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Caldeirão da Bolsa

BES - A LUTA

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: BES - A LUTA

por cliente1 » 16/2/2015 17:17

zecatreca_1 Escreveu:Coloquei aqui a questão mas por algum motivo o post desapareceu.
Como não tenho acompanhado esta novela, alguém me sabe dizer se já pagaram as obrigacoes senior do bes? Como está ou ficou essa situação ?
Obrigado

Exactamente quais obrigações sénior do BES? Eu tenho umas que vencem em Abril ou Maio e só na altura é que poderei confirmar que serão efectivamente pagas, mas entretanto já recebi o cupão semestral algures em Novembro....
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/2/2015 14:22

Boas,

00:06
António Costa
É UMA QUESTÃO DE MORAL
ANTÓNIO COSTA
antonio.costa@economico.pt
00:06
Os clientes do Grupo Espírito Santo (GES) que subscreveram obrigações aos balcões do BES estão mais longe de recuperarem as suas aplicações, e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, entende que a provisão que impôs ao banco "não é o reconhecimento de um direito intocável por terceiros".
Faz muito mal, a si próprio e à supervisão, à reputação dos bancos, ao Novo Banco e, sobretudo, àqueles clientes.
Eduardo Stock da Cunha já resolveu parte dos problemas que encontrou quando entrou no Novo Banco em relação aos clientes das Obrigações seniores, aos que tinham fundos em carteiras com gestão discricionária e até aos que compraram obrigações do próprio banco. Recuperou a credibilidade, por isso (também) recuperou depósitos. Ficaram, para último, os mais complicados, os que aplicaram poupanças aos balcões do BES na compra de títulos do GES. Serão cerca de 2500, e bem pode o presidente do Novo Banco dizer que resolveu três quartos dos problemas. Este é um daqueles temas em que ninguém lhe agradecerá, e elogiará, se não apresentar uma proposta idêntica para todos os que faltam.
O Banco de Portugal entende que só estão obrigados a reembolsar os que, declaradamente, terão sido enganados aos balcões, e haverá uma percentagem que o foi, provavelmente uma minoria. Os outros foram atrás da taxa, sim, mas isso é legítimo, e com toda a certeza ninguém lhes explicou que se houvesse problema, teriam de bater à porta do GES, pois não?
Há uma dimensão judicial que pode estar do lado do Banco de Portugal, mas há uma dimensão moral, que está do lado dos clientes, e já agora da CMVM, que defende um tratamento idêntico para todos. A explicação do supervisor para obrigar o BES à constituição de uma provisão de 668 milhões de euros no início de 2014, aliás, uma confissão de culpa. A provisão existiu "para a cobertura de riscos reputacionais decorrentes da comercialização" do BES. Importa-se de repetir? Se é assim, o que falta?
O Banco de Portugal tem como objectivo prioritário a manutenção dos rácios do Novo Banco acima do exigido e, por isso, apenas permite que Stock da Cunha apresente propostas comerciais aos melhores clientes que estão naquela lista de aforradores. O presidente do Novo Banco admite que os rácios ficariam encostados aos "mínimos". E depois?
Numa fase em que o Novo Banco está à venda, Carlos Costa está a pensar sobretudo em si e no papel do Banco de Portugal, passado e presente, e talvez até por imposição do BCE, mas a deixar para trás precisamente os clientes mais desfavorecidos e que terão feito mais esforço para fazerem a sua poupança e investi-la nas empresas do GES.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/2/2015 14:19

Boas,

COMUNICADO OFICIAL / DECLARAÇÃO OFICIAL / OFFICIAL STATEMENT - INTERNATIONAL VICTIMS BES (FEB, 15th.)

PROCEDIMIENTO DE VALIDACIÓN DE LA DOCUMENTACIÓN POR LOS ABOGADOS

El procedimiento de validación de la documentación y pago está casi finalizado.

Los abogados van a ir enviando los justificantes de pago a los accionistas durante estos días.

El procedimiento de validación y pago finalizará aproximadamente el 28 de febrero. Por tanto, los últimos accionistas que se han unido a la plataforma tienen este mes para poder adherirse a la acción legal. Para estos pueden unirse entrando en la página principal de www.internationalvictimsbes.info en el botón: acceso usuario registrado. (Pueden pedir la oferta económica de los abogados via email).

Si algún accionista no recibe ninguna notificación de los abogados para el día 28 de febrero, enviad un email a: info@internationalvictimsbes.info o a:

Dr. Sérgio Henriques
RSA Advogados (Lisboa)
sergiohenriques@rsa-advogados.pt
+351 213 566 400

ACCIONES LEGALES

La demanda tiene previsto presentarla los abogados en el mes de Marzo, previamente enviarán un documento a los miembros a través de esta plataforma explicando las líneas generales de la acción judicial.


VALIDATION PROCESS OF DOCUMENTS BY THE LAWYERS

The process of validation and payment is almost completed.

Lawyers will send proof of payment to shareholders during these days.

The process of validation and payment will end approximately February 28th. Therefore, the last shareholders who have joined the platform have this month to join the legal action. So, they can join entering in the home page www.internationalvictimsbes.info, click on the button: access registered users. (may request economic offer of lawyers by email).

If a shareholder does not receive any notification by the lawyers for February 28th, please send an email to: info@internationalvictimsbes.info or to:

Dr. Sérgio Henriques
RSA Advogados (Lisbon)
sergiohenriques@rsa-advogados.pt
+351 213 566 400

LEGAL ACTION

The demand is expected to be presented in the court during the month of March, lawyers shall first send a document to the members through this platform explaining the outline of the legal action.

PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE DOCUMENTOS PELA ADVOGADOS

A documentação do procedimento de validação e pagamento está quase concluída.

Os advogados vão enviar comprovante de pagamento aos acionistas durante estes dias.

O processo de validação e pagamento terminará aproximadamente 28 de fevereiro. Portanto, os accionistas finais que se juntaram a plataforma tem este mês para se juntar à ação legal. Para estes, pode ligar na página principal www.internationalvictimsbes.info clique em: acesso usuario registrado.

Caso o acionista não receba qualquer notificação dos advogados para o dia 28 de fevereiro de enviar um email para: info@internationalvictimsbes.info ou:

Dr. Sérgio Henriques
RSA Advogados (Lisboa)
sergiohenriques@rsa-advogados.pt
+351 213 566 400

AÇÕES LEGALES

OS ADVOGADOS PLANEJAM ABRIR PROCESSO EM MARÇO, JÁ ENVIARAM UM DOCUMENTO AOS MEMBROS ATRAVÉS DESTA PLATAFORMA EXPLICANDO O CONTORNO DA AÇÃO LEGAL.


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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/2/2015 14:17

Boas,

PROCESSO DE VENDA
15 candidatos ao Novo Banco têm até 20 de Março para fazer ofertas
16 Fevereiro 2015, 11:14 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt

Das 17 entidades que manifestaram interesse no Novo Banco, foram aceites 15. As instituições pré-qualificadas têm até 20 de Março para apresentarem as suas ofertas de compra não vinculativas, anunciou o Banco de Portugal.
As 15 instituições que foram pré-qualificadas para participarem no processo de venda do Novo Banco têm até 20 de Março para apresentarem as suas propostas não vinculativas, revelou o Banco de Portugal esta segunda-feira, 16 de Fevereiro, em comunicado. A entidade de supervisão já disponibilizou aos candidatos informação financeira sobre o banco de transição, tendo endereçado o convite para a entrega das ofertas iniciais de compra.

"Foi solicitado a cada uma das entidades pré-qualificadas a assinatura de um acordo de confidencialidade. O Banco de Portugal dirigiu às entidades que já assinaram aquele acordo de confidencialidade convite para a apresentação, até ao dia 20 de Março, de propostas não-vinculativas para aquisição do Novo Banco", refere o comunicado da instituição liderada por Carlos Costa.

Além do convite, as entidades que já aceitaram o acordo de confidencialidade receberam ainda "o caderno de encargos que estabelece o procedimento a seguir na fase de propostas não-vinculativas ("Fase II") e de um "Memorando Informativo" contendo informação sobre o Novo Banco", acrescenta o Banco de Portugal.

Das 17 entidades que manifestaram interesse no processo de venda do banco que herdou os activos saudáveis do Banco Espírito Santo, apenas 15 foram pré-qualificadas para passarem à fase seguinte, que implica a apresentação de ofertas não vinculativas.

"Na sequência do interesse na participação no procedimento de alienação do Novo Banco, manifestado, até 31 de Dezembro de 2014 (17h00), por 17 entidades, o Banco de Portugal procedeu à verificação do cumprimento dos requisitos de pré-qualificação por parte de cada uma daquelas entidades, tendo oportunamente determinado que aqueles requisitos se encontravam cumpridos no caso de 15 entidades", refere o comunicado do supervisor.

Como o Negócios já tinha noticiado, uma das entidades excluídas foi a Associação de cidadãos Nacionais para a compra do Novo Banco (Ananob). Na lista das 15 entidades seleccionadas constam, cinco bancos – Banco BPI, Santander, Banco Popular, BBVA e Bank of China –, a gestora norte-americana de "private equity" Apollo Global Management e o grupo empresarial chinês Fosun.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/2/2015 14:14

Boas,

Fevereiro 13th, 2015
Citamos:

Económico

O SUPREMO TRIBUNAL DE ESPANHA OBRIGOU O BANKIA A DEPOSITAR 800 MILHÕES DE EUROS PARA O CASO DE TER DE INDEMNIZAR PEQUENOS ACCIONISTAS.

O Supremo Tribunal espanhol deu hoje um mês ao Bankia e a alguns ex-administradores do banco para depositarem 800 milhões de euros. Uma espécie de conta-caução para fazer face a potenciais responsabilidades que tenham de ser assumidas perante os investidores que participaram no IPO do banco em 2011, um ano antes de este ter de ser resgatado pelo governo espanhol.

Milhares de pequenos investidores, incluindo pensionistas, perderam quase todo o dinheiro investido no banco, depois do Bankia solicitar o resgate estatal, no valor de 22,5 mil milhões de euros.

Ora, o juiz do Supremo Tribunal, Fernando Andreu, diz agora já ter em sua posse um relatório elaborado por especialistas, que mostra “categoricamente que os balanços utilizados no prospecto do IPO não reflectiam com precisão a situação financeira do banco”.

Recorde-se que as acções foram listadas a 3,75 euros e caíram para 0,01 euros após o resgate do banco.

Alguns dos antigos gestores, incluído o antigo CEO Rodrigo Rato, têm estado a ser investigados por fraude. Rato, juntamente com mais dois ex-administradores, terão de contribuir para o depósito no valor de 800 milhões de euros. Um valor que garante para já cerca de um terço dos 1,8 mil milhões de euros subscritos por pequenos investidores.

Recorde-se que também o BES realizou um aumento de capital em Junho, no valor de 1.045 milhões de euros, e foi alvo de uma medida de resolução menos de dois meses após essa operação. No prospecto vinham apenas referidas eventuais “irregularidades materialmente relevantes” na Espirito Santo International – que colocavam a ‘holding’ que detinha as participações financeiras e não financeiras do Grupo Espirito Santo numa “situação financeira grave.”
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/2/2015 14:12

Boas,

MARQUES MENDES. PREÇO DO NOVO BANCO ESTARÁ ENTRE 3,5 MIL E 4 MIL MILHÕES DE EUROS
O comentador avançou este domingo na SIC que dos 17 concorrentes interessados na compra do Novo Banco foram excluídos dois. Nas próximas cinco semanas, os candidatos vão ter de fundamentar as propostas e apresentar um preço "indicativo".

22:13 Sábado, 14 de fevereiro de 2015
Marques Mendes. Preço do Novo Banco estará entre 3,5 mil e 4 mil milhões de euros
No seu comentário habitual na SIC, este sábado, Luís Marques Mendes referiu-se ao processo de venda do Novo Banco, avançando que atualmente estão em causa 15 concorrentes interessados e que se fala num preço entre os 3,5 mil e os 4 mil milhões de euros.

"Dos 17 concorrentes que manifestaram interesse foram excluídos dois", disse o comentador, com base em fontes bancárias próximas do Fundo de Resolução, acrescentando que um dos excluídos "ao que parece é uma associação de investidores".

Marques Mendes disse ainda que os 15 concorrentes já começaram a ser notificados e que o Banco de Portugal "vai disponibilizar informação financeira" para que possam pensar e fundamentar as propostas. "Vão ter cinco semanas para apresentar as suas propostas, com um plano estratégico e um preço para a compra do banco", afirmou. Esse preço ainda não é vinculativo, é apenas "indicativo".

Outros dos pontos sublinhados pelo comentador é que à "terceira e última fase" vão passar "cerca de cinco ou seis candidatos". Quanto à questão do valor, Marques Mendes disse que estará entre os 3,5 mil e os 4 mil milhõs de euros. "Se estes valores puderem concretizar-se será um bom negócio."



Papel comercial do GES

O ex-líder do PSD arrancou o seu comentário com a questão da compensação dos clientes que compraram papel comercial do Grupo Espírito Santo nos balcões do Banco Espírito Santo, visto que o Banco de Portugal veio dizer que o Novo Banco não irá compensar esses clientes. "Nem tudo o que é legal é justo", disse o comentador.

"Do ponto de vista jurídico é discutível. Porque os clientes são lesados do Grupo Espírito Santo e não do Banco Espírito Santo. E o Novo Banco herdou dívidas do banco, não do grupo. Do ponto de vista moral, acho que tudo isto é chocante."

Marques Mendes disse ainda que as autoridades, "como a CMVM, sabiam que os produtos estavam a ser vendidos aos clientes como produtos do banco". "Entendo que as pessoas têm carradas de razão. Estes produtos foram vendidos como um produto do banco. Há um ano quem é que sabia distinguir o Banco do Grupo?".

O comentador concluiu dizendo "recear" que a situação "não acabe bem". "Moralmente é chocante."
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/2/2015 14:10

Boas,

MIGUEL REIS: BANCO DE PORTUGAL ESTÁ A DEFORMAR "GROSSEIRAMENTE A REALIDADE"
15 Fevereiro 2015, 21:16 por Lusa


O advogado Miguel Reis, que representa alguns clientes do BES, considera que o Banco de Portugal está a deformar "grosseiramente a realidade" e que a informação veiculada pelo banco central na sexta-feira é uma "operação de branqueamento".
Na sexta-feira, o Banco de Portugal emitiu um comunicado, depois da reunião com a associação de clientes detentores de papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES), em que reafirmou que o Novo Banco não tem de compensar os clientes que compraram papel comercial do GES nos balcões do BES, e que só pode avançar com uma solução se esta não afectar o seu equilíbrio financeiro.

Questionado pela Lusa, o advogado Miguel Reis, que também representa detentores de papel comercial do GES, afirmou que o comunicado do Banco de Portugal "não espanta ninguém e apenas serve para confirmar que [se vive] sob um sistema bancário selvagem, sem qualquer controlo de um regulador responsável".

Miguel Reis destacou que o Banco Espírito Santo (BES) "não vendeu a ninguém títulos de dívida de empresas do GES" e que "não havia dívidas a quem quer que fosse, que o BES tivesse comercializado, comprando a um credor para ceder o crédito a outro".

De acordo com o advogado, o que aconteceu foi que "o BES celebrou contratos, por força dos quais os seus clientes lhe emprestaram dinheiro, para que ele o emprestasse a empresas do GES", e "não houve um único caso em que algum administrador de qualquer das empresas do GES tenha negociado o que quer que fosse com as pessoas que emprestaram o dinheiro".

"Por isso, me parece que esse dinheiro deve ser tratado como todo o outro dinheiro que foi entregue por outras pessoas, nomeadamente por todos os depositantes ao BES", defendeu Miguel Reis, reiterando que não há "nenhuma diferença" entre estas aplicações e os demais depósitos.

No sábado, a Associação dos Lesados e Indignados do Papel Comercial (AILPC) do BES disse que vai "abrir um processo judicial contra o Banco de Portugal", se o banco central não se mostrar aberto a negociar esta questão.

Em declarações à Lusa, o presidente da AILPC, Ricardo Ângelo, afirmou que a associação vai "abrir um processo judicial contra o Banco de Portugal e possivelmente contra o Novo Banco", uma vez que não aceita "este recuo" por parte das duas entidades.

"Inicialmente, havia uma concordância de ambos [Banco de Portugal e Novo Banco] em nos ressarcir ou indemnizar em relação ao papel comercial e este recuo é inaceitável", disse ainda Ricardo Ângelo, afirmando que os detentores destes produtos se sentem "descartáveis".

Na quinta-feira, cerca de meia centena de clientes do Novo Banco que subscreveram dívida do GES aos balcões do antigo BES invadiram as instalações do banco na Avenida dos Aliados, no Porto.

Dois dias antes, em declarações aos jornalistas no parlamento, a associação de lesados havia já referido que os clientes iriam continuar a sua luta, voltando a "ir para a rua" pelos seus direitos.

Nesse mesmo dia, o presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, ouvido na comissão de inquérito parlamentar do caso BES/GES, tinha dito que se recusava a "atirar a toalha ao chão" na questão do papel comercial, admitindo, contudo, que o banco tem um "cobertor que não dá para tudo".
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/2/2015 14:07

Boas,

Um negócio escuro em marcha
Fevereiro 16th, 2015
Citamos:

Banco de Portugal

Na sequência do interesse na participação no procedimento de alienação do Novo Banco, S.A., manifestado, até 31 de dezembro de 2014 (17h00), por 17 entidades, o Banco de Portugal procedeu à verificação do cumprimento dos requisitos de pré-qualificação por parte de cada uma daquelas entidades, tendo oportunamente determinado que aqueles requisitos se encontravam cumpridos no caso de 15 entidades.

Em consequência, foi solicitado a cada uma das entidades pré-qualificadas a assinatura de um acordo de confidencialidade.

O Banco de Portugal dirigiu às entidades que já assinaram aquele acordo de confidencialidade convite para a apresentação, até ao dia 20 de março, de propostas não-vinculativas para aquisição do Novo Banco.

O convite foi acompanhado do caderno de encargos que estabelece o procedimento a seguir na fase de propostas não-vinculativas (“Fase II”) e de um “Memorando Informativo” contendo informação sobre o Novo Banco.

Lisboa, 16 de fevereiro de 2015
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/2/2015 14:06

Boas,

O BDP DEFORMA A REALIDADE
Fevereiro 13th, 2015
Citamos:

Jornal de Negócios

O advogado Miguel Reis, que representa alguns clientes do BES, considera que o Banco de Portugal está a deformar “grosseiramente a realidade” e que a informação veiculada pelo banco central na sexta-feira é uma “operação de branqueamento”.
Na sexta-feira, o Banco de Portugal emitiu um comunicado, depois da reunião com a associação de clientes detentores de papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES), em que reafirmou que o Novo Banco não tem de compensar os clientes que compraram papel comercial do GES nos balcões do BES, e que só pode avançar com uma solução se esta não afectar o seu equilíbrio financeiro.

Questionado pela Lusa, o advogado Miguel Reis, que também representa detentores de papel comercial do GES, afirmou que o comunicado do Banco de Portugal “não espanta ninguém e apenas serve para confirmar que [se vive] sob um sistema bancário selvagem, sem qualquer controlo de um regulador responsável”.
Miguel Reis destacou que o Banco Espírito Santo (BES) “não vendeu a ninguém títulos de dívida de empresas do GES” e que “não havia dívidas a quem quer que fosse, que o BES tivesse comercializado, comprando a um credor para ceder o crédito a outro”.

De acordo com o advogado, o que aconteceu foi que “o BES celebrou contratos, por força dos quais os seus clientes lhe emprestaram dinheiro, para que ele o emprestasse a empresas do GES”, e “não houve um único caso em que algum administrador de qualquer das empresas do GES tenha negociado o que quer que fosse com as pessoas que emprestaram o dinheiro”.



“Por isso, me parece que esse dinheiro deve ser tratado como todo o outro dinheiro que foi entregue por outras pessoas, nomeadamente por todos os depositantes ao BES”, defendeu Miguel Reis, reiterando que não há “nenhuma diferença” entre estas aplicações e os demais depósitos.
No sábado, a Associação dos Lesados e Indignados do Papel Comercial (AILPC) do BES disse que vai “abrir um processo judicial contra o Banco de Portugal”, se o banco central não se mostrar aberto a negociar esta questão.
Em declarações à Lusa, o presidente da AILPC, Ricardo Ângelo, afirmou que a associação vai “abrir um processo judicial contra o Banco de Portugal e possivelmente contra o Novo Banco”, uma vez que não aceita “este recuo” por parte das duas entidades.
“Inicialmente, havia uma concordância de ambos [Banco de Portugal e Novo Banco] em nos ressarcir ou indemnizar em relação ao papel comercial e este recuo é inaceitável”, disse ainda Ricardo Ângelo, afirmando que os detentores destes produtos se sentem “descartáveis”.
Na quinta-feira, cerca de meia centena de clientes do Novo Banco que subscreveram dívida do GES aos balcões do antigo BES invadiram as instalações do banco na Avenida dos Aliados, no Porto.
Dois dias antes, em declarações aos jornalistas no parlamento, a associação de lesados havia já referido que os clientes iriam continuar a sua luta, voltando a “ir para a rua” pelos seus direitos.
Nesse mesmo dia, o presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, ouvido na comissão de inquérito parlamentar do caso BES/GES, tinha dito que se recusava a “atirar a toalha ao chão” na questão do papel comercial, admitindo, contudo, que o banco tem um “cobertor que não dá para tudo”.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/2/2015 14:04

Boas,

O BDP E O PAPEL DO GES
Fevereiro 13th, 2015
Não se estava à espera de outra coisa.

Mas é paradoxal, lá isso é…

O comunicado do Banco de Portugal não espanta ninguém e apenas serve para confirmar que vivemos sob um sistema bancário selvagem, sem qualquer controlo de um regulador responsável.

O Banco de Portugal deforma grosseiramente a realidade.

O Banco Espírito Santo não vendeu a ninguém “títulos de dívida” de empresas do Grupo Espírito Santo. Não havia dividas a quem quer que fosse, que o BES tivesse comercializado, comprando a um credor para ceder o crédito a outro. Nada disso.

O que aconteceu foi que, no exercício da atividade bancária, que é uma atividade regulada, o Banco Espírito Santo celebrou contratos, por força dos quais os seus clientes lhe emprestaram dinheiro, para que ele o emprestasse a empresas do Grupo Espirito Santo.

Que eu saiba, não houve um único caso em que algum administrador de qualquer das empresas do GES tenha negociado o que quer que fosse com as pessoas que emprestaram o dinheiro.

Também não há qualquer indício de que quem quer que fosse tenha entregue dinheiro a qualquer das empresas do GES. O dinheiro emprestado foi entregue em contas do Banco Espírito Santo.

Estamos perante depósitos que, em sentido técnico, são depósitos irregulares, no sentido de que o depositário não é obrigado a entregar a coisa, mas coisa de igual quantidade e valor. Ou seja: o dinheiro entregue pelos investidores ao BES passou a ser do BES e não das empresas emissoras dos títulos. Por isso me parece que esse dinheiro deve ser tratado como todo o outro dinheiro que foi entregue por outras pessoas, nomeadamente por todos os depositantes ao BES.

É claro e inequivoco que nenhuma diferença de natureza há entre estas aplicações e demais depósitos. Os investidores limitaram-se a entregar dinheiro ao banco, recebendo dele uma promessa de pagamento da empresa X ou Y, pro conta de um crédito que, com esse dinheiro, o banco lhe fez, em seu nome e sem intervenção dos investidores.

Outro entendimento não passa de uma operação de branqueamento…

Claro que isto que tem que ser sindicado pelos tribunais…

Miguel Reis
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/2/2015 14:03

Boas,

E O FAVORECIMENTO DE CREDORES? JÁ NÃO É CRIME?
Fevereiro 13th, 2015
Citamos:

Jornal de Negócios

O Novo Banco não tem “qualquer responsabilidade” pelo papel comercial do GES, mas pode compensar os clientes com essas aplicações desde que “não prejudique o seu equilíbrio financeiro”. Foi esta a mensagem que o Banco de Portugal transmitiu esta sexta-feira aos representantes da Associação Lesados do Papel Comercial.
O Novo Banco pode compensar os clientes com aplicações em papel comercial de empresas do Grupo Espírito Santo, mas não tem “qualquer responsabilidade” de o fazer. Assim, essa prática comercial tem de ser desenvolvida desde que “não prejudique o equilíbrio financeiro” do banco de transição.
Foi esta a mensagem que a equipa técnica do Banco de Portugal transmitiu aos representantes da Associação “Os Indignados e Enganados do Papel Comercial”, numa reunião que teve lugar esta sexta-feira, 13 de Fevereiro, na sede da entidade de supervisão. De acordo com um comunicado da instituição liderada por Carlos Costa, o encontro realizou-se na sequência do pedido feito por esta organização, que se auto-intitula de Associação Lesados do Papel Comercial e reclama junto do Novo Banco o reembolso das suas aplicações em dívida do GES.
Segundo o Banco de Portugal, os representantes dos clientes foram informados que, “não tendo qualquer responsabilidade decorrente da comercialização pelo BES de dívida emitida por entidades que integram o GES (…), o Novo Banco também não está impedido de desenvolver práticas comerciais dirigidas aos detentores daqueles títulos, no interesse simultâneo de ambas as partes, sempre sob condição de que tal não prejudique o equilíbrio financeiro” da instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha.
O comunicado do supervisor dá resposta à generalidade dos argumentos que têm sido apontados pelos Lesados do Papel Comercial para reivindicar junto do Novo Banco o pagamento das suas aplicações.
Um dos primeiros motivos apresentados pela associação é o facto de o Banco de Portugal ter obrigado o BES a constituir uma provisão para garantir o reembolso dos clientes do papel comercial. A este tema o supervisor responde que estava em causa a “cobertura de riscos reputacionais emergentes da comercialização de títulos representativos de dívida de empresas do ramo não financeiro do GES”, o que não representa “o reconhecimento de um direito invocável por terceiros”.
A entidade liderada por Carlos Costa contesta ainda a ideia de que o BES se comprometeu, perante os clientes, a reembolsar estas aplicações. “Até à data não se conhece evidência de quaisquer créditos que cumpram estes requisitos”, refere o comunicado do Banco de Portugal.

O documento esclarece ainda que, no momento da resolução do BES, “ficou em aberto a possibilidade de o Novo Banco vir a constituir provisões para fazer face à eventual confirmação da existência” de aplicações em papel comercial que beneficiassem de garantia de reembolso daquela instituição. Como não se confirmou a existência deste tipo de garantias, não foi constituída qualquer provisão nesse sentido.

Esta provisão poderia ter sido também constituída caso a administração do Novo Banco tivesse decidido apresentar “uma solução comercial dirigida aos seus clientes de retalho que haviam subscrito títulos de dívida do GES”. Mas como esta decisão não foi tomada, “não foi constituída [no balanço de abertura da instituição] qualquer provisão relacionada com eventuais custos, obrigações, deveres ou compromissos decorrentes da detenção, por clientes de retalho, de títulos de dívida do GES.
 
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Re: BES - A LUTA

por zecatreca_1 » 16/2/2015 13:20

Coloquei aqui a questão mas por algum motivo o post desapareceu.
Como não tenho acompanhado esta novela, alguém me sabe dizer se já pagaram as obrigacoes senior do bes? Como está ou ficou essa situação ?
Obrigado
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 13/2/2015 19:41

Boas,

EMPRESAS/FINANÇAS18:09
O CASO BANKIA E AS SEMELHANÇAS COM O BES
MARTA MARQUES SILVA
18:09
O caso Bankia e as semelhanças com o BES
O Supremo Tribunal de Espanha obrigou o Bankia a depositar 800 milhões de euros para o caso de ter de indemnizar pequenos accionistas.
O Supremo Tribunal espanhol deu hoje um mês ao Bankia e a alguns ex-administradores do banco para depositarem 800 milhões de euros. Uma espécie de conta-caução para fazer face a potenciais responsabilidades que tenham de ser assumidas perante os investidores que participaram no IPO do banco em 2011, um ano antes de este ter de ser resgatado pelo governo espanhol.
Milhares de pequenos investidores, incluindo pensionistas, perderam quase todo o dinheiro investido no banco, depois do Bankia solicitar o resgate estatal, no valor de 22,5 mil milhões de euros.
Ora, o juiz do Supremo Tribunal, Fernando Andreu, diz agora já ter em sua posse um relatório elaborado por especialistas, que mostra "categoricamente que os balanços utilizados no prospecto do IPO não reflectiam com precisão a situação financeira do banco".
Recorde-se que as acções foram listadas a 3,75 euros e caíram para 0,01 euros após o resgate do banco.
Alguns dos antigos gestores, incluído o antigo CEO Rodrigo Rato, têm estado a ser investigados por fraude. Rato, juntamente com mais dois ex-administradores, terão de contribuir para o depósito no valor de 800 milhões de euros. Um valor que garante para já cerca de um terço dos 1,8 mil milhões de euros subscritos por pequenos investidores.
Recorde-se que também o BES realizou um aumento de capital em Junho, no valor de 1.045 milhões de euros, e foi alvo de uma medida de resolução menos de dois meses após essa operação. No prospecto vinham apenas referidas eventuais "irregularidades materialmente relevantes" na Espirito Santo International - que colocavam a ‘holding' que detinha as participações financeiras e não financeiras do Grupo Espirito Santo numa "situação financeira grave."
 
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Re: BES - A LUTA

por bininho » 13/2/2015 0:14

chimico80 Escreveu:
pata-hari Escreveu:"A intenção "não é a "obrigação legal".



Pode não ser obrigação legal mas tem de haver obrigação MORAL!!!
Como justificas pessoas com 80 anos ou pessoas com deficiências tenham assinado papel comercial? Todos os gestores falaram em depósitos de capital garantido sem riscos. Há provas disso de gestores que assinaram folhas a garantir isso.

Em que país estamos? que pessoas nos governam? que M*** é esta que vale tudo para tentar salvar empresas? enganam pessoas do retalho com poucos conhecimentos?

Atendendo a casos do passado nomeadamente do BCP, não tenho a banca como uma "entidade" que age de boa fé.
 
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Re: BES - A LUTA

por chimico80 » 12/2/2015 22:21

pata-hari Escreveu:"A intenção "não é a "obrigação legal".



Pode não ser obrigação legal mas tem de haver obrigação MORAL!!!
Como justificas pessoas com 80 anos ou pessoas com deficiências tenham assinado papel comercial? Todos os gestores falaram em depósitos de capital garantido sem riscos. Há provas disso de gestores que assinaram folhas a garantir isso.

Em que país estamos? que pessoas nos governam? que M*** é esta que vale tudo para tentar salvar empresas? enganam pessoas do retalho com poucos conhecimentos?
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 12/2/2015 21:22

Boas,

EX-RESPONSÁVEL DO BES RELATA QUE SALGADO E OUTROS ESPÍRITO SANTO SABIAM DE DÍVIDA ESCONDIDA
12 Fevereiro 2015, 19:09 por Lusa

João Martins Pereira, que esteve no BES e na ESFG, não sabe porque é que a dívida da sociedade de topo do GES foi ocultada. Mas, aos deputados , disse que o antigo contabilista relatou, à sua frente, que Salgado e outros membros da família conheciam a situação.
O ex-responsável de 'compliance' do BES, João Martins Pereira, revelou esta quinta-feira, 12 de Fevereiro que, em Março de 2014, o contabilista da ESI lhe disse que Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo e Manuel Fernando Espírito Santo conheciam os problemas da 'holding'.

"Machado da Cruz [contabilista da Espírito Santo International (ESI)] disse na minha presença que havia três pessoas no grupo [Grupo Espírito Santo (GES)] que sabiam que a dívida não estava totalmente reflectida, mas que não sabiam o montante", afirmou Martins Pereira durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES.

Tratava-se de Ricardo Salgado, ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), José Manuel Espírito Santo, ex-administrador do banco, e Manuel Fernando Espírito Santo, ex-presidente da Rioforte, especificou o ex-responsável pela 'compliance' do BES.

Martins Pereira disse que, além destes três membros do clã Espírito Santo, o ex-responsável pela tesouraria do GES, José Castella, a quem Machado da Cruz reportava, também sabia da questão.

Segundo Martins Pereira, esta informação foi-lhe transmitida por Machado da Cruz numa reunião em Março de 2014, que teve duas partes distintas e na qual o responsável apenas participou numa delas. Salgado, José Manuel e Manuel Fernando Espírito Santo marcaram presença neste encontro.

Não sabe quem ordenou

"Não ouvi o dr. Machado da Cruz dizer que A, B ou C mandou-me fazer isto. O que ouvi dizer é que a situação da dívida não estar totalmente registada era do conhecimento de algumas pessoas", acrescentou perante as questões com ia sendo confrontado.

Martins Pereira revelou que já sabia do problema do passivo da ESI desde 12 de Novembro de 2013, numa reunião em que participaram José Castella, Francisco Machado da Cruz e Carlos Calvário, que o informaram de que "a dívida não estava correta".

O responsável disse que percebeu nesse dia que a ESI não tinha contas consolidadas, nem auditadas, não cumprindo as normas do Luxemburgo, país onde esta 'holding' de topo do GES tem sede.

"Uma coisa foi logo decidida: a dívida teria de ser imediatamente corrigida e o Banco de Portugal teria de ser informado de que as contas não reflectiam a totalidade da dívida", afirmou, revelando que pouco tempo depois chegou a exigência do supervisor para que fosse feita uma auditoria às contas consolidadas da ESI.

Martins Pereira disse que não sabe quais os motivos que levaram à ocultação do passivo. "Havia obviamente um erro gravíssimo: fosse de não consolidação ou de não registo, isso era evidente. Se era deliberado ou não?", lançou. Machado da Cruz, na sua audição à porta fechada, disse que foi Ricardo Salgado quem ordenou esconder dívida da sociedade.


A AUDITORIA DE 2001 NADA TEM QUE VER COM 2013
O ex-responsável de 'compliance' do BES João Martins Pereira disse também no Parlamento não entender a ligação que já foi feita entre um relatório da PricewaterhouseCoopers (PwC) em 2001 e os problemas detetados no banco em 2013. "Passaram doze anos".

"Não consigo perceber que relação é que se faz de uma coisa que aconteceu em 2001 e outra que se passou em 2013", disse na comissão de inquérito o responsável, também ex-administrador da Espírito Santo Financial Group (ESFG) e ex-quadro da PwC.

Entre 2001 e 2013, houve "administrações do BES, auditorias semestrais, acções inspetivas por parte dos supervisores, aumentos de capitais, agências de 'rating', analistas", lembrou perante os deputados da comissão de inquérito.

Ouvido recentemente na mesma comissão, o presidente da PwC disse que a área de concessão de crédito do BES mereceu "especial atenção" da auditora logo em 2001, ano em que terminaria a sua ligação com a área financeira do grupo.
 
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Re: BES - A LUTA

por Pata-Hari » 12/2/2015 18:05

"A intenção "não é a "obrigação legal".
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Re: BES - A LUTA

por carvalhasjon » 12/2/2015 17:52

pata-hari Escreveu:O que transita é o depositário que deixa de ser o BES para ser o Novo Banco.

Do mesmo modo que se tivesses acções do BCP depositadas no BES, o depositário passaria a ser o Novo Banco. O que compraste é algo que é garantido pela entidade emitente. O bes tem uma responsabilidade "moral" pelo facto de ter comercializado as aplicações. O Novo banco herda uma responsabilidade "moral" (ou comercial). Só isso.



Sim, mas também diziam "este mantém a intenção de assegurar o reembolso" manteve foi por pouco tempo!!!
 
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Re: BES - A LUTA

por Pata-Hari » 12/2/2015 17:02

O que transita é o depositário que deixa de ser o BES para ser o Novo Banco.

Do mesmo modo que se tivesses acções do BCP depositadas no BES, o depositário passaria a ser o Novo Banco. O que compraste é algo que é garantido pela entidade emitente. O bes tem uma responsabilidade "moral" pelo facto de ter comercializado as aplicações. O Novo banco herda uma responsabilidade "moral" (ou comercial). Só isso.
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Re: BES - A LUTA

por carvalhasjon » 12/2/2015 16:44

Até emitiram comunicados!
Vai ter que ser a limpar poeira mesmo, não há outra solução!

comunicado novo banco papel comercial.pdf
(36.95 KiB) Transferido 266 Vezes
 
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Re: BES - A LUTA

por carvalhasjon » 12/2/2015 16:42

Era assim nas FAQ em Outubro, agora stock diz que não!

Qual é a implicação da criação do NOVO BANCO para clientes com investimento em Papel Comercial (ESI, Rio Forte)?
O Papel Comercial emitido pela ESI e Rio Forte transitam para o NOVO BANCO, e este mantém a intenção de assegurar o reembolso, na maturidade, do capital
investido pelos seus clientes não institucionais junto das redes comerciais do Grupo BES de então.
Editado pela última vez por carvalhasjon em 12/2/2015 16:48, num total de 1 vez.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 12/2/2015 15:08

Boas,

LESADOS DO PAPEL COMERCIAL DO BES VOLTAM A MANIFESTAR-SE. "QUEREMOS O NOSSO DINHEIRO"
12 Fevereiro 2015, 13:52 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

Perto de 50 clientes do Novo Banco que compraram dívida do antigo BES invadiram as instalações do banco no Porto. Pedem a devolução do dinheiro que investiram. Muitos defendem ter sido burlados.
Na Avenida da Liberdade, no Porto, há uma nova manifestação. Alguns dos clientes do Banco Espírito Santo que, aos seus balcões, adquiriram títulos de dívida de curto prazo que nunca foram pagos juntaram-se mais uma vez para pedir o reembolso.

"Queremos o nosso dinheiro" é a palavra-de-ordem que se ouve nas imagens transmitidas pelos canais de informação TVI24 e RTP Informação. Segundo os dois canais e, de acordo com o que conta também a agência Lusa, os clientes lesados invadiram as instalações da dependência do Novo Banco na principal avenida do Porto.

A associação que junta vários clientes do BES - Associação Os Indignados e Enganados do Papel Comercial (anteriormente conhecida por Lesados Novo Banco) - havia marcado um protesto para esta quinta-feira, 12 de Fevereiro. No último ano, foi vendido papel comercial nos balcões do antigo BES que acabou por nunca ser devolvido. Muitos dos subscritores defendem que tinham um perfil conservador mas que os gestores de conta acabaram por vender-lhes aquele título de dívida de sociedades do Grupo Espírito Santo que estavam em situação financeira delicada - em alguns casos, o papel foi vendido tendo como base contas falsificadas da ESI, razão pela qual o grupo se diz burlado.

Neste momento, discute-se a forma de reembolso destes clientes e se ele será assegurado. As emitentes (ESI e Rioforte) são as primeiras responsáveis mas estão ambas em processo de insolvência no Luxemburgo, onde estão sedeadas. O BES constituiu uma provisão de 700 milhões de euros para assegurar aquela devolução. Após a resolução do banco, a provisão ficou no BES, ou seja, no banco "mau": o seu presidente, Luís Máximo dos Santos, já afirmou que não há dinheiro que consiga pagar aqueles investimentos, dado que o capital próprio da entidade é "claramente negativo" (mesmo vendendo tudo o que tem, não conseguiria pagar tudo o que deve).

Assim, o Novo Banco é a esperança destes subscritores, embora Eduardo Stock da Cunha garanta que não tenha obrigação de os reembolsar. "O Novo Banco não tem qualquer responsabilidade sobre o papel comercial. Não existe nenhuma provisão no Novo Banco para o papel comercial. Essa provisão não passou para o Novo Banco. Não existe nenhuma obrigação legal de o Novo Banco pagar o que quer seja do papel comercial", disse esta semana na comissão parlamentar de inquérito. Daí que fale apenas em indemnização e de solução que seja justificada por motivos comerciais. Contudo, na sua audição, o líder do herdeiro dos activos e passivos considerados saudáveis afirmou ainda não ter atirado "a tolha ao chão", mostrando que procura ainda uma solução que seja aceite pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Os titulares de papel comercial da ESI e da Rioforte adquiridos nos balcões do BES já se manifestaram na Avenida da Liberdade, sede do Novo Banco em Lisboa, no Banco de Portugal, também em Lisboa, e alguns dos seus representantes reuniram-se com Stock da Cunha antes da audição da comissão parlamentar de inquérito.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 12/2/2015 13:46

Boas,

CLIENTES OCUPAM INSTALAÇÕES DO NOVO BANCO NO PORTO
12-02-2015 12:26"Banco de Portugal tem dever de protecção", "devolvam o que é nosso" e "queremos as nossas poupanças" são algumas das mensagens que podem ser lidas nos cartazes dos manifestantes.

Um grupo de clientes lesados do papel comercial do Banco Espírito Santo (BES) ocuparam, esta quinta-feira, as instalações do Novo Banco na Avenida dos Aliados, na baixa do Porto.

Os manifestantes exigem a devolução integral do dinheiro que investiram antes do colapso BES. Alegam que estão usar o seu direito à indignação.
"Banco de Portugal tem dever de protecção", "devolvam o que é nosso" e "queremos as nossas poupanças" são algumas das mensagens que podem ser lidas nos cartazes dos manifestantes.

A polícia está nas instalações a acompanhar este protesto.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 12/2/2015 12:46

Boas,

RICARDO ARAÚJO PEREIRA


INTRODUÇÃO À LINGUÍSTICA DO CASO BES
Só por má vontade pode pensar-se que Cavaco Silva estaria a falar do BES. Ainda estamos à espera que o Presidente fale do BPN
O caso BES deixou esta semana de ser apenas um problema de finanças para passar a ser também um problema de semântica. Ricardo Salgado disse que se encontrou com Cavaco Silva duas vezes, e que o alertou para os "riscos sistémicos" do BES. Tendo isto acontecido em Maio, algumas pessoas estranharam que, em Julho, o Presidente tenha feito declarações sobre o BES apelando à confiança dos portugueses no banco. Essas pessoas não têm razão para estar intrigadas, porque, de acordo com Cavaco Silva, a declaração que ele fez sobre o BES não era uma declaração sobre o BES. É aqui que precisamos de ajuda técnica. Que requisitos deve preencher uma declaração para que se possa dizer dela, com propriedade e segurança, que se trata de uma declaração sobre o BES? Estudemos a frase de Cavaco sobre o BES que não era, afinal, sobre o BES: "O Banco de Portugal tem sido peremptório, categórico, a afirmar que os portugueses podem confiar no Banco Espírito Santo." Segundo o Presidente, esta declaração sobre o BES é uma afirmação acerca do Banco de Portugal. Não está ali, diz ele, nem uma palavra sobre o BES. Se os rumores que geraram as perguntas dos jornalistas fossem de outro tipo, e o Chefe de Estado tivesse pretendido igualmente invocar o Banco de Portugal como garantia de credibilidade, Cavaco poderia ter dito, por exemplo: "O Banco de Portugal tem sido peremptório, categórico, a afirmar que os portugueses podem confiar na fada dos dentes." Nessa altura, ninguém poderia dizer: "Ouve lá, o Cavaco deve estar maluco. Ouviste aquelas declarações dele sobre a fada dos dentes?" A razão pela qual isso não seria admissível é simples: aquelas declarações sobre a fada dos dentes são, isso sim, uma afirmação acerca do Banco de Portugal. Se, dois meses antes de terem sido proferidas estas declarações imaginárias, a fada dos dentes tivesse requerido uma audiência ao Presidente para lhe revelar que era, na verdade, um sujeito do Montijo chamado Alfredo, o Presidente continuaria a ter toda a legitimidade para fazer aquela afirmação, na medida em que ela se refere apenas ao Banco de Portugal.

Só por má vontade pode pensar-se que Cavaco Silva estaria a falar do BES. Ainda estamos à espera que o Presidente fale do BPN, do modo como eram negociadas acções não cotadas na bolsa e do papel de um conselheiro de Estado e de antigos membros do seu Governo na gigantesca burla. Antes de se pronunciar sobre isso, é evidente que não faria sentido que Cavaco falasse do BES. Às vezes, as pessoas desejam apenas provocar por provocar.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 12/2/2015 12:43

Boas,

TRANQUILIDADE CONFIRMA EMPRÉSTIMOS AO BES, MAS ORDEM FOI DO ACCIONISTA
11-02-2015 23:16Brito e Cunha esteve no Parlamento a ser ouvido na comissão parlamentar ao BES e ao GES
O ex-presidente da seguradora Tranquilidade admite que foram concedidos empréstimos ao Grupo Espírito Santo. No entanto, o administrador rejeita assumir a responsabilidade total pela decisão.
Foi o próprio a aprovar 150 milhões de euros em empréstimos ao Grupo Espírito Santo em meados de 2014, numa altura em que já eram conhecidas as dificuldades das empresas.
Estes créditos que deixaram um buraco nas contas da seguradora mas, na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES, Peter Brito e Cunha afirmou que a ordem foi do accionista.
"Quem era a Tranquilidade para dizer que não? Havia as razões todas e mais algumas para não questionar isso ao accionista. O accionista esteve lá 25 anos e nunca fez mal à companhia. Não ia ser eu o mau da fita", declarou aos deputados da comissão de inquérito à gestão do BES e do GES.
As operações de financiamento dividiram-se entre quatro e foram repartidas entre o Espírito Santo Financial Group (ESFG) e a ESFIL, detida pela primeira, que se situa abaixo da Rioforte e da Espírito Santo International (ESI).
Na comissão executiva da seguradora, reconheceu, havia quem não concordasse com esse aval ao financiamento de entidades do GES.
Brito e Cunha disse também na comissão de inquérito que a proposta da Apollo para a compra da seguradora "não foi a mais alta", tendo havido uma que era superior em 20 milhões de euros.
O antigo presidente da comissão executiva da Tranquilidade, do grupo GES, reconheceu também que a Apollo foi uma de entre várias contactadas inicialmente sobre a venda da empresa. "Arrancámos com dez, onze, e fomos reduzindo até às ofertas vinculativas no qual só ficou a Apollo no fim", sublinhou no Parlamento.
O negócio fixou-se em 215 milhões de euros, dos quais 50 milhões de euros em dinheiro e mais de 150 milhões de euros garantidos para reforçar os capitais da instituição.
O ex-presidente da Tranquilidade acrescentou que não foi afastado da seguradora com a venda da empresa, tendo optado pela reforma após "37 anos nos seguros". "Não fui afastado, foi um pedido meu de poder usufruir da minha reforma, 25 anos de trabalho na companhia já são muitos anos. E estive 12 anos antes disso nos seguros, no total foram 37 anos de seguros", declarou.
 
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