Portugal volta ao radar e agora.
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Re: Portugal volta ao radar e agora.
Na eventualidade de um novo resgate a Portugal, as coisas seriam bem mais difíceis de recuperar do que no resgate anterior, fruto do descredito dos investidores e instituições internacionais...
Ou seja, para Portugal recuperar a confiança após um novo resgate, teria de fazer muito mais e muito mais rápido num curto espaço de tempo... ou seja, uma redução muito muito brusca dos dinheiros e instituições públicas!!!
Mas espero que façamos tudo para não chegar perto de precisar de um novo resgate...
Ou seja, para Portugal recuperar a confiança após um novo resgate, teria de fazer muito mais e muito mais rápido num curto espaço de tempo... ou seja, uma redução muito muito brusca dos dinheiros e instituições públicas!!!
Mas espero que façamos tudo para não chegar perto de precisar de um novo resgate...
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Re: Portugal volta ao radar e agora.
ALGACA Escreveu:Merkel avisa que Brexit pode ser ponto de ruptura para a União Europeia
Obrigado Merkel, a minha confiança no sistema acabou de aumentar.

Re: Portugal volta ao radar e agora.
Merkel avisa que Brexit pode ser ponto de ruptura para a União Europeia
PAULO ZACARIAS GOMES | paulozgomes@negocios.pt | 26 Agosto 2016, 13:01
Merkel avisa que Brexit pode ser ponto de ruptura para a União EuropeiaFABRIZIO BENSCH/REUTERS
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A chanceler alemã alerta que a saída do Reino Unido da UE não é um mero evento. Um aviso que chega cerca de três semanas antes da cimeira europeia de Bratislava, em 16 de Setembro, destinada a debater o pós-Brexit.
Dois meses depois de os britânicos terem decidido nas urnas pela saída do Reino Unido da União Europeia, a chanceler alemã Angela Merkel avisa que a exclusão de Londres do clube dos 28 ameaça desagregar a Europa.
"O Brexit não é apenas um acontecimento. Pode ser um ponto de ruptura na história da União Europeia. Temos de encontrar a resposta certa", advertiu a responsável esta sexta-feira, 26 de Agosto, em declarações aos jornalistas em Varsóvia, citadas pelo Financial Times.
O aviso de Merkel chega cerca de três semanas antes da cimeira europeia de Bratislava, em 16 de Setembro, destinada a debater a saída do Reino Unido. Um encontro que a chanceler considera "não o fim mas o princípio" do percurso de auto exclusão dos britânicos da UE.
Em meados de Julho, durante a sua deslocação a Berlim, a recém empossada primeira-ministra britânica Theresa May disse não ter pressa em invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa – que dá início aos procedimentos de saída de um Estado-membro.
May disse que a "saída ordenada" leva tempo, argumento que teve a compreensão de Merkel, já que o tempo passado entre o resultado do referendo e a substituição de David Cameron por Theresa May tinha sido muito curto. Mas a líder alemã deixou claro que "ninguém quer um longo período de limbo, nem a população britânica nem os Estados-membros da UE".
A 15 de Agosto, o jornal Sunday Times noticiava que a saída do Reino Unido da UE poderá ser adiada para o final de 2019 por falta de condições do Governo para iniciar o processo, nomeadamente em termos de infra-estruturas. Assim, em vez de desencadear o artigo 50 no início de 2017, esse "interruptor" só deverá ser accionado no outono desse ano, demorando depois cerca de dois anos até que se efective.
Os britânicos decidiram, por 52% dos votos, a saída do Reino Unido da União Europeia no referendo do passado dia 23 de Junho.
PAULO ZACARIAS GOMES | paulozgomes@negocios.pt | 26 Agosto 2016, 13:01
Merkel avisa que Brexit pode ser ponto de ruptura para a União EuropeiaFABRIZIO BENSCH/REUTERS
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A chanceler alemã alerta que a saída do Reino Unido da UE não é um mero evento. Um aviso que chega cerca de três semanas antes da cimeira europeia de Bratislava, em 16 de Setembro, destinada a debater o pós-Brexit.
Dois meses depois de os britânicos terem decidido nas urnas pela saída do Reino Unido da União Europeia, a chanceler alemã Angela Merkel avisa que a exclusão de Londres do clube dos 28 ameaça desagregar a Europa.
"O Brexit não é apenas um acontecimento. Pode ser um ponto de ruptura na história da União Europeia. Temos de encontrar a resposta certa", advertiu a responsável esta sexta-feira, 26 de Agosto, em declarações aos jornalistas em Varsóvia, citadas pelo Financial Times.
O aviso de Merkel chega cerca de três semanas antes da cimeira europeia de Bratislava, em 16 de Setembro, destinada a debater a saída do Reino Unido. Um encontro que a chanceler considera "não o fim mas o princípio" do percurso de auto exclusão dos britânicos da UE.
Em meados de Julho, durante a sua deslocação a Berlim, a recém empossada primeira-ministra britânica Theresa May disse não ter pressa em invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa – que dá início aos procedimentos de saída de um Estado-membro.
May disse que a "saída ordenada" leva tempo, argumento que teve a compreensão de Merkel, já que o tempo passado entre o resultado do referendo e a substituição de David Cameron por Theresa May tinha sido muito curto. Mas a líder alemã deixou claro que "ninguém quer um longo período de limbo, nem a população britânica nem os Estados-membros da UE".
A 15 de Agosto, o jornal Sunday Times noticiava que a saída do Reino Unido da UE poderá ser adiada para o final de 2019 por falta de condições do Governo para iniciar o processo, nomeadamente em termos de infra-estruturas. Assim, em vez de desencadear o artigo 50 no início de 2017, esse "interruptor" só deverá ser accionado no outono desse ano, demorando depois cerca de dois anos até que se efective.
Os britânicos decidiram, por 52% dos votos, a saída do Reino Unido da União Europeia no referendo do passado dia 23 de Junho.
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Re: Portugal volta ao radar e agora.
DBRS só avalia impacto da CGD após emissão de dívida
Antes de avaliar o impacto da capitalização da Caixa Geral de Depósitos na notação de risco de Portugal, a agência de "rating" DBRS quer ver como corre a emissão de dívida subordinada que o banco do Estado está obrigada a fazer.
"Será importante verificar qual o nível de apetite dos investidores pela emissão de 1.000 milhões de dívida subordinada que a Caixa pretende colocar. Até verificarmos esse interesse será difícil avaliar o impacto da operação nas contas públicas", alertou o líder da área de dívida soberana da DBRS, Fergus McCormick, citado pela Reuters.
Ainda assim, este responsável considera que a "a proposta do ministro das Finanças para recapitalizar a CGD é uma demonstração importante do esforço de limpeza do sistema bancário".
A posição da DBRS sobre o impacto da capitalização da Caixa nas contas públicas é crucial, uma vez que a notação que a agência canadiana atribui à República é a única avaliação que permite a Portugal continuar a participar no programa de recompra de dívida que o Banco Central Europeu tem em marcha. Actualmente, a entidade atribui ao país uma nota de BBB (baixa), ou seja, considera a qualidade de crédito adequada, que é o último nível da categoria de investimento.
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... ivida.html
Excelente. Estamos todos dependentes da capacidade da Caixa despachar uns milhões de subordinadas.
Antes de avaliar o impacto da capitalização da Caixa Geral de Depósitos na notação de risco de Portugal, a agência de "rating" DBRS quer ver como corre a emissão de dívida subordinada que o banco do Estado está obrigada a fazer.
"Será importante verificar qual o nível de apetite dos investidores pela emissão de 1.000 milhões de dívida subordinada que a Caixa pretende colocar. Até verificarmos esse interesse será difícil avaliar o impacto da operação nas contas públicas", alertou o líder da área de dívida soberana da DBRS, Fergus McCormick, citado pela Reuters.
Ainda assim, este responsável considera que a "a proposta do ministro das Finanças para recapitalizar a CGD é uma demonstração importante do esforço de limpeza do sistema bancário".
A posição da DBRS sobre o impacto da capitalização da Caixa nas contas públicas é crucial, uma vez que a notação que a agência canadiana atribui à República é a única avaliação que permite a Portugal continuar a participar no programa de recompra de dívida que o Banco Central Europeu tem em marcha. Actualmente, a entidade atribui ao país uma nota de BBB (baixa), ou seja, considera a qualidade de crédito adequada, que é o último nível da categoria de investimento.
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... ivida.html
Excelente. Estamos todos dependentes da capacidade da Caixa despachar uns milhões de subordinadas.

Portugal volta ao radar e agora.
Portugal volta ao radar, pelas piores razões
Relatórios de bancos de investimento e artigos na imprensa estrangeira traçam perspectivas desanimadoras. Handelsblatt escreve mesmo que “um novo resgate parece inevitável”.
"Porque Portugal pode ser o próximo desastre económico da Europa", titula o site financeiro norte-americano MarketWatch, num artigo desta semana. Não é caso único. Portugal tem sido alvo de vários textos e relatórios de bancos de investimento pouco abonatórios. O último foi divulgado esta quinta-feira, 25 de Agosto, pelo Nomura.
O banco de investimento japonês salienta que "os elevados níveis de endividamento continuam a representar um risco", salientando que as obrigações portuguesas têm estado sobre pressão após os comentários da DBRS, no dia 19 de Agosto. Os títulos da dívida portuguesa estiveram em alta na semana passada, voltando a negociar acima dos 3% nas obrigações a dez anos, segundo dados da Bloomberg. A percepção de risco, medida pela diferença para os títulos da Alemanha, subiu para os 308,15 pontos base na segunda-feira, o nível mais alto desde meados de Julho.
O Financial Times escrevia na terça-feira que o "sell-off", uma venda acelerada de títulos, continuava a lavrar nas obrigações portuguesas. Isto, apesar de a Fitch ter mantido a classificação e o "outlook" para a dívida portuguesa na sexta-feira anterior, dia 19. O artigo do diário britânico também atribui a escalada nos juros a renovados receios de que a agência de "rating" DBRS baixe a classificação de Portugal, o que ameaçaria o acesso ao programa de compra de activos do BCE, já que é a única que atribui uma notação de "grau de investimento" (um nível acima de "lixo").
Juros da dívida a 10 anos voltaram a passar os 3% após declarações do responsável da DBRSJuros da dívida a 10 anos voltaram a passar os 3% após declarações do responsável da DBRS
A DRBS veio mostrar preocupação em relação ao rumo da economia portuguesa, depois de os primeiros dados do INE para o segundo trimestre terem indicado uma estagnação do crescimento. Poucos dias após a divulgação dos números, Fergus McCornick, responsável pelos "ratings" de dívida pública da agência canadiana, afirmou em entrevista à Reuters estar preocupado com os sinais de debilidade da economia. "A perspectiva continua estável, mas as pressões parecem estar a aumentar".
Uma ideia repetida numa conversa com o Negócios, publicada esta segunda-feira: "Acreditamos que há mais pressões, resultado de crescimento baixo e essa é a nossa principal preocupação com Portugal, assim como com outros países avançados", diz McCornick. Ainda assim, está "confortável" com o "rating" actual.
A escalada nos juros sofreu nos últimos dias uma ligeira correcção, baixando a fasquia dos 3%. Esta quinta-feira sobe muito ligeiramente para os 2,965%, um movimento a que não será alheio o anúncio da recapitalização da Caixa e a necessidade de um Orçamento Rectificativo.
Portugal sob pressão
Um dos relatórios citados pelo artigo de quarta-feira do MarketWatch foi divulgado dois dias antes pela Capital Economics. O economista Jack Allen escreve que "a forte subida nas taxas de juro exigidas nas obrigações portuguesas durante a semana passada reflectem os justificados receios sobre o "rating" do país". "Ainda que o Governo pretenda seguir as regras orçamentais da União Europeia, o baixo crescimento económico vai continuar a alimentar dúvidas sobre o ‘rating’", acrescenta.
O relatório, a que o Negócios teve acesso, põe a tónica nas "pressões". "Dados estes comentários [da DBRS], existe um risco claro de que a classificação da dívida de Portugal seja cortada". Jack Allen considera que, para evitar um conflito com a Comissão Europeia, "o Governo terá de anunciar novas medidas de austeridade".
Também o Nomura considera que o país estará sob um apertado escrutínio. "Acreditamos que o ‘rating’ poderá ficar sob pressão perante um menor compromisso político para com políticas económicas sustentáveis ou se o crescimento continuar a desapontar, como aconteceu no segundo trimestre, conduzindo a uma maior deterioração do rácio da dívida". O relatório assinala que as atenções irão voltar-se para Portugal em Outubro. No dia 15 é entregue o Orçamento do Estado para 2017 e enviado o "draft" para Bruxelas. Seis dias depois, a DBRS deverá pronunciar-se sobre a notação de Portugal.
O artigo da MarketWatch, que esteve na "homepage" do "site" desde a manhã de quinta-feira, dia 25, cita ainda o relatório divulgado pelo Berenberg no dia 19. O banco de investimento alemão também se pronuncia sobre a possibilidade de a DBRS baixar o "rating" de Portugal, cortando o acesso ao programa do BCE. "Ainda consideramos que Portugal vai escapar a esse destino. Mas o risco é sério", escreve Holger Schmieding, economista-chefe. "Um ‘sell-off’ em grande escala na sequência de um corte de ‘rating’ poderia forçar Lisboa a pedir novamente auxílio externo".
O Berenberg é ainda muito crítico em relação à política do actual Governo. "Depois de ter feito um grande progresso até 2014, Portugal está agora a pagar o preço pela reversão de algumas reformas", realça Holger Schmieding. O economista contrasta inclusivamente o caso português com o "exemplo espanhol" que, "com determinadas reformas e um esforço suficiente para estabilizar o seu sistema bancário, virou a esquina de vez em 2013".
Portugal a caminho de novo resgate?
Um artigo publicado esta segunda-feira no diário financeiro alemão Handelsblatt vai ainda mais longe. Sob o título "Pressão sobre Portugal aumenta", Sandra Louven escreve que "Portugal está a caminho de outra crise financeira, devido ao elevado endividamento, baixo crescimento e bancos frágeis." E diz mesmo: "Um novo resgate da União Europeia parece inevitável", uma afirmação a fazer lembrar 2011. O artigo, reservado a assinantes, refere a subida das taxas de juro de Portugal e a já citada entrevista de McCornick à Reuters.
Justificados ou não, estes relatórios e artigos na imprensa internacional não ajudam à percepção externa de Portugal ou a atrair investimento. Ainda que, no financiamento do Estado, o Tesouro não tenha vindo a registar dificuldades na colocação das emissões.
Relatórios de bancos de investimento e artigos na imprensa estrangeira traçam perspectivas desanimadoras. Handelsblatt escreve mesmo que “um novo resgate parece inevitável”.
"Porque Portugal pode ser o próximo desastre económico da Europa", titula o site financeiro norte-americano MarketWatch, num artigo desta semana. Não é caso único. Portugal tem sido alvo de vários textos e relatórios de bancos de investimento pouco abonatórios. O último foi divulgado esta quinta-feira, 25 de Agosto, pelo Nomura.
O banco de investimento japonês salienta que "os elevados níveis de endividamento continuam a representar um risco", salientando que as obrigações portuguesas têm estado sobre pressão após os comentários da DBRS, no dia 19 de Agosto. Os títulos da dívida portuguesa estiveram em alta na semana passada, voltando a negociar acima dos 3% nas obrigações a dez anos, segundo dados da Bloomberg. A percepção de risco, medida pela diferença para os títulos da Alemanha, subiu para os 308,15 pontos base na segunda-feira, o nível mais alto desde meados de Julho.
O Financial Times escrevia na terça-feira que o "sell-off", uma venda acelerada de títulos, continuava a lavrar nas obrigações portuguesas. Isto, apesar de a Fitch ter mantido a classificação e o "outlook" para a dívida portuguesa na sexta-feira anterior, dia 19. O artigo do diário britânico também atribui a escalada nos juros a renovados receios de que a agência de "rating" DBRS baixe a classificação de Portugal, o que ameaçaria o acesso ao programa de compra de activos do BCE, já que é a única que atribui uma notação de "grau de investimento" (um nível acima de "lixo").
Juros da dívida a 10 anos voltaram a passar os 3% após declarações do responsável da DBRSJuros da dívida a 10 anos voltaram a passar os 3% após declarações do responsável da DBRS
A DRBS veio mostrar preocupação em relação ao rumo da economia portuguesa, depois de os primeiros dados do INE para o segundo trimestre terem indicado uma estagnação do crescimento. Poucos dias após a divulgação dos números, Fergus McCornick, responsável pelos "ratings" de dívida pública da agência canadiana, afirmou em entrevista à Reuters estar preocupado com os sinais de debilidade da economia. "A perspectiva continua estável, mas as pressões parecem estar a aumentar".
Uma ideia repetida numa conversa com o Negócios, publicada esta segunda-feira: "Acreditamos que há mais pressões, resultado de crescimento baixo e essa é a nossa principal preocupação com Portugal, assim como com outros países avançados", diz McCornick. Ainda assim, está "confortável" com o "rating" actual.
A escalada nos juros sofreu nos últimos dias uma ligeira correcção, baixando a fasquia dos 3%. Esta quinta-feira sobe muito ligeiramente para os 2,965%, um movimento a que não será alheio o anúncio da recapitalização da Caixa e a necessidade de um Orçamento Rectificativo.
Portugal sob pressão
Um dos relatórios citados pelo artigo de quarta-feira do MarketWatch foi divulgado dois dias antes pela Capital Economics. O economista Jack Allen escreve que "a forte subida nas taxas de juro exigidas nas obrigações portuguesas durante a semana passada reflectem os justificados receios sobre o "rating" do país". "Ainda que o Governo pretenda seguir as regras orçamentais da União Europeia, o baixo crescimento económico vai continuar a alimentar dúvidas sobre o ‘rating’", acrescenta.
O relatório, a que o Negócios teve acesso, põe a tónica nas "pressões". "Dados estes comentários [da DBRS], existe um risco claro de que a classificação da dívida de Portugal seja cortada". Jack Allen considera que, para evitar um conflito com a Comissão Europeia, "o Governo terá de anunciar novas medidas de austeridade".
Também o Nomura considera que o país estará sob um apertado escrutínio. "Acreditamos que o ‘rating’ poderá ficar sob pressão perante um menor compromisso político para com políticas económicas sustentáveis ou se o crescimento continuar a desapontar, como aconteceu no segundo trimestre, conduzindo a uma maior deterioração do rácio da dívida". O relatório assinala que as atenções irão voltar-se para Portugal em Outubro. No dia 15 é entregue o Orçamento do Estado para 2017 e enviado o "draft" para Bruxelas. Seis dias depois, a DBRS deverá pronunciar-se sobre a notação de Portugal.
O artigo da MarketWatch, que esteve na "homepage" do "site" desde a manhã de quinta-feira, dia 25, cita ainda o relatório divulgado pelo Berenberg no dia 19. O banco de investimento alemão também se pronuncia sobre a possibilidade de a DBRS baixar o "rating" de Portugal, cortando o acesso ao programa do BCE. "Ainda consideramos que Portugal vai escapar a esse destino. Mas o risco é sério", escreve Holger Schmieding, economista-chefe. "Um ‘sell-off’ em grande escala na sequência de um corte de ‘rating’ poderia forçar Lisboa a pedir novamente auxílio externo".
O Berenberg é ainda muito crítico em relação à política do actual Governo. "Depois de ter feito um grande progresso até 2014, Portugal está agora a pagar o preço pela reversão de algumas reformas", realça Holger Schmieding. O economista contrasta inclusivamente o caso português com o "exemplo espanhol" que, "com determinadas reformas e um esforço suficiente para estabilizar o seu sistema bancário, virou a esquina de vez em 2013".
Portugal a caminho de novo resgate?
Um artigo publicado esta segunda-feira no diário financeiro alemão Handelsblatt vai ainda mais longe. Sob o título "Pressão sobre Portugal aumenta", Sandra Louven escreve que "Portugal está a caminho de outra crise financeira, devido ao elevado endividamento, baixo crescimento e bancos frágeis." E diz mesmo: "Um novo resgate da União Europeia parece inevitável", uma afirmação a fazer lembrar 2011. O artigo, reservado a assinantes, refere a subida das taxas de juro de Portugal e a já citada entrevista de McCornick à Reuters.
Justificados ou não, estes relatórios e artigos na imprensa internacional não ajudam à percepção externa de Portugal ou a atrair investimento. Ainda que, no financiamento do Estado, o Tesouro não tenha vindo a registar dificuldades na colocação das emissões.
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