Morada fiscal não pode impedir isenção de mais-valias no IRS

[MarcoAntonio]

Entendi mais como se se tratasse de um risco latente do que propriamente um aviso sobre um perigo iminente.


Preços da habitação abrandaram crescimento no terceiro trimestre

No terceiro trimestre venderam-se menos casas e o valor transacionado registou uma queda de 12,2%. O índice de preços da habitação cresceu 7,6%, o aumento menos expressivo desde o primeiro trimestre de 2021.

O mercado imobiliário residencial deu sinais de abrandamento no terceiro trimestre deste ano. Entre julho e setembro, venderam-se menos casas, mas os preços da habitação continuaram a subir, apesar de a um ritmo menos acelerado.

(...)

[Celsius-reloaded]

E novidades (sobre os avisos de bolha e de risco suplementar da tx varável já com anos) há?

[ZéManuel]

Bem, com a nova geração queria dizer a geração atual que começa agora a vida a dois, é um facto que estão bem lixados nesta matéria, se não forem os velhotes a adiantar o dinheiro vai ser um problema, é a minha ideia, claro isto para as grandes cidades.
Mas há sempre a hipótese de ir para os lugarejos tipo aldeias ou outros lugarejos junto das cidades onde terão hipóteses de compra.

[BearManBull]

A nova geração

Como se o problema estivesse restrito à nova geração.

Com casas a 400 mil euros mais impostos de 7%-8% não existe praticamente ninguém assalariado com capacidade de compra de casa.

Até mesmo com 100.000 euros brutos (ricos aos olhos do estado) de agregado num casal dificilmente conseguem reunir condições para comprar um apartamento modesto com menos de 80m2. Para casados com partilha de bens no caso divorcio o homem vai viver para a rua, já sabemos como funciona a lei...

[ZéManuel]

Eu nesta matéria também me parece que o mercado imobiliário não corrigirá grande coisa.
O pior em termos de taxas de juro já passou, o número reduzido de casas em construção, a mão de obra escassa e cara, a inflação que haverá sempre e a procura externa, ditarão que o imobiliário não caia grande coisa ou até suba embora mais moderadamente.
Resta à nova geração contar com a dádiva dos pais para compra de casa, não me parece terem outra hipótese dados os preços praticados.

[Ze nabo]

Socialismo no seu melhor, todo o lado onde é implementado causa inflação e pobreza porque se produz menos bens dado menos gente trabalhar, e os que trabalham não há incentivo a trabalhar mais pois se ganharem mais vai tudo para o estado...
Mas os portugueses gostam...

Foi o 4 pastorinho que te disse isso?

[PXYC]

Acho que só descem se houver alteração aos ciclos migratórias.

concordo.

https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=594934741&DESTAQUESmodo=2
estima-se que, no ano de 2022, tenham entrado em Portugal 117 843 imigrantes permanentes

Enquanto as políticas de habitação quasi-persecutórias aos proprietários não mudarem

concordo. mais que medidas persecutórias, o facto de a justiça ser tão lenta quando um senhorio recorre a tribunais faz muita gente desistir de pôr um apartamento no mercado. tempo é dinheiro.

https://amensagem.pt/2023/02/06/casas-vazias-lisboa-promover-habitacao-publica-mobilizar-devolutos/
Dos cerca de 320 mil fogos habitacionais da cidade, cerca de 15% estão vazios. Ou seja há 47 mil casas vazias em Lisboa – entre as que estão no mercado de venda e arrendamento, e as que estão desocupadas.


........
e não acredito em correções fortes sem aumento forte do desemprego.

[afcapitao]

Acerca da prevalência da taxa variável, já se falou muito na falta de literacia financeira de quem contrai um crédito à habitação.
Mas não haverá aqui um problema também de regulamentação? O Banco de Portugal podia/devia obrigar a que houvesse uma oferta específica que limitasse as consequências das subidas das taxas.

Antigos colegas meus que viviam em França explicaram-me na altura que a oferta prevalente de CH tinha uma componente variável, mas sempre com um limite associado (definito aquando da contratação do crédito). Caso as taxas ultrapassassem esse limite, o cliente pagaria apenas o que tinha sido definido nesse limite.
Já em Portugal, salvo erro, até há um ano só 7% dos créditos tinham taxa fixa.

[MarcoAntonio]

Bruxelas vê taxa variável no crédito à habitação como risco para o país

Na avaliação pós-programa de ajustamento divulgada esta quinta-feira, a Comissão Europeia refere que, apesar de se verificar um ritmo mais lento na subida dos preços das casas, não aponta para uma forte correção do mercado.

A Comissão Europeia acredita que um dos principais riscos internos para a economia portuguesa reside na elevada exposição do mercado a empréstimos para compra de casa a taxa variável. O alerta é feito na 18.ª avaliação pós-programa de ajustamento da troika cuja missão decorreu entre os dias 18 e 19 de setembro, mas que incorpora informação recolhida até ao final de outubro.

No documento agora divulgado, o executivo comunitário refere que "os riscos específicos do país estão principalmente ligados à elevada percentagem de empréstimos à habitação com taxas de juro variáveis e ao seu potencial impacto no consumo das famílias." O alerta junta-se a outros já referenciados por instituições nacionais e internacionais sobre a sensibilidade a fortes subidas da Euribor.

(...)

[dm222]

Socialismo no seu melhor, todo o lado onde é implementado causa inflação e pobreza porque se produz menos bens dado menos gente trabalhar, e os que trabalham não há incentivo a trabalhar mais pois se ganharem mais vai tudo para o estado...
Mas os portugueses gostam...

[gatogato]

... Não esquecer que a oferta continua muito baixa (tanto em construção nova como tb em usada, já para não falar no mercado de aluguer...). Enquanto as políticas de habitação quasi-persecutórias aos proprietários não mudarem, não me parece que haja muito investimento na área.

[MCMAD1977]

Olá,

Acho que só descem se houver alteração aos ciclos migratórias.

Embora possa haver muita casa em fundos de investimento que poderão ir para outros países e vendar por cá.

[BearManBull]

Completamente errôneo.

As casas de 600k para cima foram as que tiveram menos inflação. Nesse mercado um apartamento que em 2010 valia 600k agora vale 700k.

Isso acontece porque o grupo restrito que pode comprar esse tipo de casas é o mesmo de sempre. E porque é difícil rentabilizar com aluguer apartamentos desse valor.

Na habitação do escravo trabalhador o que noutros tempo valia 100-150k e que agora vale mais de 300k duvido muito que vá descer a menos que exista intervenção no mercado (taxar progressivamente, proibir aquisição por fundos).

Este tipo de vivenda seriam as tipologias de T0 a T2 que são as que têm de longe maior procura principalmente por investidores e fundos.

Os preços continuam completamente absurdos e vivemos em feudalismo a noticia é completamente falsa os preços das casas continuam em máximos e boa sorte para quem sonha em ter um pedaço de solo, vai ter mais sorte na China.

[djovarius]

Boas,

Segundo um "insider", isto é possível, mas as correções e a crise deverá ser mais leve junto ao mar (casas de milhões!!??) e mais grave noutros mercados inflacionados... e dependentes da taxa de juro!!

Mas isto é tudo muito volátil, tentar prever isto pode ser tão ou mais complicado do que o andamento de uma ação...

dj

[Goya777]

Ainda nao vejo essa correcçao... Até acho que cada vez se pede mais por coisas de pior qualidade. Se depois se vendem a esse preço...

[PMP69]

Nas casas acima de 1 milhão não acredito que aconteça, pois há muita procura, especialmente de estrangeiros (brasileiros, franceses, americanos, canadianos e até do médio oriente).


Pedro

[MarcoAntonio]

Portugal sujeito a "correção forte" no preço das casas

Em Portugal, os preços estão “fortemente sobrevalorizados” e continuam entre aqueles que mais crescem na União Europeia, num fator de risco assinalado por Bruxelas. No bloco, há oito países que deverão terminar este ano com os preços da habitação em queda. Para já, são descartadas descidas “abruptas” na Zona Euro.

A Comissão Europeia volta a alertar Portugal sobre os preços da habitação, vendo o mercado nacional como um dos que, na União Europeia, enfrentam o risco de "forte correção" num momento em que a significativa subida de juros atirou já este segmento do imobiliário para território negativo em vários países.

O último relatório do mecanismo de alerta para desequilíbrios macroeconómicos...