JohnyRobaz Escreveu:
Então mas por exemplo uma amazon, qual seria a dificuldade em imitar? Aliás, o serviço idêntico até já existia (Ebay, etc) e uma imitação chinesa também já existe (Alibaba). No entanto, vingou... Acho que é uma questão de marca, não será? O mesmo para as redes sociais da moda, ou por exemplo a Netflix ou Spotify. O que impede a concorrência? Penso que há casos em que é a força da marca para o consumidor...
Em imitar o site da Amazon, a dificuldade é zero. Mas e a capacidade de imitar quer logística quer a ligação entre fornecedor e consumidor final? A Amazon não é mais que um olx alargado a uma escala mundial, com capacidade de armazenamento e de distribuição brutais.
A Alibaba existe porque a China são 2-3-4 biliões que não falam inglês. A Alibaba existe porque suprime uma necessidade através da cópia de um serviço (Amazon) que não existe num determinado local (China).
Mas o Netflix tem uma barreira à entrada que é a capacidade de produzir e de comprar séries. Isso e um mercado consumidor alargado. Pode ser replicado? Sim, mas chegou primeiro e beneficia de um serviço que presta desde a sua génese enquanto que novos concorrentes terão de começar do zero. A Netflix criou um sector novo e deu cabo da Blockbuster.
Por norma, os impeditivos concorrenciais prendem-se com:
. conhecimento específico (técnicos, legais, contactos, etc);
. investimentos iniciais avultados;
. novas tecnologias;
. acesso privilegiado a matérias primas/recursos;
. acesso ao mercado consumidor (esqueci.me deste).
Alguns destes, à medida que o tempo vai passando, perdem a sua força enquanto barreiras à entrada devido ao comportamento do mercado (quer laboral quer de custos associados, etc). Por isso é que as empresas, para continuarem a existir, têm de se transformar. Por isso é que o CTT querem ser um banco (não estou a discutir o sucesso disto) e por isso é que a Samsung, na sua génese, era uma empresa de produtos hortícolas e de frescos.