Bar38 Escreveu:previsor, eu vivo há 50 anos na linha de Sintra, o meu pai era empreiteiro lembro de muito pequeno de ir a Damaia com o meu pai contratar trabalhadores para as obras que ele tinha inclusive em Bragança era o único sitio na linha de Sintra onde havia mão de obra africana já na altura como é obvio já na altura pobre e pouco qualificada até para esses serviços. Convido-te a fazeres uma viagem de comboio ao fim de semana pela linha de Sintra. E uma questão de identidade, nos não nos identificamos com eles e eles não se identificam connosco.
O socialismo só atrai emigração pouco qualificada e por sua vez só trás pobreza como é exemplo a França nos quais os partidos considerados populistas se conseguem desenvolver a velocidade da luz. Já as economias liberais tendem em fazer um equilíbrio entre a mão de obra muito qualificada e a pouco qualificada. Essa é a grande diferença.
Há uns meses, fiz uma viagem de comboio na linha de Sintra ao fim de semana. A maioria das pessoas na carruagem era negra, mas curiosamente o que me deixou desconfortável foi uma pessoa branca que tinha um cheiro intenso desagradável, que achei que fosse devido ao uso de drogas.
Mas sei que existe um problema de criminalidade associado aos africanos e isso vê-se nas estatísticas: “48,3% dos estrangeiros presos em Portugal são de países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), sobretudo Cabo Verde, Angola e Guiné-Bissau, seguidos da América do Sul (26,5%), com destaque para o Brasil.” No entanto, não há o mesmo registo em relação às pessoas do sul da Ásia. E também as cadeias portuguesas não estão cheias de estrangeiros: “84,7% dos reclusos nas prisões do país são portugueses, contra 15,3% de estrangeiros.”
Lembro-me de que quando havia poucas pessoas do sul da Ásia na zona do Martim Moniz, o alvo dos grupos de extrema direita eram os chineses. Próximo do Martim Moniz, também existem ruas há muitos anos com lojas que vendem produtos chineses. Existe também um centro comercial lá que praticamente só tem lojas chinesas. E nunca houve um grande registo de crimes associados aos chineses.
Não sei se a maioria das pessoas do sul da Ásia pretende viver em Portugal para sempre. Não se vê quase ninguém do sexo feminino. Eles podem vir para cá para trabalhar e depois quererem regressar ou ir para outro país. Seja como for, não há um grande registo de criminalidade associado a eles.
Os liberais não parecem ser os melhores a resolver os problemas de imigração. Tipicamente, os partidos liberais são liberais em tudo: economia, costumes e questões sociais. O atual partido no poder em França é o La République En Marche! (LREM), liderado por Emmanuel Macron, e é um partido liberal do mesmo grupo da Iniciativa Liberal. No entanto, recentemente, o Macron até implementou algumas políticas na área da imigração e criticou a criminalidade da imigração para justificar essas políticas.
Mas o problema de França é diferente de Portugal. A França tem muitos refugiados que chegam de barco sem aviso e de países do norte da África, como Síria, Líbia, Eritreia, Somália e Sudão. Portugal tem muito poucos imigrantes desses países e não tem praticamente refugiados a chegar de barco.
A generalização de que por haver problemas na França, Alemanha e Suécia também vai haver em Portugal com imigrantes provenientes de outras áreas geográficas é uma generalização errada.
Os partidos que parecem controlar mais a imigração na Europa são os que pertencem ao mesmo grupo do PSD, PPE. Angela Merkel, por exemplo, era do PPE. O Olaf Scholz que está no poder na Alemanha desde 2021 pertence ao mesmo grupo do PS, Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas. E pelas notícias parece que o problema da imigração está pior agora na Alemanha do que antes.
Resumindo, concordo que deve haver um controlo maior, mas não concordo com a ideia da criminalidade dos imigrantes em Portugal, porque os números não mostram isso. Nem com as generalizações. E também acho que a integração das pessoas não tem sido bem feita. Os números também mostram isso.