Re: OBRIGAÇÕES TAP paga juro de 4,375% em emissão de obrigaç
Enviado: 10/12/2020 13:18
Disclaimer: Detive 45k obrigações da TAP que despachei, com prejuízo, a 80.49, no dia 23 de Novembro.
No meu entender, vejo que está a acontecer à TAP o que aconteceu ao país em 2011. Há um buraco que é necessário acautelar de um negócio que não tem pernas para andar. Exactamente igual a Portugal em 2011 (and counting): um país com uma economia que não é viável mas que precisa de dinheiro para continuar a respirar.
E penso que o que vai acontecer à TAP é o mesmo que aconteceu a Portugal: foram tomadas decisões que de outro modo seriam impossíveis de tomar, à conta de uma "obrigação" superior. O processo é idêntico em tudo, o método o mesmo, os protagonistas idem.
O valor das obrigações da TAP extinguiu-se no momento em que não foi exigido o pagamento integral por quebra das condições, tal como previsto no Prospecto, resultado da votação na última AG dos obrigacionistas, a 14 de Setembro. E, se na data o Governo dizia que conseguia acautelar tudo com os 1.200mio€, a coisa aparentava estar controlada. Tudo feito para a aprovação daquele ponto nº2 da AG. Entretanto, começaram a sair as notícias de que o buraco era muito maior e o Governo tinha que ir à UE pedir para lá meter mais dinheiro...
Neste momento o plano de restruturação não incorpora uma perda para os credores. Primeiro porque não há vontade política: custa votos, uma vez que a TAP tem muitos pequenos obrigacionistas, depois porque ninguém o exigiu. Mas o plano vai à UE e não estou a ver forma da UE aprovar um plano de recuperação com entrada de fundos do contribuinte europeu, sem haver perda para os credores. Primeiro vão os accionistas, depois os obrigacionistas. Simplesmente não me parece que seja possível que a TAP se safe sem perdas para os credores (nem que seja transformar as obrigações em capital que será em pouco tempo diluido, fruto das várias intervenções que o Governo vai ter que fazer).
Finalmente, lá irá o Governo dizer que isto só acontece porque é a única forma da UE aprovar o plano e eles é que mandam e blablablabla... já sabem o final!
Posso estar bastante enganado em relação a isto, só o tempo o dirá. Para já, paguei para ver!
No meu entender, vejo que está a acontecer à TAP o que aconteceu ao país em 2011. Há um buraco que é necessário acautelar de um negócio que não tem pernas para andar. Exactamente igual a Portugal em 2011 (and counting): um país com uma economia que não é viável mas que precisa de dinheiro para continuar a respirar.
E penso que o que vai acontecer à TAP é o mesmo que aconteceu a Portugal: foram tomadas decisões que de outro modo seriam impossíveis de tomar, à conta de uma "obrigação" superior. O processo é idêntico em tudo, o método o mesmo, os protagonistas idem.
O valor das obrigações da TAP extinguiu-se no momento em que não foi exigido o pagamento integral por quebra das condições, tal como previsto no Prospecto, resultado da votação na última AG dos obrigacionistas, a 14 de Setembro. E, se na data o Governo dizia que conseguia acautelar tudo com os 1.200mio€, a coisa aparentava estar controlada. Tudo feito para a aprovação daquele ponto nº2 da AG. Entretanto, começaram a sair as notícias de que o buraco era muito maior e o Governo tinha que ir à UE pedir para lá meter mais dinheiro...
Neste momento o plano de restruturação não incorpora uma perda para os credores. Primeiro porque não há vontade política: custa votos, uma vez que a TAP tem muitos pequenos obrigacionistas, depois porque ninguém o exigiu. Mas o plano vai à UE e não estou a ver forma da UE aprovar um plano de recuperação com entrada de fundos do contribuinte europeu, sem haver perda para os credores. Primeiro vão os accionistas, depois os obrigacionistas. Simplesmente não me parece que seja possível que a TAP se safe sem perdas para os credores (nem que seja transformar as obrigações em capital que será em pouco tempo diluido, fruto das várias intervenções que o Governo vai ter que fazer).
Finalmente, lá irá o Governo dizer que isto só acontece porque é a única forma da UE aprovar o plano e eles é que mandam e blablablabla... já sabem o final!
Posso estar bastante enganado em relação a isto, só o tempo o dirá. Para já, paguei para ver!