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Caldeirão da Bolsa

BES - A LUTA

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:17

Boas,

COMISSÃO BES NÃO CONSEGUE NOTIFICAR JOAQUÍN ALMUNIA
Março 17th, 2015
Citamos

Económico

Fernando Negrão já tentou de tudo, mas ninguém parece saber onde anda o ex-comissário da Concorrência.

“Já tentámos de tudo. Não o conseguimos ainda notificar. Ninguém parece saber onde pára o senhor”. É desta forma que Fernando Negrão, o presidente da comissão parlamentar de inquérito ao caso BES, se refere a Joaquín Almunia. O ex-comissário europeu da Concorrência poderia ser muito útil para fazer luz sobre o processo de tomada de decisão de aplicar uma medida de resolução ao BES, que teve de passar pela luz verde da Comissão Europeia. No entanto, e ao contrário de outros responsáveis internacionais que receberam perguntas e deverão responder por escrito, no caso do espanhol Almunia nem sequer foi possível notificá-lo, para aferir se prefere comparecer na comissão ou responder por escrito, ou se pretende ficar em silêncio.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:16

Boas,

BES: LESADOS NA VENEZUELA RECLAMAM CENTENAS DE MILHÕES EM PERDAS
Março 16th, 2015
Citamos

Observador

Um grupo de lusodescendentes na Venezuela enviou uma carta ao governo português reclamando perdas no BES na ordem das centenas de milhões de euros e ameaçam retirar capitais dos bancos portugueses.

Em declarações à Agência Lusa, em Caracas, vários lesados do BES manifestaram a sua extrema preocupação com o que lhes aconteceu e prometem não descansar enquanto não obtiverem respostas, nomeadamente do Banco de Portugal.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:15

Boas,

SALGADO QUEIXOU-SE A PASSOS COELHO DA ATUAÇÃO DO BANCO DE PORTUGAL
Março 16th, 2015
Citamos

Observador

Nas respostas ao inquérito ao BES, o primeiro-ministro revela que Salgado lhe transmitiu apreensão e crítica pela forma como o Banco de Portugal estava atuar em relação ao banco e à sua gestão.

O primeiro-ministro confirma que teve duas reuniões com o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) no período de agravamento das dificuldades do banco, no primeiro semestre do ano passado. Passos Coelho revela que os temas tratados nos dois encontros foram distintos.

Na primeira reunião, a 7 de abril de 2014, Ricardo Salgado “transmitiu a sua apreensão pela forma como o BdP (Banco de Portugal) vinha exercendo as suas funções de supervisão no que respeitava ao BES e à sua equipa de gestão”. Nas respostas às perguntas da comissão parlamentar de inquérito aos atos de gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), Passos Coelho adianta que o então presidente do banco lhe mostrou uma carta dirigida ao governador Carlos Costa onde estavam condensadas “as suas observações críticas”.

O primeiro-ministro registou as opiniões de Salgado, mas assegura que elas “não conduziram a qualquer diligência” junto do Banco de Portugal.
Salgado pediu ajuda em maio. Passos disse que não era viável
Na segunda reunião, realizada a 14 de maio, Ricardo Salgado veio acompanhado de José Manuel Espírito Santo e de José Honório, tendo o encontro o objetivo de “sensibilizar e procurar o apoio do governo para um plano de financiamento” para responder ao desequilíbrio económico e financeiro da área não financeira do grupo.

A ideia geral, resume Passos, “parecia ser a de dar tempo ao GES para gerir melhor a sua carteira de ativos, para garantir uma valorização adequadas”, face às elevadas responsabilidades de curto prazo. O primeiro-ministro respondeu que o apoio do Estado nestas condições “não teria viabilidade”, alertando para o “elevado risco de disseminar pelo sistema financeiro” o problema.

Neste encontro, Passos realçou ainda “a prática impossibilidade”de a Comissão Europeia autorizar bancos como a Caixa e o BCP, que receberam fundos públicos, a concederem empréstimos tão elevados. Em causa estava um pedido de financiamento de 2,5 mil milhões de euros para a área não financeira do GES.

Sobre o memorando que Salgado lhe terá entregue com informação sobre o grupo, o primeiro-ministro explica que apenas lhe foi mostrada uma carta dirigida ao governador, e da qual não lhe foi dada cópia. Do que pode ler antes de devolver o documento a Salgado, a carta “explicitava os argumentos espelhando a apreensão do próprio quanto à forma como o BdP exercia os seus poderes de supervisão sobre o BES”.

Passos soube da resolução a 1 de agosto. Governo não teve interferência

O primeiro-ministro diz que só teve conhecimento da medida de resolução aplicada ao BES no dia 1 de agosto, ou seja, na sexta-feira em que a negociação das ações do banco foi suspensa, para nunca ser mais retomada. O Banco de Portugal só confirmou a resolução na noite de domingo, 3 de agosto. Segundo as respostas de Passos Coelho, o governo não teve “qualquer interferência na decisão de resolução do BES, porque essa decisão compete ao Banco de Portugal.”

Passos Coelho assegura que nunca discutiu o tema Banco Espírito Santo com a troika e que não teve nenhuma intervenção especial na solução encontrada, embora tenha acompanhado o tema articulação com a ministra das Finanças, com o vice-primeiro ministro Paulo Portas, que é ouvido amanhã na comissão, e com o governador Carlos Costa.

Numa longa lista de 55 perguntas, algumas repetidas, Pedro Passos Coelho não se lembra de quando soube exatamente das dificuldades financeiras do BES, mas “tem ideia” de que as primeiras notícias sobre as medidas do Banco de Portugal serão do último trimestre de 2013.

Empréstimo para capital do Novo Banco pode ser alargado

Questionado sobre as eventuais implicações de processos em tribunal contra a resolução, Pedro Passos Coelho responde que prefere não especular sobre ações judiciais cujos contornos desconhece. Revela que o prazo do empréstimo concedido pelo Estado ao Fundo de Resolução para capitalizar o Novo Banco, e que é de 3900 milhões de euros, “pode ser alargado mediante acordo entre as partes”.

O atual financiamento foi concedido com prazo limite de dois anos, a terminar em agosto de 2016, mas está já no terreno a venda do Novo Banco, cujo encaixe servirá para amortizar este empréstimo.

Notícia relacionada

Riccardi revelou a Passos incomodidade sobre a situação no BES/GES

O primeiro-ministro revela que teve “conversas informais” com José Maria Ricciardi. O presidente do BESI mostrou a sua “incomodidade” quanto a desenvolvimentos sobre a situação do BES e do GES.

O primeiro-ministro confirma que teve “várias conversas informais” com José Maria Ricciardi, em que o presidente do BESI (Banco Espírito Santo de Investimento) “exprimiu a sua incomodidade quanto aos desenvolvimentos sobre a situação do BES (Banco Espírito Santo) e do GES (Grupo Espírito Santo)”.

Nas respostas à comissão parlamentar de inquérito aos atos de gestão do BES e do GES, Pedro Passos Coelho não detalha as datas destes encontros com Ricciardi, acrescenta apenas que acontecerem quando esses desenvolvimentos sobre o BES/GES já eram do conhecimento público. O primeiro-ministro conclui: “Apenas fiquei ciente do incómodo que os factos, de resto públicos, que marcaram os desenvolvimentos do BES e do GES, deixaram junto do Dr. José Maria Ricciardi”. O presidente do BESI já revelou publicamente a sua amizade com Pedro Passos Coelho,

Estas conversas não tiveram uma “abordagem especifica” no sentido de suscitar alguma ação ou opinião do governo, assegura o primeiro-ministro, numa alusão a notícias que davam conta de um eventual envolvimento do governo na luta pela sucessão no BES.

Em novembro de 2013, veio a público uma tentativa de José Maria Ricciardi de afastar Ricardo Salgado da liderança do grupo numa célebre reunião do conselho superior do GES que acabou por manter a confiança no então presidente do BES.

Noticia relacionada

Passos falou com governo de Angola dois dias antes de governo decidir resolução

Primeiro-ministro conversou com o vice-presidente angolano sobre empréstimo do BES à filial angolana. Manuel Vicente disse que não seria possível uma solução a curto prazo para estabilizar BES.

O primeiro-ministro português discutiu o empréstimo do BES ao BESA (Banco Espírito Santo Angola) com o vice-presidente de Angola dois dias antes da decisão de aplicar uma medida de resolução ao banco português. Em resposta às perguntas da comissão parlamentar de inquérito ao BES/GES, Pedro Passos Coelho revela que trocou impressões com o vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, no final de julho do ano passado, pedindo uma “clarificação quanto ao financiamento anteriormente disponibilizado pelo BES ao BESA”. Manuel Vicente explicou que, do que era do seu conhecimento, não seria possível às autoridades angolanas encontrar uma solução “no curtíssimo prazo em poderia ser relevante para a estabilização do BES”.

O tema estava a ser tratado entre os bancos centrais dos dois países, designadamente no que toca à garantia soberana concedida por Luanda ao BESA, e que protegia do BES do risco de incumprimento na operação em Angola.

Passos refere uma conversa tida a 30 de julho, dois dias antes decisão de aplicar uma medida de resolução e na data em que foram conhecidos os resultados semestrais do BES que precipitaram a intervenção. Luanda retirou a garantia de Estado depois da resolução e o capital do Novo Banco teve de refletir uma parte substancial das perdas decorrentes deste desfecho. O Banco de Angola avançou entretanto com uma intervenção no BESA que levou ao reconhecimento da perda de 80% do empréstimo concedido a esta participada no BES, da ordem dos 3,3 mil milhões de euros.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:14

Boas,

ACORDO NOVO BANCO NÃO CONVENCE CLIENTES LESADOS PELO BES
Março 16th, 2015
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Notícias ao Minuto

O Novo Banco enviou cartas aos clientes que compraram papel comercial do GES aos balcões do BES, referindo que têm de reclamar créditos às empresas do grupo sediadas no Luxemburgo.

Os clientes lesados pelo Banco Espírito Santo recusam assinar a proposta do Novo Banco, por não ir de encontro às reivindicações pedidas, informa a TSF.

Nos últimos dias, o Novo Banco enviou cartas aos clientes que compraram papel comercial do GES aos balcões do BES, indicando que têm até ao final do mês para reclamar créditos às empresas do grupo sediadas no Luxemburgo.

Mas a Associação de Lesados e Indignados de Papel Comercial recomenda que não se assine nada. Jorge Pires informa que este acordo não deve ser assinado porque nada tem a ver com o Luxemburgo.

“É uma reclamação de créditos no Luxemburgo, e nós não temos a ver com o Luxemburgo, as nossas poupanças foram feitas no BES, agora o Novo Banco, é este que tem que nos reembolsar”, afirma.

Jorge Pires acredita ainda que aceitar esta proposta iria fragilizar a posição negocial “porque o Novo Banco declinaria qualquer responsabilidade”.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:13

Boas,

NOVO BANCO ENVIA CARTA A LESADOS DO BES
Março 17th, 2015
Citamos

Jornal de Notícias

OS CLIENTES que compraram papel comercial do GES aos balões do BES estão a receber cartas do Novo Banco, a indicar que terão de reclamar até 31 de março os créditos à ESI, Rioforte, ESFG e Esfíl. A Associação de Lesados e Indignados do Papel Comercial avisa para não se assinatura nada, por entender que tem de reembolsar é o Novo Banco.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:12

Boas,

HORTA OSÓRIO: BANCO DE PORTUGAL TEM QUE DIZER RAPIDAMENTE COMO RESOLVER O PROBLEMA DO PAPEL COMERCIAL
MARÇO 17TH, 2015
Citamos

Observador

Horta Osório diz que Carlos Costa deve desbloquear o maior problema do Novo Banco.Do BES/PT tira uma lição: “Centros de decisão são maneira airosa de alguns ganharem muito dinheiro à conta de muitos”.

Amigo de Stock da Cunha, que teve ao seu lado no Lloyds até agosto passado, António Horta Osório faz-lhe um rasgado elogio ao trabalho feito no Novo Banco. E abre-lhe caminho, na resolução de um problema que continua por resolver: “A função dele é relançar o banco comercialmente – o que já fez -, mas também resolver os inúmeros problemas que herdou”, como o dos depositantes que compararam dívida do Grupo Espírito Santo ao balcão do BES. “Já resolveu 80% do problema”, diz o banqueiro, deixando um claro desafio ao governador Carlos costa:

“É muito importante que o Banco de Portugal diga rapidamente como o Novo Banco pode resolver isto. É uma questão de boa-fé no instituto bancário. Para além disso foi criada uma reserva para resolver este problema, foram criadas expectativas pelo regulador às pessoas de que o problema seria resolvido. Pelo que eu acho que seria muito grave se o Banco de Portugal não permitisse rapidamente à administração do Novo Banco resolver esta questão.”

A terceira missão da equipa ao comando do Novo Banco é o da venda. Melhor dizendo, o de “minimizar a perda” – que Horta Osório dá por natural. “O Novo Banco perdeu a marca, perdeu a confiança (que agora está a recuperar), obviamente que vai haver uma perda, a missão dele é a de minimizar essa perda”.

Neste capítulo, o mais longe que vai é de desejar que haja “concorrência”, ou seja, vários candidatos. “Penso que existirão haver candidatos fortes, nomeadamente chineses. Há bancos grandes em Portugal (não os maiores) que podem estar interessados, há o BPI – que vamos ver como se desenvolve”. O objetivo de minimizar as perdas tem outro implícito: só assim se reduz também “a perda para os contribuintes – na medida em que a perda será para os bancos, mas o maior é a CGD, que é um banco público”.

Não havia alternativa à resolução

Falando-se na crise do GES, é obrigatório falar também da medida de resolução que foi aplicada ao BES pelo Banco de Portugal e pelo Governo. Nesta entrevista ao Observador, o banqueiro explica por que não via outra saída – e sobretudo por que razão não era igual fazer uma recapitalização do BES na mesma medida que aconteceu com outros bancos, no tempo da troika.

“Eu penso que não havia alternativa (à resolução) e veria muito mal os contribuintes terem que pagar com os seus impostos para uma solução de fraude – que não tem nada a ver com as ajudas para a capitalização da banca portuguesa.”

A fraude de que fala refere-se sobretudo ao que aconteceu nas últimas semanas/meses de atividade do BES. “Estou a falar dos 1.500 milhões de euros que desapareceram com obrigações colocadas, que levaram a que tivessem de ser recompradas depois”, por exemplo, diz o banqueiro. Foi isso que mudou a intervenção que estava pensada – uma recapitalização com capitais privados.

“Foi uma infelicidade”, diz Horta Osório, colocando aspas na expressão. “Mas essa infelicidade tem culpados. Há um inquérito parlamentar a correr. Espero que este problema seja rapidamente apurado nos tribunais e também nos reguladores. Há enormes responsabilidades e terá que haver culpados. Para bem do respeito que as elites deviam merecer.

Quanto à PT…
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:10

Boas,


DEPOIS DA LÍBIA, BES "MAU" PRESTES A VENDER BANCO DE MIAMI
17 Março 2015, 13:00 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

Os venezuelanos da família Benacerraf estão dispostos a pagar 10 milhões pelo Espírito Santo Bank, a unidade de Miami do BES. Processo está em fase adiantada, diz o presidente Luís Máximo dos Santos.
Depois dos 3,9 milhões de euros recebidos com a venda do banco que tinha na Líbia, poderão estar a chegar ao Banco Espírito Santo 10 milhões pela alienação da sucursal de Miami.

De acordo com o Wall Street Journal, o Espírito Santo Bank deverá abandonar a esfera do BES - a entidade que ficou com os activos e passivos considerados problemáticos do antigo Banco Espírito Santo - para ir para mãos venezuelanas.

"Por agora posso apenas confirmar que, na sequência de um processo competitivo tendente à venda do ES Bank de Miami, iniciado há já vários meses, estão em fase adiantada negociações com o Grupo Benacerraf para esse efeito", avançou ao Negócios o presidente do BES em resposta por e-mail, depois de contactado devido à notícia do Wall Street Journal.

O jornal refere que a família Benacerraf, há várias gerações com presença no sector financeiro venezuelano, vai pagar 10 milhões de euros e injectar outros 15 milhões naquela sucursal, de forma a estabilizá-la financeiramente. Máximo dos Santos não comenta nem confirma o preço.

O presidente do BES adianta, contudo, que houve um processo competitivo, o que vai de encontro ao que relata a publicação: houve uma oferta concorrente, o que atrasou a venda desta sucursal, que estava disponível para ser alienada desde Agosto de 2014.

Nessa altura, o BES anunciou a contratação da FIG Partners como "consultora financeira no âmbito da avaliação e estruturação de potencial transacção para alienação, fusão ou reorganização" do banco da Florida.

O Espírito Santo Bank (Miami) foi uma das unidades que transitou para o BES "mau" – um nome, aliás, que Máximo dos Santos rejeita ("é uma questão de respeito pelas pessoas que aceitaram trabalhar aqui, numa missão difícil, e que estão a trabalhar bem"). Mas o banco da Florida esteve em risco de perder a licença.

"Foi preciso manter contactos intensos com as autoridades reguladoras nos Estados Unidos para as convencer de que iríamos manter o banco de Miami em actividade e que não haveria uma liquidação precipitada, ou podiam retirar-nos a licença bancária", disse Máximo dos Santos numa entrevista à revista Sábado.

Várias autoridades norte-americanas colocaram o Espírito Santo Bank sob olhar atento devido às ligações ao banco do Grupo Espírito Santo no Panamá. São elas o regulador do mercado de capitais (SEC), o organismo do Senado que assegura a confiança no mercado financeiro (FDIC), o regulador da banca da Florida e ainda uma organização de auto-regulação de Wall Street.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:09

Boas,


MORAIS PIRES DESMENTE HENRIQUE GRANADEIRO
17 Março 2015, 14:14 por Sara Antunes | saraantunes@negocios.pt, Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Amílcar Morais Pires desmente que tenha apresentado qualquer proposta à Portugal Telecom de investimento em papel comercial da Rioforte, tal como afirmado por Henrique Granadeiro. E vai mais longe. O investimento foi feito no âmbito de uma "combinação" entre Granadeiro e Salgado.
Amílcar Morais Pires enviou uma carta ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão do BES e do GES onde refuta algumas afirmações proferidas por Henrique Granadeiro.

Henrique Granadeiro afirmou, no dia em que esteve no Parlamento (4 de Março) que Morais Pires apresentou à Portugal Telecom uma proposta de investimento em papel comercial da Rioforte. Amílcar Morais Pires desmente esta informação numa carta enviada ao presidente da CPI, Fernando Negrão.

Esta informação "não é verdadeira, uma vez que o que existiu não foi uma proposta seguida de uma aceitação, mas sim uma combinação. E essa combinação foi feita entre o Dr. Ricardo Salgado e o Dr. Henrique Granadeiro", afirma Morais Pires na carta, datada de 13 de Março, a que o Negócios teve acesso.

Morais Pires, ex-administrador financeiro do BES, desmente também que tivesse omitido qualquer informação sobre a situação financeira da Rioforte, até porque "não conhecia, nem era suposto conhecer" as informações em causa.

Henrique Granadeiro afirmou, a 4 de Março, que Morais Pires era, responsável pela gestão da geração de caixa (dinheiro gerado) da Rioforte. O ex-presidente da PT garantiu que essa foi a informação a ele transmitida pelos responsáveis da Rioforte. "Informaram-me taxativamente que o ‘cash polling’ era gerido pelo CFO do BES". Algo desmentido agora por Morais Pires.

Com base neste contexto, Henrique Granadeiro acusou Morais Pires de ter omitido "deliberadamente" informação sobre a situação da Rioforte. "Por esta razão, o CFO do BES teria todos os conhecimentos necessários", atirou Granadeiro na sua intervenção inicial. "Tinha dever reforçado de saber a informação que foi deliberadamente omitida."

Morais Pires diz que "não era nem nunca foi ‘responsável pelo cash polling da Rioforte’, contrariamente ao que faltando à verdade foi afirmado pelo sr. Henrique Granadeiro (sendo mesmo de pôr em causa que alguém lhe possa ter afirmado tamanha falsidade)", sublinha.

E adianta que "não conhecia, nem era suposto conhecer, tais informações sobre debilidades económico-financeiras da Rioforte. E porque as ignorava, obviamente não as omitiu. E muito menos deliberadamente", conclui Morais Pires na carta enviada na semana passada.

Recorde-se que a PT investiu vários milhares de milhões de euros em empresas do Grupo Espírito Santo (GES), não tendo conseguido ser reembolsada em quase 900 milhões de euros.

Na comissão de inquérito, Henrique Granadeiro assumiu a culpa por 200 milhões de euros investidos em papel comercial da Rioforte, mas rejeita a responsabilidade pelos restantes 697 milhões.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:08

Boas,

PRESIDENTE DA EUROFIN CITA ARTIGO SOBRE ESPIONAGEM INDUSTRIAL PARA NÃO RESPONDER A INQUÉRITO AO BES
17 Março 2015, 13:42 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

Alexandre Cadosch escuda-se no código criminal suíço para não prestar esclarecimentos sobre a Eurofin, veículo com fortes ligações ao GES e que teve um forte peso nas operações que intensificaram os prejuízos históricos do BES no primeiro semestre de 2014.
O presidente da Eurofin recusa-se a responder a qualquer das dezenas de perguntas feitas pelos deputados do inquérito parlamentar à gestão do BES e do GES. Isso mesmo foi dito numa carta com apenas uma página enviada ao presidente da comissão, Fernando Negrão.

"Estou à disposição de qualquer autoridade competente para responder as perguntas dentro do enquadramento legal aplicável. Contudo, não estou em posição de fornecer qualquer informação directamente à comissão parlamentar de inquérito ao BES devido às restrições do código criminal suíço", diz a resposta de Cadosch, enviada a 13 de Março.

A Eurofin teve um papel central no esquema de recompra de obrigações, com perdas, por parte do Banco Espírito Santo e que serviu para se registarem mais-valias noutras entidades que não se conseguiram ainda identificar. A questão sobre quem foi financiado com este esquema que causou perdas de 800 milhões (que contribuíram para os 3.577 milhões registados em Junho de 2014) fica, assim, sem resposta.

Alexandre Cadosch citou dois artigos do Código Criminal Suíço e um da legislação de protecção de dados para não avançar com as respostas. Os dois primeiros artigos evidenciados apontam para sentenças judiciais que pode ser alvo "qualquer pessoa que desempenhe actividades em nome de um Estado estrangeiro no território suíço sem autorização legal, quando tais actividades são da responsabilidade de uma autoridade pública" (271º) ou qualquer pessoa que pratique "espionagem industrial" por ter tido acesso a algum segredo comercial que transmita a uma agência pública externa ou estrangeira (273º).

"Consequentemente, confirmo que não posso responder às questões em anexo ao seu e-mail", conclui Cadosch nas respostas.

Em reuniões do conselho superior, a Eurofin foi identificada como tendo dado "um jeitão" ao Grupo Espírito Santo. Cadosch foi quadro de uma sociedade grupo desde 1990, tendo depois optado por montar a sua própria entidade, a Eurofin. Os deputados queriam saber se essa empresa foi constituída com dinheiros financiados pelo BES. A actividade da Eurofin também causa algumas dúvidas, já que os deputados queriam saber quais eram os serviços por si prestados, nomeadamente se era um veículo de financiamento para o BES ou para o Grupo Espírito Santo. Também a ligação da Eurofin à ES Enterprises, que os investigados do Ministério Público consideram poder ser um saco azul, era questionada.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:06

Boas,

PASSOS GARANTIU ESTABILIDADE DO BES COM BASE EM PALAVRAS DO GOVERNADOR
17 Março 2015, 11:26 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

"A informação de que o Governo dispunha era a que lhe era fornecida pelo supervisor", defende o primeiro-ministro. Era só com essas informações que Passos Coelho falava sobre o BES poucas semanas antes da queda do banco.
Tal como o Presidente da República, também o primeiro-ministro garantiu a estabilidade do Banco Espírito Santo poucas semanas antes da sua derrocada. E, tal como o Presidente da República, também o primeiro-ministro assegura que o fez com base nas informações transmitidas pelo Banco de Portugal.

"A informação de que o Governo dispunha era a que lhe era fornecida pelo supervisor e, nesse sentido, o que foi comunicado é que as medidas de ‘ring-fencing’ permitiriam uma separação efectiva da área financeira relativamente à área não financeira", indicou Pedro Passos Coelho nas respostas aos deputados da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES que chegaram, por escrito, esta segunda-feira, 16 de Março.

O "ring-fencing" foi a instrução dada pelo Banco de Portugal para separar totalmente o ramo financeiro do Grupo Espírito Santo, nomeadamente o BES, da área não financeira e as sociedades de topo, como a Rioforte e a ESI. Isto porque o banco tinha uma elevada exposição aos negócios não financeiros e a essas "holdings". E várias autoridades nacionais, como Passos Coelho, foram dando publicamente a garantia de que o banco conseguiria suportar eventuais falências no GES. O líder do Executivo disse por exemplo, a 11 de Julho, que "uma coisa são os negócios que a família Espírito Santo tem e outra coisa é o banco".

"À data de 11 de Julho, o Banco de Portugal transmitiu publicamente que, tendo em conta a informação reportada pelo BES e pelo seu auditor externo (KPMG), o banco detinha um montante de fundos próprios suficientes para acomodar eventuais impactos negativos decorrentes da exposição assumida perante o ramo não financeira do GES sem pôr em causa o cumprimento dos rácios mínimos em vigor", acrescenta ainda o responsável.

Certo é que tudo o que Passos Coelho dizia era com base nas palavras de Carlos Costa: "No plano da afirmação pública traduzi, sempre em consonância com a informação prestada pelo senhor governador do Banco de Portugal, quer à senhora ministra de Estado e das Finanças, quer a mim próprio, a confiança quanto à situação do BES, sublinhando a diferença entre o BES e o GES".

Entretanto, a dependência do GES face ao BES foi sendo maior através de várias medidas empreendidas pela gestão do banco que acabaram por conduzir aos prejuízos históricos de 3.577 milhões de euros no primeiro semestre de 2014 que precipitaram a resolução, a 3 de Agosto.

Sobre a resolução, Passos Coelho passou, também, a responsabilidade para o regulador do sector financeiro, reiterando que foi o Banco de Portugal que decidiu aplicar uma medida de resolução do Banco Espírito Santo.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:05

Boas,


PORTAS NÃO GARANTIU ESTABILIDADE DO BES POR TER "NOÇÃO" DO QUE PODIA ACONTECER
17 Março 2015, 16:11 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
"Precisamente por ter a noção da dimensão que o problema podia ter" é que, ao contrário de colegas do Executivo, Paulo Portas não se pronunciou sobre a situação do BES.
Ao contrário de Pedro Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque e o próprio Cavaco Silva, o vice-primeiro-ministro garante que nunca fez declarações sobre a situação do Banco Espírito Santo nos últimos meses antes da sua queda.

"Não me ouviu fazer declarações sobre a situação do BES ao longo do tempo em que os problemas foram sendo revelados", garantiu Paulo Portas na audição desta terça-feira, 17 de Março, da comissão parlamentar de inquérito à gestão do banco.

Aos deputados, o vice-primeiro-ministro garantiu que não fez afirmações a falar sobre o BES e a sua estabilidade "precisamente por ter a noção da dimensão que o problema podia ter".

Já os seus colegas de Governo (tanto o primeiro-ministro como a ministra das Finanças) fizeram declarações sobre o BES semanas antes da resolução, determinada a 3 de Agosto, garantindo que a exposição ao ramo não financeiro do GES não iria danificar a solidez do banco. Tanto Passos Coelho como Maria Luís Albuquerque dizem que o que transmitiram aos portugueses foi sempre com base nas informações do Banco de Portugal.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:04

Boas,


"O BANCO QUE NÃO PRECISAVA DE CAPITAL PÚBLICO ESTOIROU E A TROIKA NÃO PERCEBEU"
17 Março 2015, 10:10 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt, Pedro Elias - Fotografia | pedroelias@negocios.pt

O presidente do BPI foi ao Parlamento fazer duras críticas ao Banco Central Europeu e à troika. Depois de 14 planos de capital e reuniões trimestrais durante três anos, "a troika não percebeu nada". Mas ainda assim, o BCE, ao cortar a liquidez ao BES, foi muito "violento para um banco relevante do país maravilha para os programas da troika".
"Causa alguma perplexidade porque é que o BCE terá sido tão violento com o BES e anda com os bancos gregos ao colo", questionou Fernando Ulrich, referindo-se ao facto de o Banco Central Europeu ter cortado o acesso do BES a liquidez, ditando a resolução do banco.

"A mim faz-me confusão como foi possível um tratamento tão violento para um banco relevante do país maravilha para os programas da troika. Isto vindo da troika, que não percebeu nada do que se passava no BES em três anos, período em que os bancos fizeram 14 planos de capital e tiveram reuniões trimestrais com a troika", explicou o presidente do BPI esta terça-feira, 17 de Março, na Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão do BES e do GES.

"O banco que não precisava de capital público estoirou e a troika não percebeu", ironizou Ulrich.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:03

Boas,


“VÁRIAS OPERAÇÕES” DE CRÉDITO DO BES AO BESA FORAM DECIDIDAS “APENAS POR UM ADMINISTRADOR”
17 Março 2015, 16:50 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt, Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

“Apenas um administrador” do BES decidiu “várias operações” de crédito do BES ao BESA, conclui o segundo bloco da auditoria forense à instituição então liderada por Ricardo Salgado. Esta é apenas uma das diversas “violações de normativos internos” identificadas na análise realizada pela Deloitte.
"Verificou-se a aprovação de várias operações de crédito (mercado monetário interbancário e descoberto bancário) do BESA junto do BES por apenas um membro permanente (i.e., um administrador) do CDFC [conselho diário e financeiro de crédito], contrariamente ao normativo", revela o segundo bloco da auditoria forense pedida pelo Banco de Portugal, a cujo sumário executivo o Negócios teve acesso.

De acordo o segundo bloco da auditoria realizada pela Deloitte, as regras do BES previam "a obrigatoriedade de operações de montante superior a 1,75 milhões de euros aprovadas em CDFC [conselho diário e financeiro de crédito] serem ratificadas em comissão executiva". No entanto, foram "identificadas operações em que tal não ocorreu".

Estes foram apenas dois dos vários incumprimentos identificados na relação entre o BES e a sua subsidiária BES Angola, sobretudo no facto de a casa-mãe ter chegado a ter créditos de mais de 3.000 milhões de euros ao seu banco angolano.

"Não obtivemos evidência de ter sido efectuada qualquer análise específica de risco da operação", denuncia a Deloitte.

Além disso, o sumário executivo diz que "não obteve evidência de que o BES tenha reunido os suportes que comprovasse que o empréstimo do BES ao BESA efectuado em 2008 para financiar a aquisição pelo BESA da totalidade de uma emissão de Obrigações do Tesouro Angolano no montante de 1.500 milhões de dólares americanos foi usado para esse propósito".
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:01

Boas,

FERNANDO ULRICH: "NÃO É POSSÍVEL EXCLUIR O GOVERNO" DA DECISÃO DE RESOLUÇÃO AO BES
17 Março 2015, 13:31 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt, Pedro Elias - Fotografia | pedroelias@negocios.pt

"Não consigo aceitar que isto foi feito à margem do governo e que foi tudo decidido pelo Banco de Portugal. Não é possível excluir o Governo desta situação", afirmou Fernando Ulrich. "Eu votei Passos Coelho e provavelmente voto outra vez. Mas não concordo".
O presidente do BPI recusa a ideia de que o Governo não teve intervenção na resolução do BES, como disse o primeiro-ministro nas respostas à comissão de inquérito. "Não consigo aceitar que isto aconteceu ao lado do governo e que foi tudo decidido pelo Banco de Portugal. Não é possível excluir o Governo desta situação", defendeu Fernando Ulrich perante os deputados.

"Eu votei Passos Coelho e provavelmente voto outra vez. Mas não concordo com a visão de que isto está totalmente ao lado do governo", insistiu.

"Não estou disponível para dizer que a culpa é toda do Banco de Portugal. Não me revejo nisso. Aquilo que vivi, tudo somado, pela minha visão holística desta situação, não é possível excluir o governo desta situação", defendeu.

Para Fernando Ulrich nem faria sentido que um governo, que tinha um programa acordado com a troika que previa um plano para a banca, se alheasse desta decisão. "Não consigo aceitar que um governo e um Ministério das Finanças se isolem e desinteressem de um problema num banco. As responsabilidades são mais vastas" do que as do Banco de Portugal, sublinhou.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão do BES e do GES, Fernando Ulrich criticou a solução encontrada para resolver o problema do BES e disse que teria preferido uma uma intervenção semelhante à adoptada nos bancos do Chipre, em que os grandes depositantes tiveram perdas.

"Recuso em absoluto a ideia de que a resolução era a única solução [para o BES] e sobretudo pela forma como que foi feita", afirmou Fernando Ulrich, acrescentando que esta solução foi uma forma de "jogar a roleta com a estabilidade do sistema financeiro", já que as perdas decorrentes da venda do banco de transição irão ser assumidas pelos bancos.

O presidente do BPI receia o impacto de eventuais perdas com a venda do banco que herdou os activos saudáveis do BES. "Se a venda do Novo Banco não tiver perdas, será um grande sucesso. Senão, será um grande problema. Isso será risco sistémico provocado pelas autoridades", avisou o banqueiro.

O banqueiro não tem dúvidas de que a resolução do BES " foi uma solução imposta pelo governo", apesar de esclarecer que não pode confirmar que assim tenha sido.

"A resolução atirou as perdas para cima dos accionistas e obrigacionistas subordinados do BES. Mas também dos accionistas dos bancos concorrentes. Não tinha que ser assim em tão larga escala", lamentou.

Ulrich deixou claro que discorda desta solução. "Não concordo com a solução tal como foi desenhada. Não concordo que se esteja a proteger os bancos do risco sistémico".
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 18:00

Boas,


DINHEIRO DO BESA FOI TRANSFERIDO PARA SOCIEDADES DE “RESPONSÁVEIS DO BES E DO BESA”
17 Março 2015, 16:30 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt, Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Da conta que o BES Angola tinha no BES saiu dinheiro para "entidades mencionadas nos meios de comunicação social como tendo ligação a responsáveis do BES e/ou do BESA", conclui a segunda parte da auditoria forense que o Banco de Portugal pediu ao banco, a que o Negócios teve acesso.
Houve "entidades mencionadas nos meios de comunicação social como tendo ligação a responsáveis do BES e/ou do BESA" que receberam fundos com origem na conta que o BES Angola tinha no BES, e que chegou a ter um descoberto bancário superior a 3.000 milhões de euros, conclui a segunda parte da auditoria forense ao BES pedida pelo Banco de Portugal, a cujo sumário executivo o Negócios teve acesso.

O documento não faz qualquer referência à identidade dos responsáveis do BES e do BESA cujas sociedades terão recebido esses fundos. De acordo com informações já referidas na imprensa, terá havido transferências de dinheiro para a Savoices, sociedade "offshore" de Ricardo Salgado, e para a NewBrook, entidade "offshore" de Álvaro Sobrinho.

Segundo o sumário executivo do segundo bloco da auditoria realizada pela Deloitte, houve ainda transferências da conta do BESA no BES para "para entidades relacionadas com o BES", cuja identidade também não é identificada.

O documento refere que estas transferências decorreram entre 1 de Janeiro de 2009 e 30 de Junho de 2014.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 17/3/2015 17:59

Boas,

Notícia Expresso
AUDITORIA FORENSE FALA DE GESTÃO RUINOSA TAMBÉM NO BES ANGOLA
Auditoria forense às operações angolanas do Banco Espírito Santo listam mais de trinta irregularidades. O dinheiro circulava de Lisboa para Luanda sem controlo; em Luanda os créditos eram concedidos de modo discricionário. E há dinheiro a circular para empresas detidas pelos próprios administradores.

Pedro Santos Guerreiro e Filipe Santos Costa |
16:22 Terça feira, 17 de março de 2015 Última atualização há 6 minutos
"Na ausência de um racional económico que legitimamente justifique o aumento da exposição do BES ao BESA, este poderá ainda ser configurável como um potencial acto de gestão ruinosa pelo que, caso sejam apurados adicionais relativamente ao mesmo, tal poderá ser configurável como a prática e actos dolosos de gestão ruinosa, em detrimento dos depositantes, investidores e demais credores, por parte dos membros do Conselho de Administração com o pelouro do BESA".

Este é apenas um dos parágrafos de um documento em que descontrolo é a palavra-chave: o BES financiava o BESA sem controlo; o BESA concedia crédito sem controlo; os alertas lançados não eram levados a discussão nos órgãos de gestão - milhares de milhões de euros giraram sem normas, sem papéis, sem rasto, sem dar conhecimento e sem interesse em ter conhecimento. Este é um resumo possível da segunda parte da auditoria forense ao BES, totalmente dedicada a Angola, que o Expresso revela em primeira mão.

O colapso do BES Angola, recorde-se, foi uma das causas do colapso do BES, depois de se ter sabido que, só em linhas de curto prazo, o BES em Lisboa tinha financiado o BESA em Luanda em mais de três mil milhões.

Os créditos eram concedidos pelo BES Angola a novos clientes em total informalidade, sendo a decisão tomada pelo presidente da comissão executiva, Álvaro Sobrinho, e o administrador do pelouro de cada instituição financiada, sem recurso a normativos internos.

Esta é apenas um dos incumprimentos detetados. Os créditos entre o BES e o BESA passavam sem que fosse feito qualquer análise de risco ou sem normativo interno para as operações intra-grupo; houve créditos concedidos pelo BES ao BESA aprovados apenas por um administrador, sem aprovação prévia da Comissão Executiva ou sequer do Comité de Crédito, como era necessário em muitos casos; verifica-se a inexistência de contratos de crédito em descoberto entre o BES e o BESA.

Num dos financiamentos do BES ao BESA, de 1,5 mil milhões, para compra de obrigações do tesouso angolano, não há qualquer análise de risco nem sequer registo de aprovação.

Mas há mais: houve casos em que a gestão de tesouraria foi cruzada entre os dois bancos sem autorização formal dos órgãos competentes; os departamentos internos do BES não verificavam a exposição entre os dois bancos; não era feita análise de risco ao BESA; os relatórios de controlo interno não era analisados; os alertas feioto pelo auditor externo junto da ESFG nunca foram analisados no Conselho de Administração nem na Comissão Executiva.

São ao todo mais de 30 irregularidades detetadas na auditoria forense da Deloitte sobre Angola. Este trabalho foi solicitado pelo Banco de Portugal.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 15/3/2015 19:26

Boas,

CONSTÂNCIO E TROIKA NÃO RESPONDERAM SOBRE O BES
Março 14th, 2015
Citamos

Expresso

Prazo para respostas já foi ultrapassado e os deputados continuam à espera. Ricciardi pode ser chamado outra vez.
Vítor Constâncio e os representantes da troika não responderam às perguntas que lhes foram enviadas por escrito pela comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao caso BES dentro do prazo definido pelo Parlamento. Uma atitude que foi comentada com apreensão na última reunião entre os representantes dos partidos que compõem a comissão – sobretudo no caso de Constâncio, por ser português e pelos altos cargos que ocupou em Portugal, antes de ir para vice-presidente do BCE com o pelouro da supervisão.
Também o presidente do BCE, Mario Draghi, não respondeu às questões no prazo estabelecido, assim como os três responsáveis do FMI que ao longo do resgate chefiaram as missões a Portugal. Dos anteriores comissários europeus Joaquín Almunia e Olli Rehn também não há respostas, sendo o caso do espanhol mais estranho: o Parlamento não conseguiu descobrir o seu paradeiro para lhe enviar as perguntas.
Almunia não é o único em parte incerta. Ricardo Abecasis, primo de Ricardo Salgado e chairman do BESA no período de gestão de Álvaro Sobrinho, nem chegou a ser notificado para comparecer na CPI. Este membro de um dos ramos do clã Espírito Santo chegou a ser contactado por telefone pelo presidente da comissão, Fernando Negrão, mas não se mostrou disponível para colaborar, e desde então nunca mais esteve contactável nem tem morada conhecida.
Outros dois casos pendentes são José Guilherme, o construtor civil que ofereceu 14 milhões a Salgado, e Ana Bruno, advogada com ligações a Angola e ao caso Montebranco. Guilherme alega que está em Angola, doente, pelo que será inquirido por escrito – as perguntas serão enviadas na semana que vem. Ana Bruno, depois de se ter mostrado indisponível para falar na CPI, entregou um atestado médico que coincide com os prazos de funcionamento da comissão. Na próxima quinta-feira Salgado volta à CPI, para uma segunda audição, o que também acontecerá com Carlos Costa e Carlos Tavares (dia 24) e Maria Luís Albuquerque (25). É possível que também Ricciardi ainda possa voltar a ser chamado.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 15/3/2015 14:49

Boas,

QUEIXAS NA CMVM DISPARAM
MARÇO 14TH, 2015
Citamos

Expresso

Nos últimos 15 dias o número de reclamações de clientes com papel comercial já atingiu as 300

As queixas de clientes com dívida do Grupo Espírito Santo (GES) vendida aos balcões do BES, de acionistas e obrigacionistas que tiveram perdas provocadas na sequência da resolução aplicada ao BES, ascendem a cerca de 1000, das quais 300 relativas a clientes de retalho, não qualificados, com papel comercial do grupo. Nos últimos 15 dias as reclamações e pedidos de informação dispararam. Para isso contribuiu o facto de os clientes terem sido confrontados com o facto de poderem não receber nada, depois de lhes terem sido alimentadas esperanças por parte do Novo Banco e do Banco de Portugal (BdP), caso isso não comprometesse os rácios de liquidez do Novo Banco.

Esta semana a Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) enviou cartas ao Governo, Novo Banco, BdP e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) convidando-os a integrarem uma comissão multidisciplinar destinada a resolver o problema do papel comercial vendido aos balcões do BES, antes da intervenção. A associação já contratou um advogado, Miguel Henrique, que esteve ligado à Associação dos Clientes do BPP, para os representar. Miguel Henrique integrava a sociedade de advogados Abreu Associados e já formalizou a sua saída para poder aceitar este mandato. A AIEPC tem um contador no sítio da associação (lesadosnovobanco.com), com os dias, horas, minutos e segundos que passaram desde 10 de fevereiro, dia em que Eduardo Stock da Cunha disse aos deputados: “Não descansarei enquanto não encontrar uma solução para o papel comercial.” O presidente do Novo Banco proferiu esta declaração no âmbito da sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES.

A associação conta já com cerca de 600 clientes lesados e reuniu esta semana com a CMVM que revelou abertura para integrar o grupo de trabalho. Falta saber se o BdP, as Finanças e o Novo Banco aceitam o convite.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 14/3/2015 18:50

Boas,
COMISSÃO DO BES FAZ "ACAREAÇÃO" ENTRE BANCO DE PORTUGAL E CMVM
Carlos Costa e Carlos Tavares regressam à comissão parlamentar de inquérito no dia 24. Ricardo Salgado volta a ser ouvido a 19 e Maria Luís Albuquerque no dia 25. E acabam as audições.

Filipe Santos Costa |
20:15 Quinta feira, 12 de março de 2015
Tal como previsto, a comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao BES acaba como começou: ouvindo os principais protagonistas da derrocada do banco e do grupo Espírito Santo. Ricardo Salgado será o primeiro a repetir a dose: volta à Sala 6 das comissões parlamentares já na quinta-feira da semana que vem, dia 19.

Outro dia forte do ciclo de reprises será 24 de março: para essa terça-feira está prevista uma espécie de "acareação" entre os dois principais supervisores envolvidos neste caso, o governador do Banco de Portugal e o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Recorde-se que têm sido notórias as divergências entre Carlos Costa e Carlos Tavares sobre a decisão, a forma e o timing de intervenção no BES - nomeadamente por as ações do banco terem continuado a ser negociadas quando já havia rumores sobre a resolução do banco, tendo caído a pique durante os últimos dois dias de negociação. E, ainda mais evidente, tem sido a guerra entre os dois reguladores por causa da responsabilidade do Novo Banco em relação ao papel comercial da Rioforte, que foi colocado através dos balcões do BES.

Não havendo a possibilidade de um verdadeiro frente a frente entre Costa e Tavares, a CPI optou pelo modelo mais parecido: agendar as duas audições para o mesmo dia, à semelhança do que aconteceu no dia em que Ricardo Salgado e José Maria Ricciardi foram ouvidos em sequência.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, será a última a ser ouvida, a 25, prevendo-se que as audições da CPI terminem por aí. Na reunião desta quinta-feira dos coordenadores dos vários partidos, ficou, porém, em aberto a possibilidade de, se se justificar, poderem ser chamadas mais testemunhas antes da comissão entrar na fase de elaboração do relatório final.

No encontro desta tarde, ainda foi discutida a possibilidade de ser chamado, para segunda audição, José Maria Ricciardi - mas essa hipótese acabou por ser descartada, por os deputados terem entendido que o CEO do BESI não iria acrescentar nada ao que já disse. Houve o mesmo entendimento em relação a Manuel Fernando Espírito Santo, antigo CEO da Rioforte.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 14/3/2015 15:44

Boas,

GES foi avisado para risco de default na Rioforte antes de PT renovar aplicação de 900 milhões
Março 12th, 2015
Citamos

Observador

Memorando enviado a gestores da Rioforte e ESI manifestava preocupação sobre o cumprimento do reembolso de dívida da Rioforte. A data é 29 de março de 2014, PT renovou aplicação em meados de abril.

A administração do Grupo Espírito Santo (GES) sabia que existia risco de default (incumprimento) na dívida da Rioforte desde, pelo menos, o final de março de 2014. Num memorando enviado por João Martins Pereira ao então presidente da Rioforte, Manuel Fernando Espírito Santo, e a Domingos Pereira Coutinho, administrador da Espírito Santo Internacional (ESI), era reafirmada:

“a nossa preocupação, já anteriormente expressa, quanto ao cumprimento atempado do reembolso das emissões da ESI, e agora também da Rioforte, colocadas nos clientes de retalho do BES, atendendo à exigência do calendário de vencimentos (quer em montantes, quer em prazos) e, por outro lado, a grande incerteza existente quanto às operações previstas para a obtenção dos fundos para lhe fazer face”.

O memorando enviado agora à comissão parlamentar de inquérito aos atos de gestão do Banco Espírito Santo e GES tem a data de 29 de março de 2014, cerca de uma quinzena antes de a Portugal Telecom renovar as aplicações de 900 milhões de euros na holding não financeira do GES. A aplicação inicial da PT na Rioforte foi decidida em fevereiro, quando se trocou a ESI por esta holding.

A renovação foi feita por instrução de Henrique Granadeiro porque as necessidades de tesouraria da PT, para financiar o aumento de capital da Oi, foram adiadas. Granadeiro testemunhou no Parlamento que Ricardo Salgado, antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES), não lhe contou sobre as dificuldades do grupo. Os ex-gestores da PT defendem que foram enganados pelos responsáveis do banco e que desconheciam as reservas às contas da Rioforte, cujo relatório só terá sido tornado público em junho.

Na mensagem de 29 de março de 2014, enviada por quadros que estavam a apoiar a reestruturação da área não financeira do GES, apreocupação centra-se no reembolso dos clientes de retalho do BES que tinham comprado papel comercial da Rioforte. Não é feita referência ao investimento de clientes institucionais, designadamente da Portugal Telecom, em dívida da Rioforte. Estes títulos que estavam de fora da garantia de proteção que tinha sido imposta pelo Banco de Portugal junto da Espírito Santo Financial Group. O banco estava proibido de vender papel comercial da ESI e da Rioforte desde 14 de fevereiro de 2014.

Na mensagem remetida a 22 de março para os administradores da Rioforte e da ESI, os responsáveis pela reestruturação recordam que o Banco de Portugal já informou que não autorizará a venda de mais papel comercial a clientes de retalho, o que irá representar “uma pressão adicional sobre a tesouraria conjunta do GES (Rioforte + ESI e outras holdings)”.

Grupo Amorim terá aplicado 34 milhões em dívida do GES

Os memorandos de 22 e 29 de março de 2014 revelam que estava a ser negociada a colocação de 50 milhões de euros de dívida entre clientes do Crédit Suisse e do ES Dubai, tendo sido entretanto colocados 34 milhões de euros junto do Grupo Amorim. Existiam ainda negociações para vender dívida à empresa brasileira Asperbas e obter um empréstimo para a Rioforte junto do Montepio.

O memorando foi remetido por João Martins Pereira, o ex-quadro do BES e antigo administrador da Espírito Santo Financial Group (ESFG) que estava a dar apoio ao plano de reestruturação da ESI, a pedido de Ricardo Salgado. O documento é também assinado do lado do remetente por Carlos Calvário, que foi, também, diretor do BES com a responsabilidade pela área do risco, e por Nelson Pita, que foi diretor de contabilidade do banco. Do lado do destinatário estão Manuel Fernando Espírito Santo, Domingos Pereira Coutinho e Jorge Espírito Santo, um quadro do GES ligado às operações financeiras internacionais do grupo.

Incerteza sistemática sobre entrada de fundos

O alerta endereçado aos quadros do GES reflete as dificuldades crescentes sentidas ao nível do grupo em matéria de financiamento e tesouraria e o sentimento de apreensão que se vivia no grupo quando já se sabia que alguma comunicação sobre os problemas da área não financeira teria de ser feita ao mercado. Logo a 22 de março, é sublinhado “um muito exigente calendário de vencimento (quer em montantes, quer em prazos) e, por outro lado, uma grande incerteza quanto às operações previstas para a obtenção de fundos para fazer face àqueles”.

O documento refere “incertezas sistemáticas quer do lado das entradas de fundos, quer do lado da renovação das colocações de emissões junto dos clientes da ESFG, as quais acabam por ser conhecidas [em cima da hora]”. São ainda emitidos avisos para o impacto da demissão de administradores que criou constrangimentos ao nível do governo da sociedade nas empresas do grupo. Uma das saídas referidas é a de Machado da Cruz, o contabilista que Salgado responsabilizou pelas irregularidades nas contas da Espírito Santo Internacional.

Os dois memorandos enviados por João Martins Pereira fazem o ponto de situação do reembolso de papel comercial da ESI vendido aos clientes do BES e da conta escrow criada no banco pela ESI que tinha como único propósito pagar a estes investidores. No final de 2013, os clientes de retalho tinham 1.700 milhões de euros de dívida da ESI, valor que foi sendo reduzido, em parte porque foi substituído por instrumentos de dívida da Rioforte.

É também avaliada a situação de tesouraria da Espírito Santo Internacional e das suas subsidiárias, incluindo a Rioforte. E alerta-se para o impacto “impossível de quantificar neste momento que as sucessivas notícias entretanto saídas na imprensa venham a ter no que respeita ao posicionamento que irá ser adotado por parte das entidades tomadoras de dívida e capital do GES”.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 12/3/2015 19:49

Boas,

SUSPENSÃO FOI PROLONGADA ESTA QUINTA-FEIRA 12.03.2015 17:37 CMVM prolonga suspensão do BES CMVM prolongou suspensão por mais 10 dias. Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) voltou a prolongar hoje a suspensão da negociação das ações e dos instrumentos de dívida do Banco Espírito Santo (BES) por mais 10 dias úteis. "O Conselho de Administração da CMVM deliberou a prorrogação da suspensão da negociação das ações e dos instrumentos de dívida do Banco Espírito Santo (BES) por 10 dias úteis", lê-se num comunicado publicado hoje na página oficial do regulador. A suspensão da negociação do BES Perpetual Serie USD, BES Obrigações CX Subordinadas 2011 e BES Perpetual mantém-se até "à divulgação de informação relevante e segura sobre o emitente", adianta a CMVM. As obrigações perpétuas não têm um momento previsto para o reembolso, podendo vencer juros eternamente, enquanto as subordinadas só são reembolsadas após os restantes credores de dívida não subordinada em caso de falência do emitente, segundo a página de Internet da Bolsa de Lisboa. O regulador do mercado decidiu suspender a negociação das ações e vários instrumentos financeiros do BES, à espera de informação relevante a 04 de agosto, tendo prorrogado sucessivamente o prazo por dez dias úteis. A 11 de agosto o BES saiu do principal índice da bolsa de Lisboa, PSI-20.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 12/3/2015 14:35

COMUNICADO OFICIAL / DECLARAÇÃO OFICIAL / OFFICIAL STATEMENT - INTERNATIONAL VICTIMS BES/APA BES (THU, 12th.)



Enviamos instrucciones de los abogados:

1. La fecha para inscripción finaliza a las 24.00 h del 12 de Marzo

2. Todos los inscritos tienen de plazo para efectuar el pago hasta el 20 de Marzo

3. Los accionistas que hayan enviado los poderes sin haber hecho el pago no podrán incorporarse a la demanda, RSA advogados declina cualquier responsabilidad.



Enviamos instruções advogados:

1. O prazo para a inscrição é de 24,00 h de 12 de Março

2. Tudo registrado com o prazo de pagamento até 20 de Março

3. Os accionistas que tenham apresentado poderes sem ter feito nenhum pagamento no pode juntar-se a ação judicial, RSA advogados se exime de qualquer responsabilidade.



We send instructions from lawyers:

1. The deadline for registration is at 24.00 h of March 12th

2. All registered shareholders have deadline for payment until March 20th

3. Shareholders who have submitted powers without having made no payment will not join the lawsuit, RSA advogados declains any responsibility.

 

International Victims BES newsletter
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Re: BES - A LUTA

por Sr_SNiper » 12/3/2015 1:38

Uma fraude ?? F(/%&(&% Etá tudo louco.
Como é que vender parte das obrigações a alguém é fraude, alguem que me explique. É legal, não sei onde está a dúvida.
Lose your opinion, not your money
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Re: BES - A LUTA

por papafigos » 12/3/2015 0:14

ovelhaxone Escreveu:uma fraude??? deus nos livre e guarde de alguem aqui tentar fazer isso. num país de gente séria, governado por gente ainda mais séria com o auxilio de gestores ainda mais sérios.

no meio das aldrabices que se fizeram e se vão fazendo, com o terraplanar de direitos e inversões de ónus da prova, alguem pensar usar a lei em seu benefício é logo indício de fraude...

papafigos, pode fazer isso, e mesmo que seja apenas uma pessoa e não o agregado. está no seu direito, legal, ainda para mais quando os verdadeiros ladrões andam aí á solta até poderia ser ilegal.


ovelhaxone obrigado pela compreensão e pela ajuda
 
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Re: BES - A LUTA

por ovelhaxone » 11/3/2015 23:07

uma fraude??? deus nos livre e guarde de alguem aqui tentar fazer isso. num país de gente séria, governado por gente ainda mais séria com o auxilio de gestores ainda mais sérios.

no meio das aldrabices que se fizeram e se vão fazendo, com o terraplanar de direitos e inversões de ónus da prova, alguem pensar usar a lei em seu benefício é logo indício de fraude...

papafigos, pode fazer isso, e mesmo que seja apenas uma pessoa e não o agregado. está no seu direito, legal, ainda para mais quando os verdadeiros ladrões andam aí á solta até poderia ser ilegal.
 
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