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Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 9/3/2022 0:02

Combustíveis estão 27 a 55 cêntimos mais caros em Portugal do que em Espanha.
Gasóleos e gasolinas mais baratos do lado de lá da fronteira. A causa são os impostos. Diferenças chegam a ultrapassar meio euro por litro

A Galp cobra hoje mais 36,6 cêntimos em Portugal do que em Espanha por um litro de gasóleo simples; mais 51,4 cêntimos por um litro de gasóleo +; mais 36,9 cêntimos por um litro de gasolina 95; e mais 51,4 cêntimos por um litro de gasolina 98. O exemplo da gasolineira portuguesa é só um entre vários.

As companhias são as mesmas, os preços não. Galp, Repsol e BP são três das que têm ambas redes de abastecimento tanto em Portugal como em Espanha, mas os preços do lado de lá da fronteira são hoje muito diferentes. Por causa dos impostos.

https://cnnportugal.iol.pt/precos-combustiveis/gasolina/combustiveis-estao-27-a-55-centimos-mais-caros-em-portugal-do-que-em-espanha-veja-as-comparacoes/20220307/6226268d0cf21847f0afc370

A consciência e seriedade deste governo está bem demonstrada nesse artigo.
Acredito que muita gente ainda tenha "fé" neste governo mas acreditem, não há hipótese de seriedade ou consciência com esta gente.
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 8/3/2022 23:39

Marco Martins Escreveu:
Não sei se esta crítica do Marcelo será apenas para o Novo Banco ou se também considera o apoio a outros investimentos como a TAP e o TGV...
Espero bem que o governo seja consciente e sério sobre os tempos que aí vêm!!!
...

:lol: :lol: :lol: :lol: Podes esperar sentado... não é essa a natureza do kosta.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 8/3/2022 21:40

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/novo-banco-marcelo-diz-que-em-tempos-de-pandemia-e-de-guerra-dispensamos-obras-de-santa-engracia

Não sei se esta crítica do Marcelo será apenas para o Novo Banco ou se também considera o apoio a outros investimentos como a TAP e o TGV...
Espero bem que o governo seja consciente e sério sobre os tempos que aí vêm!!!

Não serão o fim do mundo, mas certamente é previsível haver uma cautela naquilo que se vai fazer e nas dificuldades que existirão para Portugal.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 7/3/2022 21:56

BearManBull Escreveu:Caramelo é ingrato ser racional em Portugal.

Mais depressa votam num cavalo do que num líder honesto, correcto e pragmático.
BearManBull, desde que sejas manhoso e consigas fazer crer que o aumento de 10 euritos de reforma "é melhor que nada" ainda que depois cobres 20 euros de impostos indiretos, não há politico honesto que consiga vingar neste pobre país :cry:
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 7/3/2022 21:17

Caramelo é ingrato ser racional em Portugal.

Mais depressa votam num cavalo do que num líder honesto, correcto e pragmático.
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 7/3/2022 20:55

Na segunda-feira teremos o maior aumento semanal de sempre no preço do gasóleo. Serão 14,5 cêntimos, 11,8 devido ao aumento do preço do petróleo e 2,7 cêntimos de impostos adicionais. Outros aumentos se poderão seguir e o governo já anunciou que iria aumentar o desconto autovoucher para compensar. Obviamente, haveria um método mais fácil para aliviar a carteira dos portugueses que seria simplesmente reduzir a carga fiscal sobre os combustíveis. Segunda-feira, a carga fiscal por litro de gasóleo deverá ficar próxima de 90 cêntimos, a maior de sempre, pelo que há muito espaço para diminuir (ainda não há muito tempo, 90 cêntimos era o preço por litro, incluindo impostos, matéria prima e margens).
Porque é que o governo então não diminui simplesmente os impostos sobre os combustíveis em vez de introduzir uma burocracia adicional?
Por dois motivos:

1. Primeiro, porque ao introduzir uma burocracia adicional, faz com que muitas pessoas não acedam ao desconto. Alguns porque não estão para se chatear, outros porque não percebem o mecanismo, e outros ainda porque têm parte do salário em despesas de combustível pelo que nem sequer podem aceder ao Autovoucher. É uma forma de discriminação de preços e não é muito diferente do que fazem algumas cadeias de hipermercados com os cartões de descontos que, para além de criarem lealdade à marca, permitem fazer descontos apenas a quem se preocupa mais com os preços (e por isso anda atento aos cupões) enquanto quem não se preocupa com isso acaba por pagar preços mais altos. Ao fazer esta discriminação de preços entre quem pode/quer/sabe aceder ao Autovoucher e quem não sabe, o governo poupa ali uns milhões de euros, ao mesmo tempo que agrada a quem pode, quer e sabe aceder aos descontos.

2. Segunda, uma razão política. Ao conceder créditos Autovoucher em vez de um desconto para todos nos impostos, o governo pode retirar créditos políticos destas "ofertas". O Autovoucher permite títulos como "governo dá mais 10 euros" ou "governo atribui bónus". é evidente que o governo não está a dar nada a ninguém. Pelo contrário: está-se a aproveitar do aumento da matéria prima para arrecadar mais em impostos do que antes. Mas a comunicação política funciona e dá maiorias absolutas.
Enquanto houver quem caia no logro, claro.

Carlos Guimarães Pinto
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Re: Políticas para Portugal

por cloubird » 7/3/2022 15:30

ainda vamos ter saudades do nosso amigo covid, pelo menso com esse tivemos o crude mais barato.

Mas enfim piadas à parte, a inflação vai ser um bicho fio com que vamos ter de viver.

mas achio piada ao discuros da van der laind sobre a dependencia da europa com os combustiveis da Russia.

Ela falou d eficeincia energatica, renovaveis, H2 , etc, etc...

Em suma perante um problema de agora fala de mediadas que demoram anos a implementar

A soluão vai ser, continar as is, comprando combustíveis à Russia, e tentar acelerada a transição energética, e eficient a entre outros, mas isto são coisa que demoram ano.

A tecnologia do H2, que é valida, mas demorar alguns anos a afinar.

Portanto, isto das sansoe aos combustiveis da Russia, é algo temporario.

alias eu pergunto essas medidas são sobre a Rússia, ou sobre Putim ?, são coisas diferentes.


Agora que a economia vai mudar isso vai, a Russia assim com a ucrânia eram o garante energético do bloco europeu, assim com alimentar, a ucrania celeira da Europa. Para já estamos todos cegos com as meidas fianceiras sobre a Russia, mas esquecemo-nos que numa economia de mercado uma ação tem uma reação.

como em física.

O problema é que em economia esse efeito de ração tende a punir mais

Quando se concluir que o efeito infação não era o tal fenômeno passageiro, mas sim permanente, e que as taxas de juro vão ter de subir, e com com isso os empréstimos a habitação , rating da divida publica, etc, etc... quero ver para onde vai a solidariedade.

PEnso que , e isto não quer dizer que concorde com o que seja, que Putim vai militar,memet tomar conta da ucrania, e vai lá colocar um gobverno controlado por Moscovo, e o ocidente vai dizer..ok, putim então com já não esta na ucrania, voltamos a permitir que nos vendas a energia e amlemntos.
e pronto, no passa nada.

A Rússia tem um palel essencial na Europa, devido à energia, e alimentos nomeadamente cereais. e os cerais é com o crude, mexe com tudo, carnes e derivado, etc, etc.

Até lá alguns cgovenros esfregam as mãos de contentamento com Putim, pois via impostos sobre os combustíveis vão encher os bolsos, assim co mo as petrolíferas, e os paises da OPEP, portanto esta açao de putim foi uma prenda muito bonita para muitos uma forma de compensar os prejuízo dos baixos valores do crude por causa do Covid.

Portanto ainda esta ´por provar que esta ação de putim não est´a ser o gaudio de muita gente.

E asim vai continuar, d´z jeito que este conflito dure pelo menos 1 anito, até que as economias comecem a morrer por causa destas ganancia. Um pouco com os parasitas, se chupam o sangue todo do hospedeiro, matam-no.

Portanto a quem este conflito interessa, e muitos que estão contra o putim no fundo numa igreja rezam para a guerr acabar, mas noutra igreja ao fundo , na mesma rua, rezam para que ela continua, para continuarem a encher os bolsos ou os cofre.

MAs claro, nos os patos, vamos amargar com estas medidas.

Só tenho pena daqueles destraçados dos ucranianos que não passam de peças de xadrez, no interesse d muitos inclusive que quem os pretende proteger.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Pata-Hari » 7/3/2022 13:05

Os preços dos alimentos também deverá disparar. Toda a produção de bens deverá ficar significativamente mais cara via preço dos combustíveis.

A china deverá beneficiar da queda do preço dos mesmos se mantiver relações com a Rússia como parece claramente pretender fazer.

Não parece bom, não...
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 7/3/2022 11:04

Hramos3 Escreveu:Não percebo muito disto, mas provavelmente enquanto o €€€ vai e vem folga o PIB... O contribuinte vem e paga o gasol, sobe o PIB... Vem o governo e devolve 20€, sobe o PIB..

Entretanto as empresas vão ter que refletir o aumento dos combustíveis no preços dos produtos e serviços. A inflação vai disparar. Os 20€ e mais algumas "esmolas" que o governo eventualmente der não vão ser suficientes para compensar a inflação, o poder de compra vai diminuir, empresas vão fechar portas e a economia vai-se ressentir ainda mais.
A inflação é inevitável seja qual for a opção mas talvez, diminuindo um pouco os impostos sobre os produtos petrolíferos fosse possivel mitigar mais as consequências.
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 7/3/2022 10:58

Zorza Escreveu:
BearManBull Escreveu:Portugal padece de muitos males dignos de uma ditadura.

Aliás estou certo que grande parte dos personagens políticos deste pais receberiam de braços abertos um regime como o russo e/ou chines.

A forma como agem é característica de um regime retro alimentado em que não existe o conceito de desburocratizar, liberalizar, tudo vai pelo caminho do aumentar o controlo, preservar interesses, concentrar os poderes.

Em Portugal mais depressa sai um Putin do que um Zelensky.


O que não há para entender? Ao dar assim em Vaucher, só 1 milhão e tal de portugueses aproveitam..
Se dessem directamente no imposto, tinham de dar muito mais..
A ideia é não é dar dinheiro.. é fazer de conta que se dá dinheiro.. Dá para abrir telejornais na mesma, mas a guita que sai dos cofres é bem menor.. :)

"The Kosta way".
Ás vezes parece que muita gente ainda não entendeu quem é o kosta e espera alguma coisa de diferente dele.
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Re: Políticas para Portugal

por Hramos3 » 7/3/2022 10:46

Não percebo muito disto, mas provavelmente enquanto o €€€ vai e vem folga o PIB... O contribuinte vem e paga o gasol, sobe o PIB... Vem o governo e devolve 20€, sobe o PIB..
 
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Re: Políticas para Portugal

por forza algarve » 7/3/2022 10:02

O petroleo hoje de madrugada ja abriu a disparar mais um 10%...com a alta inflação que chegou pra ficar agora as pessoas se darão conta do suicídio que foi a politica dos ultimos anos do governo portugues, de ir dando uma esmola cada ano ligada salario minimo, e quase congelar os salarios medios e penalizar os salarios maiores
 
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Re: Políticas para Portugal

por Zorza » 6/3/2022 20:16

BearManBull Escreveu:Portugal padece de muitos males dignos de uma ditadura.

Aliás estou certo que grande parte dos personagens políticos deste pais receberiam de braços abertos um regime como o russo e/ou chines.

A forma como agem é característica de um regime retro alimentado em que não existe o conceito de desburocratizar, liberalizar, tudo vai pelo caminho do aumentar o controlo, preservar interesses, concentrar os poderes.

Em Portugal mais depressa sai um Putin do que um Zelensky.


O que não há para entender? Ao dar assim em Vaucher, só 1 milhão e tal de portugueses aproveitam..
Se dessem directamente no imposto, tinham de dar muito mais..
A ideia é não é dar dinheiro.. é fazer de conta que se dá dinheiro.. Dá para abrir telejornais na mesma, mas a guita que sai dos cofres é bem menor.. :)
 
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 6/3/2022 19:50

NirSup Escreveu:Caro Caramelo,
Olha para a floresta e não para as árvores. Eu escrevi que essa era a regra geral.
Uma andorinha não faz a Primavera.
O Galamba tem razão.
By Nirvana

Eu sou mais de opinião contrária á tua.
Na minha opinião cada vez que este sujeito diz uma verdade cai-lhe um dente. E eu acho que ele ainda os têm todos...
Este sujeito é um verdadeiro artista tuga. Mete-se em tudo. Não percebe de nada. O objectivo é apenas um. Acho que não preciso dizer qual.
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Re: Políticas para Portugal

por NirSup » 5/3/2022 7:46

Caro Caramelo,
Olha para a floresta e não para as árvores. Eu escrevi que essa era a regra geral.
Uma andorinha não faz a Primavera.
O Galamba tem razão.
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Não há machado que corte a raiz ao pensamento. Não há morte para o vento. Não há morte.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 5/3/2022 2:13

Portugal padece de muitos males dignos de uma ditadura.

Aliás estou certo que grande parte dos personagens políticos deste pais receberiam de braços abertos um regime como o russo e/ou chines.

A forma como agem é característica de um regime retro alimentado em que não existe o conceito de desburocratizar, liberalizar, tudo vai pelo caminho do aumentar o controlo, preservar interesses, concentrar os poderes.

Em Portugal mais depressa sai um Putin do que um Zelensky.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 5/3/2022 1:51

O auto voucher vai aumentar de 5 para 20€!
Sinceramente não entendo a estupidez deste governo em insistir neste voucher que não é acessível a todos e apenas beneficia aqueles que pouco precisam andar de carro!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 4/3/2022 22:42

A receita fiscal proveniente dos impostos CSR e ISP é parcialmente consignada a entidades como contrapartida do financiamento de programas e estratégias nacionais. De acordo com indicação da DGO, as entidades que beneficiam de receitas gerais consignada dos impostos CSR e ISP são a empresa pública Infraestruturas de Portugal, S.A., o Fundo Florestal Permanente, o Fundo Ambiental e o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (I.P.) - IFAP.
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Re: Políticas para Portugal

por NirSup » 4/3/2022 22:07

O Galamba tem razão.
Os impostos cobrados sobre o consumo dos combustíveis são receitas que obedecem ao princípio da não consignação, isto é, não podem ser afetadas à cobertura de determinadas despesas, mas sim às despesas gerais (onde se inclui as escolas e a saúde). E esta é a regra geral.
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 4/3/2022 20:40

Este galamboide é uma sumidade :wall:

Questionado sobre um alívio do peso dos impostos sobre os combustíveis, que ronda os 60% do preço final, João Galamba apontou que "o Governo não se apropria dos impostos para si e dos impostos sobre os combustíveis" e que "eles existem para financiar importantes despesas de que beneficiam todos os portugueses", como, por exemplo, escolas e hospitais.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresa ... endadas_pb
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 4/3/2022 18:29

Será importante Portugal estar preparado para o que aí vem.
Esta indicação da UE é uma nota importante, porque certamente a UE não vai comprar tanta dívida (por motivos obvios) e estes países terão de se endividar fora da UE.
Ora ,com tanta incerteza na UE, certamente quem compra também vai evitar comprar tanto, principalmente a estes países!!!!

Ou seja, pelo que me parece este adiar da posse do governo foi um excelente contexto para o PS que certamente deverá rever o seu OE para 2022 (certamente culpando a guerra e todo o contexto geo-político embora Portugal até seja dos menos afectados na Europa... mas os outros é que terão sempre culpas)!!!

Mediante este cenário, vamos ver o que aí vem...
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 2/3/2022 21:11

Nas orientações orçamentais para 2023, em antecipação da entrega dos Programas de Estabilidade, a Comissão Europeia avisa os Estados-membros mais endividados de que é preciso começar a reduzir gradualmente a dívida pública e o défice orçamental no próximo ano, sem contar com os efeitos positivos dos fundos europeus.


https://www.msn.com/pt-pt/financas/noticias/comiss%C3%A3o-europeia-avisa-pa%C3%ADses-endividados-de-que-t%C3%AAm-de-baixar-d%C3%ADvida-e-d%C3%A9fice-em-2023/ar-AAUvzg6?ocid=entnewsntp

Ora ora!!! Quem diria!!!
Agora vamos ter o Costa a justificar que a nossa situação e as novas políticas serão todas por causa da guerra na Ucrânia e o povinho vai acreditar!!!

Agora o PS tem maioria e certamente irá continuar a cantar "...há mais vida para além do défice...".

Tal como já tinha referido, o governo andava a atirar areia para os olhos dos tugas, considerando os fundos europeus na descida da dívida...

Agora as coisas vão apertar para a europa e não duvído que tudo aperte dentro da europa, principalmente para aqueles que poderiam ter feito mais....
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 1/3/2022 12:20

PCP e BE de Setúbal votaram contra moção que condena invasão militar da Ucrânia pela Rússia?

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/pc ... 0eSTa5S2Ag
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 1/3/2022 12:03

Inúmeras vezes me fartei de alertar para o extremismo do PCP e sempre fui criticado por grande parte da comunidade do CdB. Aqui têm a prova. Que sirva de exemplo para o que é defender partidos/causas extremistas.

Aqui têm o que é o extremismo do PCP. Até a Visão se envergonha.



“O PCP age como se não tivesse caído o muro de Berlim”. Não condenar claramente a Rússia “vai levar a dissidências, mesmo que silenciosas”


Foi o único partido no Parlamento que não condenou frontalmente a invasão russa à Ucrânia. Os comunistas têm criticado as ações de Putin, mas deslocam a responsabilidade da guerra para a NATO, para a União Europeia ou para os norte-americanos. O antigo deputado Miguel Tiago foi mesmo ao Twitter do presidente ucraniano demarcar-se das palavras de solidariedade de Marcelo Rebelo de Sousa para com a Ucrânia. Não estamos em período eleitoral, mas a atitude do PCP não vai passar em branco, anteveem analistas políticos


Até agora, a invasão russa à Ucrânia foi responsabilidade da NATO, da União Europeia e dos Estados Unidos: é este o olhar comunista sobre o conflito no leste europeu. O PCP escolheu não se envolver demasiado e, na Assembleia da República, foi o único partido a não condenar o avanço das tropas separatistas pela Ucrânia; não participou em nenhuma das manifestação de apoio aos ucranianos, que têm estado a acontecer em Portugal, e um antigo deputado até o fez saber ao presidente da Ucrânia, via Twitter. A postura dos comunistas não é uma novidade: agiram de forma semelhante quanto ao pacto germano-soviético (1939), à invasão da Hungria (1956) e de Praga (1968). “Qualquer uma destas datas são tempos de negrume para as linhas oficiais dos comunistas”, diz o politólogo José Adelino Maltez, que prevê que, tal como aconteceu em 1968, a falta de clareza do partido perante “a defesa do principio da autodeterminação vá levar a dissidências, mesmo que sejam silenciosas”.

Antes da madrugada da última quinta-feira, 24, quando a Rússia entrou território ucraniano a dentro, o PCP defendia que não estava a ser preparada nenhuma invasão. O dirigente António Filipe chegou mesmo a ironizar na sua conta no Twitter que “Biden decidiu que a Rússia tem de invadir a Ucrânia quer queira quer não queira. Se não invadir a bem terá de invadir a mal” ou: “a guerra da Ucrânia não será uma recreação televisiva da Guerra dos Mundos do Orson Welles? Recriação, queria eu dizer”. Horas mais tarde, com as imagens dos tanques de guerra e das explosões a circular por todo o mundo, seria inevitável manter a mesma convicção, já a leitura que o partido fazia dessas imagens começou logo a destoar da dos restantes. A guerra resulta do “problema da utilização da NATO como instrumento desses objetivos e o problema da subordinação da União Europeia à política belicista dos Estados Unidos e da NATO”, argumentou o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, na primeira reação oficial, em que também defendeu ser preciso “travar a escalada de confrontação política, económica e militar”.

As declarações que se seguiram de outros dirigentes não destoaram: o vereador da Câmara de Lisboa João Ferreira atribuiu, no Twitter, a responsabilidade também à “estratégia de alargamento e confrontação da NATO/EUA”; e a deputada e membro do Comité Central Alma Rivera escrevia que as violações ao acordo de paz de Minsk já aconteciam há oito anos, não são de agora, acusando os média de fazerem “tábua rasa de bombardeamentos a estruturas civis no Donbass” anteriores. “Um dos problemas é que a nossa história não começa a contar a partir do momento em que se torna notícia”, acrescentou.


O secretário-geral do PCP usou as mesmas palavras para se referir à Guerra na Ucrânia, sublinhado, no entanto, que Putin “desfere um ataque à União Soviética e à notável solução que esta encontrou para a questão das nacionalidades e o respeito pelos povos e as suas culturas”. Segundo o professor universitário e investigador José Adelino Maltez, os comunistas também não estão a respeitar a autodeterminação da Ucrânia, quando não se posicionam claramente ao lado deste país. “Gostava de ter visto uma bandeira comunista na manifestação de ontem”, lamenta o politólogo. Confessa-se ainda “desgostoso” com a atitude do PCP, que não encontra paralelo noutros partidos comunistas na Europa – “na Bélgica, por exemplo, vemos bandeiras com foices e martelos nas ruas em defesa da Ucrânia”.

“Há quem queira ver a realidade e há quem queira ver filmes de ficção”, continua José Adelino Maltez, que refere que o partido está “embarcado numa propaganda que os faz ser aliados de regimes como o de Cuba, da Venezuela, da Síria. Utilizam uma terminologia de guerra híbrida para se manterem fiéis ao conceito de ódio à NATO e à União Europeia. E estão a equiparar isto à defesa de um povo”.

Não estamos em período eleitoral e, por isso, o professor não crê que esta posição vá prejudicar muito o partido nas urnas, daqui a dois ou três anos, mas José Adelino Maltez prevê alguma contestação interna. Recordando o exemplo da invasão à Checoslováquia pelos exércitos do Pacto de Varsóvia, que colocou um ponto final na Primavera de Praga, em 1968, virando o país para o comunismo. Morreram 72 pessoas e outras 700 ficaram feridas. Em Portugal, Álvaro Cunhal defendeu a invasão da então União Soviética, contrariamente ao que aconteceu com a maioria dos partidos comunistas da Europa, como o francês, o espanhol, o italiano, o austríaco. Cunhal não tomou esta decisão, sem resistêcia interna e teve até de se deslocar à Checoslováquia para acalmar os ânimos na célula comunista portuguesa, mas não evitou uma onda de desertores. “Dentro do partido houve resistência em aceitar a invasão soviética mas fomos sendo convencidos dos riscos que a revolução checoslovaca podia representar e venceu a doutrina Brejnev”, contava o histórico dissidente comunista Carlos Brito, ao DN, a propósito dos 50 anos da Primavera Árabe.

“O PCP não evoluiu, ao contrário de outros partidos comunistas”, considera José Palmeiras, professor de ciência política na Universidade do Minho. “Mantém a mesma ortodoxia: O PCP age como se não tivesse caído o muro de Berlim e com nostalgia da União Soviética”. O que lhe pode valer um desgaste “ainda maior” da sua imagem e “seria pior se ainda existisse Geringonça”, acrescenta o politólogo, que descreve a posição comunista perante a Guerra na Ucrânia como “embaraçosa”.

Esta segunda-feira, o antigo deputado do PCP Miguel Tiago fez questão de dar mais um passo no seu posicionamento em relação à Ucrânia e comentou uma publicação do presidente Volodymyr Zelensky, em que este agradecia o telefonema de apoio do Presidente da República português e os contributos de Portugal (que enviou armas e equipamento de proteção individual para a Ucrânia). “Não em meu nome”, quis esclarecer Miguel Tiago.

A relação do PCP com a Ucrânia
O posicionamento do PCP em relação à Ucrânia tem de ser contextualizado com os acontecimentos de 2014, quando a Crimeia foi invadida pela Rússia, e do ano seguinte, quando a lei da descomunização do País foi levada a cabo.

Há oito anos, a par do que já vinha acontecendo desde o início do século com a Revolução Laranja, o Partido Comunista Ucraniano (KPU) opôs-se aos episódios na Praça Maidan, que passaram pela luta da população para uma maior integração europeia e por protestos contra o presidente Viktor Yanukovych – próximo da Rússia. Isto foi em fevereiro de 2014, e nos meses seguintes o executivo que se seguiu decide perseguir o partido por alegada colaboração quer com a Rússia, quer com os separatistas russófonos do leste ucraniano.

Entre a ostracização dos 29 deputados do KPU no Parlamento até às eleições de outubro, que deixaram os comunistas de fora do hemiciclo, o PCP foi alertando para tais acontecimentos – basta observar os vários comunicados que a Soeiro Pereira Gomes emitiu na altura. Daí que, já em 2015, quando o Estado ucraniano decide “descomunizar” o País, mandando retirar todos os símbolos comunistas (ação para a qual contou com a colaboração de forças de extrema-direita) e impedir – até hoje – Petro Symonenko, secretário-geral do partido, de se candidatar, o PCP nunca mais viu Kyev com os mesmos olhos, nem mesmo agora, com os russos a invadiram aquele território. Ainda há duas semanas, os eurodeputados comunistas Sandra Pereira e João Pimenta votaram contra a prestação de assistência macrofinanceira à Ucrânia no valor de 1,2 milhões de euros (e os bloquista José Gusmão e Marisa Matias abstiveram-se).
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 23/2/2022 20:47

Masterchief Escreveu:
Marco Martins Escreveu:...
Tal como não faz sentido o vencimento mínimo aumentar e o patrão em vez de aumentar os trabalhadores mais antigos e experientes e que já ganhavam um pouco mais, resolve, dar-lhes o vencimento mínimo na mesma (nãoos aumenta proporcionalmente) e aos novos dá também o vencimento mínimo e ficam todos por igual independentemente da experiência!!!

Ou seja, o bom senso também deveria imperar na fiscalização que é feita.

É este o socialismo reinante na Tugalandia. E é isto que o povo quer. É isto que o povo gosta.
Portugal está como está por escolha da maioria. E não vai mudar.


O facto de pedir mais decencia no tratamento dos trabalhadores nada tem a ver com o socialismo, senão estavamos mal!!!
Por outro lado, esqueceu-se de ler a primeira parte:

E aqui voltamos ao mesmo... Portugal precisa de crescer pela dinâmica das empresas e não pela imposição de salários!
Embora aparentemente os salários sejam baixos, muita coisa poderia melhorar se as empresas fossem mais fiscalizadas e o oportunismo e exploração dos trabalhadores fosse mais fiscalizado!
 
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