Re: Produtos BES Vida Aforro - protegido?

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http://teste.caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=83691
Em resposta ao seu pedido informamos que a Companhia de Seguros BES VIDA que, até à aplicação da medida de resolução, era detida a 100% pelo Banco Espírito Santo, S.A., passará agora a ser detida, igualmente a 100%, pelo Novo Banco S.A.. Assim sendo, a aplicação da medida de resolução ao Banco Espírito Santo, S.A. não afetou a atividade da Companhia de Seguros BES VIDA, nem alterou as suas relações contratuais com os seus cientes.
Conforme explicitado nas FAQs publicadas no site do Novo Banco, S.A. (http://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?labelid=novobanco), o capital investido por clientes em produtos estruturados, Fundos da ESAF e PPRs ou seguros de capitalização da BES Vida mantém-se como até aqui. Os clientes podem continuar a dar instruções de subscrição ou resgate da mesma forma que o faziam até ao momento.
Para mais informações consulte a lista de perguntas frequentes (FAQ) em:
http://www.bportugal.pt/pt-PT/OBancoeoE ... fobes.aspx
Com os melhores cumprimentos,
Banco de Portugal
myself11 Escreveu:Nas FAQs do Novo Banco, o esclarecimento sobre PPR e Seguros de Capitalização aparece em último lugar e depois das informações sobre o BEST e Acções/Obrigações. Parece indicar que continua tudo ok, mas gostava de algo mais taxativo a explicar o que acontece à BES VIDA, tal como é explicado para o BEST.Qual é a implicação da criação do Novo Banco para clientes com investimento em Fundos da ESAF, PPRs ou seguros de capitalização?
O investimento em Fundos de Investimento, Seguros de Capitalização ou PPRs mantem-se como até aqui. Os clientes podem continuar a dar instruções de subscrição ou resgate da mesma forma que o faziam até ao momento.
http://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?labelid=novobanco
Qual é a implicação da criação do Novo Banco para clientes com investimento em Fundos da ESAF, PPRs ou seguros de capitalização?
O investimento em Fundos de Investimento, Seguros de Capitalização ou PPRs mantem-se como até aqui. Os clientes podem continuar a dar instruções de subscrição ou resgate da mesma forma que o faziam até ao momento.
http://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?labelid=novobanco
myself11 Escreveu:Dirija-se ao balcão/gesto de conta e diga que quer consultar a carteira de activos do Seguro/PPR. Na primeira vez tive uma "nega", mas à segunda vez e já com o meu gestor de conta, foi-me possível consultar a carteira. Tinha uma participação de 2% numa empresa do grupo GES, o resto era dívida pública, obrigações de empresas (não relacionadas com o grupo GES) e depósitos.
No entanto, se quer ficar completamente descansado, faça o resgate. Pode ser feito na hora, tem é que naturalmente esperar uns dias até o montante estar disponível na conta à ordem.
pata-hari Escreveu:À partida, as carteiras geridas pela BES vida, deveriam ser autónomas. Ou seja, o teu risco permanece o risco dos activos dentro da carteira e a BES vida deverá ter mantido essa carteira separada dentro do balanço da seguradora.
Os ativos representativos das provisões técnicas constituem um património que garante especialmente os créditos emergentes dos contratos de seguro não podendo ser penhorados ou arrestados, salvo para pagamento desses mesmos créditos que terão preferência sobre quaisquer outros
jopefer Escreveu:Após contacto à linha de apoio BES, disseram-me várias coisas ( a ver se as compreendi bem...):
1 - O BES Vida Aforro não está garantido por nenhum fundo de garantia, nem do Banco de portugal, nem do Instituto de Seguros de Portugal;
2 - Contudo, o ISP exige que este tipo de seguros seja "garantido", mesmo em caso de "catástrofe" da empresa. Ou seja, o seu valor não entra numa eventual reestruturação da dívida, é protegido contra outros credores.
3 - Dito de outro modo, e isso foi explícito na chamada, isto não é equiparável a Obrigações BES. Essas sim, em caso limite, perderiam todo o valor. Importa salientar que este produto não é "unit-linked".
4 - O juro poderia, eventualmente, ser reestruturado, mas não o valor do produto.
5 - Segundo disseram, a BES Vida é a empresa do BES menos exposta ao grupo GES, tendo exposição "residual" e gozando de resultados sólidos, pelo que continua "sem" risco, apesar de todo o caos.
Acrescento eu:
O facto de ser protegido não significa que em caso limite haja dinheiro para pagar esse valor aos depositantes, simplesmente terá prioridade: o valor é congelado, só podendo ser entregue aos devidos aforristas.
Por enquanto, mantenho por lá o dinheiro...
UNIT-LINKED: FUNDOS DISFARÇADOS DE SEGUROS
DATA DA PUBLICAÇÃO: 21SET2012
Os unit-linked são fundos de investimento com uma máscara de seguro financeiro. A vantagem do disfarce não é palpável.
O mundo financeiro não é uma brincadeira de crianças, mas não são raras as vezes em que alguns investimentos envergam máscaras que ocultam parcialmente o que está por trás. Em muitos casos, são as companhias de seguros quem mascara os populares fundos de investimento.
Através de contratos de seguro de vida, as seguradoras embrulham fundos que vendem aos investidores tal como os seguros de capitalização. Porém, nestes seguros ligados a fundos de investimento (mais conhecidos pela expressão inglesa unit-linked), o rendimento da aplicação financeira depende unicamente do desempenho dos fundos aos quais estão associados.
Esses fundos funcionam exatamente como os tradicionais fundos de investimento analisados pela PROTESTE INVESTE: estão divididos em unidades de participação cujo valor flutua ao sabor dos investimentos realizados pelos seus gestores. Assim, o potencial de rendimento dos unit-linked depende das decisões tomadas pelos gestores dos fundos e não há qualquer garantia de rendimento nem de reaver o capital investido.
De seguro, os unit-linked têm apenas o nome. O seu verdadeiro nível de risco não é facilmente percetível pelo aforrador e, por isso, são incluídos no rol dos produtos financeiros complexos, sob a vigia da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a entidade reguladora e supervisora do mercado português de capitais.
Tenha cuidado
Os aforradores que procurem uma aplicação segura devem estar em alerta na altura de contratar um seguro ligado a fundos de investimento. Os seguros de capital garantido são um investimento pouco interessante, mas comprar um unit-linked por engano pode trazer dissabores muito maiores.
A legislação obriga que, previamente à venda de produtos financeiros complexos, seja entregue ao investidor um “prospeto informativo em linguagem clara, sintética e compreensível” e no qual está a identificação de produto financeiro complexo. Esteja atento!
Se o seu banco ou a sua seguradora lhe propuser um unit-linked e, após a leitura do prospeto, ainda tiver dúvidas, não hesite em contactar-nos para o telefone 808 200 147 (218 418 789 a partir de telemóveis) ou em solicitar uma avaliação a pedido.
Escassa vantagem
Se os unit-linked são apenas fundos de investimento disfarçados de seguros, então qual a vantagem para os potenciais investidores? Apenas uma: a fiscalidade tende a ser mais favorável. A taxa de tributação sobre os ganhos é de apenas 10% se o resgate do seguro ocorrer passados mais de 8 anos desde a subscrição. Se o período do investimento for entre 5 e 8 anos, a taxa de imposto é de 20 por cento. Em ambos os cenários, é necessário que, pelo menos, 35% das entregas tenham sido feitas durante a primeira metade de vigência do contrato de seguro.
Nos restantes casos, ou quando o prazo for inferior a cinco anos, a taxa de imposto sobre os rendimentos é de 25%, à semelhança do que é praticado na maior parte das aplicações financeiras, como nas mais-valias obtidas com fundos de investimento estrangeiros.
Oferta com limitações naturais
O desempenho dos seguros unit-linked depende naturalmente da gestão dos fundos a que estão associados. Há seguros que possuem mais de um fundo. Nestes casos, cabe ao segurado escolher aquele com o perfil de risco mais apropriado, sendo possível posteriormente realizar transferências para outro fundo dentro do mesmo seguro. Essa operação não altera a data inicial do seguro para efeitos fiscais, mas pode implicar o pagamento de comissões à seguradora.
Será interessante apostar num fundo misto vocacionado para as principais bolsas, quando há mercados mais atrativos para investir? Na nossa opinião, a resposta é negativa. Uma carteira de fundos gerida de forma relativamente ativa permite esperar ganhos mais elevados porque não está presa às principais categorias de investimentos.
Veja-se, por exemplo, a nossa atual aposta em fundos de obrigações em moedas escandinavas e em zlótis polacos. Não encontra seguros unit-linked dedicados a investimentos tão específicos, mas que consideramos que possuem um bom potencial de valorização.
Há melhores alternativas
Os investidores que procuram uma forma de rentabilizar as poupanças e que queiram correr o mínimo de risco possível, devem ficar afastados dos seguros ligados a fundos de investimento. Com o fim dos Certificados do Tesouro, os depósitos a prazo assumiram a posição de melhor solução de curto e de médio prazo. Nem os seguros de capital garantido, como têm demonstrado as nossas análises, são uma boa escolha devido aos custos e ao fraco rendimento.
Aqueles que pretendam apostar no longo prazo nos mercados de ações e de obrigações, devem dar preferência aos fundos de investimento tradicionais. Estes não beneficiam da fiscalidade ligeiramente mais favorável dos seguros, mas colocam à disposição do aforrador um leque muito mais amplo de destinos. Além disso, não fica limitado à mesma entidade gestora para todos os fundos.
Se quiser diversificar, aceda ao protocolo que negociámos com a Optimize Investment Partners: num só produto investe no potencial das carteiras de investimento que recomendamos para o horizonte de 10 anos.