CALDEIRÃO DE BOLSA

A minha carteira tem " investimento " e " trades ".

Trades negativos:
stops mentais e uma disciplina férrea.
Entro num trade com a disposição de perder 15% é mesmo 15%, não é 14, nem 16.
Tenho a consciência bem formatada para a inevitabilidade de ter trades negativos. A soma de trades negativos e trades positivos deve pender os segundos nas também não é certo que assim seja ( felizmente não me tenho dado mal ). Se não for, paciência é apenas dinheiro. Trabalha-se e ganha-se mais.
Os meus trades são todos do mesmo valor. Ganhe ou perca, quando entro, entro com o mesmo valor que investi noutros trades que tive, tenho ou terei em carteira. Nunca reforço, nem a perder nem a ganhar e nada de preços médios ( o caixão de quem investe ) nem considero vendas parciais.

Trades já positivos:
Stops automáticos.
É impensável um trade positivo a 10% vir a tornar-se perdedor. Pode ficar a 0 mas a negativo nunca.
Quando atinjo o objetivo que defini procuro deixar correr os ganhos e quanto mais ganhos mais largo fica o stop automático. Se for varrido e quando for varrido, paciência o lucro já cá mora.
Como diria o Comendador: " só se ganha ou perde quando se vende ".

Os meus trades não tem limites temporais, mas não são eternos: podem demorar horas, dias, semanas ou meses. Tenho alertas no telemóvel e normalmente tenho sempre acesso à conta se julgar que vou ativar o stop mental ( em perda ). Caso contrário, vejo as cotações 2 ou 3 vezes por dia, numa vista de olhos curtíssima e não me chateio mais com isso.

Investimento.
Sem stops, nem mentais nem automáticos. Normalmente são ações que estão em carteira meses ou anos.
Há ações que nunca, mas mesmo nunca serão " investimento " mas poderão ser trades ( BCP, por exemplo ).

Cumprimentos,

bull2 Escreveu:Os stops sempre foram vistos como um óptimo instrumento para protecção de perdas.
Tenho-me apercebido ao longo dos anos que já levo de observador/ interveniente na Bolsa, que acontecem cada vez mais as conhecidas "limpezas de stops"

muita tinta já correu sobre o assunto e desde que cheguei à bolsa que oiço sempre o mesmo: vieram-me ao stop; mais uma excursão aos stops, etc, etc, etc

para quem possa, stops mentais é o ideal, embora não existam receitas miraculosas nem 100% garantidas

agora, armadilha é que não são

Neste momento tenho estudado a utilização dos stop's de volatilidade do Bulkowsky, limitados.

http://thepatternsite.com/stops.html#VS

Mentais - indispensáveis
Automáticos - não recomendáveis pelas razões indicadas... (excepto para não profissionais, i.e., quem não tem disponibilidade para acompanhar mercados tendencialmente em permanência. Neste caso são um mal menor, mas já agora que se utilizem em activos com suficiente liquidez para evitar ao máximo essas surpresas...)

Esta é mesmo das questões com que tenho mais dificuldade de lidar, e ainda não consigo responder com convicção... Mas já me senti chateado por ter colocado stop, por não ter colocado, por ter colocado perto demais, enfim... Parece algo mesmo complexo e que ainda vou demorar algum tempo a acertar...

Os stops sempre foram vistos como um óptimo instrumento para protecção de perdas.
Tenho-me apercebido ao longo dos anos que já levo de observador/ interveniente na Bolsa, que acontecem cada vez mais as conhecidas "limpezas de stops".
Com o desenvolvimento muito rápido das tecnologias e com as armas poderosas que os intervenientes financeiros possuem, queria ouvir a opinião dos forenses mais experientes sobre esse assunto: Arma do investidor, ou tornou-se uma armadilha?
É que com o passar dos anos parece-me que uma arma poderosa do simples investidor, se tornou numa armadilha nos dias de hoje.
Poderia dar alguns exemplos, mas acho que não é necessário.