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Caldeirão da Bolsa

Professores sem serviços mínimos, decisão Colégio Arbitral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 18/6/2013 15:15

AmigosdaBolsa Escreveu:Artista, o estudo acompanhado era dado em que Ano? Quando apareceu?

Estive no privado até ao 9º Ano (2002) e no publico no secundário (2005) e nunca tive essa disciplina.


No secundário não havia, era só até ao 9º ano... não sei bem quando apareceu mas deve ter sido há cerca de 10 anos, mais coisa menos coisa!

Parece-me que o desaparecimento desta área curricular não disciplinar dos currículos vem contribuir para o empobrecimento do ensino, ainda assim há alterações bem mais inaceitáveis, digamos que esta até se aguenta!
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por K. » 18/6/2013 15:14

O que interessa nestas coisas nao e o que se diz, mas sim QUEM diz.

...<<Milton Friedman>>...não diz tudo?
 
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por Allaphor » 18/6/2013 15:13

MarcoAntonio Escreveu:
Allaphor Escreveu:As pessoas têm de ser responsabilizadas pelas suas decisões. Um estado ama-seca é redutor do papel do cidadão. Se os pais não se importam com os seus próprios filhos, não tenho de ser eu a pagar por isso...


Quem frequenta as escolas são as crianças/educandos. Tu achas portanto que os filhos de pais irresponsáveis (por exemplo) devem pagar pela irresponsabilidade dos pais.


É interessante notar também que tenhas passado do argumento "não existiriam escolas más" para o argumento "as escolas más ficarão para os filhos de quem as merece".



Também não percebi exactamente de que forma é que estás a pagar pelos pais de outros filhos não se preocuparem com eles (talvez seja uma reiteração do argumento acima sobre a segregação social que defendes/promoves).


O que eu disse foi "Se os pais não se importam com os seus próprios filhos, não tenho de ser eu a pagar por isso... " e isto aplica-se a tudo, não só à escola.

E mantenho, não haveria escolas más. Os pobres ficariam com as piores, mas as piores seriam melhores do que muito do que temos agora.

As crianças não têm de pagar a estupidez dos pais, mas isso não quer dizer que tenha de ser eu a pagar, sacrificando o futuro dos meus próprios filhos, para que os filhos dos outros superem a incompetência dos próprios pais.
 
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por Zeb_PT » 18/6/2013 15:12

Ok, compreendido. O que disseste atrás foi mais uma resposta direccionada ao user do que a tua posição.
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por MarcoAntonio » 18/6/2013 15:11

Zeb_PT Escreveu:Marco, vamos então chegar ao ponto de definir quem são os maus pais para retirar-lhes as crianças para dar oportunidade às mesmas?


Zeb, isso já existe. Queres discutir os critérios?

Não me parece particularmente útil ficar a focar a discussão nos casos mais extremos/excepcionais e eu também não defendi a generalização ou alargamento de critérios para perda de custódia. Epá, com franqueza estive a milhas de tal coisa e a discussão parece-me totalmente desnecessária.


Zeb_PT Escreveu:Parece que seguindo esse teu argumento podeos chegar a essa conclusão na defesa das mesmas oportunidades, onde establecer o limite e porquê nas escolas (parte pequena da educação das crianças) e não nos pais (grande parte da educação das crianças)?


Qual conclusão? Se é o ponto de cima, nós já chegamos a esse ponto. Achas que os pais não deveriam perder a custódia dos filhos em circunstância alguma?

Isto está meio confuso, primeiro porque tal coisa já existe e segundo porque eu não puxei o tema e certamente não me apresentei com qualquer posição extrema sobre o assunto (se alguma coisa, eu respondi a alguém que tinha uma posição extrema que promovia a segregação social, isso sim).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por migluso » 18/6/2013 15:08

elreidom Escreveu:E também era assegurado que as escolas privadas teriam de aceitar qualquer candidato? E o estado também iria financiar as escolas privadas consideradas de maior qualidade, onde se paga 800, 900, 1000 euros de mensalidade? Como é que isso é melhor para as contas públicas?


De modo a assegurar a concorrência entre escolas ao nível do preço, é essencial que, acima de determinado rendimento familiar, haja uma co-pagamento por parte das famílias, digamos que entre 10% e 100% do preço praticado pela escola.

Quando é que uma situação de quase monopólio é melhor para a sociedade ou mesmo para as contas públicas?

mais_um Escreveu:E como farias a seleção dos alunos no caso de o nº de vagas numa determinada escola não ser suficiente para os inscritos?


Não ficava tudo na mesma, essa classe pouparia o dinheiro do cheque ensino.


O real efeito disso era criares escolas-gueto.


Selecção: os melhores alunos teriam prioridade na escolha.
Classe dos ricos: provavelmente até deixariam de receber o cheque ensino que recebem hoje para manter os filhos na privada
Guetos: existem hoje - são as escolas dos meninos ricos.
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por Allaphor » 18/6/2013 15:04

MarcoAntonio Escreveu:
Porque é que não beneficia só os maus? Porque não dá jeito ao teu argumento ou porque já decidiste que a segregação social é uma coisa positiva?


Não beneficia os maus porque é difícil a uma criança ou um adolescente encarar a inferioridade intelectual de uma forma positiva. Nos miúdos mais fracos a competição é desmotivante, é lhes mais fácil abandonar a corrida do que correr uma corrida que acham que não podem ganhar.

MarcoAntonio Escreveu:Ou se calhar beneficia os maus e prejudica os bons, tendo um efeito moderador. Não?



Já viste bem o que escreveste? Onde é que prejudicar alguém pode ser bom? Devíamos todos usar vendas para os cegos não se sentirem mal? Deviamos todos andar de cadeira de rodas para os paraplégicos não se sentirem em desvantagem?

MarcoAntonio Escreveu:
Ou poderá beneficiar mais os maus do que prejudicar os bons ou vice-versa na presença de determinadas condicionantes ou factores que não estamos aqui a escaulpelizar.


A diferença nos resultados das turmas de nível versus as turmas não homogeneizadas demonstram bem que ninguém sai beneficiado. Se tiveres duas turmas com níveis diferentes e fizeres a media combinada das notas, será superior à media combinada de duas turmas em que os alunos não estejam segregados por nível

ver
Effects of Ability Grouping on Secondary School Students: A Meta-analysis of Evaluation Findings

American Educational Research Journal
 
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por Zeb_PT » 18/6/2013 15:01

Marco, vamos então chegar ao ponto de definir quem são os maus pais para retirar-lhes as crianças para dar oportunidade às mesmas?

Parece que seguindo esse teu argumento podeos chegar a essa conclusão na defesa das mesmas oportunidades, onde establecer o limite e porquê nas escolas (parte pequena da educação das crianças) e não nos pais (grande parte da educação das crianças)?
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por MarcoAntonio » 18/6/2013 14:57

Allaphor Escreveu:As pessoas têm de ser responsabilizadas pelas suas decisões. Um estado ama-seca é redutor do papel do cidadão. Se os pais não se importam com os seus próprios filhos, não tenho de ser eu a pagar por isso...


Quem frequenta as escolas são as crianças/educandos. Tu achas portanto que os filhos de pais irresponsáveis (por exemplo) devem pagar pela irresponsabilidade dos pais.


É interessante notar também que tenhas passado do argumento "não existiriam escolas más" para o argumento "as escolas más ficarão para os filhos de quem as merece".



Também não percebi exactamente de que forma é que estás a pagar pelos pais de outros filhos não se preocuparem com eles (talvez seja uma reiteração do argumento acima sobre a segregação social que defendes/promoves).
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 18/6/2013 15:01, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 18/6/2013 14:50

Allaphor Escreveu:Claro que os alunos cujos pais tivessem menos posses e não fossem especialmente dotados acabariam em escolas mais baratas, mas a média da qualidade das escolas mais baratas seria certamente superior à média actual. Além disto a segregação dos maus alunos seria uma coisa positiva. O talento e a civilidade não passam por osmose e juntar os bons com os maus só prejudica os bons.


Porque é que não beneficia só os maus? Porque não dá jeito ao teu argumento ou porque já decidiste que a segregação social é uma coisa positiva?

Ou se calhar beneficia os maus e prejudica os bons, tendo um efeito moderador. Não?

Ou poderá beneficiar mais os maus do que prejudicar os bons ou vice-versa na presença de determinadas condicionantes ou factores que não estamos aqui a escalpelizar.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
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por mais_um » 18/6/2013 14:49

Allaphor Escreveu:
Pelo filtro mais justo que existe, pelo dinheiro que estivessem dispostos a Pagar.



Não me revejo numa sociedade em que o acesso à educação básica esteja dependente da capacidade financeira. Isso seria um retrocesso civilizacional tremendo.

Allaphor Escreveu:Além disso a escola teria vantagem em conceder bolsas aos melhores, para melhorar a reputação da escola.



Bolsas no 1º ano de escolaridade para os melhores?.... :twisted: :twisted:


Allaphor Escreveu:
E porque é que uma pessoa para ter ensino de qualidade para os filhos tem de pagar duas vezes?



Não paga pela qualidade de ensino a maior parte das vezes.


Allaphor Escreveu:
Pura e simplesmente não há alunos para tantos professores. Neste momento o critério que distingue um professor no desemprego de um professor empregado é basicamente o ano em que nasceu, se apanhou a altura em que era facil passar ao quadro ou não... Num sistema privatizado, os maus acabavam por ser despedidos e trocados pelos bons, o que era muito melhor.

Claro que os alunos cujos pais tivessem menos posses e não fossem especialmente dotados acabariam em escolas mais baratas, mas a média da qualidade das escolas mais baratas seria certamente superior à média actual. Além disto a segregação dos maus alunos seria uma coisa positiva. O talento e a civilidade não passam por osmose e juntar os bons com os maus só prejudica os bons.


Estás a misturar o sistema de ensino, com a gestão de carreiras.
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por rmachado » 18/6/2013 14:49

mais_um Escreveu:
Zeb_PT Escreveu:Mas mais_um, na eventualidade do sistema cheque-escola, se existir zonas com alunos(procura) (e cheques-escolas) sem condições não é facil montar uma escola (oferta) nesse sitio tendo em conta que a procura existe?



Não. Vê o que se passou com os jardins de infância.

Antigamente praticamente só existia JI privados, há uns anos começaram a abrir públicos, o que aconteceu foi as pessoas mudarem para o publico (e não é de borla), deixando de existir nº suficiente de alunos para manter os privados abertos, o que fez com que estes fechassem.

Tu não podes abri uma escola hoje, (para ver se dá) e para o ano a seguir fechas.

O ensino não é restauração...


Bem, em muitos dos públicos... tens mesmo é de não trabalhar, pq ou fecham as 17h (ou perto) e estão fechados durante o mesmo tempo que a escola primária.
Acresce ainda que as educadores só tem 22 horas de componente lectiva.
 
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por Zeb_PT » 18/6/2013 14:48

Sem duvida que não é restauração. Mas também acho que existem bastantes casos de sucesso (a longo prazo) no privado.
Antes que alguem pergunte como defino sucesso, temos que definir algo mesuravel, e a meu ver os resultados nos exames é uma boa maneira mensuravel de definir isso (do exame e não da nota final que aí sim é uma balbnurdia devido ao nivel de dificuldade e de exigencia da propria escola).

Porquê que aparentemente existem mais em Lisboa e Porto? Porque é aí que o dinheiro está. Algo que com cheques-escola distribuidos a nivel nacional resultaria numa redistribuição do cash...

No caso das creches publicas acho que é muito simplista dizer que não é de borla, pois existe, através do IRS opu algo assim , maneira de calcular quanto é o custo das mesmas para cada familia. E alem disso isso não prova nada, pois se a minha motivação é poupar dinheiro (nesta caso não há cheques-escola apenas e só para gastar em instituições de ensino) faz todo o sentido mudar do privado para o publico. No meu caso esta na creche-avós daí não estar completamente consciente do funcionamento das cresces pubicas.
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por Allaphor » 18/6/2013 14:43

MarcoAntonio Escreveu:
Allaphor Escreveu:O real efeito disto seria o fim das escolas medíocres. Uma escola má, pura e simplesmente não teria alunos.


É claro que existiriam escolas más. Para começar, há pais que estão pouco importados onde colocam os filhos. Outros estão importados mas os critérios não são aqueles que tu julgas ou estão implícitos na tua argumentação. Seria por exemplo escolher a escola mais perto de casa ou a que dá mais jeito para deixar os filhos no caminho para o trabalho.

A tua visão é idílica, parte do princípio que os pais fazem as escolhas exclusivamente com base no binómio preço x qualidade (e ainda que dispõe de informação perfeita e perfeita capacidade de análise). Pais há que nem sequer têm a capacidade para saber o que é uma escola boa ou má ou mesmo tendo, dedicam 0.0% do tempo a pensar no assunto...

Por exemplo, ainda, para determinados pais a melhor escola seria aquela que tivesse professores menos exigentes, para ser mais provável os filhos passarem sempre sem reprovar; aliás, em parte, um expediente já actualmente utilizado pelo menos por parte das escolas privadas para captar (pais de) alunos.

A argumentação de que não existiram escolas más não tem sustentação, baseia-se em pressupostos naturalmente irrealistas.



Disclaimer: tenho dois filhos em idade escolar.


As pessoas têm de ser responsabilizadas pelas suas decisões. Um estado ama-seca é redutor do papel do cidadão. Se os pais não se importam com os seus próprios filhos, não tenho de ser eu a pagar por isso...

Quanto ao inflacionar as notas, isso só funciona porque o único critério de acesso à faculdade é a nota, porque as faculdades não querem saber se os alunos que entram saem e se quando saem têm ou não emprego. Se o sistema fosse todo privado, as pessoas poderiam escolher as escolas que davam acesso às faculdades que davam acesso a um emprego e as faculdades seleccionariam os melhores porque não queriam pesos mortos.
 
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por migluso » 18/6/2013 14:42

mais_um Escreveu:Não, quero perceber se tens noção da realidade ou não ou seja se está a dar a tua opinião por desconhecimento da realidade ou por já teres ideias pré concebidas.


Não tenho filhos.
Frequentei todo o ensino público.
O meu irmão frequentou o ensino privado e público e está neste momento a acabar o mestrado numa universidade pública.
A minha irmã frequentou o ensino privado e público, encontrando-se neste momento em fase de exames do 9.º ano numa escola pública.

Dito isto, estou muito longe de ser entendido na matéria.

Ideias pré concebidas? Talvez as tenha, em especial em relação a princípios ne organização da actividade económica.
A história e o presente sustentam as minhas ideias pré concebidas, que no fundo podem resumir-se em:
- competição entre produtores;
- livre escolha dos consumidores.

Qualquer sistema que não respeite aqueles princípios é alvo da minha crítica, exceptuando o que envolve polícia e exército.

Em relação ao sistema de ensino, tal como ele está, pergunto:
- os melhores professores, actualmente, vêm o seu mérito premiado?
- os bons alunos, cujos pais tenham baixos rendimentos, se escolhessem mudar de escola, podiam?

A minha resposta a ambas as questões é: NÃO.

Então significa que algo está mal neste sistema. Não incentiva à melhoria contínua. Não beneficia os bons. Nem "produtores", nem "consumidores".


Quanto a haver pais que não se interessam pela escola dos filhos. Bem, pelos vistos é uma situação que já acontece hoje. Muito provavelmente, o próprio sistema tal como está incentiva a isso. Mais, acredito que em relação a este ponto, um sistema de ensino "desenhado" com base nos princípios que defendo teria até o mérito de vir a incentivar uma maior participação dos pais na vida escolar dos filhos, só pelo simples facto de poderem escolher. Uma coisa estou quase certo, maior desinteresse do que o verificado hoje não existiria.
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por Allaphor » 18/6/2013 14:35

mais_um Escreveu:
Allaphor Escreveu:
Não, o estado dava o mesmo cheque educação a toda a gente de depois cada pessoa escolhia a escola onde queria meter os filhos. Se a anualidade fosse superior ao valor do cheque, teria de pagar a diferença do seu bolso.


E como farias a seleção dos alunos no caso de o nº de vagas numa determinada escola não ser suficiente para os inscritos?


Pelo filtro mais justo que existe, pelo dinheiro que estivessem dispostos a Pagar. Além disso a escola teria vantagem em conceder bolsas aos melhores, para melhorar a reputação da escola.

mais_um Escreveu:
Allaphor Escreveu:
Do ponto de vista das classes mais altas ficaria tudo na mesma. Quem tem dinheiro colocaria os filhos nas melhores escolas que, tenderiam a ser as mais caras.


Não ficava tudo na mesma, essa classe pouparia o dinheiro do cheque ensino.


E porque é que uma pessoa para ter ensino de qualidade para os filhos tem de pagar duas vezes?

mais_um Escreveu:
Allaphor Escreveu:O real efeito disto seria o fim das escolas medíocres. Uma escola má, pura e simplesmente não teria alunos. E nem se poderia dizer que os pobres, que só poderiam usar o cheque, ficariam em escolas más... Com tantos milhares e milhares de professores, se só os bons continuassem no ensino (porque escolas que querem sobreviver não poderiam ter professores maus) haveriam escolas melhores e piores, mas nunca más.


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Claro que os alunos cujos pais tivessem menos posses e não fossem especialmente dotados acabariam em escolas mais baratas, mas a média da qualidade das escolas mais baratas seria certamente superior à média actual. Além disto a segregação dos maus alunos seria uma coisa positiva. O talento e a civilidade não passam por osmose e juntar os bons com os maus só prejudica os bons.
 
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por mais_um » 18/6/2013 14:27

Zeb_PT Escreveu:Mas mais_um, na eventualidade do sistema cheque-escola, se existir zonas com alunos(procura) (e cheques-escolas) sem condições não é facil montar uma escola (oferta) nesse sitio tendo em conta que a procura existe?



Não. Vê o que se passou com os jardins de infância.

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por Zeb_PT » 18/6/2013 14:16

E antes que perguntem sou interessado no tema pois a criança à de crescer e tirar usufruto do "sistema" educacional português, seja qual ele for...
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por Zeb_PT » 18/6/2013 14:14

Mas mais_um, na eventualidade do sistema cheque-escola, se existir zonas com alunos(procura) (e cheques-escolas) sem condições não é facil montar uma escola (oferta) nesse sitio tendo em conta que a procura existe?

Um exemplo simples, se em São Pedro do Sul há alunos suficinets a fazer deslocações de 50 km para irem à escola em Viseu (logo pagam de alguma forma essa deslocação), não é logico um acto empresarial de montar uma escola em São Pedro do Sul (até cobrar um pouco mais que o simples cheque escola?).

Custo escola Viseu: X
Deslocação S.P.S -> Viseu: Y

Custo antigo para um aluno de S.P.S: X+Y

Basta até montar uma escola que cobre X+Y/2 e o aluno (e o empresário que aceitar correr o risco) ficam a ganhar.

Mais tarde até poderia surgir outr escola em S.Pedro do Sul para lutar pelos alunos da 1ª.

Se o valor acrescido dessa nova escola é a localização ou o ensino ou o preço ou o raio que for, então qual é o problema?

O estado não pode ser o paizinho de Portugal, que tem de escolher o melhor para os "meninos" pobrezinhos que não sabem o que fazer, as pessoas têem de se responsabilizar pelas suas opções. Se escolheram seguir advocacia, letras, pedagogia, psicologia ou mesmo uma formação de ensino, foram essas mesmas pessoas que tomaram essaopção de livre vontade e são essas mesmas pessoas que têem que se responsabilizar pelas suas opções.
O estado tem de assegurar condições para os "outliers" e não o corpo da distribuição da populaçã. O que o estado tem vindo a fazer é precisamente o contraraio, é fazer desaparecer o corpo da distribuição e colocar tudo nos outliers...[/b]
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por MPC_finance » 18/6/2013 14:02

Um aluno custa em média 4415 euros anuais ao Estado, mas há uma escola em Lisboa onde cada aluno custa mais de 46 mil euros, revela um relatório do Tribunal de Contas referente ao ano letivo de 2009/2010
http://www.educare.pt/educare/Atualidad ... hannelid=0


Se esta notícia tiver alguma veracidade qualquer cheque ensino inferior à média corresponderia a um ganho efectivo dos contribuintes. :wink:
 
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por mais_um » 18/6/2013 13:55

MPC_finance Escreveu:
mais_um Escreveu:
Allaphor Escreveu:
Do ponto de vista das classes mais altas ficaria tudo na mesma. Quem tem dinheiro colocaria os filhos nas melhores escolas que, tenderiam a ser as mais caras.


Não ficava tudo na mesma, essa classe pouparia o dinheiro do cheque ensino.



Um sistema público de educação acaba sempre por ficar refém de interesses particulares. Fica refém dos grupos sociais mais esclarecidos e com maior poder reivindicativo que conseguem captar mais recursos públicos para as suas zonas residenciais. Fica refém dos grupos com poder político (sindicatos dos professores, grupos religiosos, partidos políticos, burocratas) que conseguem colocar os recursos públicos ao serviço dos seus interesses. Os custos da educação disparam e a qualidade baixa. Os problemas são maiores nas zonas residenciais mais desfavorecidas. Estas são zonas que os burocratas desprezam e que os melhores professores evitam. Para agravar o problema, as zonas discriminadas pelo sistema público de educação são também aquelas cujos habitantes não têm recursos para pagar escolas privadas.

O cheque-ensino é uma solução proposta pelo economista Milton Friedman para quebrar o controlo político dos grupos de interesse. Milton Friedman propôs que o dinheiro atribuído pelo Estado às escolas passasse a ser distribuído equitativamente por todos os alunos sob a forma de um vale. O vale poderia ser usado para pagar serviços de ensino em escolas previamente certificadas (públicas ou privadas). Esta solução é ao mesmo tempo uma devolução parcial do dinheiro pago pelos contribuintes e uma forma de redistribuição de riqueza e poder pelos mais pobres.

O cheque-ensino coloca o poder de decisão sobre o destino dos fundos públicos de educação nas mãos dos pais dos alunos. Esta devolução de poder constitui uma forma de redistribuir equitativamente o poder actualmente detido por professores, burocratas e pelas populações com maior poder reivindicativo. Na posse desse poder, os pais podem decidir qual a melhor escola para o seu filho. Num sistema em que vigora o cheque-ensino, as escolas públicas têm o cheque como única fonte de financiamento. Têm de melhorar para competir com as outras escolas pelos alunos. As escolas que não se adaptam são forçadas a fechar por falta de financiamento. As primeiras escolas em risco de fechar são as escolas públicas situadas nos bairros mais pobres. Essas são actualmente as escolas com os piores professores, as piores condições e os piores resultados. Com o cheque-ensino, se não forem capazes de melhorar os seus serviços essas escolas correm o risco de ver fugir os seus alunos para escolas melhores. A solução do cheque-ensino consegue assim combinar as vantagens dos sistemas públicos com as dos sistemas privados. Sem deixar de garantir a educação para todos, esta solução dá liberdade de escolha aos pais, devolve impostos aos contribuintes, introduz mecanismos de concorrência entre escolas, reduz o desperdício e redistribui poder pelos que actualmente têm menor poder reivindicativo.

http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=988119



Quem escreveu esse artigo de opinião deve pensar que só em Lisboa e Porto é que existem escolas.....(e alunos).
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por tava3 » 18/6/2013 13:55

Ésta malta farta-se de dizer mal de quem está pendurado na mama do estado e depois, andam danados para agarrar a teta dos cheque-ensino. Esqueçam lá isso, ensino pago pelo estado deve ser em escolas do estado. O que que não falta é burros com dinheiro dispostos a comprar um canudo, aguentem-se.
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por MPC_finance » 18/6/2013 13:40

mais_um Escreveu:
Allaphor Escreveu:
Do ponto de vista das classes mais altas ficaria tudo na mesma. Quem tem dinheiro colocaria os filhos nas melhores escolas que, tenderiam a ser as mais caras.


Não ficava tudo na mesma, essa classe pouparia o dinheiro do cheque ensino.



Um sistema público de educação acaba sempre por ficar refém de interesses particulares. Fica refém dos grupos sociais mais esclarecidos e com maior poder reivindicativo que conseguem captar mais recursos públicos para as suas zonas residenciais. Fica refém dos grupos com poder político (sindicatos dos professores, grupos religiosos, partidos políticos, burocratas) que conseguem colocar os recursos públicos ao serviço dos seus interesses. Os custos da educação disparam e a qualidade baixa. Os problemas são maiores nas zonas residenciais mais desfavorecidas. Estas são zonas que os burocratas desprezam e que os melhores professores evitam. Para agravar o problema, as zonas discriminadas pelo sistema público de educação são também aquelas cujos habitantes não têm recursos para pagar escolas privadas.

O cheque-ensino é uma solução proposta pelo economista Milton Friedman para quebrar o controlo político dos grupos de interesse. Milton Friedman propôs que o dinheiro atribuído pelo Estado às escolas passasse a ser distribuído equitativamente por todos os alunos sob a forma de um vale. O vale poderia ser usado para pagar serviços de ensino em escolas previamente certificadas (públicas ou privadas). Esta solução é ao mesmo tempo uma devolução parcial do dinheiro pago pelos contribuintes e uma forma de redistribuição de riqueza e poder pelos mais pobres.

O cheque-ensino coloca o poder de decisão sobre o destino dos fundos públicos de educação nas mãos dos pais dos alunos. Esta devolução de poder constitui uma forma de redistribuir equitativamente o poder actualmente detido por professores, burocratas e pelas populações com maior poder reivindicativo. Na posse desse poder, os pais podem decidir qual a melhor escola para o seu filho. Num sistema em que vigora o cheque-ensino, as escolas públicas têm o cheque como única fonte de financiamento. Têm de melhorar para competir com as outras escolas pelos alunos. As escolas que não se adaptam são forçadas a fechar por falta de financiamento. As primeiras escolas em risco de fechar são as escolas públicas situadas nos bairros mais pobres. Essas são actualmente as escolas com os piores professores, as piores condições e os piores resultados. Com o cheque-ensino, se não forem capazes de melhorar os seus serviços essas escolas correm o risco de ver fugir os seus alunos para escolas melhores. A solução do cheque-ensino consegue assim combinar as vantagens dos sistemas públicos com as dos sistemas privados. Sem deixar de garantir a educação para todos, esta solução dá liberdade de escolha aos pais, devolve impostos aos contribuintes, introduz mecanismos de concorrência entre escolas, reduz o desperdício e redistribui poder pelos que actualmente têm menor poder reivindicativo.

http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=988119

 
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por bogos » 18/6/2013 13:36

mais_um Escreveu:
Allaphor Escreveu:
Não, o estado dava o mesmo cheque educação a toda a gente de depois cada pessoa escolhia a escola onde queria meter os filhos. Se a anualidade fosse superior ao valor do cheque, teria de pagar a diferença do seu bolso.


E como farias a seleção dos alunos no caso de o nº de vagas numa determinada escola não ser suficiente para os inscritos?

Allaphor Escreveu:
Do ponto de vista das classes mais altas ficaria tudo na mesma. Quem tem dinheiro colocaria os filhos nas melhores escolas que, tenderiam a ser as mais caras.


Não ficava tudo na mesma, essa classe pouparia o dinheiro do cheque ensino.

Allaphor Escreveu:O real efeito disto seria o fim das escolas medíocres. Uma escola má, pura e simplesmente não teria alunos. E nem se poderia dizer que os pobres, que só poderiam usar o cheque, ficariam em escolas más... Com tantos milhares e milhares de professores, se só os bons continuassem no ensino (porque escolas que querem sobreviver não poderiam ter professores maus) haveriam escolas melhores e piores, mas nunca más.


O real efeito disso era criares escolas-gueto.


Escolas gueto vemos nós atualmente monopolizadas por certos professores, que querem manter este status quo porque lhes dá jeito às suas carreiras docentes.

Porque não propoem as escolas a autonomização total da sua gestão, cedendo o Estado os edifícios e por os professores a gerir esses estabelecimentos pela troca de um cheque por utente cedido pelo Estado?
Devia ser um desafio para os professores, pois tinham liberdade total para a gestão dos recursos humanos e dos custos das escolas...
Quando acabar o dinheiro, não venham pedir ao Estado que entre com fundos. É para gerir, não é para alimentar....

A colocação de alunos caberia ao ministério da educação, através da matricula destes na sua área de residência (ou outro critério que se venha a demosntrar o mais claro possivel) bem como a elaboração do programa educativo com um conselho de professores democraticamente eleito pelos mesmos.

É preciso mudar. Estamos parados há mais de 38 anos!!!!

Cumprimentos
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por mais_um » 18/6/2013 13:19

Allaphor Escreveu:
Não, o estado dava o mesmo cheque educação a toda a gente de depois cada pessoa escolhia a escola onde queria meter os filhos. Se a anualidade fosse superior ao valor do cheque, teria de pagar a diferença do seu bolso.


E como farias a seleção dos alunos no caso de o nº de vagas numa determinada escola não ser suficiente para os inscritos?

Allaphor Escreveu:
Do ponto de vista das classes mais altas ficaria tudo na mesma. Quem tem dinheiro colocaria os filhos nas melhores escolas que, tenderiam a ser as mais caras.


Não ficava tudo na mesma, essa classe pouparia o dinheiro do cheque ensino.

Allaphor Escreveu:O real efeito disto seria o fim das escolas medíocres. Uma escola má, pura e simplesmente não teria alunos. E nem se poderia dizer que os pobres, que só poderiam usar o cheque, ficariam em escolas más... Com tantos milhares e milhares de professores, se só os bons continuassem no ensino (porque escolas que querem sobreviver não poderiam ter professores maus) haveriam escolas melhores e piores, mas nunca más.


O real efeito disso era criares escolas-gueto.
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