Re: O adeus do presidente que governou para os mercados
Enviado: 22/11/2020 17:21
MarcoAntonio Escreveu:Gaio, há aí um ponto nesse post que é mais um preciosismo que outra coisa. Os Eleitores do Colégio Eleitoral não são propriamente livres de fazer o que querem e as regras estão bem definidas, se não para todos os estados, pelo menos para a esmagadora maioria, sendo que existem consequências legais se não fizerem o que é suposto (como os "faithless electors"), dependendo do Estado.
Os americanos escolheram o Presidente em (até) 3 de Novembro, sendo que o resultado dessa escolha reflecte-se no Colégio Eleitoral, cujas regras estão definidas ao nível estadual.
Portanto, estás a falar mais dos formalismos do que verdadeiramente do dia em que os Americanos escolhem o Presidente (dia que já passou, mesmo que no limite ainda não fosse claro o resultado).
A eleição seria roubada se o Presidente que fica não for aquele que o povo escolheu, de acordo com as regras da democracia / sistema eleitoral americano. Não deixaria de ser roubada se, por qualquer arbitrariedade/maquinação, o Colégio Eleitoral fosse diferente daquele que era ditado pelos eleitores nas eleições de Novembro. Neste sentido, oficializar algo, não legitimiza esse algo.
A eleição não terminou em 3 de novembro. Não acabou ainda até 14 de dezembro ou início de janeiro. É um erro acreditar que acabou, independentemente de opiniões pessoais ou do sugerido pelos media.
E sim, as formalidades são importantes, pois envolvem legalidades. Todos os votos devem contar até a data formal, não importa o quão pequena seja a diferença.
A meu ver, se olhássemos para o fim no dia 3 de novembro, então, alguns votos seriam completamente obsoletos e o juramento não aconteceria em janeiro. Não é uma questão de preciosismo, estou apenas a apontar para a Constituição americana. Nada mais. Estou ciente de que Trump não ganhou. Estou ciente de quem será o próximo presidente. Todos nós estamos. Porém, eu acredito que falar sobre o roubo da eleição acaba por ser irrelevante, uma vez que ainda não acabou.