Nova bolsa valores de Luanda pode beneficiar Angola e Portugal
O presidente da Euronext Lisboa, Luís Laginha de Sousa, disse quinta-feira que a anunciada criação de uma bolsa de valores em Luanda, Angola, pode ser benéfica nas relações entre as empresas dos dois países.
"Vemos com muito interesse que o mercado de capitais em Angola, e a bolsa em Angola, se possa desenvolver, porque isso pode ser benéfico para ambos os mercados", disse Laginha de Sousa, recordando desta forma os investimentos já realizados por empresas e investidores de Portugal e Angola nos dois países.
O responsável falava à Lusa durante o IV Fórum Banca promovido pelo jornal "Expansão", que se realizou em Luanda, subordinado ao tema "A Banca e o Mercado de Capitais", visando precisamente abordar o projeto de um mercado bolsista em Angola.
A bolsa de valores de Luanda, projeto apresentado publicamente há um ano, ainda não tem um calendário público para a sua concretização.
No fórum realizado ontem em Luanda, o presidente da Euronext Lisboa apresentou a "experiência" da centenária bolsa portuguesa, face à "vontade" de Angola em lançar a sua própria bolsa e recordou a "ligação muito forte" que existe entre Angola e Portugal no domínio económico.
"Partilhar alguma dessa experiência, na expectativa de que possa ter elementos que possam ser úteis para o caminho que Angola também está a percorrer", acrescentou Luís Laginha de Sousa.
A bolsa de valores de Luanda deverá representar cerca de 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país, conforme avançou a 23 de maio de 2013 o presidente do Conselho de Administração da Comissão de Mercados de Capitais (CMC), Archer Mangueira.
De acordo com dados do ano passado, o PIB de Angola ronda os 126 mil milhões de dólares (92,5 mil milhões de euros).
Na mesma altura, o administrador da CMC de Angola acrescentou que as empresas que à partida reúnem as condições para serem admitidas à cotação são as que têm vocação internacional e que já estão registadas noutros mercados bolsistas ou porque, devido à sua organização societária apresentam condições para serem admitidas a negociação.
"Estou a referir-me concretamente a empresas que pertencem ao segmento do setor bancário, ou empresas que estão ligadas à grande distribuição ou ao setor das telecomunicações, ou empresas do setor industrial, que estão constituídas com parcerias já registadas noutras bolsas internacionais", disse na ocasião. Fonte - Angola Noticias
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