícia Botín, filha do falecido Emílio Botín. O banco, que é o maior da zona euro, acaba de fazer um aumento de capital de 7.500 mil milhões de euros, naquilo que foi, também, uma demonstração de confiança e ambição por parte da instituição, que quer continuar a ter um lugar de destaque na banca europeia. Outros espanhóis: o BBVA também participou no início do processo mas desistiu. Já o Banco Popular foi um pouco mais longe mas as declarações recentes do presidente, Ángel Ron, indicam que, mesmo que seja um dos “Sete Magníficos”, não deverá ter integrado o “grupo restrito” selecionado pelo Banco de Portugal. Poderá, contudo, estar interessado em participar em eventuais consórcios.

Entre os interessados consta, também, o fundo de private equitynorte-americano que comprou a seguradora Tranquilidade, aApollo Global Management. Como a maioria dos private equity, isto é, fundos de capitais privados que investem em ativos que acreditam poder rentabilizar em pouco tempo, a Apollo traria, provavelmente, mudanças profundas à estrutura de custos do banco. Os últimos investimentos deste private equity, que mostrou estar atento a Portugal com a compra da Tranquilidade, foram feitos em áreas tão diversas como casinos, retalhistas de acessórios de moda e navios de cruzeiro.

Envolvidas no processo estão, ainda, três entidades chinesas, segundo a imprensa. Uma delas é o Bank of China, controlado pelo Estado chinês, e outra será a seguradora chinesaAnbang Insurance Group, que adquiriu à Hilton Hotels o mítico Waldorf Astoria, no coração de Manhattan, em Nova Iorque. Trata-se de uma seguradora criada há cerca de dez anos, com 30 mil funcionários e o equivalente a cerca de 100 mil milhões de euros sob gestão, segundo o site oficial. Nos últimos anos, as aquisições feitas pela Anbang afastaram-se do setor financeiro e foram feitas, sobretudo, na área do imobiliário, mas o grupo não deixou de estar atento ao processo de alienação do Novo Banco como forma de entrar numa nova geografia e regressar às aquisições financeiras.

Envolvidas no processo estão, ainda, três entidades chinesas, segundo a imprensa. Uma delas é o Bank of China, controlado pelo Estado chinês, e outra será a seguradora chinesaAnbang Insurance Group, que adquiriu à Hilton Hotels o mítico Waldorf Astoria, no coração de Manhattan, em Nova Iorque. Trata-se de uma seguradora criada há cerca de dez anos, com 30 mil funcionários e o equivalente a cerca de 100 mil milhões de euros sob gestão, segundo o site oficial. Nos últimos anos, as aquisições feitas pela Anbang afastaram-se do setor financeiro e foram feitas, sobretudo, na área do imobiliário, mas o grupo não deixou de estar atento ao processo de alienação do Novo Banco como forma de entrar numa nova geografia e regressar às aquisições financeiras.

Conhecidos os interessados que são conhecidos….

“O que os nossos colegas preferiam, obviamente, é que fosse para os chineses“, diz em conversa com o Observador Carlos Gonçalves, funcionário do Novo Banco que lidera a lista que acaba de ser eleita (nas eleições de 10 de março) para aComissão de Trabalhadores do Novo Banco. Carlos Gonçalves conta que, na opinião daquela que será a maioria dos funcionários do banco, “se for o BPI ou os espanhóis, os trabalhadores vão sofrer as consequências. Já se forem os chineses há esperança de que isso possa não acontecer”.

E que “consequências” são essas? “Com os chineses há umamaior possibilidade de manutenção do quadro de pessoal, porque eles não têm presença cá”, ou seja, não têm um banco que, em caso de fusão, levaria a duplicação de funções e a remédios da Autoridade da Concorrência (que poderão levar à venda ou ao fecho de agências). “Se forem os chineses, compram um banco que está a funcionar bem e que está bem posicionado” no mercado, conclui Carlos Gonçalves.

Esta é a análise de um funcionário do Novo Banco em Lisboa, mas a opinião parece ser a mesma nas agências espalhadas pelo país. Uma funcionária do Novo Banco na Beira Interior diz ao Observador que “o melhor seria alguém que não estivesse implantado no mercado português” e conta que “é opinião consensual entre os colegas que uma compra pelos chineses seria o melhor para todos“. A funcionária, que prefere não ser identificada, assinala, contudo, que a informação “é muito pouca e vamos sabendo da evolução do processo de venda exclusivamente através da comunicação social”. “Não se fala nisso ao nível da gestão e tenta-se gerir o dia-a-dia como se nada tivesse acontecido”.

A análise dos funcionários contactados pelo Observador vai ao encontro da expectativa que têm os especialistas na área financeira. Diogo Teixeira, administrador da Optimize, uma sociedade gestora de fundos, diz que “o Banco BPI e o Santander apresentam claramente as piores perspetivas, a médio prazo, para os funcionários”. “Além de serem bancos com muitas redundâncias de estruturas com o Novo Banco na perspetiva de uma fusão, também são grupos ibéricos que terão a pretensão de estruturarem as suas operações ao nível da península”, afirma o especialista.

Quanto à norte-americana Apollo Global Management, Diogo Teixeira diz que “fundos como este também são conhecidos por serem relativamente agressivos na redução de custos nas estruturas compradas”, pelo que “do ponto de vista dos funcionários, uma compra por um dos potenciais compradores chineses seria a melhor opção”.

Quem dá mais?

“É tentador presumir que os chineses irão apresentar a proposta mais elevada, e tendo a concordar com essa opinião, mas não é de excluir que tanto o BPI como o Santander apresentem propostas competitivas”, diz ao Observador um analista do setor bancário que prefere não ser identificado. E porquê? Porque algumas estimativas apontam para que seja possível extrair sinergias na ordem dos 800 milhões a 1.000 milhões de euros, o que poderá levar o BPI e o Santander a ir um pouco mais longe se souberem que depois conseguem rentabilizar um possível investimento mais elevado nesta fase.

Em resumo, Diogo Teixeira, da Optimize, diz que “não existe umcomprador ideal para o Novo Banco por um motivo muito simples: a principal diferença entre compradores, em termos de capacidade em oferecer o melhor preço, reside no potencial de sinergias que pode ser extraído em conjugação com os negócios já existentes do comprador em Portugal ou na Europa. Quanto mais sinergias potenciais, melhor será o preço mas também pior será o resultado para os funcionários”, explica o especialista.

Sendo certo que “todos os potenciais compradores com operações relevantes em Portugal oferecem boas condições para rentabilizar o Novo Banco“, Diogo Teixeira acredita que “o BPI e o Santander Totta são os dois compradores que podem beneficiar de sinergias mais importantes, com a possibilidade de reduzir drasticamente os custos com as funções centrais”. Contudo, “aqui as sinergias comerciais são fracas, ou mesmo negativas, o que significa que 1+1 poderá dar um pouco menos de dois em termos de volume de negócio”. Por outro lado, uma compra pela Fosun (dona dos seguros da Caixa) ou pela Apollo (Tranquilidade) beneficiam de sinergias de custos mais fracas, mas ao mesmo tempo irão beneficiar de sinergias comerciais fortes”.

E do ponto de vista da concorrência na banca nacional? “O melhor comprador será uma empresa que não tem hoje atividade bancária e que, ao mesmo tempo, consegue beneficiar de sinergias comerciais de forma a ser ainda mais competitivo”, diz Diogo Teixeira. De um lado estão a Fosun e a Apollo: “ambos beneficiariam de uma forte presença no território português, com uma clara pretensão de conquistar mercado”. Do outro estão BPI e Santander, sendo que o especialista diz que “o BPI seria a pior opção de um ponto de vista concorrencial, ao fundir dois bancos com dimensões relevantes para o mercado português”.

Colocando todos estes fatores nos pratos da balança, “a diferença virá da disponibilidade de um comprador pagar um pouco mais para beneficiar de uma presença forte no mercado português”, acredita o administrador da Optimize. “Desse ponto de vista, BPI, Santander e Fosun parecem-me ser os mais prováveis vencedores”, diz Diogo Teixeira, mas “tendo em conta a situação acionista complicada no BPI, aposto no Santander e Fosun como finalistas”.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 4/4/2015 12:36

Boa Páscoa,

PS DEFENDE PAGAMENTO DO PAPEL COMERCIAL PELO NOVO BANCO
Abril 3rd, 2015
Citamos:

Jornal de Negócios

O PS defende que os clientes de retalho lesados pela aquisição de papel comercial do GES, comprados ao balcões do BES, devem ser reembolsados pelo Novo Banco e critica a actuação do Banco de Portugal e do Governo.

Esta posição foi assumida por Pedro Nuno Santos, vice-presidente da bancada socialista e coordenador do PS na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Banco Espírito Santo (BES), em declarações à agência Lusa.



Pedro Nuno Santos, também líder da Federação do PS/Aveiro, salienta que o seu partido “encara com grande preocupação o caso particular dos lesados pela aquisição de papel comercial no BES, porque se verificou uma quebra clara de confiança entre o cidadão e o sistema bancário”.



“Essa confiança no sistema bancário deve ser reestabelecida, a bem não só dos próprios lesados, mas também do futuro do Novo Banco. Na realidade, foi o Banco de Portugal que reconheceu o direito dos clientes de retalho serem reembolsados, quando obrigou o antigo BES a constituir uma provisão”, sustentou o vice-presidente da bancada do PS.



De acordo com Pedro Nuno Santos, através dessa resolução, supostamente, a responsabilidade de ressarcir quem adquiriu papel comercial passava para o Novo Banco.



“Pelo menos numa fase inicial, aparentemente, essa responsabilidade passou para o Novo Banco, até porque o Novo Banco emitiu um comunicado em Agosto passado, já depois de ser constituído, com o compromisso de que iria reembolsar os detentores de papel comercial.



Esse compromisso ficou no “site” do Novo Banco até Janeiro de 2015. Portanto, aquilo que nos parece fazer sentido é aquilo que o presidente da CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários], Carlos Tavares, disse várias vezes: O Novo Banco deveria cumprir com o compromisso que assumiu perante os lesados”, advogou o dirigente socialista.



Questionado se essa actuação não poderá abrir a porta para que também os clientes institucionais sejam ressarcidos, podendo os prejuízos chegar a oito ou nove mil milhões de euros, Pedro Nuno Santos contrapôs que essa tese “foi um coelho tirado da cartola na última semana”.



“Para que não haja confusões: Não estamos a dizer que tem de ser o Estado a assumir ou o Estado a obrigar a assumir. Aquilo que estamos a dizer é que o Novo Banco assumiu esse compromisso e deve cumpri-lo, tal como diz o presidente da CMVM. Nunca em nenhum momento – e portanto é uma questão que não está em cima da mesa – alguém defendeu o ressarcimento dos institucionais que tinham comprado papel comercial. Essa questão não está em cima da mesa, aliás, nunca esteve”, defendeu o “vice” da bancada socialista.



Relativamente à possibilidade de accionistas do BES reivindicarem uma prioridade face aos detentores de papel comercial e, portanto, da família de Ricardo Salgado exigir ser ressarcida pelo Novo Banco ou pelo Estado Português, Pedro Nuno Santos argumentou então que “não deixa de ser caricato que o Banco de Portugal ou a ministra de Estado e das Finanças [Maria Luís Albuquerque] sugiram isso, porque, na realidade, no início de 2014, foi constituída uma provisão – e o BES tinha um mandato para reembolsar os clientes de retalho detentores de títulos de dívida de papel comercial de empresas do Grupo Espírito Santo (GES)”.



Ou seja, segundo Pedro Nuno Santos, o Banco de Portugal “primeiro achou que tinha de reembolsar, mas a determinada altura entendeu que os 500 milhões de euros faziam jeito para valorizar o Novo Banco”.



“Mas o Banco de Portugal e o Novo Banco têm de ponderar sobre os compromissos e as expectativas que foram gerados junto dos detentores de papel comercial”, advertiu.



Já quando confrontado com posições assumidas pelo presidente do PS, Carlos César, sobre os lesados pela aquisição de papel comercial, Pedro Nuno Santos observou que já foram “retificadas”.



“Carlos César manifestou uma profunda preocupação face aos detentores de papel comercial do BES. Mas até Carlos César falar no assunto nenhum político afecto a um partido da maioria PSD/CDS alguma vez tinha feito uma declaração manifestando apreensão. Isso é que é de facto surpreendente”, acrescentou.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 1/4/2015 15:09

Boas,

CLIENTES DA ES PROPERTY PEDEM GARANTIAS NO PAPEL COMERCIAL
Abril 1st, 2015
Citamos

Negócios

A Espírito Santo Property propõe pagar aos clientes do BES com papel comercial todo o capital investido até 2020. Um “bom” ponto de partida. Mas a associação de clientes diz que não há segurança jurídica. E aponta para o problema da inflação.
A associação que representa clientes do Banco Espírito Santo com papel comercial de sociedades do GES vê a proposta da Espírito Santo Property, que prevê a recuperação até 2020 do capital …
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 1/4/2015 13:55

Boas,

EMPRESA DO GES PROPÕE PAGAR TODO O PAPEL COMERCIAL EM CINCO ANOS
ABRIL 1ST, 2015
Citamos

Expresso

É a primeira empresa do antigo Grupo Espírito Santo a propor pagar todo o papel comercial. São 374 credores, para uma dívida total de 24 milhões de euros. E é um membro da família Espírito Santo que lidera o plano.

A Espírito Santo Property, empresa do antigo Grupo Espírito Santo (GES), propõe aos detentores de papel comercial o reembolso integral dos seus investimentos ao longo de cinco anos. Segundo o documento enviado, a que o Expresso teve acesso, a proposta depende da aprovação de um Plano de Revitalização (PER) e aceitação dos próprios credores das condições em causa. A empresa propõe pagar o dinheiro investido mais os juros até 31 de outubro de 2014, sem quaisquer juros adicionais.



A proposta é de que o pagamento seja feito da seguinte forma: 20% trinta dias depois da homologação do Plano de Revitalização (PER), sendo o remanescente liquidado nos cinco anos seguintes, entre 2016 e 2020, em cinco prestações iguais de 16% do valor em causa, pagáveis a 30 de junho de cada ano.



A empresa solicita que os credores a informem “de antemão, em traços muito gerais e não vinculativos”, os termos em que eles “estariam dispostos a viabilizar a solução atualmente em análise”. E pergunta se “estaria disposto a viabilizar um plano que, entre outros aspetos, contemplasse as seguintes condições para a liquidação integral do montante de capital reclamado, acrescidos dos juros vencidos até à data de 31 de outubro de 2014″ – e sem quaisquer juros adicionais depois dessa data.



Há várias empresas do Grupo Espírito Santo com papel comercial emitido. Mas enquanto a RioForte e a Espírito Santo International estão em liquidação, a ES Property está em processo de revitalização, pelo que pode apresentar uma proposta como esta. O papel comercial da RioForte e da ESI está sujeita a perdas.



A ES Property gere diversos projetos imobiliários e tem uma administração nomeada pelo Tribunal do Luxemburgo. Curiosamente, essa administração é liderada por membro da família Espírito Santo, Caetano Beirão da Veiga, que todavia não estava nos negócios da família quando o GES colapsou. A administração conta ainda com Ana Paula Alves.



Esta notícia será desenvolvida no Expresso Diário de hoje, disponível a partir das 18 horas.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 31/3/2015 21:16

Boas,

Alterações ao RGICSF
Março 31st, 2015
Citamos:

Lexpoint

PROTEÇÃO DOS DEPOSITANTES E GARANTIA DE DEPÓSITOS

31.03.2015 | 13:23


Na aplicação de medidas de resolução, o Banco de Portugal deve proteger os depositantes cujos depósitos sejam garantidos pelo Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM) e os investidores cujos créditos sejam cobertos pelo Sistema de Indemnização aos Investidores.

A partir de hoje, 31 de março, entram em vigor alterações ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) e ao regime de funcionamento do FGCAM, entre outros, em resultado da transposição de duas diretivas comunitárias relativas aos sistemas de garantia de depósitos e ao enquadramento para a recuperação e a resolução de instituições de crédito e de empresas de investimento.

Este Fundo garante o reembolso, por instituição de crédito, do valor global dos saldos em dinheiro de cada titular de depósito, até ao limite de 100.000 de euros.

No âmbito do funcionamento do FGCAM, as instituições de crédito participantes devem entregar ao FGCAM, até ao último dia do mês de abril, uma contribuição periódica, cujo valor é definido em função do valor médio dos saldos mensais dos depósitos do ano anterior garantidos pelo Fundo, dentro do limite legal, e do perfil de risco da instituição de crédito.

Aos recursos em causa poderá, ainda, acrescer, excecionalmente, a prestação de apoio financeiro do Estado ao Fundo, nomeadamente sob a forma de empréstimos ou prestação de garantias.

À luz do respetivo regime legal, o FGCAM dispõe dos seguintes recursos:
- contribuições iniciais das instituições de crédito participantes;
- contribuições periódicas das instituições de cré- dito participantes;
- rendimentos da aplicação de recursos;
- liberalidades;
- quaisquer outras receitas, rendimentos ou valores que provenham da sua atividade ou que por lei ou contrato lhe sejam atribuídos, incluindo o produto das coimas aplicadas às instituições de crédito.

Os seus recursos financeiros devem ter como nível mínimo o montante correspondente a 0,8 % do valor dos depósitos garantidos pelo Fundo, dentro do respetivo limite legal, de todas as instituições de crédito participantes.

Cooperação com outros sistemas de garantia de depósitos

Prevê-se, ainda, um mecanismo de cooperação com outros sistemas de garantia de depósitos, nos termos do qual em caso de indisponibilidade dos depósitos de uma instituição de crédito sediada noutro Estado-membro da União Europeia com sucursal em Portugal, o Fundo efetua o reembolso dos depósitos constituídos em Portugal em nome do sistema de garantia de depósitos do Estado-Membro de origem e de acordo com as instruções por este fornecidas, não sendo responsável pelos atos praticados de acordo com aquelas instruções.

Já em caso de indisponibilidade dos depósitos de uma instituição de crédito sediada em Portugal com sucursal noutro Estado-membro, o FGCAM disponibiliza previamente o financiamento necessário para a efetivação do reembolso dos depósitos constituídos naquelas sucursais pelo sistema de garantia de depósitos do Estado-Membro de acolhimento, fornecendo-lhe as instruções necessárias e compensando-o pelos custos incorridos.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 31/3/2015 21:13

Boas,


LÍDER DA SUPERVISÃO EUROPEIA DIZ "NÃO TER MUITOS CONHECIMENTOS" SOBRE O CASO BES
31 Março 2015, 17:04 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt


Em resposta à eurodeputada Marisa Matias, Daniele Nouy disse ter poucos conhecimentos do caso BES mas assegurou que estão a ser feitos esforços para que a banca portuguesa não enfrente problemas.
A líder do Mecanismo Único de Supervisão, um dos pilares criados na Zona Euro para que se chegue a uma União Bancária, não quis fazer grandes comentários sobre o caso Banco Espírito Santo. Até porque, admitiu, tem pouco a dizer.

"Não tenho muitos conhecimentos sobre o caso BES". Foi esta a resposta Daniele Nouy na audição desta terça-feira, 31 de Março, no Parlamento Europeu, à eurodeputada Marisa Matias, eleita em Portugal pelo Bloco de Esquerda, quando questionada sobre o facto de o BES ter superado testes de stress e, depois, ter necessitado de uma intervenção.

Aos eurodeputados, a responsável pelo Mecanismo Único de Supervisão, sistema que entrou em vigor a 4 de Novembro de 2014 e que passou pela admissão de poderes de supervisão para o Banco Central Europeu, sublinhou que, quando se deram problemas no banco, o mecanismo "não estava encarregue da supervisão" do BES. A instituição foi alvo de uma resolução a 3 de Agosto, três meses antes daquela entrada em funções.

Admitindo que não estava a responder directamente àquilo que foi questionado, Nouy respondeu apenas que o mecanismo iria esforçar-se para "que a banca portuguesa tenha êxito". "Faremos todos os esforços para que isso aconteça".

De qualquer forma, a líder deste sistema que tem no BCE uma peça central disse à eurodeputada Marisa Matias que é a capitalização dos bancos – ou seja, o reforço de capital – que os torna "mais sólidos e seguros".

O Banco Central Europeu, que se encontrava a fazer avaliações abrangentes aos principais bancos europeus ao mesmo tempo que se foram descobrindo falhas no capital do BES (nomeadamente pela exposição ao GES), recusou-se a participar na comissão parlamentar de inquérito em Portugal, fosse como elemento central na supervisão bancária fosse como membro da troika.

Nouy esteve no Parlamento Europeu esta terça-feira para falar sobre os meses de preparação do Mecanismo Único de Supervisão e a sua entrada em vigor, por ocasião da publicação do primeiro relatório anual. Este organismo é composto não só pelo BCE como também pelos reguladores nacionais, entre os quais o Banco de Portugal - a entidade que determinou a intervenção no BES.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 31/3/2015 12:07

Boas,

JOSÉ GUILHERME DIZ QUE JÁ PERDEU 25 MILHÕES COM QUEDA DO BES
Março 31st, 2015
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Observador

Empresário diz que via o BES e o GES como “verdadeiros parceiros de negócios” e que, com a resolução do BES, já perdeu cerca de 25 milhões de euros. Leia aqui as respostas à comissão.

O empresário José Guilherme não foi à comissão de inquérito ao BES, mas enviou hoje as respostas às perguntas dos deputados. Nessas respostas, o empresário diz que já perdeu cerca de 25 milhões de euros com a resolução do BES.

“Com a resolução determinada pelo Banco de Portugal já perdi cerca de 25 milhões de euros, podendo vir a perder muito mais”, escreve José Guilherme.

Antes da divisão do BES em dois, o empresário diz que a dívida pessoal ou de responsabilidade de entidades por si dominadas ou, sendo dominadas por terceiros, a que deu garantia pessoal, “era de cerca de 121 milhões de euros”, um valor inferior aos 204 milhões registados no final de 2012. José Guilherme diz então que o remanescente tem sido pago “à razão de cerca de 12 milhões de euros/ano, entre 2012 e agosto de 2014″.

Contudo, tendo em conta que ainda tem uma dívida para pagar, José Guilherme diz que está em negociações com o Novo Banco para encontrar uma solução. Na justificação para o pedido de reestruturação da dívida de que é responsável, o empresário diz que a resolução fez com que caíssem algumas entidades a quem deu garantias pessoais e além disso, justifica-se com a situação atual de Angola:

“Por razões atinentes, por um lado, ao não cumprimento – em decorrência da Resolução do BES e subsequentes insolvências das empresas do GES – de compromissos que haviam sido assumidos comigo pelo BES e empresas/responsáveis dos GES relativamente a negócios realizados com crédito do BES concedido ou mantido a pedido e no interesse daquelas entidades, e da situação em que, pelas mesmas razões, caírampessoas e empresas terceiras cujas responsabilidades avalizei pessoalmente perante o BES e, por outro lado, em face da situação económica de Angola (…), constatei como imperiosa a necessidade de encontrar uma solução de acordo derestruturação da dívida perante o Novo Banco”.

As dificuldades em pagar a dívida e logo a necessidade de a reestruturar surgira, diz “pouco tempo depois da Resolução do BES” ou seja, em agosto do ano passado. José Guilherme diz que partiu dele a iniciativa de falar com o Novo Banco e que as conversações têm sido mantidas desde então.

“De lá para cá foram mantidas conversações com o Novo Banco e prestadas todas as informações solicitadas para encontrar uma solução. Aguardo, neste momento, uma proposta do Novo Banco com vista à determinação da dívida pela qual devo efetivamente ser considerado responsável perante o Novo Banco, e à restruturação da mesma”, escreve.

Nas respostas, o empresário diz que não pode responder sobre a prenda que alegadamente terá dado a Ricardo Salgado, no valor de 14 milhões, por estar em segredo de justiça, e apenas diz que o banqueiro lhe deu alguns conselhos, nomeadamente o de investir em Angola.

José Guilherme admite que a relação com o BES/GES era próxima: “Via o BES e o GES como verdadeiros parceiros de negócios e sei que era assim que aquelas entidades também me viam”.

As respostas do empresário aos deputados chegaram dias depois de a comissão de inquérito ter fechado o período de audições dos responsáveis. José Guilherme foi contactado para prestar esclarecimentos ao vivo na Assembleia da República, mas recusou ir presencialmente responder aos deputados alegando problema de saúde, além de dizer que vive em Angola. Mas entretanto, durante o mês de março esteve em Portugal desrespeitando a convocatória do Parlamento. Tendo em conta a recusa, a comissão de inquérito fez queixa ao Ministério Público uma vez que pode estar em causa um crime de desobediência.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 30/3/2015 18:49

Boas,

SOCIEDADE ABERTA
Pedro Lino
A CURVA DA LEI

A comissão parlamentar ao BES chegou ao fim. Após meses de audições, muito continua por esclarecer, nomeadamente o verdadeiro envolvimento de Angola e dos parceiros do BES/GES - Bradesco, Crédit Agricole e PT.
Debaixo dos holofotes estiveram o Banco de Portugal (BdP) e Carlos Costa, que foram mais visados que o próprio Ricardo Salgado. Alguns mistérios persistem: porque é que o Crédit Agricole não foi chamado a prestar declarações? Porque é que o sigilo bancário vigente em Angola contamina as investigações em Portugal, evitando que uma das maiores fraudes de sempre seja descoberta? Porque é que a PT foi o mealheiro do GES, mesmo quando o Estado através da CGD e IGF estavam presentes na sua estrutura accionista? Porque se fez a partilha de poderes entre Estado e GES na PT, e que interesses estavam envolvidos?

Uma conclusão pode-se retirar desde já. Não é pela quantidade da legislação produzida que o sistema financeiro irá ficar mais seguro. Há sigilos "inter-países" que evitam o apuramento da verdade dos factos, e que ao mesmo tempo permitem aos conglomerados financeiros esconder e jogar com as suas contas. O mistério fica: Angola continua por resolver, apesar de ter sido dito tudo nas entrelinhas.

Existe um receio de ir ao fundo desta questão, talvez pela dependência construída ao longo dos anos seja ela social, financeira ou económica, com uma comunidade portuguesa residente que ultrapassa a centena de milhar. É certo que estas condicionantes devem ser consideradas, mas um desvio de mais de três mil milhões de euros, que contribuiu para o descrédito do sistema financeiro nacional, nomeadamente a resolução do BES e para a vulnerabilidade de Portugal não pode ficar impune.

O saudosismo luso que ficou do tempo do império colonial é talvez o nosso maior inimigo.

O BdP não foi apenas manipulado pelo GES, mas também pelo Banco Nacional de Angola e por uma suposta garantia que todos sabiam que nunca poderia ser executada. Ao referir que não espera voltar a Angola, Carlos Costa resumiu o que se passou no BES/GES, e na manipulação do inexplicável. É pena que a Assembleia da República permita que uma instituição tão importante como o BdP seja massacrada por países lusófonos, utilizada para o pugilismo político, sem se concentrarem no que verdadeiramente interessa.

De que servem mais relatórios se poucos sabem analisar e perceber o que está por detrás dos números? O facto de ninguém acreditar na dimensão do problema, levou certamente ao excesso de confiança, quando se acreditava que o Crédit Agricole e Bradesco, seriam parceiros institucionais com capacidade eles próprios de supervisão do BES.

O maior erro de Carlos Costa foi o de confiar numa saída ordeira de Ricardo Salgado.

O BdP deve retirar ilações não para criar mais legislação, mas para melhorar a sua acção. É esperado discernimento na Assembleia da República para que o relatório final não custe efectivamente uma pipa de massa aos contribuintes, no que pode ser utilizado em tribunal pela família Espírito Santo e investidores para pedir indemnizações ao Estado. Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém, muito menos ao bolso do contribuinte.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 30/3/2015 16:24

Boas,


DERROCADA DO BES E DO GES LEVA BESI A PREJUÍZOS DE 138 MILHÕES EM 2014
30 Março 2015, 11:42 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

Apesar de ter melhorado o produto e reduzido os custos, o BESI apresentou contas negativas em 2014, as piores desde que Ricciardi está ao seu comando. O banco está, neste momento, em processo de transição do Novo Banco para a Haitong.
O BESI apresentou prejuízos de 138 milhões de euros, os maiores desde que José Maria Ricciardi está ao comando da instituição financeira, há mais de dez anos. A queda do Grupo Espírito Santo foi a grande responsável, mas não a única.

"O reconhecimento de imparidades e provisões, decorrentes dos ajustamentos efectuados na sequência do Asset Quality Review (AQR) do Banco Central Europeu, dos problemas financeiros do Grupo BES/GES e da elaboração do balanço de abertura do Novo Banco, determinaram os resultados negativos apurados", justifica a entidade num comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no sábado, dia 28 de Março.

O prejuízo de 138 milhões de euros justifica-se, sobretudo, pelo desempenho no segundo semestre do ano. Nos primeiros seis meses, o resultado líquido era ainda positivo, na ordem dos 2,5 milhões de euros. Aí, já havia imparidades de 89 milhões de euros a impedir maiores lucros. Contudo, na globalidade do ano, as provisões – cujo valor global não é identificado – foram maiores.

Assim, os resultados operacionais da unidade de investimento foram apurados nos primeiros seis meses de 2014: "num contexto de recuperação económica, tanto em Portugal como na Zona Euro, e de melhoria das condições de financiamento em Portugal, que culminou com a ‘saída limpa’ do programa de assistência financeira externa".

O produto bancário (equivalente às receitas) foi de 250 milhões de euros em todo o ano de 2014, um ganho de 1,2% face ao ano anterior. Já os custos decresceram 6,4% para se fixarem nos 161 milhões de euros. Assim, o resultado operacional (diferença entre o produto e os custos) fixou-se nos 89 milhões de euros, mais 18,5% do que no ano passado.

Ou seja, foram as imparidades e as provisões – o dinheiro que se teve de colocar de lado para se reconhecer perdas – que prejudicaram o desempenho da entidade presidida por Ricciardi, já que em termos operacionais até havia melhorado. Não são avançados valores para os rácios de solidez de capital.

De acordo com o documento, o BESI vai esta segunda-feira, 30 de Março, deliberar sobre os documentos de prestação de contas do ano passado.

O BESI está em processo de transição do Novo Banco para a sociedade de Hong Kong Haitong desde Dezembro passado, pendente de autorizações de reguladores, entre outros. A operação envolveu 379 milhões de euros.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 30/3/2015 15:17

Boas,

EMPRESAS/FINANÇAS14:30
O QUE FALTA VENDER DO IMPÉRIO ESPÍRITO SANTO
FILIPE ALVES
filipe.alves@economico.pt
14:30
O que falta vender do império Espírito Santo
Da Comporta à agro-pecuária na América do Sul, há ainda vários anéis do universo Espírito Santo que podem ser vendidos para pagar a credores como a PT SGPS.
A Rioforte vai avançar em breve com a venda da Herdade da Comporta, um dos mais emblemáticos e cobiçados activos do antigo Grupo Espírito Santo (GES). Mas a Rioforte tem em carteira outras empresas que servirão para pagar aos credores, incluindo a PT SGPS, que investiu 897 milhões de euros em dívida da holding do GES. Conheça os principais activos da holding do antigo império da família Espírito Santo, que se encontra sob a administração judicial no Luxemburgo, nas mãos do juíz Paul Laplume.
Empresas que serão vendidas:
Herdade da Comporta: será um dos activos mais cobiçados do antigo GES. A Caixa Geral de Depósitos é a principal credora do empreendimento, com um empréstimo de 100 milhões de euros, pelo que a venda da Herdade (que a Rioforte detém através do Fundo HdC e da Sociedade HdC) servirá para pagar à CGD e a outros credores.
ES Hotéis: É a subholding do Rioforte que é dona dos Hotéis Tivoli. A cadeia de hotéis está à venda, tal como os restantes activos da Rioforte. Mas a empresa não é proprietária da maioria dos hotéis que explora, sendo arrendatária de edifícios que pertenciam à ESAF e a outras empresas do GES e do BES. Em Janeiro, a antiga ESAF, hoje denominada GNB Gestão de Activos, vendeu dois hotéis e quatro edifícios arrendados pela Tivoli em Portugal, ao grupo Minor, por 168 milhões de euros. O Minor é também candidato à compra da ES Hotéis e da marca Tivoli.
Activos na América do Sul: A Rioforte tem várias empresas no Brasil, incluindo a companhia Energias Renováveis do Brasil. Tem também uma participação na construtora Monteiro Aranha e vários activos na agro-pecuária, dispersos pelo Brasil e Paraguai.
Empresas em stand by:
ES Property: A venda foi suspensa por decisão do juiz de insolvência do Luxemburgo, que considerou que as duas propostas em cima da mesa (do fundo Cerebrus e da Reach Global, de Artur Fernandes) não reflectiam o justo valor da gestora imobiliária do GES. A administração da ESP, liderada por Caetano Beirão da Veiga, procura agora viabilizar a empresa no longo prazo. A ESP, ao contrário da Rioforte, não está insolvente, mas encontra-se em PER.
Activos já vendidos:
ES Viagens: vendida à suíça Springwater em Setembro de 2014, por um valor não revelado;
ES Saúde: É o activo que gerou maior encaixe para a Rioforte. Foi vendida à Fidelidade, por 134 milhões de euros (no âmbito de uma OPA);
Outros:
Espírito Santo Financial Group: Era a holding que concentrava os negócios financeiros do GES, que incluía a participação no BES. Sediada no Luxemburgo, está também sob gestão judicial. Foi muito penalizada pela resolução do BES.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 30/3/2015 10:46

Boas,

ECONOMIA/POLÍTICA00:05
RIOFORTE AVANÇA COM VENDA DA HERDADE DA COMPORTA
FILIPE ALVES
filipe.alves@economico.pt
00:05
Rioforte avança com venda da Herdade da Comporta
Rioforte inicia em breve venda da Herdade da Comporta. Já a venda da Espírito Santo Property foi suspensa e Caetano Beirão da Veiga aposta na recuperação a prazo, para reembolsar os credores.
A Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo que se encontra sob gestão judicial no Luxemburgo, vai avançar em breve com a venda da Herdade da Comporta (HdC), apurou o Diário Económico. A suspensão da venda da Espírito Santo Property (ESP), por decisão do juiz luxemburguês, não porá em causa este processo, apesar de o Fundo da Herdade da Comporta - que tem o Aman Resort - ser gerido por uma subsidiária da ESP.

O negócio, que está a ser assessorado pelo BESI, conta com interessados internacionais, nomeadamente americanos e asiáticos. E passará pela venda das participações que a holding Rioforte tem no Fundo da Herdade da Comporta e na Sociedade Herdade da Comporta. Todos os activos foram entregues como garantia de um empréstimo de 100 milhões de euros que foi concedido pela Caixa Geral de Depósitos, pelo que parte do montante da venda será entregue ao banco liderado por José de Matos.

Tal como o Diário Económico noticiou na quinta-feira, o juiz de insolvência nomeado pelo Tribunal do Luxemburgo, Paul Laplume, rejeitou as duas propostas de compra da Espírito Santo Property e de dois fundos geridos pela Rioforte. Segundo fontes ligadas ao processo, foram apresentadas duas propostas de compra, do fundo Cerberus e da Global Reach, de Artur Silva Fernandes, mas o juiz considerou que as ofertas - na casa dos 60 milhões de euros - são inferiores ao desejado e suspendeu o processo de venda. O grosso dos valores que estavam em cima da mesa diziam respeito aos Fundos Fimes I e II, sendo o remanescente relativo à ESP, sabe o Económico.

A administração da ESP, liderada por Caetano Espírito Santo Beirão da Veiga, aposta agora numa recuperação a médio prazo, que permita o reembolso dos credores, incluindo dos clientes do BES que investiram em papel comercial da ESP e que têm a receber cerca de 23 milhões de euros. Entre os restantes credores da ESP, que tem uma dívida total de 58 milhões de euros, estão o Estado e o BCP, que reclamam, respectivamente, 4,9 e 14 milhões de euros.

Ao contrário da Rioforte, a ESP não entrou em insolvência, tendo aderido ao Programa Especial de Revitalização (PER) para ficar a salvo dos credores, após o incumprimento no reembolso do papel comercial e de um empréstimo do BCP. Mas a Rioforte precisa do ‘OK' da justiça do grão-ducado para poder vender a empresa.

O processo de venda da ESP teve início em Outubro do ano passado, sendo assessorado pela PwC. Foram convidados a participar cerca de 60 investidores nacionais e internacionais, sobretudo da área imobiliária, bem como vários fundos de ‘private equity'. O perímetro da venda inclui, além da ESP e as suas subsidiárias, dois fundos de investimento detidos pela Rioforte - Fimes I e Fimes II. Das 60 entidades sondadas, seis apresentaram propostas não-vinculativas e apenas duas passaram à fase final, a Global Reach Investments e o fundo Cerebrus. Mas o processo está agora suspenso.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 30/3/2015 10:37

Boas,


NOVO BANCO: GRUPOS ECONÓMICOS CHINESES NÃO ASSUMEM FUTUROS PROCESSOS JUDICIAIS
Foram apresentadas sete propostas não-vinculativas para a compra do banco. Chineses lideram a corrida, com a Fosun em melhor posição para superar a concorrência. Os possíveis compradores recusam assumir o risco de litigância, que deverá ficar no BES, ou seja, no Estado português.
29 de Março, 2015 - 11:25h
Segundo João Rendeiro, será um dos três concorrentes chineses – Fosun, Angang Insurance ou Bank of China - a adquirir o Novo Banco (NB), sendo que o negócio deverá envolver uma verba mínima de 5,2 mil milhões de euros.

O ex-presidente do extinto BPP, citado pelo jornal Expresso, esclareceu que, sem herdar "o risco de litigância que ficará no BES, ou seja no Estado português", a Fosun, beneficiando das sinergias com a seguradora Fidelidade, estará em melhor posição para superar a concorrência.

João Rendeiro frisou ainda que “com o risco do lado do comprador o banco será invendável".

Também António Lobo Xavier, administrador do BPI, defendeu que, sem a proteção contra futuros processos judiciais, "o preço do NB cairá a pique" e na corrida ficarão candidatos desesperados, admitindo que, no final, os custos da litigância ficarão a cargo do "Sistema bancário são".

A hipótese de os riscos serem assumidos pelo futuro dono do NB tem vindo, aliás, a ser afastada pelo Banco de Portugal, que alerta que nenhum dos candidatos está disposto a aceitar essas condições.

Forma jurídica escolhida terá “imensas implicações em litigância futura”
É expectável que a resolução do BES, concertada entre Banco de Portugal, governo PSD/CDS-PP e Comissão Europeia, continue a motivar várias ações em tribunal, cujas despesas associadas virão a pender sobre quem assumir os riscos de litigância que, segundo tudo aponta, ficará a cargo dos contribuintes portugueses.

Economistas como Francisco Louçã e Ricardo Cabral, entre outros, já alertaram, de facto, para "a forma jurídica escolhida e as suas imensas implicações em litigância futura”.

Nos artigos De improviso em improviso e Como privatizar um banco privado com dinheiros públicos, publicados no blogue Tudo Menos Economia, Ricardo Cabral exprime as suas reservas quanto à legitimidade do recurso à resolução bancária, considerando estar em causa uma “violação do espírito da Lei de recapitalização bancária e do referido Regime Geral”. O economista questiona ainda a utilização do Fundo de Apoio à Capitalização (FAC) para emprestar ao Fundo de Resolução da banca, o que, a seu ver, viola o espírito das regras do FAC.
 
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