CALDEIRÃO DE BOLSA

Enviado: **13/9/2025 19:30**

No meu caso chateiam-me 3 temas nos impostos de capitais em Portugal:
- Dupla Tributação - ter de assumir a fundo perdido o que o outro país me cobrou a mais...
- Imposto 28% sobre mais-valias (> 2 anos 25,2%; > 5 anos 22,4% e >8 anos: 19,6%)
- Obrigatoriedade de englobar mais valias de curto prazo, após rendimento coléctável de 83K

São regras que nos restringem a liberdade enquanto investidor e condicionam sempre o pensamento criativo.

Quanto à primeira é assinar o W8-BEN (para os EUA) e acreditar na Council Directive (EU) 2025/50 of 10 December 2024 on faster and safer relief of excess withholding taxes (para a Europa).

Quanto à terceira é o que é... Até pode ser que dê mais estabilidade ao portfólio (de longo prazo), já que não dá para utilizar as acções como colateral para margem...

Em relação ao imposto sobre as mais-valias... :-k

Porque não ir 2 vezes na vida a um destes países fazer reset a uma taxa de 0%? :-"

- Bélgica, Chipre, Luxemburgo, Malta, Suíça, Turquia, Monaco, Dubai

Só é preciso estar 180 dias e pode-se mudar a residencia fiscal...

Corrijam-me se estiver enganado... o exit tax só se aplica a mais de 1% do capital social das empresas, exato?

É que por exemplo assumir 500K de mais valias não realizadas e pagar 0% :shock:

. Ir lá trabalhar um ano, receber mais, ter uma aventura e ainda limpar as mais valias... parece um excelente incentivo

Relativamente ao imposto do trabalho nem me obriguem a falar... Mas cenário hipotético... Ganhas-se 500K€ em rendas e fica-se com 360k... custa-se 500k ao empregador e recebe-se 160K limpos (o resto está a fazer "compounding" para a reforma ou é IRS)!! :wall:

Viva ao capital :!:

Dito isto, qual é a vantagem de ter uma empresa de investimento, assumindo que já se tem os gastos do quotidiano cobertos por uma outra empresa? Custo-benefício não é melhor ir passar umas férias ao luxemburgo? :-k

Enviado: **12/9/2025 16:48**

Massao1 Escreveu:
Ferreiratrade Escreveu:Segundo percebi é trabalhador dependente e faz o IRS como toda a gente e constituiu uma empresa unipessoal somente para a gestão da compra e venda e dividendos de ações e faz IRC sendo necessário contabilista certificado? Desculpe estar a ser chato mas é útil perceber se será vantajoso para mim próprio. Isso do IVA é uma grande vantagem.

Claro que tenho contabilista. Os lançamentos são diários o que impede o trabalho exaustivo do anexo g de IRS.

Outra vantagem
A possibilidade de recuperar os descontos em outros países.

Descontos, lapso
Queria dizer, dividendos

Enviado: **12/9/2025 16:38**

Ferreiratrade Escreveu:Segundo percebi é trabalhador dependente e faz o IRS como toda a gente e constituiu uma empresa unipessoal somente para a gestão da compra e venda e dividendos de ações e faz IRC sendo necessário contabilista certificado? Desculpe estar a ser chato mas é útil perceber se será vantajoso para mim próprio. Isso do IVA é uma grande vantagem.

Claro que tenho contabilista. Os lançamentos são diários o que impede o trabalho exaustivo do anexo g de IRS.

Outra vantagem
A possibilidade de recuperar os descontos em outros países.

Enviado: **12/9/2025 16:30**

Segundo percebi é trabalhador dependente e faz o IRS como toda a gente e constituiu uma empresa unipessoal somente para a gestão da compra e venda e dividendos de ações e faz IRC sendo necessário contabilista certificado? Desculpe estar a ser chato mas é útil perceber se será vantajoso para mim próprio. Isso do IVA é uma grande vantagem.

Enviado: **12/9/2025 16:18**

Ferreiratrade Escreveu:
Massao1 Escreveu:Eu tenho uma sociedade Unipessoal, tendo como objeto principal, Auditoria, fiscalidade e afins.
É nesta empresa que é transacionado ações.

É nesta sociedade que recebo os dividendos, como é óbvio.

As vantagens são muitas.

Nota. Não sou contabilista.

Boa tarde

Mas você exerce esse tipo de atividade profissionalmente ou apenas dedica-se a compra e venda de ações e utiliza essa categoria sem exercer essas funções?

Em relação aos dividendos é taxado a 25% em vez dos 28% certo?

Cumprimentos

Sou trabalhor dependente.
Tem razão. Em IRC, os dividendos são taxados a 25% e também os dividendos se outras praças, podendo em certas situações oso irs retido possa ser recuperado pela sociedade.
Uma das vantagens. Recuperei o IVA do carro elétrico?
Cumprimentos

Enviado: **12/9/2025 15:54**

Massao1 Escreveu:Eu tenho uma sociedade Unipessoal, tendo como objeto principal, Auditoria, fiscalidade e afins.
É nesta empresa que é transacionado ações.

É nesta sociedade que recebo os dividendos, como é óbvio.

As vantagens são muitas.

Nota. Não sou contabilista.

Boa tarde

Mas você exerce esse tipo de atividade profissionalmente ou apenas dedica-se a compra e venda de ações e utiliza essa categoria sem exercer essas funções?

Em relação aos dividendos é taxado a 25% em vez dos 28% certo?

Cumprimentos

Enviado: **12/9/2025 15:41**

69200
69200 - Atividades de contabilidade e auditoria; consultoria fiscal
Informação sobre o cóodigo de atividade económica 69200 do CAE Rev.3
O CAE 69200 do Código das Atividades Económicas, Rev.3, refere-se a Atividades de contabilidade e auditoria; consultoria fiscal.

CAE 69200 - Atividades de contabilidade e auditoria; consultoria fiscal
Compreende, nomeadamente, as actividades de: registo das operações contabilísticas correntes; verificação e revisão de contas; certificação de contas e auditoria de contas financeiras; preparação de declarações de rendimentos fiscais, consultoria e representação (excepto a representação jurídica) perante as autoridades fiscais, executadas por conta de empresas ou de particulares.

Não inclui:

Actividades de processamento de dados (63110);
Actividades jurídicas (69101);
Consultoria em gestão (70220);
Concepção de programas para contabilidade e controlo orçamental (70220);
Cobrança de facturas (82910).

Enviado: **12/9/2025 15:37**

Eu tenho uma sociedade Unipessoal, tendo como objeto principal, Auditoria, fiscalidade e afins.
É nesta empresa que é transacionado ações.

É nesta sociedade que recebo os dividendos, como é óbvio.

As vantagens são muitas.

Nota. Não sou contabilista.

Enviado: **12/9/2025 15:12**

Um tema interessante e complexo, não sou da área e pouco percebo de fiscalidade,

Gostaria de entender quais os beneficios de ter uma empresa para transacionar nos mercados e quais as vantagens, e como funciona, eu empresto dinheiro à empresa para transacionar, posso retirar os valores quando entender sem ser taxado?

Enviado: **12/9/2025 12:28**

Mymous Escreveu:
Então:

Situação 3: Mais valias obtidas há menos de 1 ano de 32k
Rendimentos do trabalho: 50k
Rendimento total: 82k (como não ultrapassa os 83k, não há englobamento obrigatório das mais valias)
Taxa: aos rendimentos do trabalho aplica-se a taxa relativa ao escalão, aos rendimentos especulativos aplica-se 28%

Sim.

Mymous Escreveu:
Ou seja:

Situação 2: paga 48% sobre tudo

Não! Aplicam-se as taxas de IRS. É como se tivesses rendimentos de trabalho de 85k.

Mymous Escreveu:
Situação 3: paga 44.6% sobre rendimentos de trabalho e 28% sobre as mais-valias especulativas.

Estou correto?

Não tenho aqui as tabelas de IRS, não sei se essa é a taxa média...

Nota importante: na opção onde pergunta se quero englobar ou não, coloco a cruz no não.

Enviado: **12/9/2025 11:55**

AAA_ Escreveu:
Mymous Escreveu:
Apramg Escreveu:O problema é que todos os redimentos são tributados a 48%. Incluindo um salário de 1000 ou 2000 ou 3000 euros. Penso que essa é a aberração principal!

O que eu não entendo é a não progressividade do imposto (relativamente à parcela das mais valias mobiliárias), quando por 1€ se salta de uma situação para a outra. Ou estou enganado?

O fisco cobra da seguinte maneira:

Situação 1: Mais valias obtidas há mais de 1 ano de valor superior a 85k
Regra: pagam taxa de 28%
Opção: podem ser englobadas
As mais valias de acções detidas há menos de 1 ano (chamemos-lhe especulativas, porque é assim que eles as consideram) são obrigatoriamente englobadas. Ou seja, se tiver rendimentos categoria A (ou B) de 50k e mais valias especulativas de 1000 EUr, o meu rendimento colectável é de 60.000 Eur. Aplicam-se as taxas de IRS.

Situação 2: Mais valias obtidas há menos de 1 ano de 35k
Rendimentos do trabalho ou não sujeitos a uma taxa especial: 50k
Rendimento total: 85k (como ultrapassa os 83k, há englobamento obrigatório das mais valias)
Taxa: aplicam-se as taxas de IRS.

Espero ter ajudado.

Então:

Situação 3: Mais valias obtidas há menos de 1 ano de 32k
Rendimentos do trabalho: 50k
Rendimento total: 82k (como não ultrapassa os 83k, não há englobamento obrigatório das mais valias)
Taxa: aos rendimentos do trabalho aplica-se a taxa relativa ao escalão, aos rendimentos especulativos aplica-se 28%

Ou seja:

Situação 2: paga 48% sobre tudo

Situação 3: paga 44.6% sobre rendimentos de trabalho e 28% sobre as mais-valias especulativas.

Estou correto?

Enviado: **12/9/2025 11:40**

Mymous Escreveu:
Apramg Escreveu:O problema é que todos os redimentos são tributados a 48%. Incluindo um salário de 1000 ou 2000 ou 3000 euros. Penso que essa é a aberração principal!

O que eu não entendo é a não progressividade do imposto (relativamente à parcela das mais valias mobiliárias), quando por 1€ se salta de uma situação para a outra. Ou estou enganado?

O fisco cobra da seguinte maneira:

Situação 1: Mais valias obtidas há mais de 1 ano de valor superior a 85k
Regra: pagam taxa de 28%
Opção: podem ser englobadas
As mais valias de acções detidas há menos de 1 ano (chamemos-lhe especulativas, porque é assim que eles as consideram) são obrigatoriamente englobadas. Ou seja, se tiver rendimentos categoria A (ou B) de 50k e mais valias especulativas de 1000 EUr, o meu rendimento colectável é de 60.000 Eur. Aplicam-se as taxas de IRS.

Situação 2: Mais valias obtidas há menos de 1 ano de 35k
Rendimentos do trabalho ou não sujeitos a uma taxa especial: 50k
Rendimento total: 85k (como ultrapassa os 83k, há englobamento obrigatório das mais valias)
Taxa: aplicam-se as taxas de IRS.

Espero ter ajudado.

Enviado: **12/9/2025 11:33**

Aproveitando a discussao começada no topic da Mota-Engil, aqui vai um topic para discutir temas de fiscalidade.

Enviado: **12/9/2025 10:03**

Apramg Escreveu:O problema é que todos os redimentos são tributados a 48%. Incluindo um salário de 1000 ou 2000 ou 3000 euros. Penso que essa é a aberração principal!

O que eu não entendo é a não progressividade do imposto (relativamente à parcela das mais valias mobiliárias), quando por 1€ se salta de uma situação para a outra. Ou estou enganado?

Enviado: **12/9/2025 9:55**

O problema é que todos os redimentos são tributados a 48%. Incluindo um salário de 1000 ou 2000 ou 3000 euros. Penso que essa é a aberração principal!

Enviado: **12/9/2025 9:39**

serdom Escreveu:percebo pouco da fiscalidade, mas o meu copiloto diz-me que este tema devia ser discutido noutro tópico
eu acho só esquisito preferir não fazer mais-valias por ter de pagar 28% ao Estado, em vez de ganhar os restantes 72%.
e nem sequer parece que PT esteja assim tão fora da norma europeia.

According to the European Parliament's 2025 study (1):

Financial services are generally VAT-exempt, which results in lighter taxation compared to other sectors.
Financial Transaction Taxes (FTTs) exist in several EU countries, but vary widely in scope and rates. They contribute modestly to tax revenue and don't significantly distort markets.
Bank levies (on assets, liabilities, or capital) are applied in some countries, often introduced post-2008 crisis. Their effectiveness is mixed, and banks often pass the cost to customers.
Corporate Income Tax (CIT) rates are mostly uniform across sectors, with few exceptions applying higher rates to financial institutions.
Country-Level Taxation Overview (Selected Examples) (2)
Nordic Countries
Denmark: CGT & Dividend Tax: 27–42% (based on income); No wealth tax; Exit tax applies.
Finland: CGT & Dividend Tax: 30–34%; No wealth tax; Exit tax applies if investments > €500k.
Sweden: CGT & Dividend Tax: 30%; ISK accounts offer alternative taxation; Exit tax applies for 10 years.
Norway: CGT & Dividend Tax: 37.84%; Wealth tax: 1.1% above ~€1.7M; Exit tax applies.
Western Europe
Belgium: CGT: 0% for passive investors, 33% for active; Dividend Tax: 30%; No wealth or exit tax.
France: CGT: 30–35%; Dividend Tax: ~30%; Wealth Tax: 0.5–1.5% (real estate); Exit tax applies.
Germany: CGT & Dividend Tax: ~27–28%; No wealth or exit tax.
Ireland: CGT: 33%; Dividend Tax: up to 51%; No wealth tax; Exit tax: 12.5% on unrealized gains.
Central Europe
Austria: CGT & Dividend Tax: 27.5%; No wealth tax; Exit tax applies.
Czech Republic: CGT: 0% if held >3 years; Dividend Tax: 15%; No wealth or exit tax.
Hungary: CGT & Dividend Tax: 15%; TBSZ accounts reduce CGT over time; No wealth or exit tax.
Poland: CGT & Dividend Tax: 19%; Exit tax applies on gains > ~€930k.
Southern Europe
Italy: CGT & Dividend Tax: 26%; Wealth tax on foreign assets; No exit tax.
Portugal: CGT & Dividend Tax: 28%; Wealth tax on real estate > €600k; Exit tax applies.
Spain: CGT: 19–26%; Dividend Tax: 19–23%; Wealth Tax: 0.3–3.5% (regional variation); Exit tax applies.
Low-Tax Jurisdictions
Luxembourg: CGT: 0% if held >6 months; Dividend Tax: 0–15%; No wealth or clear exit tax.
Netherlands: CGT: 0%; Dividend Tax: 0–15%; Wealth Tax: ~2% on assumed gains; No exit tax.
Switzerland: CGT: 0%; Dividend Tax: 35%; Wealth Tax varies by canton; No exit tax.
Malta: CGT & Dividend Tax: 15%; No wealth or exit tax.

(1) https://www.europarl.europa.eu/RegData/etudes/STUD/2025/772638/ECTI_STU%282025%29772638_EN.pdf
(2)https://citizenx.com/insights/europe-taxes/

Se tivesse mais de 85000€ em possiveis mais valias em menos de um ano preferia vender e pagar 48% nesse mesmo ano fiscal ou preferia adiar para o ano seguinte e pagar somente 28%? É isso que se está a dizer em posts atrás.

Enviado: **12/9/2025 9:32**

percebo pouco da fiscalidade, mas o meu copiloto diz-me que este tema devia ser discutido noutro tópico

eu acho só esquisito preferir não fazer mais-valias por ter de pagar 28% ao Estado, em vez de ganhar os restantes 72%.
e nem sequer parece que PT esteja assim tão fora da norma europeia.

According to the European Parliament's 2025 study (1):

Financial services are generally VAT-exempt, which results in lighter taxation compared to other sectors.
Financial Transaction Taxes (FTTs) exist in several EU countries, but vary widely in scope and rates. They contribute modestly to tax revenue and don't significantly distort markets.
Bank levies (on assets, liabilities, or capital) are applied in some countries, often introduced post-2008 crisis. Their effectiveness is mixed, and banks often pass the cost to customers.
Corporate Income Tax (CIT) rates are mostly uniform across sectors, with few exceptions applying higher rates to financial institutions.
Country-Level Taxation Overview (Selected Examples) (2)
Nordic Countries
Denmark: CGT & Dividend Tax: 27–42% (based on income); No wealth tax; Exit tax applies.
Finland: CGT & Dividend Tax: 30–34%; No wealth tax; Exit tax applies if investments > €500k.
Sweden: CGT & Dividend Tax: 30%; ISK accounts offer alternative taxation; Exit tax applies for 10 years.
Norway: CGT & Dividend Tax: 37.84%; Wealth tax: 1.1% above ~€1.7M; Exit tax applies.
Western Europe
Belgium: CGT: 0% for passive investors, 33% for active; Dividend Tax: 30%; No wealth or exit tax.
France: CGT: 30–35%; Dividend Tax: ~30%; Wealth Tax: 0.5–1.5% (real estate); Exit tax applies.
Germany: CGT & Dividend Tax: ~27–28%; No wealth or exit tax.
Ireland: CGT: 33%; Dividend Tax: up to 51%; No wealth tax; Exit tax: 12.5% on unrealized gains.
Central Europe
Austria: CGT & Dividend Tax: 27.5%; No wealth tax; Exit tax applies.
Czech Republic: CGT: 0% if held >3 years; Dividend Tax: 15%; No wealth or exit tax.
Hungary: CGT & Dividend Tax: 15%; TBSZ accounts reduce CGT over time; No wealth or exit tax.
Poland: CGT & Dividend Tax: 19%; Exit tax applies on gains > ~€930k.
Southern Europe
Italy: CGT & Dividend Tax: 26%; Wealth tax on foreign assets; No exit tax.
Portugal: CGT & Dividend Tax: 28%; Wealth tax on real estate > €600k; Exit tax applies.
Spain: CGT: 19–26%; Dividend Tax: 19–23%; Wealth Tax: 0.3–3.5% (regional variation); Exit tax applies.
Low-Tax Jurisdictions
Luxembourg: CGT: 0% if held >6 months; Dividend Tax: 0–15%; No wealth or clear exit tax.
Netherlands: CGT: 0%; Dividend Tax: 0–15%; Wealth Tax: ~2% on assumed gains; No exit tax.
Switzerland: CGT: 0%; Dividend Tax: 35%; Wealth Tax varies by canton; No exit tax.
Malta: CGT & Dividend Tax: 15%; No wealth or exit tax.

(1) https://www.europarl.europa.eu/RegData/etudes/STUD/2025/772638/ECTI_STU%282025%29772638_EN.pdf
(2)https://citizenx.com/insights/europe-taxes/

Enviado: **12/9/2025 9:25**

NirSup Escreveu:São narrativas (criativas), Senhor, são narrativas.

Screenshot_2025-09-11-09-47-59-737_com.openai.chatgpt-edit.jpg

By Nirvana

Idiota, para de desinformar as pessoas. O englobamento é obrigatório sob as condições mencionadas, independentemente de colocar ou não a opção na altura de submeter a declaração.

Enviado: **12/9/2025 9:22**

E uma petição no sentido de reverter esta "Chulice" criada pelo PS?

Enviado: **11/9/2025 22:54**

Esta lei está tão à esquerda num parlamento com meia dúzia de deputados de extrema esquerda. Uma ironia de política fiscal! O psd parece que tem medo de desfazer idiotices do ps. O contrário não aconteceu quando o Costa desfez muita coisa bem feita só porque foi o psd a fazer.

Enviado: **11/9/2025 22:37**

Massao1 Escreveu:
Por isto recomendo a constituição de uma sociedade Unipessoal e movimentar os valores Mobiliários e dividendos.

que tipo de CAE rev.4 desenvolverá essa sociedade unipessoal?

:arrow:

atenção à transparência fiscal, art. 6 CIRC

Enviado: **11/9/2025 22:09**

Esta lei das mais valias é tão absurda que o ano passado e apesar ter uma taxa marginal de 45% (penúltimo escalão), pelo facto de ter mais valias de longo prazo (>1 ano) de valor elevado, referentes a ações não transacionadas em mercado regulado, tive de pagar essa tal taxa margina de 45% nas, felizmente poucas, mais valias de curto prazo. E digo felizmente porque foi por puro acaso, não estava a contar que as mais valias de longo prazo também contassem para o processo de decisão de englobar as de curto prazo.

Este ano tenho um Excel com tudo direitinho e, claro, estou a rezar para não ter de vender até 31 de dezembro uma série de coisas.

Enfim, mais uma medida com "boas" intenções, que só prejudica os pequenos e retira liquidez à já de si reduzida liquidez da nossa bolsa.

Enviado: **11/9/2025 21:39**

NirSup Escreveu:
BullDuck Escreveu:• Desde 1 de janeiro de 2023 vigora a disposição do artigo 72.º, n.º 14, do Código do IRS que impõe que o saldo entre as mais-valias e menos-valias, resultante das operações previstas na alínea b) do n.º 1 do artigo 10.º, é obrigatoriamente englobado quando resulte de ativos detidos por um período inferior a 365 dias e o sujeito passivo tenha um rendimento coletável, incluindo este saldo, igual ou superior ao valor do último escalão do n.º 1 do artigo 68.º.

É uma excepção e não a regra geral (tributação-regra) que apenas se aplica desde que verificados os pressupostos previstos na lei. Serão poucos os particulares com investimentos na Bolsa abrangidos por esta norma e têm sempre uma forma de escapar à tributação (dos tais 48%).
By Nirvana

Bem, típico "ciclo Nirsup", cita uma alucinação do ChatGPT, apropria-se do texto assinando "By Nirvana", é confrontado pelos foristas, responde com outra resposta de IA ainda mais alucinada e quando novamente pressionado, deixa de responder... é caso para dizer "São narrativas (de IA), Senhor, são narrativas (alucinadas)".

Para rematar o enquadramento legal, o Bull Duck referiu (e muito bem) o artigo 72.º do Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares

In artigo 72.º do CIRS

Artigo 72.º
Taxas especiais

1 - São tributados à taxa autónoma de 28 %:

(...)

c) O saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias, resultante das operações previstas nas alíneas b), c), e), f), g), h) e k) do n.º 1 do artigo 10.º; (Redação da Lei n.º 24-D/2022, de 30 de dezembro)

d) Os rendimentos de capitais, tal como são definidos no artigo 5.º, quando não sujeitos a retenção na fonte, nos termos do artigo anterior;

(...)

14 - Não obstante o disposto na alínea c) do n.º 1, o saldo entre as mais-valias e menos-valias, resultante das operações previstas na alínea b) do n.º 1 do artigo 10.º, incluindo os rendimentos referidos nas alíneas b) e c) do n.º 18, são obrigatoriamente englobados quando resultem de ativos detidos por um período inferior a 365 dias e o sujeito passivo tenha um rendimento coletável, incluindo este saldo, igual ou superior ao valor do último escalão do n.º 1 do artigo 68.º (Redação da Lei n.º 12/2022, de 27 de junho)

Ao contrário do que a IA do NirSup aluncina, isto não é uma exceção, é uma regra, que só não se aplica nas exceções previstas do n.º 14 do art.º 72 do CIRS.

Podemos dissertar sobre que percentagem de investidores particulares portugueses serão efetivamente penalizados por esta lei, mas se não for corroborada por dados estatísticos concretos, será uma discussão vã (por isso não me vou meter nisso).

O que eu vou fazer, novamente, é criticar esta lei (como sempre fiz até hoje) e a hipocrisia do governo do PS, quando anunciou esta medida, aquando do orçamento de estado de 2022, que está bem patente nesta notícia:

In Jornal de Negócios

A medida do englobamento de mais valias especulativas, prevista na proposta de Orçamento do Estado para 2022 entregue pelo Governo no Parlamento pretende " incentivar um mercado de capitais sólido, que seja uma fonte de capitalização das empresas e não de especulação", afirmou esta terça-feira no Parlamento o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Nota-se a solidez que criou nos mercados de capitais e a ausência de especulação que se verifica desde 2022. :clap:

Na prática:

Parabéns PS pelo visionarismo (ou será hipocrisia política?). Mais vale logo admitir que o objetivo era arrecadar mais receita junto de quem tem mais rendimento coletával e que, por isso, já contribui enormemente, com uma taxa de imposto grotesca, para o desporporcionado estado social que premeia os regimes não contributivos (i.e. quem nunca descontou) com pensões, prestações sociais entre outras benesses.

Espero que o PSD tenha a lucidez de reverter esta medida pela demagogia barata com que foi anunciada.

Termino este "lamento" com algumas citações de notícias publicadas na altura em que esta "chupista" medida socialista foi aprovada.

A primeira citação é de Cristina Neto de Carvalho, Professora da Católica Lisbon School of Business & Economics, cujo artigo de opinião pode ser lido, na íntegra, no jornal Observador.

In Observador

Orçamento de Estado e englobamento de mais-valias

(...)
A análise financeira de um projeto de investimento pressupõe uma avaliação rigorosa e quantitativa dos valores em causa, quer do investimento a realizar, quer dos fluxos de caixa esperados anualmente, provenientes de recebimentos e pagamentos, nomeadamente impostos, quer ainda do risco associado a fatores macroeconómicos e a fatores específicos do projeto. Como é evidente, quanto menor o retorno esperado, menor será o entusiasmo do investidor. Com o aumento da carga fiscal, muitos projetos deixarão de ser rentáveis. O investidor prefere não os realizar, pois a remuneração não compensa o valor investido e o respetivo risco.

O englobamento de mais-valias, e quem sabe um dia de dividendos, é muito grave, pois destrói o valor de projectos de investimentos.

(...)

A Irlanda é apontada como um exemplo de capacidade de atração de investidores. A reputação fiscal deste país decorre de duas dimensões fundamentais: reduzida carga fiscal e estabilidade fiscal. Por outras palavras, as taxas de tributação são baixas e o Governo tem mantido a estabilidade da política fiscal, reduzindo a incerteza. E nós, portugueses, em que sentido estamos a caminhar?

Precisamos de avaliar as consequências das medidas fiscais no comportamento dos agentes económicos. Precisamos que o Estado defina, e se comprometa com uma política fiscal clara, estável e não penalizadora, que atraia, de forma sustentável, o investidor.

As outras citações foram retiradas de uma notícia, de 2022, do Jornal de Negócios e contrariam a retórica hipócrita do PS:

In Jornal de Negócios

Englobamento tira um quinto das mais-valias

(...)

“O englobamento das mais valias em investimento em valores mobiliários, designadamente ações e obrigações, implica um agravamento da carga fiscal sobre o investimento na capitalização das empresas que recorrem ao mercado de capitais para se financiarem”, alerta Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisbon, em declarações ao Negócios.

(...)

De acordo com as simulações da Deloitte, o novo regime de tributação de mais-valias mobiliárias irá diminuir os ganhos em mais de um quinto.

(...)

“O englobamento deveria continuar a ser opcional, pois poderá haver casos em que a carga seja de tal forma que leve a que os investidores optem por não investir nos produtos que realmente financiam a economia e optem por outros mais exóticos e suscetíveis de contornarem esses efeitos, para além de um incentivo à evasão fiscal”, defende Octávio Viana, presidente da ATM – Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais.

(...)

São as medidas de esquerda que sempre atrasaram o desenvolvimento e competitividade económica do país e, consequentemente, a prestação das cotadas da Euronext Lisbon. :wall:

Enviado: **11/9/2025 17:55**

Opcard Escreveu:Tens razão até me tinha esquecido desse absurdo fiscal um tiro no próprio pé do Estado ao invés de premiar o esforço, castiga quem trabalha é um incentivo perverso à inércia

Precisamente.
No meu caso já cheguei ao limite e não vendo mais nada este ano com mais valias. Se não tivesse esta limitação o Estado arrecadava 28% com aquilo que vendesse, assim arrecada zero.

Enviado: **11/9/2025 15:44**

Massao1 Escreveu:Por isto recomendo a constituição de uma sociedade Unipessoal e movimentar os valores Mobiliários e dividendos.

Gostava de saber mais sobre o tema, onde sugere que obtenha mais informação?

Obrigado

CALDEIRÃO DE BOLSA

Fiscalidade - temas vários

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