Re: Forex / cripto / mercados - 2024 - 2º trimestre
Enviado: 6/4/2024 18:09
Boas,
Nesta primeira semana do novo trimestre, correções. Nalgum momento, o mercado teria de acalmar a euforia e começar a pensar também noutra coisa: justifica-se a tomada de risco excessivo?
Cada vez mais gente deverá começar a pensar a sério em três grandes riscos para a esfera financeira global:
- Excesso de endividamento (tanto dos Estados como de entidades privadas diversas)
- Política monetária distorcida (aqueles excessos de liquidez a meio de juros negativos, tanto nominais como reais, teriam de ter consequências, como estamos a ver por estes dias)
- Incertezas geo-políticas (o regresso de guerras e ações de terror têm o potencial de criar uma perceção negativa, além do desvio de recursos, necessário, por conta dessa realidade)
Claro que estes novos desenvolvimentos (2ª guerra fria) não são bem "novidades" do mundo que conhecemos. São até um regresso a um passado mais ou menos recente, com a diferença de que "agora" temos uma realidade financeira bem mais frágil. Leia-se: dívida e mais dívida.
Por estes dias, o mercado tenta também quantificar que "inflação" podemos suportar sem que os juros tenham que subir. Que nível de juros é o ideal para que os mercados sigam em frente, enfim, adaptação a uma série de realidades que não se verificaram (em conjunto) nos últimos 15 anos.
Assim, esta semana, disparo nos juros das OT. Mais um de vários disparos a levarem os juros a máximos do ano, contrariando a tendência dos últimos meses. O títulos dos EUA a dez anos passou de 4,2 para 4,4% de yield esta semana, tal como o de 5 anos, sinal de que se espera inflação alta durante mais tempo.
As vendas fortes de OT não ajudaram o mercado acionista. Há quedas, aliviadas na 6ª feira, mas a semana é de perdas, geralmente superiores a 1% - é o mercado a verificar que estava a ir longe demais!!
Os touros de ouro têm de esperar... exceto no Ouro - foram mais 4% esta semana, novos máximos de sempre com o mercado a procurar o "velho hedge" contra a inflação consistente. Foi assim nos anos setenta, há muito tempo. A subida das "commodities" não augura nada de bom e o melhor exemplo é o petróleo que subiu mais 4% - começa a regressar aos máximos de Outubro - podendo influenciar uma subida dos preços já este mês.
Já as criptos, após fortes quedas, tentam recuperar. Em 7 dias, temos perdas generalizadas, algumas pesadas, mas o BTC "só" perde 3% (nas criptos isto não é nada) à medida que os preços tentam estabilizar. A fuga para o "cash" também afeta estes ativos...
O EUR/USD começou a semana a cair, andou pelos 1.0730 mas encetou forte recuperação. Termina mais fraco por conta do emprego nos EUA, mas a subida fica pelos 0,5% - anulada a tendência de queda? Pode ser que sim...
O USD/JPY não parece ter força para maiores subidas, mas também não cai... a subida semanal é irrisória, parece estar "amarrado" nos 151.xx - há o medo de intervenção do BOJ se as subidas forem "rápidas".
Pronto, há quem diga que não é necessário esperar por Maio para sair... há quem diga que isto é uma pequena correção no meio de fortes subidas. Há análises para todos, touros e ursos. Nada de novo no canal do Suez
Abraço, bom fds pessoal
dj
Nesta primeira semana do novo trimestre, correções. Nalgum momento, o mercado teria de acalmar a euforia e começar a pensar também noutra coisa: justifica-se a tomada de risco excessivo?
Cada vez mais gente deverá começar a pensar a sério em três grandes riscos para a esfera financeira global:
- Excesso de endividamento (tanto dos Estados como de entidades privadas diversas)
- Política monetária distorcida (aqueles excessos de liquidez a meio de juros negativos, tanto nominais como reais, teriam de ter consequências, como estamos a ver por estes dias)
- Incertezas geo-políticas (o regresso de guerras e ações de terror têm o potencial de criar uma perceção negativa, além do desvio de recursos, necessário, por conta dessa realidade)
Claro que estes novos desenvolvimentos (2ª guerra fria) não são bem "novidades" do mundo que conhecemos. São até um regresso a um passado mais ou menos recente, com a diferença de que "agora" temos uma realidade financeira bem mais frágil. Leia-se: dívida e mais dívida.
Por estes dias, o mercado tenta também quantificar que "inflação" podemos suportar sem que os juros tenham que subir. Que nível de juros é o ideal para que os mercados sigam em frente, enfim, adaptação a uma série de realidades que não se verificaram (em conjunto) nos últimos 15 anos.
Assim, esta semana, disparo nos juros das OT. Mais um de vários disparos a levarem os juros a máximos do ano, contrariando a tendência dos últimos meses. O títulos dos EUA a dez anos passou de 4,2 para 4,4% de yield esta semana, tal como o de 5 anos, sinal de que se espera inflação alta durante mais tempo.
As vendas fortes de OT não ajudaram o mercado acionista. Há quedas, aliviadas na 6ª feira, mas a semana é de perdas, geralmente superiores a 1% - é o mercado a verificar que estava a ir longe demais!!
Os touros de ouro têm de esperar... exceto no Ouro - foram mais 4% esta semana, novos máximos de sempre com o mercado a procurar o "velho hedge" contra a inflação consistente. Foi assim nos anos setenta, há muito tempo. A subida das "commodities" não augura nada de bom e o melhor exemplo é o petróleo que subiu mais 4% - começa a regressar aos máximos de Outubro - podendo influenciar uma subida dos preços já este mês.
Já as criptos, após fortes quedas, tentam recuperar. Em 7 dias, temos perdas generalizadas, algumas pesadas, mas o BTC "só" perde 3% (nas criptos isto não é nada) à medida que os preços tentam estabilizar. A fuga para o "cash" também afeta estes ativos...
O EUR/USD começou a semana a cair, andou pelos 1.0730 mas encetou forte recuperação. Termina mais fraco por conta do emprego nos EUA, mas a subida fica pelos 0,5% - anulada a tendência de queda? Pode ser que sim...
O USD/JPY não parece ter força para maiores subidas, mas também não cai... a subida semanal é irrisória, parece estar "amarrado" nos 151.xx - há o medo de intervenção do BOJ se as subidas forem "rápidas".
Pronto, há quem diga que não é necessário esperar por Maio para sair... há quem diga que isto é uma pequena correção no meio de fortes subidas. Há análises para todos, touros e ursos. Nada de novo no canal do Suez
Abraço, bom fds pessoal
dj