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Um bocado exagerado, se bem que se partilha muita informação com qualidade.
Como comentado noutro tópico, na minha imaginação que por vezes é fértil, os mercados aguentaram até ser insustentável porque já estavam a ser alvos de estímulos mesmo estando em máximos. A FED esteve sempre muito activa mesmo antes de se ouvir falar em corona.
Também como comentado já noutro tópico mas acho importante referir aqui, que ninguém se convença que quando terminarem as quarentenas vai voltar tudo ao normal e muito menos que se pode conviver e fazer uma vida normal quando os surtos atingem determinadas dimensões, o pessoal médico não tem mais que fazer à vida que estar aí sempre disponível para trabalhar até á exaustão (havendo possivelmente novos confinamentos na pior das hipóteses). Portanto será quase uma loucura acreditar vamos ver novos máximos durante o ano de 2020.
Mesmo que surja um tratamento muito eficiente, haverá sempre um risco e grande maioria provavelmente prefere evitar o contágio mesmo a haver o dito tratamento.
Claro que nos vamos adaptar, mas haverá sectores importantes de serviços que tem muito peso nas economias dos PIIGS que vão ser muito impactados o que vai saturar os sistemas sociais e por os défices em cheque. A austeridade vai voltar isso é quase inevitável, nenhum credor (Alemanha e eixo centro/norte) vai aceitar emprestar sem os devidos ajustamentos como foi feito no passado. É o problema de ter as economias dependentes em grande parte de um único sector.
Se no entanto existir um despertar de consciências para observar o quão dependente está o ocidente do oriente, pode que tenhamos um renascimento da indústria na Europa. Claro que isso não tem sido possível em grande parte pelas políticas ambientais que terão de ser postas de parte se quisermos voltar a ter independência. Ficou claro a incapacidade de resposta em todos os sectores da UE, é que nem sequer temos capacidade de produzir em massa equipamento médico básico de protecção. Parece-me muito grave e certamente que haverá vozes políticas que levantaram estes problemas no rescaldo.
Como em todas as crises haverá boas oportunidades de melhorarmos, na de 2008 resolvemos muitos dos problemas dos mercados da banca privada, nesta crise espero que se resolvam problemas de coesão na UE, replanificação do modelo estratégico da UE e finalmente abandonar o politicamente correcto e avançar ao politicamente coerente.