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Caldeirão da Bolsa

França entra no Mali

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por pmpcpinto » 18/1/2013 13:39

PMACS Escreveu:Os Franceses foram-se meter numa valente trapalhada!
Em 1º lugar, na Somália, não só perderam o refém que iam libertar como perderam 2 comandos!
No Mali é o que se sabe, perderam o controlo da situação, alastrou para a Argélia, e agora andam assustados com mais iniciativas terroristas, noutras instalações estrangeiras no Norte de Africa e inclusivamente em solo Francês!
É impressão minha ou isto foi tudo "planeado" em cima do joelho?

Ainda não se sabe quantos reféns morreram na Argélia

Vários reféns foram mortos no assalto das forças especiais argelinas ao complexo de extracção de gás natural de In Amenas, na Argélia, tomado por uma milícia islâmica, confirmou o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, depois de se encontrar com o seu homólogo argelino. "Não sabemos ainda quantos são os mortos nem qual a nacionalidade de todos", disse.

A crise dos reféns ainda não está terminada, tinha já dito nesta sexta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Londres. O primeiro-ministro David Cameron disse no Parlamento que serão menos de 30 os britânicos em risco no local e explicou que não foi avisado previamente pelo Governo argelino de que a operação para tentar libertar o complexo de exploração de gás natural iria ter lugar. "Quando falei com o primeiro-ministro argelino pela última vez ontem à noite ele disse-me que a primeira operação estava completa mas que se trata de um local muito grande e complicado e que é possível que haja terroristas e ainda reféns nalguns locais", contou Cameron aos deputados.

Um porta-voz do katiba (batalhão) dos Signatários do Sangue que falou com a Al-Jazira declarou que a operação das forças especiais argelinas fez cinco dezenas de vítimas – 34 reféns e 15 raptores. A agência argelina TSA está a avançar nesta manhã, citando “uma fonte local bem informada”, que 31 pessoas terão morrido: 20 reféns e 11 islamistas. Dois militantes terão ainda sido capturados, segundo esta fonte.

As forças especiais argelinas terão retomado o controlo da parte habitacional do complexo, adianta a Reuters, mas não da zona industrial, onde continuarão alguns dos militantes deste grupo liderado por Mokhtar Belmokhtar.

Uma das vítimas mortais poderá ser um francês – um dos poucos que se encontrariam no local, segundo o ministro do Interior de Paris, Manuel Valls. O facto de se encontrarem poucos cidadãos franceses no complexo de In Amenas foi um dos factores que dificultou a obtenção de informações, disse o governante. “Sabemos de dois que escaparam, e é possível que existam mais dois. Se estiverem lá de facto, nesta fase não sabemos nada deles”, reconheceu Valls.

Este argelino de 40 anos era até Outubro ou Dezembro do ano passado um dos líderes mais proeminentes da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), mas foi destituído do cargo – ou afastou-se, não é claro, diz o New York Times – porque a hierarquia do AQMI criticou o facto de se “afastar o caminho certo”. Isto deverá ser uma referência ao tráfico – um dos seus cognomes é Mr Marlboro, graças ao monopólio de tráfico de tabaco que desenvolveu no Sahel. Não é claro, no entanto, se Belmokhtar estará em In Amenas ou se comandará o ataque à distância.

Stephen McGaul, um engenheiro irlandês de 36 anos que conseguiu fugir quando o veículo em que estava a ser transportado foi atacado por tropas argelinas, contou ao Irish Times que esteve com explosivos atados ao pescoço. Quando fugiu, viu quatro outros jipes com reféns a explodirem.

Alexadre Berceaux, francês que trabalha para a empresa CIS Catering, falou ao telefone com a rádio Europe 1 e diz ainda estar “na base Sonantrach de In Amenas”. Afirma ter passado 40 horas escondido debaixo da cama do seu quarto. “Pus tábuas por todo o lado, ao acaso. Tinha alguns alimentos, qualquer coisa para beber, mas não sabia quanto tempo é que isto ia durar”, relatou.

“Ouvi muitos tiros. Soou o alarme para ficarmos no local onde nos encontrávamos. Não sabia se era um exercício ou se era verdade”, contou. “Ninguém estava à espera, o complexo era protegido, havia militares no local.”

Um avião norte-americano aterrou entretanto na pista de In Amenas, para poder evacuar os cidadãos norte-americanos que trabalhavam no complexo. Washington não ficou satisfeito por não ter sido avisado previamente da intervenção das forças especiais argelinas – o Departamento de Estado não quis confirmar se tinha sido notificado antes do ataque ou não, mas um responsável do Pentágono disse ao New York Times que os EUA não foram avisados.

O Japão, que não sabe nada de 14 cidadãos nipónicos em In Amenas, também não foi avisado do ataque, e espera informações. Por isso o embaixador argelino em Tóquio foi esta sexta-feira convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros nipónico.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/ain ... 1581171#/0



Penso que a preparação dos franceses para este tipo de acções é das melhores, devido ao seu passado. No entanto, parece-me que os meios aplicados são muito escassos.


Pedro
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por Lion_Heart » 18/1/2013 13:28

Eu não estou muito por dentro deste assunto mas pelo que vejo é aterradora a forma como os mulçumanos radicais se estão a alastrar por Africa.

A al qaeda do magreb anda a impor o terror e a charia.

Os frogs só intervieram para defender os seus interesses ou seja as minas de urânio, mas como os Franceses, os Americanos ou Ingleses fazem o mesmo.

Infelizmente não é dessa forma que se elimina a ameaça árabe e os terroristas. Mas as coisas estão a ficar muito complicadas.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por PMACS » 18/1/2013 13:19

Os Franceses foram-se meter numa valente trapalhada!
Em 1º lugar, na Somália, não só perderam o refém que iam libertar como perderam 2 comandos!
No Mali é o que se sabe, perderam o controlo da situação, alastrou para a Argélia, e agora andam assustados com mais iniciativas terroristas, noutras instalações estrangeiras no Norte de Africa e inclusivamente em solo Francês!
É impressão minha ou isto foi tudo "planeado" em cima do joelho?

Ainda não se sabe quantos reféns morreram na Argélia

Vários reféns foram mortos no assalto das forças especiais argelinas ao complexo de extracção de gás natural de In Amenas, na Argélia, tomado por uma milícia islâmica, confirmou o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, depois de se encontrar com o seu homólogo argelino. "Não sabemos ainda quantos são os mortos nem qual a nacionalidade de todos", disse.

A crise dos reféns ainda não está terminada, tinha já dito nesta sexta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Londres. O primeiro-ministro David Cameron disse no Parlamento que serão menos de 30 os britânicos em risco no local e explicou que não foi avisado previamente pelo Governo argelino de que a operação para tentar libertar o complexo de exploração de gás natural iria ter lugar. "Quando falei com o primeiro-ministro argelino pela última vez ontem à noite ele disse-me que a primeira operação estava completa mas que se trata de um local muito grande e complicado e que é possível que haja terroristas e ainda reféns nalguns locais", contou Cameron aos deputados.

Um porta-voz do katiba (batalhão) dos Signatários do Sangue que falou com a Al-Jazira declarou que a operação das forças especiais argelinas fez cinco dezenas de vítimas – 34 reféns e 15 raptores. A agência argelina TSA está a avançar nesta manhã, citando “uma fonte local bem informada”, que 31 pessoas terão morrido: 20 reféns e 11 islamistas. Dois militantes terão ainda sido capturados, segundo esta fonte.

As forças especiais argelinas terão retomado o controlo da parte habitacional do complexo, adianta a Reuters, mas não da zona industrial, onde continuarão alguns dos militantes deste grupo liderado por Mokhtar Belmokhtar.

Uma das vítimas mortais poderá ser um francês – um dos poucos que se encontrariam no local, segundo o ministro do Interior de Paris, Manuel Valls. O facto de se encontrarem poucos cidadãos franceses no complexo de In Amenas foi um dos factores que dificultou a obtenção de informações, disse o governante. “Sabemos de dois que escaparam, e é possível que existam mais dois. Se estiverem lá de facto, nesta fase não sabemos nada deles”, reconheceu Valls.

Este argelino de 40 anos era até Outubro ou Dezembro do ano passado um dos líderes mais proeminentes da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), mas foi destituído do cargo – ou afastou-se, não é claro, diz o New York Times – porque a hierarquia do AQMI criticou o facto de se “afastar o caminho certo”. Isto deverá ser uma referência ao tráfico – um dos seus cognomes é Mr Marlboro, graças ao monopólio de tráfico de tabaco que desenvolveu no Sahel. Não é claro, no entanto, se Belmokhtar estará em In Amenas ou se comandará o ataque à distância.

Stephen McGaul, um engenheiro irlandês de 36 anos que conseguiu fugir quando o veículo em que estava a ser transportado foi atacado por tropas argelinas, contou ao Irish Times que esteve com explosivos atados ao pescoço. Quando fugiu, viu quatro outros jipes com reféns a explodirem.

Alexadre Berceaux, francês que trabalha para a empresa CIS Catering, falou ao telefone com a rádio Europe 1 e diz ainda estar “na base Sonantrach de In Amenas”. Afirma ter passado 40 horas escondido debaixo da cama do seu quarto. “Pus tábuas por todo o lado, ao acaso. Tinha alguns alimentos, qualquer coisa para beber, mas não sabia quanto tempo é que isto ia durar”, relatou.

“Ouvi muitos tiros. Soou o alarme para ficarmos no local onde nos encontrávamos. Não sabia se era um exercício ou se era verdade”, contou. “Ninguém estava à espera, o complexo era protegido, havia militares no local.”

Um avião norte-americano aterrou entretanto na pista de In Amenas, para poder evacuar os cidadãos norte-americanos que trabalhavam no complexo. Washington não ficou satisfeito por não ter sido avisado previamente da intervenção das forças especiais argelinas – o Departamento de Estado não quis confirmar se tinha sido notificado antes do ataque ou não, mas um responsável do Pentágono disse ao New York Times que os EUA não foram avisados.

O Japão, que não sabe nada de 14 cidadãos nipónicos em In Amenas, também não foi avisado do ataque, e espera informações. Por isso o embaixador argelino em Tóquio foi esta sexta-feira convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros nipónico.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/ain ... 1581171#/0
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por Pintodoiro » 18/1/2013 0:09

A guerra no Mali

O país é um Eldorado de urânio, ouro, petróleo e minerais estratégicos

por R. Teichman
Recursos naturais do Mali
Ouro: O Mali é o terceiro maior produtor da África, com exploração em grande escala em andamento. O país é famoso pelo seu ouro desde os dias do grande Império Maliano. Na peregrinação a Meca do Imperador Kankou Moussa, em 1324, a sua caravana transportava mais de 8 toneladas de ouro! O Mali portanto tem sido um país mineiro durante mais de meio milénio.

Actualmente há sete minas de ouro em operação no Mali, as quais incluem: Kalana e Morila no Sul do país, Yatela, Sadiola e Loulo no Ocidente, e minas que recentemente recomeçaram a produzir, nomeadamente Syama e Tabakoto. Projectos de exploração avançada incluem: Kofi, Kodieran, Gounkoto, Komana, Banankoro, Kobada e Nampala.

Urânio: sinais encorajadores e exploração em plena actividade. A exploração está a ser executada por várias companhias com indicações claras de depósitos de urânio. O potencial de urânio localiza-se na área de Falea, a qual abrange 150 km2 da bacia Falea-Guiné do Norte, uma bacia sedimentar neoproterozoica assinalada por anomalias radiométricas significativas. Pensa-se que o potencial de urânio em Falea é de 5000 toneladas. O Projecto Kidal, na parte Nordeste do Mali, com uma área de 19.930 km2, abrange uma grande província geológica cristalina conhecida como L'Adrar Des Iforas. O urânio potencial no depósito Samit, só na região de Gao, é estimado em 200 toneladas.

Diamantes: O Mali tem potencial para desenvolver sua exploração de diamantes. Na região administrativa de Kayes (Região mineira 1), foram descobertos trinta (30) filões quimberlíticos dos quais oito mostram traços de diamantes. Cerca de oito pequenos diamantes foram encontrados na região administrativa Sikasso (Sul do Mali).

Pedras preciosas:
-Círculo de Nioro e Bafoulabe: Granadas e minerais magnéticos raros
-Círculo de Bougouni e Bacia Faleme: Pegmatite
-Le Gourma: granadas e corindons
-L'Adrar des Ilforas: pegmatite e minerais em metamorfose
-Zona Hombori Douentza: quartzo e carbonatos

-Minério de ferro e manganês: Recursos significativos mas ainda não explorados. Segundo estimativas o Mali tem mais de 2 milhões de toneladas de reservas potenciais de minério de ferro localizadas nas áreas de Djidian-Kenieba, Diamou e Bale.
-Bauxita: as reservas são estimadas em 1,2 milhão de toneladas, localizadas em Kita, Kenieba e Bafing- Makana. Traços de manganês foram encontrados em Bafing-Makana, Tondibi e Tassiga.
-Depósitos de rocha calcárea: 10 milhões de toneladas est. (Gangotery), 30 milhões est. (Astro) e Bah El Heri (Norte de Goundam) 2,2 milhões de toneladas est.
-Cobre: potencailidades em Bafing Makan (Região Ocidental) e Ouatagouna (Região Norte)
-Mármore: Selinkegny (Bafoulabe) 10,6 MT de reservas estimadas e traços em Madibaya
-Gesso: Taoudenit (35 MT est.), Indice Kereit (Nord de Tessalit) 0,37 MT est.
-Caulim: Potential de reservas estimadas (1MT) localizado em Gao (Região Norte)
-Fosfato: Reserva localizada em Tamaguilelt, produção de 18 mil t/ano e um potencial estimado de 12 milhões de toneladas. Há quatro outros depósitos potenciais no Norte, de 10 milhões de toneladas.
-Chumbo e zinco: Tessalit na Região Norte (1,7 MT de reservas estimadas) e traços em Bafing Makana (Região Ocidental) e Fafa (Norte)
-Lítio: Indicações em Kayes (Região Ocidental) e potencial estimado de 4 milhões de toneladas em Bougouni (Região Sul)
-Xisto betuminoso: Potencial estimado em 870 milhões de toneladas, indicações encontradas em Agamor e Almoustrat na Região Norte.
-Linhita: Potential estimado em 1,3 milhão de toneladas, indicações encontradas em Bourem (Região Norte)
-Sal gema: Potencial estimado de 53 milhões de toneladas em Taoudenni (Região Nore)
-Diatomite: Potencial estimado de milhões de toneladas em Douna Behri (Região Norte)

O potencial petrolífero do Mali já atrai interesses significativos de investidores

O potencial petrolífero do Mali tem sido documentado desde a década de 1970 quando pesquisa sísmica e perfurações esporádicas revelaram indicações prováveis de óleo. Com o crescente preço mundial dos recursos de petróleo, o Mali avançou a sua promoção e pesquisa para a exploração, produção e potencial exportação do petróleo. O Mali também poderia proporcionar uma rota de transporte estratégica para as exportações de petróleo e gás sub-saarianas para o Ocidente e há a possibilidade de conectar a bacia Taoudeni ao mercado europeu através da Argélia.

Já começaram trabalhos de reinterpretação de dados geofísicos e geológicos efectuados anteriormente, centrando-se em cinco bacias sedimentares no Norte do país incluindo: Taoudeni, Tamesna, Ilumenden, Ditch Nara e Gao.

Isso é o que há

Não importa o que seja dito nos media de referência: o objectivo desta nova guerra não é outro senão despojar mais um país dos seus recursos naturais, assegurando o acesso aos mesmos das corporações internacionais. O que está a ser feito agora no Mali através de bombas e balas está a ser feito à Irlanda, Grécia, Portugal e Espanha através da escravização pela dívida.

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França no Mali e arredores

por Shimazaki » 17/1/2013 13:44

Outra das questões será certamente as minas de Uranio que se encontram no Niger muito perto das fronteiras com o Mali, actualmente uma das minas fornece metade do Uranio para as centrais nucleares francesas, uma outra está a ser criada em que se espera que esteja a produzir em 2014 e que será maior, portanto existem muitos interesses energeticos em cima da mesa... (como de costume)
As tensões geradas pelos extremistas islamicos facilmente se espalham se espalham do Mali para as outras nações circundantes, como estamos a ver no Sul da Argelia, muitos euros em cima da mesa...
vamos aguardar pelo desenrolar da situação
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por pmpcpinto » 17/1/2013 9:49

O mais irónico é que alguns dos elementos (os mais bem treinados e preparados) da força que combate o exército do Mali, foram treinados pelos franceses.

Na década de 90, em África existiram algumas empresas de mercenários, como por exemplo a Sul Africana Executive Outcomes, que eram contatadas para resolver problemas como este, com grande sucesso e com custos muitos inferiores às missões organizadas e geridas pela ONU e/ou por diversos países.



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por PIKAS » 16/1/2013 22:35

EuroVerde Escreveu:
:oops: Mesmo assim, qual a vantagem da França entrar com conflitos?


Lê o meu post acima.
Qual é a vantagem dos américas? acreditas na defesa da liberdade e da democracia ( como se isso fosse a marca de água da américa )?

Cumprimentos,
 
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por EuroVerde » 16/1/2013 22:29

Quico Escreveu:O presidente francês que fosse de direita e nem imagino o que íamos ter que aturar na comunicação social! Haviam de o chamar de "neo-colonialista" e "arrogante" para cima!...

Como é o nosso inefável Hollande... até já vi um editorial a chamá-lo de "firme" e "corajoso"! :roll:

Depois digam que a CS não enviesada à esquerda! Pois sim!...


:oops: Mesmo assim, qual a vantagem da França entrar com conflitos?
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por Quico » 16/1/2013 22:27

O presidente francês que fosse de direita e nem imagino o que íamos ter que aturar na comunicação social! Haviam de o chamar de "neo-colonialista" e "arrogante" para cima!...

Como é o nosso inefável Hollande... até já vi um editorial a chamá-lo de "firme" e "corajoso"! :roll:

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por PIKAS » 16/1/2013 22:19

É a necessidade que a França têm de manter o óleo dos rafales quente.
No norte de áfrica mas essencialmente na Líbia puseram na montra do mercado mundial de armamento um dos melhores caças da 4ª ( ou será já da 5ª??? ou dizem da 5ª e ele é da 4ª??? ) geração.
Há é um problema: ainda não o venderam a ninguém. Há que o manter na montra por forma a que o Brasil, os EAU e a Indía se decidam.
A França é um dos grandes fabricantes mundiais de armamento. Produz muito e bom mas vende pouco ( porque é caro e há muito por aí tão bom ou melhor mas mais barato ).
E as necessidades da própria França não suportam esta industria de topo.
Se não exportarem, fecha.
Tal como cá, não há verba, ou orçamento se quiserem.
É apenas o declínio e estertor de " la grand Patrie ".
Há por aí quem diga que, noutras alturas, quando a europa chegou ao ponto a que inevitávelmente vai dentro de pouco tempo chegar salvou-se com a I e a II guerra.
Cumprimentos,
 
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França entra no Mali

por PMACS » 16/1/2013 20:50

Abro este tópico pois parece-me que este conflito pode ser duradouro e perigosíssimo para a "estabilidade" no Médio Oriente e Norte de África!

Islamitas capturam dezenas de ocidentais em instalação da BP

Militantes ligados à al-Qaeda capturaram hoje 41 reféns estrangeiros numa unidade da BP, em resposta ao ataque francês aos seus aliados que operam no Mali.

Ao início da tarde, um grupo armado ligado à al-Qaeda do Magrebe Islâmico (Aqmi) atacou a instalação de produção de gás na região de In Amenas na Argélia, perto da fronteira com a Líbia, tendo capturando perto de 400 trabalhadores da unidade nas zonas residenciais.

Segundo um porta-voz da Aqmi, citado pelos media franceses, após interrogatório todos os reféns de nacionalidade argelina e religião muçulmana foram libertos tendo ficado na sua posse "41 detidos ocidentais, entre os quais sete norte-americanos, dois franceses, dois britânicos e dois japoneses". A mesma fonte precisou que cinco dos reféns estão retidos na fábrica, que se encontra agora fortemente minada, enquanto que os outros 36 "estão num local de abrigo".

A agência de notícias argelina APS afirma por seu turno que apenas "pouco mais de 20" ocidentais estão na posse dos insurgentes, enquanto que a televisão pública norueguesa NRK afirma que a petrolífera estatal Statoil diz que cerca de 17 dos seus trabalhadores, 13 dos quais de nacionalidade norueguesa, estavam no local quando este foi ocupado pelos extremistas.

Este ataque surge numa altura em que os militantes islamitas do Sahara juraram vingança contra os interesses ocidentais, depois das suas forças no Norte do Mali terem sido atacadas pela França, que diz ter como objectivo "destruir os terroristas" presentes neste país. Como a maioria dos rebeldes integristas do Mali são de etnia tuaregue - que domina os desertos do Sahara - isto significa que uma região imensa que vai do Senegal à Líbia, passando pelo Níger e a Argélia, se tornou hostil aos interesses ocidentais.

Ao mesmo tempo, e também em retaliação contra a intervenção de Paris no Mali, o grupo islamita da Somália al-Shahab anunciou ter "condenado à morte" o refém francês que tem capturado há vários meses.

Ataques consecutivos

Segundo o ministério do interior argelino, citado pela BBC, às cinco da manhã (hora local) um grupo de três veículos rebeldes atacou um autocarro que transportava trabalhadores para o campo de gás de In Amenas, tendo sido repelido pela escolta do veículo. Durante o recontro, um estrangeiro perdeu a vida e outros dois ficaram feridos, enquanto dois polícias e dois agentes de segurança também sofreram ferimentos. A APS e a Reuters afirmam por seu turno que dois estrangeiros - um britânico e um francês - terão sido mortos.

"Depois desta tentativa falhada, o grupo terrorista dirigiu-se para as unidades residenciais do complexo e capturou vários trabalhadores com nacionalidade estrangeira", disse o ministério.

O Reino Unido já confirmou que "vários cidadãos britânicos" estão envolvidos "num incidente terrorista", enquanto que a Irlanda afirmou que um dos seus cidadãos foi raptado, estando Dublin "pronto a usar todos os recursos que tem disponíveis para garantir" que ele é libertado "o mais rapidamente possível". O grupo japonês JGC Corp. também admitiu que vários cidadãos japoneses foram capturados.

A situação agora é delicada para as autoridades argelinas, uma vez que os militantes ameaçam matar os reféns se o exército os tentar superar.

"Retomar a instalação seria fácil para o exército argelino, mas o resultado dessa operação seria desastroso", disse o porta.-voz da Aqmi.
http://economico.sapo.pt/noticias/islam ... 60409.html
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