Caldeirão da Bolsa

Moody's corta "rating" da Standard & Poor's

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mpfreitas » 17/2/2013 17:26

Mas meus Caros,

É obvio que a BASE de tudo isto é a Retaliação dos :USA (um servicinho por encomenda!?)

Todavia e em boa verdade , estas Agencias foram longe demais.
 
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por gorgo » 17/2/2013 16:07

VirtuaGod Escreveu:
gorgol Escreveu:A empresa avaliada é a McGraw - hill, que todos conhecemos pelo bons livros de engenharia,


És engenheiro? Fico estupefacto pelo pessoal se centrar nas suas experiências. É tipo eu dizer "A empresa avaliada é a McGraw - hill, que todos conhecemos pelo bons livros de finanças" :mrgreen:

Sem mal, sei que ser humano tem essas tendências mas acho piada...


Tudo pacífico. É normal que os referênciais de cada um sejam as suas experiências.
 
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por acintra » 17/2/2013 2:44

gorgol Escreveu:
acintra Escreveu:Estou convencido, na minha modestia opinião, que isto é a descredibilização total nas agencias e nos seus ratings.

Primeiro pelas falcatruas que fizeram e mais cedo ou mais tarde vão pagar; Segundo porque estão a ser apertadas pelo mundo inteiro e de diversas formas; Terceiro no desespero de deixarem de ser importantes vão entrar em combate entre elas até à exaustão.


Qual é o problema? Até acho bem. A empresa avaliada é a McGraw - hill, que todos conhecemos pelo bons livros de engenharia, que é um colosso mundial de formação e informação, que também é dona da S&P, que tammbém possui outras empresas como a Platt´s na área da informação de mercados petrolíferos.

Isto é mais um fait divers. Os bancos não definem Price targets uns dos outros?


Claro que decidem price targets mas normalmente porque estão investidos ou querem investir. No caso dos bancos nacionais bastou começar a existir grandes perdas para os Administradores começarem a comentar resultados de outros bancos. Normalmente não acontecia....

Por muito que seja uma realidade muito diferente, quando existe uma praga de ratos o ideal é juntá-los todos num sitio fechado com comida e quando a comida acabar começam a comer~se uns aos outros.

É o que vejo nas 3 agencias de rating. Neste momento tudo aponta as armas contra eles e no desespero eles estão a ripostar contra eles próprios.

Até pode ser que me engane...mas é a minha opinião!
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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por Celsius-reloaded » 16/2/2013 22:50

Esta é de ir ás lágrimas de tanto rir...
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por Texano Bill » 16/2/2013 21:47

Agências de rating há muitas, até temos uma portuguesa (http://www.cprating.pt/). Claro que as 3 grandes agências de rating existem há cerca de um século e ao longo desse século foram fazendo avaliações do crédito de entidades e credibilizaram-se junto dos investidores, pelo que têm grande impacto os seus pareceres.
Corrijam-me se estiver enganado, mas o que se está a investigar é o papel das agências na venda dos chamados MBS e subsequente despoletar da crise do Subprime e não tanto na crise da dívida pública, pois até as estatísticas mostravam que a situação se estava a degradar rapidamente nos PIGS.
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por VirtuaGod » 16/2/2013 21:17

gorgol Escreveu:A empresa avaliada é a McGraw - hill, que todos conhecemos pelo bons livros de engenharia,


És engenheiro? Fico estupefacto pelo pessoal se centrar nas suas experiências. É tipo eu dizer "A empresa avaliada é a McGraw - hill, que todos conhecemos pelo bons livros de finanças" :mrgreen:

Sem mal, sei que ser humano tem essas tendências mas acho piada...
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por gorgo » 16/2/2013 20:49

acintra Escreveu:Estou convencido, na minha modestia opinião, que isto é a descredibilização total nas agencias e nos seus ratings.

Primeiro pelas falcatruas que fizeram e mais cedo ou mais tarde vão pagar; Segundo porque estão a ser apertadas pelo mundo inteiro e de diversas formas; Terceiro no desespero de deixarem de ser importantes vão entrar em combate entre elas até à exaustão.


Qual é o problema? Até acho bem. A empresa avaliada é a McGraw - hill, que todos conhecemos pelo bons livros de engenharia, que é um colosso mundial de formação e informação, que também é dona da S&P, que tammbém possui outras empresas como a Platt´s na área da informação de mercados petrolíferos.

Isto é mais um fait divers. Os bancos não definem Price targets uns dos outros?
 
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por acintra » 15/2/2013 21:38

Estou convencido, na minha modestia opinião, que isto é a descredibilização total nas agencias e nos seus ratings.

Primeiro pelas falcatruas que fizeram e mais cedo ou mais tarde vão pagar; Segundo porque estão a ser apertadas pelo mundo inteiro e de diversas formas; Terceiro no desespero de deixarem de ser importantes vão entrar em combate entre elas até à exaustão.
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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por Zeb_PT » 15/2/2013 21:25

Existem muitas especies "canibais" :)
http://marketapprentice.wordpress.com

Para muito errar e muito mais aprender!

"who loses best will win in the end!" - Phantom of the Pits

Nota: As análises apresentadas constituem artigos de opinião do autor, não devendo ser entendidos como recomendações de compra e venda ou aconselhamento financeiro.
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por Elias » 15/2/2013 21:21

lol, começou a guerra das agências de rating.
 
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Moody's corta "rating" da Standard & Poor's

por acintra » 15/2/2013 21:20

Moody's corta "rating" da Standard & Poor's
15 Fevereiro 2013, 17:17 por Carla Pedro | cpedro@negocios.pt
5inShare2

Nos últimos anos, as principais agências de notação financeira - Moody's, S&P e Fitch - têm estado nas bocas do mundo devido aos cortes sucessivos da dívida soberana, especialmente dos países da Zona Euro. Mas ontem as coisas passaram-se de forma diferente. A Moody's não fez declarações de amor, muito pelo contrário: desceu a classificação da McGraw-Hill, casa-mãe da S&P. Há já quem lhe chame 'facada nas costas'.
A agência Moody's anunciou ontem ao final do dia um corte de "rating" de uma das suas pares, a Standard & Poor's. Mais concretamente, reduziu a notação da McGraw-Hill, que detém a S&P.



A justificar a decisão está, nomeadamente, o facto de a Standard & Poor's estar a ser alvo de processo por parte do Departamento de Justiça dos Estados Unidos devido aos "ratings" 'triplo A' atribuídos a toda a espécie de títulos financeiros estruturados. Esses títulos, endossados a hipotecas, chegavam a estar estruturados por vacas e a “outro tipo de lixo financeiro que se tornou inútil durante a crise financeira”, nas palavras da revista “Barron’s”. Esse processo poderá levar a S&P a ter de pagar cinco mil milhões de dólares por danos e prejuízos.



O curioso é que a própria Moody's poderá ser alvo do mesmo tipo de processo... Mas não foi isso que deteve a agência de cortar a classificação de uma das suas irmãs - sim, porque as três principais agências são conhecidas como "as três irmãs". E o corte foi duro: a S&P fica a apenas dois níveis acima de "lixo", já que viu a sua notação reduzida em dois escalões, de ‘A3’ para ‘Baa2’.



Esta decisão da Moody’s – que divulgou, além disso, que pode voltar a descer a classificação da S&P – não deixa de ter “um toque de ironia”, comentou à “Barron’s” um analista do Deutsche Bank, Jim Reid.



Já a CNBC refere que “a Moody’s pode, muito simplesmente, estar a atirar pedras de cima de um telhado de vidro”. Isto porque também esta agência – cujo accionista maioritário é o investidor multimilionário Warren Buffett – atribuiu notações ao mesmo tipo de produtos estruturados. Ou será que só a S&P é que está em cheque?



S&P: estarão os EUA a retaliar?



A resposta ainda não é sabida, uma vez que outras agências poderão vir a ser igualmente alvo do mesmo tipo de processo em tribunal. Mas o certo é que, de momento, a S&P é que tem estado “debaixo de fogo” neste caso em concreto.



O facto de a Standard & Poor’s ter sido a primeira – e, até agora, a única - das três grandes agências a cortar o “rating” máximo dos Estados Unidos é algo a que os analistas não ficam alheios. Até porque, apesar de não haver ataques deliberadamente oficiais contra a agência, a maioria dos comentadores citados pela imprensa internacional considera que há aqui uma certa “vingançazinha” por parte do governo norte-americano.



Tudo aconteceu no Verão quente de 2011, numa altura em que o Congresso norte-americano não conseguia chegar a acordo quanto ao patamar para o novo aumento do limite de endividamento do país, o chamado “deb ceiling”. E era preciso que houvesse acordo até 2 de Agosto, caso contrário os EUA poderiam entrar em incumprimento. Com efeito, a partir desse dia, o país não teria como pagar os juros das obrigações nem teria dinheiro para financiar os seus programas governamentais.



Perante este cenário, as agências Moody’s, Fitch e S&P colocaram a dívida soberana dos EUA sob vigilância negativa. O acordo no Congresso aconteceu, mesmo em cima da hora, com um aumento do limite de endividamento em 2,1 biliões de dólares. Ao mesmo tempo, comprometeu-se a reduzir a despesa em 2,4 biliões de dólares num prazo de 10 anos.



Consequentemente, a Moody’s e a Fitch não concretizaram a ameaça. Mas a Standard & Poor’s fê-lo, defendendo que o compromisso para a redução da despesa deveria ter rondado os quatro biliões de dólares. Na sua opinião, um corte de 2,4 biliões poderia não ser suficiente para estabilizar o nível da dívida.



Assim, a 6 de Agosto de 2011, a S&P cortou o rating soberano dos EUA de AAA para AA+, justificando-o com o facto de o país poder não conseguir reduzir o seu elevado défice orçamental. Nunca nenhuma das “três irmãs” tinha tocado no “grande pai”, já que todas tinham nascido nos Estados Unidos.



A agência de rating Egan-Jones tinha descido a classificação dos Estados Unidos antes da S&P, mas a decisão desta agência de menor dimensão não teve impacto. O mundo tinha as atenções concentradas nas três grandes.



O governo de Barack Obama criticou ferozmente a decisão da agência, apontando-lhe um erro de cálculo. Apesar desse erro, no valor de dois mil milhões de dólares, que foi reconhecido pela S&P, a agência disse que os seus pressupostos se mantinham, pelo que não voltou atrás no seu parecer sobre a qualidade do crédito da dívida pública norte-americana.



Casualidade ou não, dois acontecimentos de relevo sucederam na S&P após este corte de rating: a 22 de Agosto, o presidente da agência, Deven Sharma, anunciou a sua saída; e no mês seguinte a McGraw-Hill anunciou uma reorganização do grupo que resultou na sua divisão em duas empresas. E são ambos os ramos de actividade – educação e finanças – que estão agora a apenas dois degraus de entrarem na categoria especulativa, o que, na linguagem mais comum das agências de “rating”, é o mesmo que “lixo”.
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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