- Ode a um país rico -
A esse país rico, de grandes multinacionais, de uma Bolsa e de uma economia pujantes e de gente burguesa carregada de cash ( a Suiça cora de vergonha quando a comparam conosco), que sustenta com prazer e com centenas de milhões/ano a RTP (que ninguém vê), o dinossauro Novobanco, as dezenas de ineptas Autoridades Reguladoras, com o recorde de Ministros e de chauffers no pós 25 de Abril, com o plano de torrar 9 mil milhões com os "amigos" do hidrogénio, porque podem e gostam, tenham paciência e sustentem também a TAP (em vez de trocarem de Rolls ou Lambo de 3 em 3 anos, passem a trocar de 4 em 4)!!!
Estou farto da TAP , detesto voar na TAP, nem queria pagar mais pela TAP, suja o conceito de companhia de bandeira (desprestigia Portugal), sei que a TAP será sempre a TAP mesmo daqui a 50 anos (ou seja, uma grande ....), mas sei que aturar aquele buraco decadente enquanto fôr vivo é tão garantido como a minha morte!
Para o Estado Português o cumprimento das responsabilidades obrigacionistas da TAP serão para pagar e sem haircuts - apenas não deverão pagar a última tranche de juros (como forma de "justiça" pírrica). Vão pagar tudo não tanto por questões morais, nem por questões legais, nem por questões de precedente, vão pagar tudo porque "são apenas 700 milhões de euros" em jogo (peanuts), quando o "jogo" da TAP irá sempre torrar uns 600 milhões por ano/em média ao erário público (fora subvenções indirectas e transferências de custos encapotadas).
Desde o 25 de Abril (ou seja desde o fim dos mercados cativos e dos preços tabelados para 6 províncias ultramarinas - os Salazarentos chamavam assim 6 países lusófonos), que a TAP não dá lucros, não pode dar lucros e nunca lhe foi exigido dar lucros » lucro é igual a pecado (as visões de lucro em 1 ano de cada 10 eram e serão sempre apenas imaginativas versões contabilísticas com um objectivo de sacar mais massa logo a seguir).
Mesmo num mundo cor-de-rosa, numa
visão onírica para 2050, com uma frota nova (parte já movida a fuel cells, inaugurando as primeiras viagens espaciais, uma dívida controlada (ahahaah), pessoal de terra e do ar com produtividade ao nível da média Europeia (impossível a não ser nos sonhos), com um rácio de trabalhadores por avião igual ao da Southwest Airlines (com aqueles sindicatos e com aquela genica da rapaziada de terra, nem no dia de São Nunca), com menos de 1000 pessoas na Administração e na burocracia
lato sensu da companhia (mas o Portugal do Estado e dos entes semi-públicos - com salários médios per capita acima dos 8.000 brutos por mês - do pequenino ao grande, gostam é de colocar mais primos, amigos, cunhas e coloristas partidários nas entidades que gerem), só pediamos que despachassem a TAP (o nome é tenebroso) para qualquer companhia de aviação, dando todo o dinheiro que quiserem mas de uma vez só (nunca mais queremos saber daquela grandessíssima .....).
Suportável e ainda defensável era fecharem URGENTEMENTE a companhia e apenas subvencionarem durante os primeiros 3 anos,
uma nova companhia privada HONESTA e sff com um nome diferente (apenas de entre os 5 maiores capitalistas Portugueses, ou dos 3 melhores operadores europeus) que adquirisse parte da frota, parte dos trabalhadores e gerisse as rotas Açores, Madeira, Angola, Brasil, e todas as restantes que fossem lucrativas e que nunca mais chateassem o país.
p.s. rácio de exportações, de slots internacionais, de pessoal de terra e de ar português e de fornecedores nacionais é assegurável mediante composição jurídica de uma companhia de Direito Português controlada por capitais internacionais.
p.s.2. como bom português, também isento desta porcaria toda o meu conhecido e elogiado Frasquilho, os meus dois Amigos comandantes de longo curso que moram à saída do Estoril e frente à praia da parede, a minha bela prima direita e a minha pré-histórica namorada, hospedeiras de bordo, o meu vizinho diretor da manutenção em Lisboa, a ex-mulher do meu compadre que após anos no desemprego está feliz nos recursos humanos da TAP.
Enfim, o tema toca-nos a todos e é muito Muito complicado aplicar a solução adequada (e óbvia) quando temos tantos rostos (e corações) na nossa vida que vivem muito bem daquilo, graças aquilo e que não têm alternativas tão boas aquilo. Paguemos então...e depressa, enquanto não formos ao buraco!