Investir na Inflação?
Re: Investir na Inflação?
Na minha opinião, a inflação irá resolver-se com a queda do petróleo....terá um efeito dominó...e vejo já isso no gráfico. Brutais divergências nos semanal e diário
enormes divergências nos gráficos semanais e mensais, isso é um sinal e ninguém e eu digo novamente ninguém vai vencer essas forças ocultas...o petróleo está condenado e a inflação vai esfriar
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Re: Investir na Inflação?
Bom, ela até não disse asneiras, do ponto de vista teórico.
O problema é que o génio já fugiu da garrafa.
Aqui em Portugal, a FP recebe 0,9% de aumento mas já disse que assim não dá, pois o IPC foi a 3,3%. Multipliquemos isto pela realidade de toda a zona EUR e chegaremos à conclusão de que a inflação alimenta a inflação.
Quando a inflação era só de "ativos" e não chegava à chamada "Economia real", o único problema era o aumento do fosso entre os muitos ricos e todos os outros.
Mas quando isso se desdobrou ao ponto de afetar preços de bens e serviços (aqui no Algarve, ontem, à minha frente, um proprietário da restauração atualizou o menu em média uns 7 - 8% para a temporada que aí vem), já não há remédio que não seja a elevação dos juros, no mínimo até valores nominais mais próximos da neutralidade, em vez da manutenção de taxas reais altamente negativas.
O que ela quer fazer, já o Arthur Burns fez nos anos setenta. Não resultou, porque não combater a alta de preços para agradar aos políticos dá sempre asneira... e inflação persistente!!!
Abraço
dj
O problema é que o génio já fugiu da garrafa.
Aqui em Portugal, a FP recebe 0,9% de aumento mas já disse que assim não dá, pois o IPC foi a 3,3%. Multipliquemos isto pela realidade de toda a zona EUR e chegaremos à conclusão de que a inflação alimenta a inflação.
Quando a inflação era só de "ativos" e não chegava à chamada "Economia real", o único problema era o aumento do fosso entre os muitos ricos e todos os outros.
Mas quando isso se desdobrou ao ponto de afetar preços de bens e serviços (aqui no Algarve, ontem, à minha frente, um proprietário da restauração atualizou o menu em média uns 7 - 8% para a temporada que aí vem), já não há remédio que não seja a elevação dos juros, no mínimo até valores nominais mais próximos da neutralidade, em vez da manutenção de taxas reais altamente negativas.
O que ela quer fazer, já o Arthur Burns fez nos anos setenta. Não resultou, porque não combater a alta de preços para agradar aos políticos dá sempre asneira... e inflação persistente!!!
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Investir na Inflação?
Eu discordo completamente das alvíssaras que são dadas à Lagarde. Ela manter as taxas de juro a níveis absolutamente irrealistas só vai ajudaram a perpetuar as bolhas que se encontram em diferentes mercados e a fomentar que a poupança e estabilidade seja vista como uma coisa negativa. Isto fomenta apenas a especulação e o risco.
No entanto para ela (pessoalmente) faz sentido. A pessoa que acabar com a festa vai ficar muito mal vista pelo sistema assente em níveis de dívida alta.
Nos Estados Unidos já começaram a retificar a política de juros. Na China baixaram os juros porque preferiram rebentar com a bolha no imobiliário de forma propositada mas manter a restante economia numa política de juros baixos.
Aqui na europa mais uma vez faz-se pouco e tarde...
No entanto para ela (pessoalmente) faz sentido. A pessoa que acabar com a festa vai ficar muito mal vista pelo sistema assente em níveis de dívida alta.
Nos Estados Unidos já começaram a retificar a política de juros. Na China baixaram os juros porque preferiram rebentar com a bolha no imobiliário de forma propositada mas manter a restante economia numa política de juros baixos.
Aqui na europa mais uma vez faz-se pouco e tarde...
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Re: Investir na Inflação?
NirSup Escreveu:por NirSup » 16/1/2022 18:27
As causas da inflação na Zona Euro, nomeadamente na Zona Euro, estão identificadas: alta dos preços da energia (à conta da alta do preço do gás natural) e por causa da crise dos contentores (crise logística).
O preço do gás natural acabará por estabilizar depois de março e a crise dos contentores é uma crise conjuntural em virtude da forte retoma económica e acabará por se resolver.
Portanto, inflação e taxas de juro altas não serão para durar.
Os bancos que me desculpem.
Este é o meu ponto de vista.
A pressão feita pela Banca para o aumento das taxas de juros é tremenda.
E é feita de todas as formas e feitios.
Haja alguém com bom senso para vir a público pôr os pontos nos iis.
Christine Lagarde apenas vem confirmar ser uma Mulher inteligente e uma Mulher sem medo.
Grande Mulher!
By Nirvana
Grande mulher ??? Uma mulher não se deixa dominar por homens, mesmo que se chamem Macron e Dragui !
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Re: Investir na Inflação?
por NirSup » 16/1/2022 18:27
As causas da inflação na Zona Euro, nomeadamente na Zona Euro, estão identificadas: alta dos preços da energia (à conta da alta do preço do gás natural) e por causa da crise dos contentores (crise logística).
O preço do gás natural acabará por estabilizar depois de março e a crise dos contentores é uma crise conjuntural em virtude da forte retoma económica e acabará por se resolver.
Portanto, inflação e taxas de juro altas não serão para durar.
Os bancos que me desculpem.
Este é o meu ponto de vista.
A pressão feita pela Banca para o aumento das taxas de juros é tremenda.
E é feita de todas as formas e feitios.
Haja alguém com bom senso para vir a público pôr os pontos nos iis.
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Não há machado que corte a raiz ao pensamento. Não há morte para o vento. Não há morte.
Re: Investir na Inflação?
BearManBull Escreveu:"Temos de compreender a fonte da subida dos preços", diz Lagarde, sublinhando que cerca de metade da aceleração da inflação é atribuível à energia (petróleo, gás e eletricidade), o que está em certa medida "fora da esfera de influência" das economias da moeda única. "O segundo principal fator são os constrangimentos na oferta" como a escassez de microchips ou limitações no transporte de mercadorias.
"Deixe-me perguntar, o que é que o BCE pode fazer em relação a isso? Podemos resolver os problemas na oferta? Podemos transportar contentores, baixar os preços do petróleo ou pacificar conflitos geoestratégicos? Não, não podemos fazer nada disso", sublinhou a líder da autoridade monetária europeia.
Confrontada com a possibilidade de subir as taxas de juro de referência do BCE (atualmente em mínimos históricos) para combater a inflação Lagarde rejeitou. "Isso não resolveriam nenhum dos nossos problemas atuais. Pelo contrário, se agíssemos de forma demasiado apressada agora, a recuperação das nossas economias poderia ser consideravelmente mais fraca e o mercado de trabalho poderia estar comprometido. Não ajudaria ninguém", defendeu.
Uma análise formulada com bom senso.
Sim é não, vejamos a procura é brutal a oferta escasseia isto dá inflação , a produção reduz-se mas os rendimentos mantém -se com o dinheiro barato oferecido aos governos isto dá inflação , os cheques energia , cheques combustíveis e outros cheques que os governos europeus graciosamente oferecem são possíveis com o auto patrocínio do BCE .
Se o BCE secar a liquidez a inflação volta ou que era , mas será que o pode fazer ?
Não , mas devia de haver castigo estou a lembrar os do passado .
Os governos podem gastar sem pagar , em Atenas e Roma quem não pagava era vendido como escravo ou indo mais longe no Egito houve faróis que prostituíram
as filhas por dívidas .
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Re: Investir na Inflação?
"Temos de compreender a fonte da subida dos preços", diz Lagarde, sublinhando que cerca de metade da aceleração da inflação é atribuível à energia (petróleo, gás e eletricidade), o que está em certa medida "fora da esfera de influência" das economias da moeda única. "O segundo principal fator são os constrangimentos na oferta" como a escassez de microchips ou limitações no transporte de mercadorias.
"Deixe-me perguntar, o que é que o BCE pode fazer em relação a isso? Podemos resolver os problemas na oferta? Podemos transportar contentores, baixar os preços do petróleo ou pacificar conflitos geoestratégicos? Não, não podemos fazer nada disso", sublinhou a líder da autoridade monetária europeia.
Confrontada com a possibilidade de subir as taxas de juro de referência do BCE (atualmente em mínimos históricos) para combater a inflação Lagarde rejeitou. "Isso não resolveriam nenhum dos nossos problemas atuais. Pelo contrário, se agíssemos de forma demasiado apressada agora, a recuperação das nossas economias poderia ser consideravelmente mais fraca e o mercado de trabalho poderia estar comprometido. Não ajudaria ninguém", defendeu.
Uma análise formulada com bom senso.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Investir na Inflação?
djovarius Escreveu:Exatamente !!
O perigo está a vir das agrícolas e das energias. Estes setores estiveram anos em baixa. Agora deu-se a explosão.
Além de que há subidas de preços noutros setores, que já vão contaminando a "core inflation". Essa é menos volátil, mas não dá para aceitar 3% ao ano, com juros zero. A coisa pode sempre ficar pior.
Madeiras e metais não serão um problema de maior.
Abraço
dj
Ah, pegaram neste velho tópico??? Ok...
No início de 2021, eu já desconfiava da possibilidade de inflação, mas em Maio, como se vê, eu tinha a noção de que o perigo vinha das agrícolas e das energias. Certo, infelizmente...
Agora, quando me perguntam sobre investir neste contexto, eu acabo por perguntar a mim próprio se já não é tarde demais para investir??
De toda a maneira, não dou conselhos, apenas posso abrir os olhos para os sinais do mercado. Por estranho que pareça, os sinais mais fortes ainda vêm das energias e das agrícolas, com destaque para o petróleo. Se eu fosse um grande tubarão (institucional) seguramente que já tinha entrado curto em OT de prazos longos, mas isso não se aplica a nós, pequenos grãos de areia.
Eu não ficaria admirado por ver um IPC na zona EUR superior a 6% ao ano - isso leva-me a olhar para as cotações do ouro com redobrado interesse para ver o que vai ocorrer.
Abraço
dj
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Re: Investir na Inflação?
NirSup Escreveu:investor2 Escreveu:Queria perguntar se é possível ver qual a previsão que o mercado dá para a Euribor 3m, Euribor 6m, Euribor 12m no final do ano ou em 2024?
Vale o que vale, como é óbvio. É uma previsão das taxas da EURIBOR para 2022 do ING GROUP*. Em 2023, talvez subam alguma coisa (embora eu pessoalmente não acredite nisso).
Taxa em 03/02/2022 -0,551 %
Ver AQUI: https://think.ing.com/uploads/reports/2 ... 1221_3.pdf
Previsão para 2023:
By Nirvana
*The ING Group (Dutch: ING Groep) is a Dutch multinational banking and financial services corporation headquartered in Amsterdam.
Muito obrigado pela resposta.
Pois eu achava que havia tipo um mercado de futuros como há para o crude, por exemplo.
Pensava que se conseguia saber em tempo real o valor que o mercado previa para a euribor a 3m/6m/12m no final do ano ou para o ano seguinte.
Obrigado!
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Re: Investir na Inflação?
Caros especialistas, principalmente o Djo,
Como se pode investir na inflação?
Energia? Agrícolas?
Como se pode investir na inflação?
Energia? Agrícolas?
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Re: Investir na Inflação?
investor2 Escreveu:Queria perguntar se é possível ver qual a previsão que o mercado dá para a Euribor 3m, Euribor 6m, Euribor 12m no final do ano ou em 2024?
Vale o que vale, como é óbvio. É uma previsão das taxas da EURIBOR para 2022 do ING GROUP*. Em 2023, talvez subam alguma coisa (embora eu pessoalmente não acredite nisso).
Taxa em 03/02/2022 -0,551 %
Ver AQUI: https://think.ing.com/uploads/reports/2 ... 1221_3.pdf
Previsão para 2023:
By Nirvana
*The ING Group (Dutch: ING Groep) is a Dutch multinational banking and financial services corporation headquartered in Amsterdam.
Não há machado que corte a raiz ao pensamento. Não há morte para o vento. Não há morte.
Re: Investir na Inflação?
Olá a todos
Vou aproveitar este tópico para colocar uma questão relacionada com este tema da inflacção.
Ora, o tema de momento é a inflacção e, com ele, a subida dos juros por parte do BCE.
Queria perguntar se é possível ver qual a previsão que o mercado dá para a Euribor 3m, Euribor 6m, Euribor 12m no final do ano ou em 2024?
Isto é, existe algum mercado de futuros para as euribor? Como consigo pesquisar?
Imagino que quem tenha a bloomberg, consiga ver esta informação. Há maneira de ver esta informação para quem não tem bloomberg?
Se não houver, alguma alma bondosa pode partilhar a info que lhe aparece no terminal da bloomberg?
Obrigado!
Vou aproveitar este tópico para colocar uma questão relacionada com este tema da inflacção.
Ora, o tema de momento é a inflacção e, com ele, a subida dos juros por parte do BCE.
Queria perguntar se é possível ver qual a previsão que o mercado dá para a Euribor 3m, Euribor 6m, Euribor 12m no final do ano ou em 2024?
Isto é, existe algum mercado de futuros para as euribor? Como consigo pesquisar?
Imagino que quem tenha a bloomberg, consiga ver esta informação. Há maneira de ver esta informação para quem não tem bloomberg?
Se não houver, alguma alma bondosa pode partilhar a info que lhe aparece no terminal da bloomberg?
Obrigado!
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Re: Investir na Inflação?
Exatamente !!
O perigo está a vir das agrícolas e das energias. Estes setores estiveram anos em baixa. Agora deu-se a explosão.
Além de que há subidas de preços noutros setores, que já vão contaminando a "core inflation". Essa é menos volátil, mas não dá para aceitar 3% ao ano, com juros zero. A coisa pode sempre ficar pior.
Madeiras e metais não serão um problema de maior.
Abraço
dj
O perigo está a vir das agrícolas e das energias. Estes setores estiveram anos em baixa. Agora deu-se a explosão.
Além de que há subidas de preços noutros setores, que já vão contaminando a "core inflation". Essa é menos volátil, mas não dá para aceitar 3% ao ano, com juros zero. A coisa pode sempre ficar pior.
Madeiras e metais não serão um problema de maior.
Abraço
dj
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Re: Investir na Inflação?
Optimiza, quanto ao preço da madeira (lumber), penso que essa inflação seja transitoria:
Aquando a pandemia mutas serrações fecharam e muito corte foi adiado, ou seja o que esta a contecer é um efeito de funilamento devido á paragem do corte.
Isto aliado a que a construçaõ nao parou, fez com que o equilibrio entre oferta e procura ficasse desnivelado.
Ou seja penso que só seja tempo para termos a madeira a preços normais
Mais ou menos o mesmo se passou com ou ouro
Aquando a pandemia mutas serrações fecharam e muito corte foi adiado, ou seja o que esta a contecer é um efeito de funilamento devido á paragem do corte.
Isto aliado a que a construçaõ nao parou, fez com que o equilibrio entre oferta e procura ficasse desnivelado.
Ou seja penso que só seja tempo para termos a madeira a preços normais
Mais ou menos o mesmo se passou com ou ouro
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Re: Investir na Inflação?
Daniel, tópico muito oportuno, vi/li tudo agora e o video está Muito interessante! Os outros 7 participantes foram também muito assertivos e trouxeram dados relevantes (Djovarius, pessoalmente, sobre a quantificação trillions para $ é para mim a correta, como só é correto falar para essa quantia como Billions quando se trata de €. Não interessa o continente onde se vive/trabalha, o que releva é de que moeda se trata).
Inflação (4,2%) a níveis recorde de 13 anos (a tocar no nível do malfadado ano de 2008). Preço das commodities a disparar, cobre nos 36%, alumínio sobe 24%, madeira a subir 123% year to date ou 337% em 12 meses (ver infra), Crude oil só sobe 9%, mas à espera do reforço do conflito no Médio Oriente para disparar.
Apenas acrescento sobre o tópico 3 pontos sobre a deturpação generalizada e inevitável (porque as métricas estão institucionalizadas há 90 anos) do impacto quantitativo e qualitativo da inflação 2021:
1 - O que ninguém diz e que é fundamentalmente importante / Contextualizar e desdramatizar os 4,2% de inflação: A) A inflação e o CPI medem-se YoY (ano sobre ano). 2020. devido à pandémica semi-paralização da atividade económica (quedas dos PIB's Ocidentais entre 3,2 e 14%), foi um ano "nano inflacionário"/ recessivo em alguns meses. 2021 é garantidamente um ano de macro-expansão "estelar", de crescimento robusto dos PIB's, de pressão, em alta, sobre os custos/fatores de produção. Passou-se de um caveat emptor para um caveat vendor (primado do vendedor quando a procura iguala ou excede a oferta).
Ao comparamos o ano mais recessivo desde 1940 (2020) com o ano mais expansivo desde, pelo menos, 1955 (2021) estamos a ser forçados a empolar um problema. Num alt-universe do pragmatismo, estes 4,2% de inflação deviam ser divididos por 2 anos (2020+2021), o que daria abaixo da média de 100 anos dos países ocidentais (2,9%).
B) O FED ainda não deu grande importância a este aumento acentuado da inflação, porque soube contextualizar, porque tinha logo referido no início da pandemia que baixava as tx referência para as repôr logo que terminassem os efeitos recessivos da pandemia (portanto o aumento, em 2 fases, de 50 bp's está garantido, devendo a primeira ser já em Junho), porque sabe que a pressão inflacionista - pela métrica adotada - reduz-se à normalidade logo que se compare 1º trim. 2022 com 1º trim. 2021.
2 - Explicar parte das quedas das NNT+growth stocks USA:
A inflação tem um efeito pernicioso na avaliação de todas as empresas Mundiais, mas sobretudo nas growth stocks, pelo método DCF (discounted cash flows). Se descontarmos o cash flow a 5/6 anos de uma empresa ao momento presente projetando um determinado crescimento da receita bruta e do Ebitda, ano ano, mas a seguir descontamos mais e mais, ano a ano, pela inflação projetada, retiramos uma fatia gorda do cash flow operacional e até da margem líquida anual teórica (aumento direto do OPEX e do serviço da dívida). Efeito acrescido para empresas que estarão em fases expansionistas (Growth), com pouca rentabilidade e passivo normalmente em crescendo (tb com exceções do tipo Tesla e Palantir) porque o Capex é "omnipotente".
Consequentemente, sempre que o input inflação aumenta, diminui o output avaliação da Empresa.
3 - Se é verdade que as empresas cíclicas suportam/gerem melhor a inflação (agricultura/transformação alimentar, commodities, seguros, indústria/hardware, Pharma+saúde, serviços terciários), sobre a Banca e setor financeiro existem fatores preversos que são secundarizados mas que anulam o efeito benéfico sobre os spreads » aliás a Banca valoriza com mais consistência após período de baixa de taxas de juro do que após períodos em que estas sobem (ex: 2009 a 2014 vs 2006 a 2008).
Correlações positivas - O crédito mal parado aumenta (com delay de 6/9 meses) proporcionalmente sempre que a taxa de juro aumenta. Segunda correlação positiva - Sobe a inflação, sobe a onça de ouro e sobem as Yields sobre Treasuries e corporate Bonds (desde AA até Junk).
Outra correlação positiva com inflação é que o crédito concedido a particulares e empresas tende a diminuir gradualmente com a subida das taxas de juro (correlações negativas » e a baixar o preço de venda das casas/lojas/empresas » que demoram mais tempo a ser vendidas).
link para outras correlações positivas e negativas: viewtopic.php?f=3&t=84008&p=1189131#p1189131
Risco de Head&Shoulders (imperfeito) » padrão de inversão de Bull para Bear market (imperfeito - porque a cabeça devia corresponder a um higher high e não é esse o caso) no Nasdaq Compx (por causa das Growth stocks) ver link com a imagem de um H&S: viewtopic.php?f=3&t=84008&start=200#p1173731
Inflação (4,2%) a níveis recorde de 13 anos (a tocar no nível do malfadado ano de 2008). Preço das commodities a disparar, cobre nos 36%, alumínio sobe 24%, madeira a subir 123% year to date ou 337% em 12 meses (ver infra), Crude oil só sobe 9%, mas à espera do reforço do conflito no Médio Oriente para disparar.
Apenas acrescento sobre o tópico 3 pontos sobre a deturpação generalizada e inevitável (porque as métricas estão institucionalizadas há 90 anos) do impacto quantitativo e qualitativo da inflação 2021:
1 - O que ninguém diz e que é fundamentalmente importante / Contextualizar e desdramatizar os 4,2% de inflação: A) A inflação e o CPI medem-se YoY (ano sobre ano). 2020. devido à pandémica semi-paralização da atividade económica (quedas dos PIB's Ocidentais entre 3,2 e 14%), foi um ano "nano inflacionário"/ recessivo em alguns meses. 2021 é garantidamente um ano de macro-expansão "estelar", de crescimento robusto dos PIB's, de pressão, em alta, sobre os custos/fatores de produção. Passou-se de um caveat emptor para um caveat vendor (primado do vendedor quando a procura iguala ou excede a oferta).
Ao comparamos o ano mais recessivo desde 1940 (2020) com o ano mais expansivo desde, pelo menos, 1955 (2021) estamos a ser forçados a empolar um problema. Num alt-universe do pragmatismo, estes 4,2% de inflação deviam ser divididos por 2 anos (2020+2021), o que daria abaixo da média de 100 anos dos países ocidentais (2,9%).
B) O FED ainda não deu grande importância a este aumento acentuado da inflação, porque soube contextualizar, porque tinha logo referido no início da pandemia que baixava as tx referência para as repôr logo que terminassem os efeitos recessivos da pandemia (portanto o aumento, em 2 fases, de 50 bp's está garantido, devendo a primeira ser já em Junho), porque sabe que a pressão inflacionista - pela métrica adotada - reduz-se à normalidade logo que se compare 1º trim. 2022 com 1º trim. 2021.
2 - Explicar parte das quedas das NNT+growth stocks USA:
A inflação tem um efeito pernicioso na avaliação de todas as empresas Mundiais, mas sobretudo nas growth stocks, pelo método DCF (discounted cash flows). Se descontarmos o cash flow a 5/6 anos de uma empresa ao momento presente projetando um determinado crescimento da receita bruta e do Ebitda, ano ano, mas a seguir descontamos mais e mais, ano a ano, pela inflação projetada, retiramos uma fatia gorda do cash flow operacional e até da margem líquida anual teórica (aumento direto do OPEX e do serviço da dívida). Efeito acrescido para empresas que estarão em fases expansionistas (Growth), com pouca rentabilidade e passivo normalmente em crescendo (tb com exceções do tipo Tesla e Palantir) porque o Capex é "omnipotente".
Consequentemente, sempre que o input inflação aumenta, diminui o output avaliação da Empresa.
3 - Se é verdade que as empresas cíclicas suportam/gerem melhor a inflação (agricultura/transformação alimentar, commodities, seguros, indústria/hardware, Pharma+saúde, serviços terciários), sobre a Banca e setor financeiro existem fatores preversos que são secundarizados mas que anulam o efeito benéfico sobre os spreads » aliás a Banca valoriza com mais consistência após período de baixa de taxas de juro do que após períodos em que estas sobem (ex: 2009 a 2014 vs 2006 a 2008).
Correlações positivas - O crédito mal parado aumenta (com delay de 6/9 meses) proporcionalmente sempre que a taxa de juro aumenta. Segunda correlação positiva - Sobe a inflação, sobe a onça de ouro e sobem as Yields sobre Treasuries e corporate Bonds (desde AA até Junk).
Outra correlação positiva com inflação é que o crédito concedido a particulares e empresas tende a diminuir gradualmente com a subida das taxas de juro (correlações negativas » e a baixar o preço de venda das casas/lojas/empresas » que demoram mais tempo a ser vendidas).
link para outras correlações positivas e negativas: viewtopic.php?f=3&t=84008&p=1189131#p1189131
Risco de Head&Shoulders (imperfeito) » padrão de inversão de Bull para Bear market (imperfeito - porque a cabeça devia corresponder a um higher high e não é esse o caso) no Nasdaq Compx (por causa das Growth stocks) ver link com a imagem de um H&S: viewtopic.php?f=3&t=84008&start=200#p1173731
- Anexos
-
- Compx Bear CPeMP dada a enfase na inflação estão aqui muitas empresas Growth que são afetadas e que colocam o ìndice em risco gráfico de Head & Shoulders, imperfeito, porque a cabeça devia ser maior que os ombros.png (33.58 KiB) Visualizado 10122 vezes
Editado pela última vez por Optimiza em 12/5/2021 18:20, num total de 1 vez.
Re: Investir na Inflação?
e creio que o crude irá pelo mesmo caminho. Alias, enchi-me há uns bons meses com UCO, porque pensei, o civid vai ser ultrapassado, e com isso vem a euforia, viagens, fazer o que não se fez dyurante um ano.
Não sei até onde vai o wti, mas penso que iremos ultrapassar os Maximo de outubro de 2018 66$ .
Se vamos subir mais não sei, e francamente olhar para graficos não é o foco por agora.
Sou capaz de ver com a coisa vai ficar, mas no cenario mais ou menos possivel iremos visitar os 70$ até ao inicio do Verão, e depois por essa altura pondero se despejo o etf UCO, com ganhos já interessantes, ou se aguardo que possa eventualmente ir até aos 80$ ainda este ano.
Não sei até onde vai o wti, mas penso que iremos ultrapassar os Maximo de outubro de 2018 66$ .
Se vamos subir mais não sei, e francamente olhar para graficos não é o foco por agora.
Sou capaz de ver com a coisa vai ficar, mas no cenario mais ou menos possivel iremos visitar os 70$ até ao inicio do Verão, e depois por essa altura pondero se despejo o etf UCO, com ganhos já interessantes, ou se aguardo que possa eventualmente ir até aos 80$ ainda este ano.
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Re: Investir na Inflação?
djovarius Escreveu:Boas,
Não sei se alguém se apercebeu do que se passa, mas o índice de preços ao consumidor nos EUA atingiu 4,2% e mesmo a leitura "core" chegou a 3% ao ano. Vejam o que faz o aumento da comida e da energia, mas mesmo sem esses fatores a inflação já estaria alta. Aliás, há casos em que a leitura "core" permanecia baixa, mesmo quando a normal estava em alta. Agora, ambos mostram um problema, já esperado.
Portanto, um IPC norte-americano ao nível do da Índia.
No Brasil, já atinge perto de 7%.
Na Alemanha ainda só vai em 2%, mas a tendência é de alta.
Na China, o agregado M2 (estamos a falar de massa monetária) oscila entre e os 8 e os 9% ao ano.
Portanto, isto já não é falarmos de futuro. O futuro é agora.
Abraço
dj
Uma loucura, de facto. Ainda há esperança que seja momentâneo, mas duvido. As commodities também deram o sinal, malta a pedir já o pico etc, mas se calhar ainda agora começou...
A Banca já está a agradecer os juros mais altos que se avizinham
If you want a guarantee, buy a toaster.
Clint Eastwood
Clint Eastwood
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Re: Investir na Inflação?
Boas,
Não sei se alguém se apercebeu do que se passa, mas o índice de preços ao consumidor nos EUA atingiu 4,2% e mesmo a leitura "core" chegou a 3% ao ano. Vejam o que faz o aumento da comida e da energia, mas mesmo sem esses fatores a inflação já estaria alta. Aliás, há casos em que a leitura "core" permanecia baixa, mesmo quando a normal estava em alta. Agora, ambos mostram um problema, já esperado.
Portanto, um IPC norte-americano ao nível do da Índia.
No Brasil, já atinge perto de 7%.
Na Alemanha ainda só vai em 2%, mas a tendência é de alta.
Na China, o agregado M2 (estamos a falar de massa monetária) oscila entre e os 8 e os 9% ao ano.
Portanto, isto já não é falarmos de futuro. O futuro é agora.
Abraço
dj
Não sei se alguém se apercebeu do que se passa, mas o índice de preços ao consumidor nos EUA atingiu 4,2% e mesmo a leitura "core" chegou a 3% ao ano. Vejam o que faz o aumento da comida e da energia, mas mesmo sem esses fatores a inflação já estaria alta. Aliás, há casos em que a leitura "core" permanecia baixa, mesmo quando a normal estava em alta. Agora, ambos mostram um problema, já esperado.
Portanto, um IPC norte-americano ao nível do da Índia.
No Brasil, já atinge perto de 7%.
Na Alemanha ainda só vai em 2%, mas a tendência é de alta.
Na China, o agregado M2 (estamos a falar de massa monetária) oscila entre e os 8 e os 9% ao ano.
Portanto, isto já não é falarmos de futuro. O futuro é agora.
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Investir na Inflação?
djovarius Escreveu:Opcard Escreveu:Caro djovarius
Para que a solvência dos Estados seja garantida, as taxas de juro de longo prazo da dívida pública devem ser inferiores ao crescimento nominal de longo prazo ,está é a base do meu raciocínio, se acreditas que o créscimo das economias vão ser de 6% ao logo dos próximos anos os bancos centrais podem ir até aos 3 ou 4% .
A solvência dos Estados está garantida com défice abaixo do PIB nominal (PIB real + taxa de inflação), independentemente dos juros da dívida, porque se gastas mais em dívida, fazes umas cativações noutras coisas. Ou aumentas os impostos (desculpa bear man bull, isto é realpolitik).
Claro que se o custo da dívida (juros) for de 3% do PIB, era bom que o PIB nominal fosse superior, porque assim não implicava num esforço fiscal acrescido.
Por exemplo, o défice zero pode ser a resposta para uma década.
Se produzes 100 e deves 135 (lá está 135% do PIB), podes ter 10 anos de défice zero, continuas a dever 135. Se ao mesmo tempo, o PIB nominal crescer em média 3% ao ano, voilá, reduzes o défice para 100% do PIB. Isso é o que nós vamos ter de fazer em breve.
Mas investir em inflação / certas manifestações de inflação é algo que eu penso com muita seriedade.
Abraço
dj
Caro djovarius
Défice O ( zero ) a Europa pede 3% e querem mais , pela via fiscal as economias já estão asfixiadas e não haveria impostos suficientes.
Os défices são para continuar , França tinha despesa pública de 56/57 no passado passou para 62% , nada pode ser feito haverá confrontos e vitória de M. Le Pen , olhando para Itália também assusta .
Crescimento + inflação > juros, para defesa das nossas democracias .
Se dessa inflação for possível tirar proveito no mercado , estarei atento deixarei notícia .
Cumprimentos
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Re: Investir na Inflação?
[quote="Opcard"]Caro djovarius
Para que a solvência dos Estados seja garantida, as taxas de juro de longo prazo da dívida pública devem ser inferiores ao crescimento nominal de longo prazo ,está é a base do meu raciocínio, se acreditas que o créscimo das economias vão ser de 6% ao logo dos próximos anos os bancos centrais podem ir até aos 3 ou 4% .
A solvência dos Estados está garantida com défice abaixo do PIB nominal (PIB real + taxa de inflação), independentemente dos juros da dívida, porque se gastas mais em dívida, fazes umas cativações noutras coisas. Ou aumentas os impostos (desculpa bear man bull, isto é realpolitik).
Claro que se o custo da dívida (juros) for de 3% do PIB, era bom que o PIB nominal fosse superior, porque assim não implicava num esforço fiscal acrescido.
Por exemplo, o défice zero pode ser a resposta para uma década.
Se produzes 100 e deves 135 (lá está 135% do PIB), podes ter 10 anos de défice zero, continuas a dever 135. Se ao mesmo tempo, o PIB nominal crescer em média 3% ao ano, voilá, reduzes o défice para 100% do PIB. Isso é o que nós vamos ter de fazer em breve.
Mas investir em inflação / certas manifestações de inflação é algo que eu penso com muita seriedade.
Abraço
dj
Para que a solvência dos Estados seja garantida, as taxas de juro de longo prazo da dívida pública devem ser inferiores ao crescimento nominal de longo prazo ,está é a base do meu raciocínio, se acreditas que o créscimo das economias vão ser de 6% ao logo dos próximos anos os bancos centrais podem ir até aos 3 ou 4% .
A solvência dos Estados está garantida com défice abaixo do PIB nominal (PIB real + taxa de inflação), independentemente dos juros da dívida, porque se gastas mais em dívida, fazes umas cativações noutras coisas. Ou aumentas os impostos (desculpa bear man bull, isto é realpolitik).
Claro que se o custo da dívida (juros) for de 3% do PIB, era bom que o PIB nominal fosse superior, porque assim não implicava num esforço fiscal acrescido.
Por exemplo, o défice zero pode ser a resposta para uma década.
Se produzes 100 e deves 135 (lá está 135% do PIB), podes ter 10 anos de défice zero, continuas a dever 135. Se ao mesmo tempo, o PIB nominal crescer em média 3% ao ano, voilá, reduzes o défice para 100% do PIB. Isso é o que nós vamos ter de fazer em breve.
Mas investir em inflação / certas manifestações de inflação é algo que eu penso com muita seriedade.
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Investir na Inflação?
Caro djovarius
Para que a solvência dos Estados seja garantida, as taxas de juro de longo prazo da dívida pública devem ser inferiores ao crescimento nominal de longo prazo ,está é a base do meu raciocínio, se acreditas que o créscimo das economias vão ser de 6% ao logo dos próximos anos os bancos centrais podem ir até aos 3 ou 4% .
A dívida dos estados será paga pela inflação, Eu já aqui escrevi que acredito numa inflação anualizada de 2,5 a 3% nos USA.
Os salários são a mãe e o pai da inflação , as empresas ainda tem espaço para reduzir esses custos , digamos um engenheiro terá na Europa um salário líquido de 5 a 9 mil euros líquidos , sabemos que na Índia a competência igual ganha metade sei que na Europa muitas empresas começam a Externalizar essas competências .
( embora não seja o assunto devo assinalar que será mesmo a base das sociedades ocidentais que está em jogo , se com os operários eles foram para os partidos populares , quando tocar aos quadros e quase tudo pode ser feito a distância , não quero pensar )
Sem dúvida que eu estou contigo na busca de oportunidades , se por um lado os bancos ganham com juros altos, perdem porque vários clientes deixam de pagar
Cumprimentos
Para que a solvência dos Estados seja garantida, as taxas de juro de longo prazo da dívida pública devem ser inferiores ao crescimento nominal de longo prazo ,está é a base do meu raciocínio, se acreditas que o créscimo das economias vão ser de 6% ao logo dos próximos anos os bancos centrais podem ir até aos 3 ou 4% .
A dívida dos estados será paga pela inflação, Eu já aqui escrevi que acredito numa inflação anualizada de 2,5 a 3% nos USA.
Os salários são a mãe e o pai da inflação , as empresas ainda tem espaço para reduzir esses custos , digamos um engenheiro terá na Europa um salário líquido de 5 a 9 mil euros líquidos , sabemos que na Índia a competência igual ganha metade sei que na Europa muitas empresas começam a Externalizar essas competências .
( embora não seja o assunto devo assinalar que será mesmo a base das sociedades ocidentais que está em jogo , se com os operários eles foram para os partidos populares , quando tocar aos quadros e quase tudo pode ser feito a distância , não quero pensar )
Sem dúvida que eu estou contigo na busca de oportunidades , se por um lado os bancos ganham com juros altos, perdem porque vários clientes deixam de pagar
Cumprimentos
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Re: Investir na Inflação?
Amigo opcard.
Essa realidade era a realidade de há um ano ou até menos, mas o jogo mudou, desta vez a inflação monetária, ao contrário do que ocorreu nos últimos tempos não parece ser apenas uma inflação de ativos, mas também inflação real ao consumidor, devido ao aumento da comida, de outras "commidities", até de produtos tecnológicos que quase todos consumimos.
Então, se isso se confirmar ao longo de 2021, teremos, sim, reações.
Nós precisamos de inflação a 2% num quadro de crescimento do PIB a 2% ou mais.
Não se pense que certas forças vão aceitar crescimento perto de zero e inflação a 3% ou mais.
Por isso, este tópico é interessante: investir na inflação pode e deve ser uma opção para proteger investimentos.
Abraço
dj
Essa realidade era a realidade de há um ano ou até menos, mas o jogo mudou, desta vez a inflação monetária, ao contrário do que ocorreu nos últimos tempos não parece ser apenas uma inflação de ativos, mas também inflação real ao consumidor, devido ao aumento da comida, de outras "commidities", até de produtos tecnológicos que quase todos consumimos.
Então, se isso se confirmar ao longo de 2021, teremos, sim, reações.
Nós precisamos de inflação a 2% num quadro de crescimento do PIB a 2% ou mais.
Não se pense que certas forças vão aceitar crescimento perto de zero e inflação a 3% ou mais.
Por isso, este tópico é interessante: investir na inflação pode e deve ser uma opção para proteger investimentos.
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Investir na Inflação?
djovarius Escreveu:Em relação à questão de fundo, a inflação está aí !!!
Vejam os preços ao produtor na China, vejam, saiu hoje, o WPI da Alemanha. É o índice de preços por grosso, que antecipa os preços ao consumidor.
Está agora acima de 7% ao ano, pode levar os preços ao consumidor a mais de 3% - de uma forma bem rápida.
Já imagino, caso se confirme lá e em toda a zona EUR, o que vão dizer os falcões do BCE.
Para não falar dos juros das OT a dez anos: as da Itália caminham para 1% - se forem para cima, será o início de outra chatice nos antigos PIGS, com toda a certeza.
Abraço
dj
Os falcões morreram só há pombas , sendo uma pomba verde a liderar o governo da Alemanha para ela os défices são virtuosos , não pressiona BCE
e Christine Madeleine Odette ainda sonha ser a 1.a mulher a chegar presidenta da
França não pode tramar o seu país e de Itália o Mário ameaça demissão se subirem juros .
Sim na China há inflação dos velhos tempos filha dos aumentos salariais próximo dos 10% , e eles irão exportar essa inflação, embora o ocidente procure outros mercados Vietname , Índia , Indonésia para manter os preços .
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Re: Investir na Inflação?
Em relação à questão de fundo, a inflação está aí !!!
Vejam os preços ao produtor na China, vejam, saiu hoje, o WPI da Alemanha. É o índice de preços por grosso, que antecipa os preços ao consumidor.
Está agora acima de 7% ao ano, pode levar os preços ao consumidor a mais de 3% - de uma forma bem rápida.
Já imagino, caso se confirme lá e em toda a zona EUR, o que vão dizer os falcões do BCE.
Para não falar dos juros das OT a dez anos: as da Itália caminham para 1% - se forem para cima, será o início de outra chatice nos antigos PIGS, com toda a certeza.
Abraço
dj
Vejam os preços ao produtor na China, vejam, saiu hoje, o WPI da Alemanha. É o índice de preços por grosso, que antecipa os preços ao consumidor.
Está agora acima de 7% ao ano, pode levar os preços ao consumidor a mais de 3% - de uma forma bem rápida.
Já imagino, caso se confirme lá e em toda a zona EUR, o que vão dizer os falcões do BCE.
Para não falar dos juros das OT a dez anos: as da Itália caminham para 1% - se forem para cima, será o início de outra chatice nos antigos PIGS, com toda a certeza.
Abraço
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Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Investir na Inflação?
danieljpires Escreveu:djovarius Escreveu:É um vídeo muito oportuno, Daniel. Só um reparo: não são triliões, são biliões (ou TRILHÕES em português BR).
Eu já há muito que tenho falado (últimos 2 meses, sobretudo) nesta questão, que se está a tornar perigosa, porque pode levar ao aumento do IPC (até já começou a subir) em vários países da OCDE.
Nesse caso, os Bancos Centrais não poderão manter o esquema atual, podendo levar a aumentos de juros ativos, com problemas para empresas e para o setor imobiliário.
Em Portugal, este último setor está pendurado em Euribor negativas e "spreads" baixos. Basta a Euribor a 3 (ou a 6) meses passar a positivo e um ligeiro aumento dos ditos "spreads" para as coisas azedarem.
Basta ver a quantidade de imóveis adquiridos para rendimento. No turismo, mesmo antes da C-19, já tínhamos pessoas com problemas para ganhar o suficiente só para pagar as prestações. Uma bomba relógio, portanto.
Não é preciso muito para um IPC de 2 a 3% - os Bancos Centrais começarão então a ficar nervosos.
Obrigado pelo trabalho interessante. Abraço
dj
Ola
São trilioes, pois estou a usar as metricas americanas as europeias é que são bilioes
ou seja um triliao para os americanos é 1 biliao para os europeus
Aqui em portugal, tenho medo das moratorias pois isso pode fazer com que a economia portuguesa desabe
Mas num vídeo em PT local, não se pode dizer isso
É que quando eles dizem "trillions of dollars", traduz-se aqui por biliões de dólares. Se o discurso é em português PT, tem que se traduzir tudo como deve ser. Mais, não é uma métrica americana em contraste com a europeia. É uma métrica anglo-saxónica em contraste com a continental, portanto em Inglaterra seria o mesmo que na América.
Portanto, sempre que eles dizem "one trillion" aqui diz-se um bilião ou seja, independente da língua, é isto:
1.000.000.000.000 = é a tal história do um seguindo de doze zeros !!
Se houver um amigo brasileiro que leia isto, ele vê os doze zeros e dirá, uai, isto é um trilhão de dólares. Adotaram a métrica anglo-saxónica na linguagem.
Esta questão é sempre uma questão engraçada, mas que leva a desnecessários equívocos, cada dia mais frequentes.
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Quem está ligado: