CALDEIRÃO DE BOLSA

Um manjerico.

Uma borboleta. Ou um coala. Ou um cangaroo.

5640533 Escreveu:Nir Sup, mil desculpas, mas não dá para tirar esse rato daí? Se quiser...

Cara 5640533,
Há quem tenha medo (medo irracional) das aranhas (aracnofobia), das cobras, dos cães e até medo dos ratos (musofobia).
Mas se este ratinho, inofensivo, te mete assim tanto medo, estou disposto a mudá-lo.
O que eu gostava mesmo era de recuperar o boneco inicial que desapareceu contra a minha vontade. Mas, por mais que procure, não acho nada.
O que sugeres?

Nir Sup, mil desculpas, mas não dá para tirar esse rato daí? Se quiser...

Justiça ao sabor da espuma dos dias

O A. Mexia e o Manso Neto foram constituídos arguidos pelo MP há três anos. Nestes 3 anos NUNCA o MP quis ou tentou ouvir os arguidos.
Entretanto mudou o juiz (natural) titular do processo e foi substituído por um juiz substituto (desculpem o pleonasmo!). E o que acontece? O MP decide ouvir os arguidos, em plena pandemia, propõe medidas de coação mais gravosas, que são aceites na totalidade pelo tal juiz substituto do processo (e ainda está por conhecer as circunstâncias em que este juiz substituto substituiu o juiz titular do processo).
Pergunta o advogado do Mexia e com razão: o que mudou entretanto nestes três anos? Aparentemente, a única coisa que mudou foi o juiz do processo.

PS: o MP pode no exercício do seu poder de investigação fazer exercícios de adivinhação? Pode. Mas a lei não lhe permite que use esses tais exercícios de adivinhação como provas para agravar medidas de coação.
Quais são os factos em que se baseia o MP para afirmar que ouve crime? Em emails, notas de reuniões e agendas de encontros, entre o Mexia, o Manuel Pinho e o Ricardo Salgado. Que nem sequer está provado que tivessem ocorrido. Mas mesmo que tenham ocorrido desde quando um encontro ou uma reunião anterior a um negócio ou a uma nomeação para um cargo é prova de crime?
O juz diz ter ficado incrédulo com a prova produzida. Incrédulos estamos todos nós com a incredulidade do juiz, face a estas provas..
Estes são dias cinzentos. Dias turvos. Dias cheios de espuma.
By Nirvana

5640533 Escreveu:Parece que a Justiça não se move apenas por motivos da Justiça.

A JUSTIÇA não se move apenas por motivos da JUSTIÇA. É o PODER JUDICIAL a mostrar aos outros poderes que também é PODER. E poder real. Efectivo.
Vejam só o timing desta decisão:
1) Da decisão que aplicar medidas de coação cabe recurso a interpor pelo arguido;
2) Este recurso deverá ser decidido no prazo de 30 dias;
3) Ora, dentro duma semana começam as férias judiciais;
4) Mesmo a ser interposto recurso desta decisão, apenas haverá decisão do mesmo lá para fins de Outubro;
5) Até lá, tanto o Mexia como o Manso vão manter-se suspensos já que a interposição do recurso não tem efeito suspensivo da decisão.

Nada acontece por acaso. Tudo tem a sua razão de ser.
By Nirvana

Edit: isto não passa de folclore. É um jogo de poderes para mostrar ao POVÃO quem é mais PODER: se o PODER DO DINHEIRO ou o PODER JUDICIAL. Tenho para mim que o maior poder de todos é o poder do dinheiro. E o Juiz Carlos Alexandre, que adora a exposição mediática, num dia destes, vai cair em desgraça.

RuiGerente Escreveu:e agora tambem as ações

https://www.jornaldenegocios.pt/mercado ... manso-neto

É a CMVM a proteger a EDP.
Uma vez que o mercado é soberano, deviam deixá-lo julgar a EDP.

e agora tambem as ações

https://www.jornaldenegocios.pt/mercado ... manso-neto

Parece que a Justiça não se move apenas por motivos da Justiça.

Para mim o espantoso é o tempo que um processo destes levou. Não faço ideia se são ou não culpados, até porque nem julgamento houve ainda. Mas o processo está lá há tanto tempo, já nem sequer está em segredo de justiça...

Abraço,
Ulisses

Já houve muitas situações em que a justiça de meteu contra os poderosos. A questão principal tem sempre a ver com a fundamentação e com o timing da decisão. Se existem factos passíveis de ser avaliados em tribunal contra estes CEOs, há muito que devem ser conhecidos e não sujeitos a qualquer alteração. Daí que perante este medida gravosa para os interesses das empresas em causa, as consequências de futuras decisões do tribunal devem estar bem presentes.

Pra quem acha que a justiça portuguesa não se mexe contra os poderosos

Acaba de ser divulgada a notícia da decisão da justiça de suspender António Mexia e Manso Neto e proibição de entrarem nas instalações das empresas. As cotações cairam de imediato.

Abraço,
Ulisses