Boas!
Como alguns já sabem, sou novato neste mundo e estou a começar a dar os primeiros passos "a sério". Ora, tenho lido bastante sobre o assunto e, particularmente, sobre o tipo de investimento de longo prazo favorito do Benjamin Graham e do Warren Buffet, o value investing. Para quem não sabe (o que duvido), o value investing consiste, basicamente, em encontrar empresas bem estabelecidas no mercado (com fonte(s) de vantagem competitiva, boa situação económico-financeira e boas perspetivas de crescimento futuras) que se encontrem subavaliadas.
Eu deparei-me com algumas fórmulas, algumas baseadas no trabalho de Graham, outras no trabalho de Buffet, que objetivam calcular (aproximada e subjetivamente) esse valor intrínseco. De entre elas, destaco:
http://www.buffettsbooks.com/intelligen ... PLOWt.dpbs (fazer scroll para baixo)
Valor Intrinseco = (EPS x (8,5 + 2G) x 4,4)/Y, sendo G a taxa de crescimento esperada e Y o valor da taxa de desconto de securiteis do governo (por exemplo, obrigações do tesouro, em Portugal)
As seguintes visam determinar o limite do preço que devemos pagar por cada ação:
P<raiz quadrada(22,5 x EPS x BPS) - formula para investidores defensivos do Graham
P<1,2 x net tangible assets (Ativo - Ativo Intangível - passivo) - fórmula para investidores mais ofensivos do Graham
P<0,67 x Net Current Asset Value Per Share (NCAVPS), com NCAVPS sendo (Current Assets - Total Liabilities)/Shares Outstanding - outra fórmula do Graham
Agora, as minhas dúvidas/ questões:
1. Eu estive a analisar algumas grandes empresas do ponto de vista financeiro e confirmei aquilo que achava de cada uma com uma rápida análise do histórico do preço de cada uma. Agora, algumas das empresas eu considerei um bom investimento de longo prazo pela solidez financeira que apresentam, a sua presença de mercado, vantagem competitiva, taxas de crescimento, etc... e confirmei-o através da tendência crescente de subida de preço ao longo dos anos. Até aqui, tudo bem, os próprios Graham e Buffet aconselhavam olhar para a atividade da empresa e a sua situação económico-financeira em 1º lugar. Porém, a partir do momento em que apliquei as fórmulas que eles consideravam adequadas para estimar o valor intrinseco, de modo a determinar se estavam ou não subavaliadas, cheguei à conclusão que todas essas empresa estavam não só sobreavaliadas como, por algumas ou todas as fórmulas, estavam extremamente sobreavaliadas. Alguém tem uma opinião a dar sobre isto?
2. Para aqueles que são adeptos do value investing de longo prazo, que maneira de calcular esse valor intrinseco acham mais fiável?
Obrigado!