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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 2/9/2016 18:03

13 mil milhões. E se fosse consigo?

Paulo FerreiraSeguir

2/9/2016, 12:21377
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Vamos supor que um governo português recebia o “bónus” fiscal de 13 mil milhões que Bruxelas quer obrigar a Apple a dar à Irlanda. Recusava, preocupado com a imagem no país? Ou gastava à tripa forra?

O mundo, por vezes, aparece-nos ao contrário, de cabeça virada para baixo. Pelo menos em relação aquilo a que nos acostumámos, ao “nosso mundo”. É o que está a acontecer na Europa por estes dias. Onde é que já se viu que um governo, qualquer governo, rejeite receber 13 mil milhões de euros de impostos de uma empresa, mesmo quando há outras autoridades a sentenciarem que aqueles tributos têm que ser pagos?

O caso Apple-Dublin-Bruxelas não surpreende pelo desfecho da decisão da Comissão Europeia. As matérias de concorrência — fiscal ou nos mercados de produtos e serviços — são aquelas em que Bruxelas mais investe e onde coloca a mão mais dura. Aquilo que nos surpreende, porque é o oposto do nosso lusitano dia-a-dia, é a frieza estratégica do governo irlandês perante uma receita que é ligeiramente superior a todo o IRS cobrado este ano em Portugal e está próxima do IVA que o fisco também cobra por cá. Para se ter uma ideia, os 13 mil milhões que Bruxelas quer obrigar a Apple a entregar ao fisco irlandês são quase 7,5% do PIB português e resolviam-nos o problema do défice durante três ou quatro anos. Fantástico, não era?

Esta posição do governo irlandês é absolutamente estratégica. Está totalmente focada no futuro do país e alinhada com o modelo de desenvolvimento e de competitividade que as autoridades de Dublin escolheram há três décadas e mantêm com estabilidade, governo após governo. A mensagem que o governo irlandês quer passar às empresas é clara: só por cima do nosso cadáver é que se alteram as regras fiscais que se aplicam às empresas e estas podem contar connosco na primeira linha da defesa das suas expectativas. Podem investir na Irlanda porque o enquadramento fiscal é estável.

Sim, é uma diferença do dia para a noite em relação ao que se passa em Portugal. Por cá, como sabemos, as alterações fiscais são quase diárias e acontecem dentro do mesmo governo. Pergunte-se a um qualquer empresário português, grande ou pequeno, se ele tem alguma segurança que lhe permita planear e fazer contas aos impostos que vai pagar no próximo ano ou daqui a dois anos e ouça-se a resposta. Só um louco aposta um prego no pão sobre a taxa de IRC que vai estar em vigor daqui a dois anos, por exemplo. Para não falar das mil e uma taxas e taxinhas que todos os dias são criadas e alteradas por governos, municípios e qualquer “guichet” com capacidade legal para isso.

O mais grave e recente foi o facto de o PS ter rasgado o acordo feito com o anterior governo que previa a descida gradual no IRC ao longo da década e dava às empresas uma expectativa fiscal pelo menos para meia dúzia de anos. Se a nossa palavra fiscal enquanto país não dura mais de meia dúzia de meses podemos ficar admirados que o investimento não chegue ou que aquele que pode ir embora vá mesmo? Aliás, é sintomático que a carga fiscal sobre os imóveis seja cada vez mais pesada. Só as casas é que não podem sair para outros países à procura de locais onde sejam mais bem tratadas pelo Estado.

Vamos supor então que um qualquer governo português recebia este bónus fiscal de 13 mil milhões de imposto por Bruxelas. Recusava-o, preocupado com a imagem no país perante os investidores e a pensar sobretudo nas próximas gerações? Ou aproveitava para aumentar ainda mais a despesa pública e gastar à tripa forra porque há clientelas para alimentar e eleições para ganhar? Sim, as questões estão já feitas de forma a induzir uma resposta porque, até pelo acima exposto, sabemos qual é o padrão a que os sucessivos governos sempre nos habituaram. Num país que adoptou o regime económico da ditadura fiscal, como o nosso, nenhum governo abriria mão de um cêntimo que fosse para alimentar o “monstro” e para os foguetórios habituais.

O nosso Estado não só tributa cada vez mais tudo o que mexe — agora vem aí o acesso automático às contas bancárias com saldos a partir de 50 mil euros — como tem um comportamento absolutamente canalha: persegue o mais pobre cidadão que deva um cêntimo mas demora anos a pagar aos seus fornecedores sem que alguém, alguma vez, seja penalizado ou pague sequer juros pelo atraso. Se isto não é uma ditadura, é o quê?

Aliás, não foi por acaso que as Finanças foram a correr verificar se também podiam ir cobrar alguma coisinha à Apple depois da decisão de Bruxelas. Então Dublin não quer receber e a nós não nos calha nada?

A competitividade dos países não acontece por acaso e a sua maior ou menor prosperidade também não. Além de um rigor estratégico que sobrevive às mudanças de governo, a Irlanda criou condições para poder recusar o jackpot fiscal em nome da sua reputação.

Vamos comparar só alguns números (todos citados da Ameco, a base de dados económicos da União Europeia. A escolha de 1995 como comparação é porque é aí que começa a generalidade das séries para o nosso país).

Em 1995, a receita (fiscal e contribuições sociais) cobrada pelo Estado português era de 36,2% do PIB. Este ano está estimada em 43% do PIB. Na Irlanda, no mesmo período, caiu de 36,0% para 31,1%. A despesa total do Estado português em 1995 era de 42,6%. Este ano prevê-se 46,6%. Os números comparáveis para a Irlanda são 40,8% e 32,4%. E a dívida pública? Em Portugal, era de 58,3% em 1995 — que saudades… — e agora está nos 126%. Na Irlanda também subiu, de 78,5% para 89,1%. Nós tivemos a troika. Eles também e já estão a baixar fortemente a dívida desde o máximo de 120% há quatro anos.

Ou seja, de pontos de partida relativamente semelhantes há 30 anos, os dois países seguiram direcções opostas. Sim, o modelo irlandês não pode ser replicado directamente em Portugal nem é isso que está em causa. A diferença é que a Irlanda definiu um caminho há várias décadas e aplica-o com estabilidade, transmitindo confiança aos agentes económicos. Reduziu o peso do Estado e compara muito melhor do que Portugal na generalidade dos indicadores sociais e de bem estar. Por isso, pode ter uma carga fiscal baixa, atrair empresas, criar emprego e gerar riqueza. Por isso, pode prescindir de 13 mil milhões de receita fiscal porque sabe que a sua reputação de estabilidade vai trazer-lhe no futuro benefícios muito superiores a essa soma. Mas isto não é, de facto, para todos.

http://observador.pt/opiniao/13-mil-mil ... e-consigo/

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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 2/9/2016 17:50

Worf Escreveu:
E como iria funcionar essa tal exponencialidade de que falavas? Quantos anos seriam necessários para o aluno deixar de ser um custo para ser uma receita?
Onde irias utilizar canalizar o dinheiro fruto desse aumento de propina?
O problema é que quando alimentas o monstro ele vai ficar mais gordo, e não tardaria muito tempo e necessitarias de aumentar ou criar mais uma taxa.


Leste o que eu escrevi? --> "E volto a frisar que isto não seria uma taxa nem taxinha, se quiseres até proponho que se baixasse as propinas em geral, compensando a redução das propinas para os anos normais com o agravamento das propinas nos anos extra. Preferes assim? Eu prefiro que mesmo assim, se valorize mais o mérito, transformando o dinheiro em bolsas de mérito, não é para pagar dívida pública nem criar tachos nenhuns. "

Passas-te. a sério?!! Então qual foi a disciplina pertencente ao tronco comum das engenharias que mais gostaste? e porquê?
E das disciplinas pertencentes ao teu departamento, qual foi a disciplina que mais gostaste e que mais odiaste e porquê?

Mas na minha opinião não é necessário frequentar ou ter uma licenciatura para saber do que falas. Estás a ser ligeiramente presunçoso. Títulos não se discutem na política, mas sim ideias e rumos a seguir. Admito porém que uma pessoa que tenha estudos possa em certos momento demonstrar algo mais. Mas isso depende, já encontrei gente sem canudo com capacidade idêntica ou superior a muitos com canudos.


Eheh epa interpretaste-me mal, calma, eu não sou como certas pessoas que argumenta com esse tipo de coisas nem chamo ignorante a ninguém, quando referi isso referi a nível de espaço temporal, o "há pouco tempo" é que era a parte importante, não tem nada a ver com o facto de ter tirado o curso ou não. Ou seja, neste aspecto alguém que tenha desistido do curso tem o mesmo "conhecimento da matéria" que eu, por exemplo. Não quis atacar ninguém, nem quero!

Também acho que o mérito deve ser premiado e não castigar o demérito. Acho esse um melhor princípio. mas melhor que tudo isso seria, volto a insistir, cuidar da redução da despesa, do "gordo" seria a melhor opção que poderias tomar. mas atenção sem truque, sem esconder despesa debaixo do "tapete".


Ok, tens razão que é mais importante valorizar o mérito, mas o dinheiro vem de onde? Eu aqui estou a pensar no controlo da despesa! Eu aqui sou quem não quer engordar mais o Estado. Faço a coisa como sendo um circuito fechado idealmente. Digamos que o dinheiro não sai do "bolo de propinas". O que se cobrava a mais aos alunos piores era descontado aos alunos melhores. Directo! Atenção, estamos a discutir uma ideia abstrata, tornar isto realidade admito que possa ter dificuldades que eu não esteja a ver, mas é por isso que eu disse que era apenas uma ideia! Concluindo, para não aumentar despesa, a minha ideia era castigar o demérito para poder premiar o mérito, sem custos extra. Atenção que esta é apenas uma ideia motivacional, e no entanto, tendo em conta que o aluno tem um custo anual que é superior às propinas e que o Estado sustenta (não alterada a nível financeiro pela estratégia, pois o dinheiro das propinas, como disse, ficaria no total igual), e admitindo que esta ideia motivacional levaria a uma redução da média de anos que um aluno demora a concluir o curso, isto levaria a uma poupança do Estado. Será que é uma ideia assim tão ridícula? :-k
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 2/9/2016 17:50


 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 2/9/2016 17:44

Epa admiti que esse era o caso mas um bias a favor de um regime democrático em vez de um regime dictatorial, não é por aí que te moldam politicamente

Qual a explicação, no teu entender, para os velhotes, em geral, elogiarem o Salazar e tu defenderes o actual regime?

Agora, sem dúvida que se ainda existe PCP é porque eles tiveram um papel importante no 25 de Abril.

Quem pensas que vota no PCP?

Que Colombo era português.

A mim disseram que era espanhol…

Os prémios nobel da literatura não fazem sentido?

Não compro um livro por ter ganho um prémio. O que pensas do Nobel de Economia? Já ouviste falar do Long-Term Capital Management?

Câmaras municipais e privados.

Quanto entrega o Estado por ano a Serralves? Esse dinheiro entra no bolso de quem? Os nomes na lista dizem-te alguma coisa?
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 2/9/2016 17:39

um estado com 80 mil MILHOES de euros de despesa pública, e ainda vem alucinados sugerir um aumento de propinas. ridículo. :wall:

podíamos bem melhor: fechar politécnicos, universidade, despedir professores de cursos sem empregabilidade, fechar cursos com baixa empregabilidade, privatizar algumas escolas, investigar a sério qualquer sinal de riqueza de um bolseiro dos serviços de apoio social, etc.

mas falar sobre isto? naaaaaaaa :lol:

tá quieto boy.
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Re: Políticas para Portugal

por Worf » 2/9/2016 17:33

JohnyRobaz Escreveu:Não faço a mínima ideia visto que a ideia é exclusivamente minha e nem é algo totalmente definido e concreto, apenas uma ideia de compensar os melhores alunos em detrimento do pessoal que leva a faculdade como um passatempo e não como um meio de aprender qualquer coisa.


E como iria funcionar essa tal exponencialidade de que falavas? Quantos anos seriam necessários para o aluno deixar de ser um custo para ser uma receita?
Onde irias utilizar canalizar o dinheiro fruto desse aumento de propina?
O problema é que quando alimentas o monstro ele vai ficar mais gordo, e não tardaria muito tempo e necessitarias de aumentar ou criar mais uma taxa.


JohnyRobaz Escreveu: Eu passei pela faculdade há pouco tempo, sei do que falo, se tu não sabes do que estou a falar não tenho culpa.


Passaste. a sério?!! Então qual foi a disciplina pertencente ao tronco comum das engenharias que mais gostaste? e porquê?
E das disciplinas pertencentes ao teu departamento, qual foi a disciplina que mais gostaste e que mais odiaste e porquê?

Mas na minha opinião não é necessário frequentar ou ter uma licenciatura para saber do que falas. Estás a ser ligeiramente presunçoso. Títulos não se discutem na política, mas sim ideias e rumos a seguir. Admito porém que uma pessoa que tenha estudos possa em certos momento demonstrar algo mais. Mas isso depende, já encontrei gente sem canudo com capacidade idêntica ou superior a muitos com canudos.

JohnyRobaz Escreveu:Ok, mas a bolsa não é apenas andar a provocar neste tipo de tópicos quem pensa de forma diferente da vossa. Há por aqui muito boa gente que pensa diferente de mim mas ou não diz nada ou fala com argumentos como numa conversa normal educada. Já não tenho paciência para as vossas provocaçõezitas, desculpa lá.
E volto a frisar que isto não seria uma taxa nem taxinha, se quiseres até proponho que se baixasse as propinas em geral, compensando a redução das propinas para os anos normais com o agravamento das propinas nos anos extra. Preferes assim? Eu prefiro que mesmo assim, se valorize mais o mérito, transformando o dinheiro em bolsas de mérito, não é para pagar dívida pública nem criar tachos nenhuns. Ao menos se vens com comparações, arranja alguma de jeito, porque essa que arranjaste, desculpa que te diga, não fez sentido nenhum nem teve piada nenhuma.


Também acho que o mérito deve ser premiado, mas não ás custas de castigar o demérito. Acho esse um melhor princípio. mas melhor que tudo isso seria, volto a insistir, cuidar da redução da despesa, do "gordo" seria a melhor opção que poderias tomar. mas atenção sem truque, sem esconder despesa debaixo do "tapete".
Editado pela última vez por Worf em 2/9/2016 19:52, num total de 2 vezes.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 2/9/2016 16:55

Worf Escreveu:
Quantos países da ocde utilizam essa taxa? essa taxa está em linha com os governos que tentam taxas de reprovação de zero?


Não faço a mínima ideia visto que a ideia é exclusivamente minha e nem é algo totalmente definido e concreto, apenas uma ideia de compensar os melhores alunos em detrimento do pessoal que leva a faculdade como um passatempo e não como um meio de aprender qualquer coisa. Eu passei pela faculdade há pouco tempo, sei do que falo, se tu não sabes do que estou a falar não tenho culpa.

Worf Escreveu:Robaz, o desempenho económico de um país é algo que deve interessar a qualquer pessoa e como bem sabes o desempenho económico do país está directamente ligado ao desempenho das empresas (bolsa). Portanto não sejas desagradável porque afinal de contas estava apenas a tentar, através de um exemplo, dar conta de que não acho essa ideia nada boa, com algum sentido de humor. Aliás, foi nesse sentido que interpretei a intervenção do Dias.

Se colocares uma ideia de redução da despesa vais ver que o mais certo é eu estar de acordo....agora da tua cabecinha só saem taxas e taxinhas.


Ok, mas a bolsa não é apenas andar a provocar neste tipo de tópicos quem pensa de forma diferente da vossa. Há por aqui muito boa gente que pensa diferente de mim mas ou não diz nada ou fala com argumentos como numa conversa normal educada. Já não tenho paciência para as vossas provocaçõezitas, desculpa lá.
E volto a frisar que isto não seria uma taxa nem taxinha, se quiseres até proponho que se baixasse as propinas em geral, compensando a redução das propinas para os anos normais com o agravamento das propinas nos anos extra. Preferes assim? Eu prefiro que mesmo assim, se valorize mais o mérito, transformando o dinheiro em bolsas de mérito, não é para pagar dívida pública nem criar tachos nenhuns. Ao menos se vens com comparações, arranja alguma de jeito, porque essa que arranjaste, desculpa que te diga, não fez sentido nenhum nem teve piada nenhuma.
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 2/9/2016 16:21

Worf Escreveu:Se colocares uma ideia de redução da despesa vais ver que o mais certo é eu estar de acordo....agora da tua cabecinha só saem taxas e taxinhas.


mas como é que ele paga o seu ordenado com redução de despesa? :?

:lol: :lol:
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Re: Políticas para Portugal

por Worf » 2/9/2016 16:09

JohnyRobaz Escreveu:
Worf Escreveu:
Porque achei que seria um imposto à semelhança daquele que colocaste no post anterior onde sugerias que a partir da 7 matrícula se aumentassem as propinas. Andariam lado a lado no concurso para as ideias mais absurdas para o país. Mas pior que estas duas seria o imposto sucessório (defendido aqui por sua esxcelñcia o Robaz). 8-)


Mas então diz-me lá que é que uma tem a ver com a outra? De facto não vos chega o outro tópico para disparatar?

Mas eu volto a arranjar um bocadinho de paciência para argumentar: Um aluno em média custa ao estado mais do que o aluno paga em propinas, ou seja, o aluno recebe o restante como a forma de um apoio estatal para estudar, pagando apenas uma parte. O que recomendei foi que se reduzisse o apoio do Estado aos alunos que não cumprem com a sua obrigação: Estudar, e encaminhar o que o Estado poupa com isso para melhorias das condições de ensino ou para bolsas de mérito. Há alguma comparação aqui com portagens ridículas? Só se for nessa tua cabecinha.


Quantos países da ocde utilizam essa taxa? essa taxa está em linha com os governos que tentam taxas de reprovação de zero?

JohnyRobaz Escreveu:Volto a repetir para ti e para o outro atrasado que anda por aqui a poluir os tópicos onde eu escrevo com baboseiras: este fórum é de bolsa, falem de bolsa. Os únicos comentários que se vê da tua parte é neste tipo de tópicos, propaganda pura. "E o boy sou eu?!" Haja paciência.


Robaz, o desempenho económico de um país é algo que deve interessar a qualquer pessoa e como bem sabes o desempenho económico do país está directamente ligado ao desempenho das empresas (bolsa). Portanto não sejas desagradável porque afinal de contas estava apenas a tentar, através de um exemplo, dar conta de que não acho essa ideia nada boa, com algum sentido de humor. Aliás, foi nesse sentido que interpretei a intervenção do Dias.

Se colocares uma ideia de redução da despesa vais ver que o mais certo é eu estar de acordo....agora da tua cabecinha só saem taxas e taxinhas.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 2/9/2016 15:23

Worf Escreveu:
Porque achei que seria um imposto à semelhança daquele que colocaste no post anterior onde sugerias que a partir da 7 matrícula se aumentassem as propinas. Andariam lado a lado no concurso para as ideias mais absurdas para o país. Mas pior que estas duas seria o imposto sucessório (defendido aqui por sua esxcelñcia o Robaz). 8-)


Mas então diz-me lá que é que uma tem a ver com a outra? De facto não vos chega o outro tópico para disparatar?

Mas eu volto a arranjar um bocadinho de paciência para argumentar: Um aluno em média custa ao estado mais do que o aluno paga em propinas, ou seja, o aluno recebe o restante como a forma de um apoio estatal para estudar, pagando apenas uma parte. O que recomendei foi que se reduzisse o apoio do Estado aos alunos que não cumprem com a sua obrigação: Estudar, e encaminhar o que o Estado poupa com isso para melhorias das condições de ensino ou para bolsas de mérito. Há alguma comparação aqui com portagens ridículas? Só se for nessa tua cabecinha.

Volto a repetir para ti e para o outro atrasado que anda por aqui a poluir os tópicos onde eu escrevo com baboseiras: este fórum é de bolsa, falem de bolsa. Os únicos comentários que se vê da tua parte é neste tipo de tópicos, propaganda pura. "E o boy sou eu?!" Haja paciência.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
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Re: Políticas para Portugal

por JoaquimDias » 2/9/2016 14:44

O robaz precisa de financiar o seu próprio ordenado através do ps. por isso as suas ideias vão todas no sentido de cobrar mais impostos.
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Re: Políticas para Portugal

por Worf » 2/9/2016 14:30

JohnyRobaz Escreveu:
Worf Escreveu:E que tal uma portagem ao fim de semana à saída de cada povoação onde se teria que provar que a viagem era em trabalho, caso contrário seria taxada em percentagem da folia prevista para esse fim de semana?
Ora deixa cá ver, :-k , este caramelo vai até ao Algarve! Então temos esta taxa x.
Ora deixa cá ver, :-k , este caramelo vai até à Costa da Caparica! Temos a taxa y.

Que tal Robaz? Isto é que era. :mrgreen:


Estás-te a referir a mim por que carga de água?


Porque achei que seria um imposto à semelhança daquele que colocaste no post anterior onde sugerias que a partir da 7 matrícula se aumentassem as propinas. Andariam lado a lado no concurso para as ideias mais absurdas para o país. Mas pior que estas duas seria o imposto sucessório (defendido aqui por sua esxcelñcia o Robaz). 8-)
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 2/9/2016 12:46

Worf Escreveu:E que tal uma portagem ao fim de semana à saída de cada povoação onde se teria que provar que a viagem era em trabalho, caso contrário seria taxada em percentagem da folia prevista para esse fim de semana?
Ora deixa cá ver, :-k , este caramelo vai até ao Algarve! Então temos esta taxa x.
Ora deixa cá ver, :-k , este caramelo vai até à Costa da Caparica! Temos a taxa y.

Que tal Robaz? Isto é que era. :mrgreen:


Estás-te a referir a mim por que carga de água?
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Re: Políticas para Portugal

por Worf » 2/9/2016 12:17

E que tal uma portagem ao fim de semana à saída de cada povoação onde se teria que provar que a viagem era em trabalho, caso contrário seria taxada em percentagem da folia prevista para esse fim de semana?
Ora deixa cá ver, :-k , este caramelo vai até ao Algarve! Então temos esta taxa x.
Ora deixa cá ver, :-k , este caramelo vai até à Costa da Caparica! Temos a taxa y.

Que tal Robaz? Isto é que era. :mrgreen:
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 2/9/2016 10:40

Deixo uma possível política para Portugal:

Porque é que no ensino superior público não se aumentam as propinas, por exemplo de forma exponencial, e a partir do ano a mais que se está na faculdade após o tempo normal de término do curso? Por exemplo, o MI em Eng. Civil é 5 anos. Davam um ano de tolerância mas a partir da 7ªa matrícula porque não se introduz uma espécie de aumento progressivo das propinas? Isto não só iria motivar os alunos a terminarem o curso mais rápido em vez de andarem a pastar e sempre na bebedeira (há tempo para tudo), e ao mesmo tempo o Estado tinha dinheiro para gastar mais em bolsas de mérito ou mesmo para não ter que cortar tanto nos orçamentos das universidades, de forma a que a qualidade do ensino não diminua e até aumente.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 2/9/2016 10:35

Ocioso Escreveu:
Se te ensinam que o Estado Novo era horrível e que os militares nos salvaram, tens um forte bias a favor do actual regime.


Epa admiti que esse era o caso mas um bias a favor de um regime democrático em vez de um regime dictatorial, não é por aí que te moldam politicamente. Achas que é? Até porque não há nenhum partido dos militares... Agora, sem dúvida que se ainda existe PCP é porque eles tiveram um papel importante no 25 de Abril. Mas não acho que seja por aí, sinceramente. Acho mais estúpida a conotação de extrema-direita, por exemplo, que se dá ao fascismo e mesmo ao regime de Salazar. Porque na verdade o fascismo é um regime socialista, a meu ver. A única questão são os aspectos raciais e conservadores que normalmente se associam mais a direita mas que eu coloco noutro espectro.

Vale, pelo menos, tanto como o que te contaram na escola sobre a revolução dos cravos.


Bom, eu continuo a confiar na escola. E julgo que não contam mentiras, podem é omitir factos. Esse tipo de fonte talvez traga mais que omissões, o que me parece pior.
só me lembro de uma mentira que aprendi na escola: Que Colombo era português. :mrgreen:

Qual é a cultura que realmente merece? Quem é que realmente percebe do assunto? Como fazes essas avaliação? Quais os critérios para escolher os júris?


Percebo o que queres dizer e geralmente é neste ponto que eu não compreendo os argumentos dos neoliberais. Acham realmente que a cultura não é avaliável a nível de qualidade mesmo sendo subjectiva? E que não há pessoas mais habilitadas para a avaliar que outras? A cultura estuda-se e avalia-se. Os prémios nobel da literatura não fazem sentido? Achas que o Fernando Pessoa não tem um valor literário bastante maior que o Dan Brown? Isto avalia-se, e de forma objectiva, apesar de a cultura ser subjectiva.

Também não. Quem é o patrono de Serralves?

Câmaras municipais e privados. Achas que Serralves não oferece nada a sociedade?
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 2/9/2016 10:20

lfhm83 Escreveu:
OK falei sem dados sobre o assunto deu #"%%# :oops:

Realmente é impressionante não sabia mas o número clausus é actualmente de 1800 quase o triplo de 2000, tinha ideia que isso nunca tinha mudado.
https://www.publico.pt/sociedade/notici ... as-1732040

Mas sinceramente a taxa de desemprego é 0 e continua a haver falta de médicos no interior, mas realmente fui pegar num assunto que mais valia estar calado até porque nem acho que seja um problema a nível de OE.


Eu admito que também percebo pouco do assunto mas namorava na altura com uma estudante de medicina e sei que pelo menos o curso funciona bem, os alunos valorizam muito mais que em qualquer outro curso o facto de estarem na faculdade (devido ao que lhes custou ali entrar), e já na altura havia essa discussão do médicos a mais vs. médicos a menos e o problema de haver poucos médicos no interior dizia-se que era mais um problema de distribuição dos médicos do que propriamente de falta deles. Qual é o médico que sai de uma cidade (onde estudou) para uma terreola do interior? É preciso incentivos, e julgo que mesmo isso já há.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 2/9/2016 0:44

 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 2/9/2016 0:41

Admito que na escola não valorizei a filosofia como devia, mas só me lembro de Kant, Descartes, Aristóteles, Sócrates e pouco mais.

Eu não aprendi nada nessas aulas, o professor apenas falava do Sporting. Recordo-me apenas de pensar: "Este tipo tem uma vidinha…"

Não tive qualquer bias sobre os actuais partidos políticos, tu tiveste? Tens conhecimento de que haja?

Se te ensinam que o Estado Novo era horrível e que os militares nos salvaram, tens um forte bias a favor do actual regime.

Bom, há garantia que se tratam de verdades absolutas e que não há aí generalizações exageradas? Não se sabe...

Vale, pelo menos, tanto como o que te contaram na escola sobre a revolução dos cravos.

Ou seja, valorizar de igual forma as 50 Sombras de Grey e o Livro do Desassossego, em vez de valorizar a cultura que realmente merece de acordo com quem realmente percebe do assunto, como juris de bolsas de mérito? Não me parece... De qualquer forma acho que talvez possa haver formas de incentivos fiscais à cultura.
Qual é a cultura que realmente merece? Quem é que realmente percebe do assunto? Como fazes essas avaliação? Quais os critérios para escolher os júris?

Não, não conheço nada de útil que essa fundação ofereça à sociedade e à cultura, sinceramente. Mas há algumas que oferecem, como Serralves. Não?

Também não. Quem é o patrono de Serralves?
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 2/9/2016 0:23

JohnyRobaz Escreveu:
lfhm83 Escreveu:Políticas para Portugal:

:arrow: Aumentar ao longo de um mandato as vagas de medicina para o dobro.

Mais um assunto delicado, mas isto é que me vai na alma.

Ora estando um partido no comunista no governo devia ter a noção que a Medicina é um curso reservado à "Aristocracia".
No entanto fiéis á sua hipocrisia nada fazem.

É informação pública que são os colégios privados quem mais coloca alunos em Medicina, com orgulho é a imagem de marca de muitos externatos as vagas de Medicina preenchidas anualmente. Até aqui tudo bem, o problema é que o ensino em externatos está limitado a quem tem dinheiro para o pagar e diga-se de passagem que não é para qualquer bolso.

Muitos alunos na ânsia de perseguirem o sonho têm de emigrar e estudar lá fora o que é no mínimo desconcertante dada a falta de médicos e a com a excelente capacidade de formação que existe em Portugal. Descer as médias 1 ou 2 valores em pouco ou nada afectava a qualidade dos profissionais e resolvia um dos grandes problemas do interior que é falta de oferta neste sector.


http://observador.pt/especiais/temos-me ... ou-a-mais/

algo que funciona felizmente bastante bem



OK falei sem dados sobre o assunto deu #"%%# :oops:

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Mas sinceramente a taxa de desemprego é 0 e continua a haver falta de médicos no interior, mas realmente fui pegar num assunto que mais valia estar calado até porque nem acho que seja um problema a nível de OE.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 1/9/2016 23:30

http://expresso.sapo.pt/dossies/diario/ ... -de-atraso

Pode ser apenas areia para os olhos, mas é uma das coisas que considero mais urgente para resolver no país. A Justiça. Vamos ver no que dá.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 1/9/2016 23:20

Ocioso Escreveu:Exacto, idealmente… Funciona relativamente bem nas ciências naturais, nas humanidades o programa da disciplina e o bias do professor exerce significativa influência no aluno. O teu professor de Filosofia falou-te de Karl Popper?


Admito que na escola não valorizei a filosofia como devia, mas só me lembro de Kant, Descartes, Aristóteles, Sócrates e pouco mais. Não vejo nenhuma tendência política. Mas basta ver o programa da disciplina e perceber se há alguma orientação política na matéria, o que sinceramente duvido. Em História admito que possa haver mas apenas essa do 25 de Abril e mesmo assim acho-a pouco relevante no que estamos a discutir. Foi a defesa da liberdade em vez da ditadura, é criticável? Não tive qualquer bias sobre os actuais partidos políticos, tu tiveste? Tens conhecimento de que haja?

Tenho acesso directo a professores de História e a oficiais que estiveram em África, todos já reformados, todos socialistas/comunistas. Tu podes iniciar a tua pesquisa com: "militares de carreira" e "milicianos".

Bom, há garantia que se tratam de verdades absolutas e que não há aí generalizações exageradas? Não se sabe...

Se não vendesse, deveria receber um subsídio?

Não. Não se trata de subsídio. Mas por exemplo, acho positivo que as câmaras municipais organizem eventos culturais. Acho positivo que haja bolsas de mérito na área da cultura e das artes.

E se o Estado, em vez de subsidiar, deixasse de taxar a cultura? Concordas com o IVA nos livros?
Ou seja, valorizar de igual forma as 50 Sombras de Grey e o Livro do Desassossego, em vez de valorizar a cultura que realmente merece de acordo com quem realmente percebe do assunto, como juris de bolsas de mérito? Não me parece... De qualquer forma acho que talvez possa haver formas de incentivos fiscais à cultura.

Sim, valha-nos o Berardo, homem de enorme generosidade… E a Fundação Soares, não?

Não, não conheço nada de útil que essa fundação ofereça à sociedade e à cultura, sinceramente. Mas há algumas que oferecem, como Serralves. Não?
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 1/9/2016 23:10

lfhm83 Escreveu:Políticas para Portugal:

:arrow: Aumentar ao longo de um mandato as vagas de medicina para o dobro.

Mais um assunto delicado, mas isto é que me vai na alma.

Ora estando um partido no comunista no governo devia ter a noção que a Medicina é um curso reservado à "Aristocracia".
No entanto fiéis á sua hipocrisia nada fazem.

É informação pública que são os colégios privados quem mais coloca alunos em Medicina, com orgulho é a imagem de marca de muitos externatos as vagas de Medicina preenchidas anualmente. Até aqui tudo bem, o problema é que o ensino em externatos está limitado a quem tem dinheiro para o pagar e diga-se de passagem que não é para qualquer bolso.

Muitos alunos na ânsia de perseguirem o sonho têm de emigrar e estudar lá fora o que é no mínimo desconcertante dada a falta de médicos e a com a excelente capacidade de formação que existe em Portugal. Descer as médias 1 ou 2 valores em pouco ou nada afectava a qualidade dos profissionais e resolvia um dos grandes problemas do interior que é falta de oferta neste sector.


http://observador.pt/especiais/temos-me ... ou-a-mais/

Acho que há aí uns toques comunistas de controlo de algo que funciona felizmente bastante bem, que é o curso de Medicina em Portugal, e que é bastante meritocrático. (Só para picar, vá :twisted: )
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 1/9/2016 22:32

Políticas para Portugal:

:arrow: Aumentar ao longo de um mandato as vagas de medicina para o dobro.

Mais um assunto delicado, mas isto é que me vai na alma.

Ora estando um partido no comunista no governo devia ter a noção que a Medicina é um curso reservado à "Aristocracia".
No entanto fiéis á sua hipocrisia nada fazem.

É informação pública que são os colégios privados quem mais coloca alunos em Medicina, com orgulho é a imagem de marca de muitos externatos as vagas de Medicina preenchidas anualmente. Até aqui tudo bem, o problema é que o ensino em externatos está limitado a quem tem dinheiro para o pagar e diga-se de passagem que não é para qualquer bolso.

Muitos alunos na ânsia de perseguirem o sonho têm de emigrar e estudar lá fora o que é no mínimo desconcertante dada a falta de médicos e a com a excelente capacidade de formação que existe em Portugal. Descer as médias 1 ou 2 valores em pouco ou nada afectava a qualidade dos profissionais e resolvia um dos grandes problemas do interior que é falta de oferta neste sector.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 1/9/2016 22:08

Apesar de sermos asfixiados com taxas sobre o trabalho como na Suécia, o retorno é infelizmente marginal...

Isto para quem tem dúvida que vivemos num país ultra socialista em termos de gestão de impostos.

Definition of Tax wedge

Tax wedge is defined as the ratio between the amount of taxes paid by an average single worker (a single person at 100% of average earnings) without children and the corresponding total labour cost for the employer. The average tax wedge measures the extent to which tax on labour income discourages employment. This indicator is measured in percentage of labour cost.


Quem o diz é a OCDE

Ocioso também sei encontrar gráficos interessantes :mrgreen:
Anexos
OCDE Work Taxes.jpg
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