As pessoas por vezes não distinguem ou não sabem distinguir qualidade de vida, de felicidade. Misturam.
O que o dinheiro permite é qualidade de vida, não felicidade!!!
É naturalmente compreensível que ter qualidade de vida também trás felicidade isso é indiscutível, mas ambas são independentes.
O que não falta nesta sociedade são pessoas cheias de qualidade de vida, mas infelizes. Porquê?
- Porque ou não se conhecem a si próprias e não param nem reflectem sobre si e sobre a perda, ou permitem que se vá acumulando certos problemas que não querem à partida poder resolver, evitando-os, mesmo se conhecendo a si próprias.
O que realmente interessa é que as pessoas felizes são na maioria o tempo todo, felizes, independentemente de terem muito ou pouco dinheiro.
A felicidade trabalha nas mesmas proporções do dinheiro e também é capitalizável.
Na Suécia nos anos 60 a sociedade entrou em crise de felicidade (não financeira) porque o povo tinha toda qualidade de vida e não sabiam dar o devido valor ao que tinham.
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Com a crise actual, a população viu rendimentos a cair e perda permanente da qualidade de vida e isso está intimamente ligado. Podendo até, salvo raros casos, influenciar na felicidade da pessoa. A felicidade é pois o produto não só da genética, mas também de tudo o que o Ser pensa, diz e age. Seja qual for o grau destas 3 vertentes (conforme a educação, valores, etc), são de facto o elemento fundamental que está responsável pela felicidade, e não ter mais ou menos dinheiro.
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Se me permitem, quero ainda dizer mais uma coisa:

Os mercados financeiros têm o poder de criar artificialmente sentimentos exageradamente positivos ou negativos em determinados momentos na negociação e isso não é salutar para o objectivo do investidor realista, que pretende ganhar dinheiro. Pois se o investidor não souber fazer um balanço correcto entre o poder ganhar mais e evitar a perda, tudo se contradiz.
O investidor não se pode dar ao luxo de exigir seja o que for do mercado. Para já porque não o controla nunca. E depois porque não sabe exactamente para onde ele vai em qualquer prazo temporal.
A emoção de ganhar dinheiro através da bolsa é exactamente a mesma de quando uma pessoa vai pela rua e encontra uma nota no chão. O sentimento é de: jubilo.
Não é felicidade nem contentamento: é júbilo! euforia! O dinheiro não pertencia à pessoa, mas como a pessoa estava no lugar exacto há hora certa, a pessoa apodera-se do dinheiro e passa a ser seu. No mercado é a empresa certa ao preço certo.
No dia seguinte se a mesma pessoa passar no mesmo local e encontrar de novo dinheiro, irá tentar fazer o mesmo por tempo indeterminado até deixar de o encontrar. Só uma pessoa parva vai dizer a todo mundo que está a encontrar dinheiro todos os dias em determinado lugar e chamar outros ao local. Na negociação em bolsa acontece o mesmo, ninguém revela, seja profissional ou não, o método, a forma como actua a negociar.
Aliás, qualquer pessoa, seja ou não experiente pode conseguir fazer um trade maravilhoso e ganhador. E se consegue esse trade pensa que conseguirá muitos mais iguais. Mas isso não é assim! Cada trade é único na vida e ninguém passa pela mesma situação 2 vezes.