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Caldeirão da Bolsa

Factos Relevantes 14 Novembro

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Factos Relevantes 14 Novembro

por TRSM » 14/11/2002 12:22

Factos Relevantes 14 Novembro

EMPRESAS

(CPR; SEM: EURONEXT LISBOA) Nos nove primeiros meses do ano, as vendas de cimento caíram 2.4% para as 7.664 mil toneladas, segundo a AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas. Segundo a mesma fonte, este abrandamento deverá fazer sentir-se até ao final do ano.

(PTI: EURONEXT LISBOA) O índice NORSCAN, que representa o nível de stocks de pasta de papel dos produtores dos Estados Unidos, Finlândia, Suécia e Canadá, subiu 55 mil toneladas, durante o mês de Outubro, para os 1,66 milhões de toneladas, acima da média dos últimos cinco anos. Estes números não causam, no entanto, um impacto directo significativo na Portucel, mas poderá vir a ter repercussões a nível do sector do papel, via atraso na recuperação da actividade económica. Recorde-se que a pasta representa apenas cerca de 30% das vendas da Portucel e as nossas expectativas já incorporam uma queda do preço da pasta no 4º trimestre.

(TEF: MADRID) Os resultados da Telefónica situaram-se em linha com o esperado. No 3º trimestre do ano, as receitas situaram-se nos Eur 6.9Bn, acima das nossas estimativas de Eur 6.8Bn. O resultado liquido ascendeu a Eur 538.1Mn, acima das nossas estimativas de Eur 340Mn. O cash-flow operacional (EBITDA) foi de Eur 2.853Bn, em linha com a nossa estimativa de Eur 2.851Mn.

(ALT: MADRID) A Altadis apresentou resultados, hoje, antes da abertura do mercado. No 3º trimestre do ano, o resultado liquido cresceu 33% face a igual período do ano anterior e 9% acima das nossas estimativas. As vendas cresceram 2% para Eur 796Mn, 4% abaixo do esperado. O cash-flow operacional (EBITDA) e a margem EBITDA surpreenderam pela positiva, situando-se, respectivamente, nos Eur 264Mn e 33%. Os resultados beneficiaram do plano de reestruturação em curso e dos preços mais elevados do tabaco, como seria de esperar. Reiteramos a nossa recomendação de Neutral, com preço alvo de Eur 26.9 para o final de 2003.

(CSGN: ZURIQUE) O Credit Suisse registou um prejuízo de CHF 2.15Bn no 3º Trim vs prejuízo de CHF 299Mn no 3º Trim. de 2001., penalizado pela queda das receitas, aumento das provisões, e um prejuízo significativo na área seguradora. O consenso situava os prejuízos num intervalo entre CHF 1.5Bn a CHF 2.0Bn. Segundo o banco, grande parte dos prejuízos devem-se à área seguradora, que teve um impacto negativo de CHF 1.4Bn, mas espera que recupere no 4º Trim., dado que o impacto da desvalorização da carteira de acções na área seguradora deve descer significativamente. Os resultados operacionais caíram 35% em termos homólogos, para CHF 5.67Bn. Em termos globais, o banco mantém algumas reservas relativamente aos resultados para o 4º Trim., dado que as condições de mercado se mantêm difíceis. O banco espera regressar aos lucros no próximo ano. Espera-se uma reacção negativa a estes resultados.

(GLE: PARIS) A Societe Generale registou uma queda de 63% nos resultados do 3º Trim. de Eur 394Mn para Eur 146Mn, e o consenso apontava para um resultado de Eur 228Mn. Para esta queda dos resultados, contribuiu a provisão no montante de Eur 355Mn sobre a sua carteira de investimentos (o consenso apontava para Eur 317Mn). Além disso, para esta descida também contribuiu a forte queda das receitas nas áreas de corporate e da banca de investimento, a descida dos lucros na gestão de activos, e uma subida de 26% nas provisões contra crédito mal-parado. Estes factores acabaram por anular a queda de 5% nos custos operacionais, e os bons resultados da banca de retalho. O produto bancário caiu cerca de 3%, para Eur 3.29Bn, abaixo do consenso. O mercado deverá reagir negativamente a estes resultados.

(EX: PARIS) A Vivendi Universal pediu ao regulador da bolsa francesa para investigar o anormalmente elevado número de acções da empresa transaccionados nos últimos dois dias. Cerca de 30 milhões de acções foram transaccionadas, o que corresponde a 3% do capital. Refira-se que o Ceo da Vodafone em declarações à imprensa francesa sobre se estaria a estudar a hipótese de lançar uma OPA sobre a Vivendi, revelou que nunca faria tal, nem nunca foi estudada tal hipótese.

(EAD: PARIS) A EADS, a maior construtora de aviões da Europa (controla a Airbus), revelou que os resultados operacionais registaram uma queda de 10% nos primeiros nove meses do ano, de Eur 1.12Bn para Eur 1.10Bn, penalizada pelo menor número de entregas de aviões (foram entregues 59 no 3º Trim. de 2002 vs 74 no 3º trim. de 2001). As receitas registaram uma queda de 3%, para Eur 20Bn. Os resultados acabaram por ficar ligeiramente abaixo do esperado. A empresa reiterou as estimativas para o final do ano (EBITDA de Eur 1.2Bn, e receitas de Eur 30Bn), no entanto, devido à manutenção da incerteza e instabilidade no mercado, apresenta algumas reservas para 2004. Segundo a EADS, objectivo de atingir uma margem de 10% no EBITDA para 2004, poderá vir a ser adiado, devido à actual incerteza. O mercado deverá reagir negativamente a estes resultados.

(BAS: FRANKFURT) A BASF registou uma subida de 80% nos resultados operacionais no 3º Trim., para Eur 591Mn (o consenso apontava para Eur 550Mn). As receitas subiram 5.3%, para Eur 7.6Bn vs consenso de Eur 7.5Bn. A empresa revelou optimismo para o próximo trimestre, e espera uma subida de 15% nos resultados para o final deste ano. O programa de corte de custos implementado no ano passado, quando o mercado começou a dar sinais de arrefecimento está a dar resultado, compensando assim a incerteza que se mantém. No caso do preço do petróleo subir, em reacção a uma provável guerra contra o Iraque, a BASF espera uma queda das margens, e uma forte desaceleração económica. Espera-se uma reacção positiva a este resultado.

(ALV: FRANKFURT) A Allianz apresentou um prejuízo recorde de Eur 2,5Bn no 3º Trim. do ano, penalizada pelo aumentos das provisões da sua carteira de investimentos, e pela subida dos prejuízos no Desdner Bank (para Eur 972Mn), e o consenso apontava para Eur 1.8Bn. Refira-se que a Allianz está exposta a cerca de metade das empresas cotadas no Dax, tenso este índice registado uma desvalorização de 37%. Além disso, a seguradora teve que aprovisionar cerca de US $750Mn, devido a processos relacionados com amianto nos Eua. A Allianz revelou que não consegue avançar com estimativas para o final do ano, dado que está bastante dependente da performance dos mercados accionistas, e espera que se mantenha ainda um longo período de incerteza económica.

(WMT: NYSE) A Wal-Mart Stores (+2.1%) anunciou os resultados do 3º Trim., tendo registado um lucro de US $1.8Bn, ou EPS US $0.41, US $0.01 acima das estimativas do consenso, apesar das vendas na campanha de regresso às aulas terem ficado aquém das expectativas. As receitas subiram 11.5% YoY para US $58.8Bn mas ficaram abaixo dos US $58.9Bn estimados pelo consenso. As vendas nas lojas abertas há pelo menos um ano registaram um crescimento de 3.5% no trimestre, beneficiando da performance das lojas de desconto. Para o 4º Trim. a empresa espera um crescimento das vendas nas lojas entre os 3% e os 5%. A empresa reiterou as estimativas de crescimento para o final do ano (EPS US $1.76 a US $1.78).

(C: NYSE) De acordo com a imprensa norte-americana, o analista Jack Grubman divulgou ter sido pressionado pelo CEO do Citigroup, Sanford Weil a rever em alta a recomendação sobre a AT&T, levando assim, o banco de investimento Salomon Smith Barney a ganhar uma lucrativa operação financeira em 1999. O Citigroup registou a maior queda do S&P 500 ao perder 3.8% para os US $35.

(AMAT: NASDAQ) Ontem, após o fecho do mercado, a Applied Materials apresentou os resultados do 4º Trim., tendo registado uma subida do lucro para os US $147Mn (EPS US $0.09) quando comparada com o prejuízo de US $82.3Mn registado em igual período do ano transacto. As receitas cresceram 14% YoY para os US $1.45Bn vs US $1.47Bn estimados pelo consenso. As novas encomendas caíram 12% face ao trimestre anterior, depois dos seus principais clientes, incluindo a Intel, terem anunciado cortes de investimentos. A empresa espera um ?pequeno prejuízo? para o 1º Trim. e reviu em baixa as suas estimativas de encomendas e de receitas, esperando agora que registem uma queda de 20% face ao 4º Trim. O CEO James Morgan não espera melhorias no sector a curto prazo. Espera-se uma reacção negativa a estas notícias, podendo afectar negativamente não só a própria empresa, como também a KLA-Tencor e a Intel:

SECTORES

TELECOMUNICAÇÕES. Segundo o Canal de Negócios, os três operadores móveis nacionais acordaram a compra dos activos da ONI Way por Eur 180Mn. Esta noticia não foi confirmada, e, a ser verdade, não constituiu nenhuma surpresa. Positivo tanto para os accionistas da ONI, como para os três operadores móveis: Optimus, TMN e Telecel. Relativamente ao valor acima adiantado, é relativamente baixo tendo em conta o objectivo da operação - impedir a entrada de um quarto operador no mercado.

TELECOMUNICAÇÕES. O sector encerrou em queda, depois da UBS Warburg ter revisto em baixa as estimativas de resultados sobre a SBC Communications. Esta revisão ficou a dever-se à alterações de métodos contabilísticos das contribuições para o fundo de pensões e ao aumento concorrencial. A SBC Communications e a AT&T perderam cerca de 2.8%, a Verizon Communications 1.8% e a Bell South 5.7%.

PETROLÍFERAS. As petrolíferas destacaram-se pela negativa, penalizadas pela queda do preço do petróleo, após o Iraque ter afirmado que aceitará as inspecções ao armamento por parte das Nações Unidas. A Exxon Mobil perdeu 1.9% para os para os US $33.40 e a ChevronTexaco recuou 1% para os US $66.50.

DEFENSIVAS. O sector defensivo destacou-se igualmente pela negativa, depois de conhecida a aceitação da resolução 1441 das Nações Unidas por parte do Iraque, tornando mais difícil um eventual ataque dos EUA contra aquele país. A Lockheed Martin perdeu 2.4% para os US $53.23, a General Dynamics recuou 1.4% e a Northrop Grumman caiu 4.1% para os US $93.27.

FARMACÊUTICAS. A Schering-Plough caiu 4%, depois de ter revelado ter sido novamente intimada pelas autoridades judiciais de Massachusetts, relativamente à investigação de que está a ser alvo (vendas e práticas de marketing). A Merck encerrou igualmente em queda (3.7% para os US $52.80), em resultado do anuncio de que está a ser alvo de investigações pelas autoridades judiciais norte-americanas relativamente a políticas de marketing.
 
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