ghorez Escreveu:Tennis2 Escreveu:Tennis2 Escreveu:
Ghorez,
Pergunto-te, de que forma achas que os médicos, professores, polícias, enfermeiros, etc., deviam receber os seus vencimentos? Um "saco azul"?
Ou queres simplesmente eliminar estas e outras profissões?
É que, aparentemente, só eliminando-as os privados deixariam de, na tua óptica, financiar quem depende do estado...
Já agora, a solidariedade é mútua...
Os funcionários públicos, tal como tu, pagam os seus impostos (porventura, até muito mais do que nos privados, na medida em que não conseguem de forma alguma "fugir"), descontos que depois são canalizados para a administração directa do Estado (saúde, justiça, educação, etc.) de que também tu beneficiais...!
Por fim, a que direitos e regalias te referes que são defendidos pelo TC?
Abraço,
Tennis
Na minha óptica:
1) Médicos, enfermeiros, professores, etc, podem ser:
- Só funcionários públicos;
- Só privados;
- Coexistir os dois sistemas (público e privado);
Volto a questionar-te:
No sistema que temos, em que há médicos, enfermeiros e professores no funcionalismo público, de que forma achas que eles deviam ser pagos/financiados?
2) Deve haver limites de impostos aos privados, da mesma forma de que deve haver limites de impostos aos funcionários públicos.
Aliás, é sobre isto que o TC constitucional se tem vindo a pronunciar em termos do princípio da igualdade. Toda a sociedade (público e privado) deve contribuir de forma tendencialmente igual para os gastos do Estado. Não perceber isto é não perceber algo elementar...
3) Sim, há funcionários públicos que também trabalham no privado e, neste privado, consiga fugir aos impostos.
Com a tua pergunta retórica, só me estás a dar razão, na medida que, porventura já te esqueces-te, afirmei que "os funcionários públicos, tal como tu, pagam os seus impostos (porventura, até muito mais do que nos privados, na medida em que não conseguem de forma alguma "fugir")";
4) Só há privados que fogem aos impostos?
Não, nunca afirmei isso, não deturpes as minhas palavras para levar "a água ao teu moinho".
Sim, também há funcionários públicos a fugir aos impostos...
O que quis significar é que é muito mais difícil fugir aos impostos no funcionalismo público do que no privado. Se não consegues reconhecer esta evidência elementar, lamento...
5) Claro que há ineficiências no Estado.
Ineficiências na gestão do dinheiro arrecadado aos privados e aos funcionários públicos...
6) Perguntei-te, "que direitos e regalias são defendidos pelo TC?"
Compreendo que não faças a mínima ideia do que estás a falar, porquanto não te dignas-te indicar nenhum direito ou regalia e te limitas-te a responder:
"Quanto à pergunta dos direitos que são defendidos pelo TC, podes perguntar aos 500 mil privados que perderam trabalho (desde 2011) e às centenas de milhares que emigraram. Perguntas "na óptica" deles, que direitos é que o TC defende para uns e não defende para outros."
Defender, com esta resposta/pergunta, expressa ou implicitamente que o TC é o responsável pelo aumento de desemprego de 500 mil pessoas desde 2011 e que igualmente é responsável pela emigração de centenas de milhares de pessoas, é defender/afirmar um "absurdo" que, estou certo, até tu compreenderias caso te dignasses ponderar minimamente o que acabas-te de afirmar.
É que, no fundo, estás a afirmar:
O TC é o responsável pelo fecho de milhares de empresas nacionais!
O TC é o responsável pela emigração de milhares de portugueses!
Além de não justificares minimamente estes teus dislates, permite-me que te recorde que quando se iniciou esta vaga de emigração e se acentuou a crise nacional (2011) o TC ainda não se havia pronunciado sobre a constitucionalidade/inconstitucionalidade de nenhum diploma sujeito à sua apreciação.
Tennis
1- O sistema que temos é que tem de mudar (reduzir-se fortemente). Percebo a tua tática de deturpar as minhas palavras para criar a ameaça do: Ou pagas impostos ou deixará de haver educação, saúde e segurança. Mas isso apenas vai prolongar a agonia do país (prolongar a desigualdade entre quem trabalha para o estado e quem trabalha para o privado). E depois ainda virá artistas como o rantamplan dizer q a culpa é do governo;
2- Não perceber algo elementar como: quantos mais impostos, mais desemprego e emigração irás ter é algo que foge à minha compreensão;
3- Depreendo então que (como muitos que aí andam) defendes que o crime de fuga aos impostos (colocado em prática por funcionários públicos e privados) deve ser compensado com um ordenado acima da média e regalias (como ausência de desemprego) para os funcionários públicos, certo (e que já se verifica há décadas)? Corrige-se um crime, cometendo outro.
4- Não reconheceres algo elementar como a maior injustiça que é precisamente o facto de um funcionário público ter as regalias todas e ainda ir ao privado desempenhar uma função e eventualmente fugir aos impostos é algo que eu também lamento.
5- Não te esqueças que os privados pagam impostos mas em troca não têm emprego para a vida, nem vencimentos desligados da economia real. E mesmo por exemplo na saúde é discutível, já que a ADSE tem melhores comparticipações que a segurança social o que confere um melhor acesso à saúde aos funcionários públicos.
6- Compreendo que queiras fugir à dura realidade de estares a defender portugueses de 1ª (que não têm de lidar com desemprego, flutuações de ordenados consoante a economia) e portugueses de 2ª que não têm essas regalias todas defendidas pelo TC.
O desemprego e a emigração são consequência direta de um estado caro (que cobra muitos impostos), ineficiente, e a marimbar-se para os direitos dos privados de também terem trabalho, família e viver em Portugal. Percebo que isso seja um incómodo para ti...mas ao contrário da função pública que tem milhares de sindicatos e pode fazer as greves que bem entender porque a "sua" empresa não irá à falência, os desempregados e emigrantes não têm ninguém que os defenda. Nem sindicatos, nem associações.
[i]Alguém tem de dar voz aos mais fracos.[/i]
Ghorez,
1 - Declaras "
o sistema que tem é que tem de mudar (reduzir-se fortemente).
Plenamente de acordo que o Estado tem que ser mais reduzido, mais eficiente e intervir nas áreas nucleares fundamentais.
Quanto ao grau dessas áreas nucleares é que poderemos estar em desacordo, eventualmente, por questões ideológicas. Ora, neste âmbito temos de respeitar as de cada um...
Tenho para mim por assente que essas áreas nucleares serão: ensino, saúde, segurança social, justiça, segurança.
Tal não significa que não possam coexistir um sistema público e um sistema privado.
2 - Afirmas:
Percebo a tua tática de deturpar as minhas palavras para criar a ameaça do: Ou pagas impostos ou deixará de haver educação, saúde e segurança. Mas isso apenas vai prolongar a agonia do país (prolongar a desigualdade entre quem trabalha para o estado e quem trabalha para o privado). E depois ainda virá artistas como o rantamplan dizer q a culpa é do governo;a) Diz-me lá onde vês nas minhas palavras algum tipo de ameaça! Mas procura bem!
Já agora, explica-me, como poderás ter segurança e justiça sem impostos!?
Ou também pretendes que deixe de haver funcionalismo público na segurança e justiça?
E, se assim é, em termos comparativos, permite-me que te diga que certamente não encontrarás nos países desenvolvidos e democráticos nenhum que tenha um sistema privado de segurança e de justiça.
b) Explica-me lá muito bem, como se eu não percebesse nada disto, como é que o pagamento de impostos vai prolongar a desigualdade entre quem trabalha para o estado e para o privado?
Se os impostos forem tendencialmente iguais, no público e privado (aliás, é esta a posição que tanto criticas do TC), onde encontras essa desigualdade?
c) Não estarei errado se concluir das tuas palavras que preconizas um sistema de saúde e educação totalmente privado sem qualquer intervenção pública...
Sendo assim, já agora, sendo tudo pago e tendo o comum dos cidadãos de pagar para ter acesso a estes bens essenciais, diz-me tu onde poderão os 500 mil portugueses desempregados - os tais que tanto defendes como arauto dos mais fracos - colocar os seus filhos a estudar nas escolas privadas se mal têm dinheiro para comer e sobreviver?
Já agora, diz-me, também, a que cuidados de saúde poderão aceder no sistema privado, se não têm quaisquer possibilidades de pagar as apólices de seguro do sistema privado?
Ou defendes um sistema à americana onde milhões e milhões de cidadãos não tinham acesso a quaisquer cuidados de saúde porque não tinham capacidade de pagar as respectivas apólices dos seguros de saúde?
Ah! Já te esqueces-te do "Obamacare"!?
d) Já agora, também, ainda que por mera hipótese de raciocínio todos os portugueses tivessem capacidade económica de pagar as apólices de seguro, considerando que estas são diferenciadas, e a maior parte não teria capacidade de pagar os seguros de saúde de grau mediano e elevado, sabes qual seria a consequência? Portugueses de 1ª e portugueses de 2ª no acesso aos cuidados de saúde.
Pelo menos, no sistema público, os tratamentos são iguais para todos, não havendo diferenciação de classes.
3 - Afirmas:
Depreendo então que (como muitos que aí andam) defendes que o crime de fuga aos impostos (colocado em prática por funcionários públicos e privados) deve ser compensado com um ordenado acima da média e regalias (como ausência de desemprego) para os funcionários públicos, certo (e que já se verifica há décadas)? Corrige-se um crime, cometendo outro. Estás a ver que não sabes do que falas!
Actualmente e desde há uns anos a esta parte, a relação de emprego no público é igual ao do privado.
No sistema público, passou a vigorar o contrato individual de emprego e todo o funcionário público admitido a partir de determinado ano (já não recordo qual) pode ser despedido.
Tão simples como isso...
E não venhas dizer que não estou de acordo..., porque estou!
Já agora, diz-me onde no sistema central do Estado um funcionário público ganha acima da média do trabalhador privado?
Mas compara coisas iguais e não alhos com bugalhos...
Demonstra-me lá que os professores do ensino público auferem mais do que os professores do ensino privado....
Ou que os médicos e enfermeiros do público auferem mais do que no privado...
Já agora, uma vez que continuas com essa senda da fuga aos impostos, explica-me lá "tintim por tintim" (se o afirmas tão peremptoriamente deves saber do que falas) como é que um funcionário público "foge" aos impostos no vencimento que recebe?
A coisa é tão simples como isto:
Na declaração de vencimentos mensal, está lá o vencimento bruto e os descontos todos para IRS, ADSE e Caixa geral de aposentações.
Ora, neste âmbito, se não te importas esclarece-nos lá qual será o "esquema" usado neste âmbito para fugir aos impostos?
4) Afirmas:
Não reconheceres algo elementar como a maior injustiça que é precisamente o facto de um funcionário público ter as regalias todas e ainda ir ao privado desempenhar uma função e eventualmente fugir aos impostos é algo que eu também lamento. a) Vê a injustiça ao contrário:
Um trabalhador privado que foge aos impostos e que ainda vai ao Estado fazer uma perninha como funcionário público onde não consegue fugir aos impostos.
Em que área é que ele mais contribui para o bem colectivo?
E qual é o problema de uma pessoa trabalhar no privado e simultaneamente no público desde que pague os impostos, em ambos os lados?
O esforço é dele e só deve ser vangloriado aquele que consegue trabalhar 14 a 16 horas por dias, desde que, obviamente, execute cabalmente as suas funções em ambos os lados.
5) Dizes:
E mesmo por exemplo na saúde é discutível, já que a ADSE tem melhores comparticipações que a segurança social o que confere um melhor acesso à saúde aos funcionários públicos. Disparate completo e de quem não sabe o que diz.
E, neste caso, falo em causa própria.
Do meu vencimento bruto é deduzido 38% para IRS.
Esta dedução que é feita no meu vencimento serve para financiar o Estado Português, entre outros, no sistema nacional de saúde.
Portanto, neste campo, não sou beneficiado em relação a qualquer português.
Pago, porventura, um IRS relativamente elevado e tenho acesso ao mesmo sistema nacional de saúde que qualquer português tem.
A ADSE, ao contrário do que pareces significar, actualmente é um sistema de saúde em tudo igual a um sistema privado de saúde.
Por um lado, porque é facultativo..., só lá está quem quer.
Já agora, o meu caso:
O desconto mensal para a ADSE é de 3,5% do vencimento bruto.
Eu e a minha mulher descontamos mensalmente € 430,00 para a ADSE, o que, num ano, perfaz o montante global de € 6.020,00 (14 x 430).
Se pagamos isto para a ADSE achas injusto ter acesso em condições vantajosas a este sistema de saúde.
Se pago, e pago bem, tenho acesso a este sistema de saúde.
Se não pago, tenho acesso ao sistema de saúde normal de todos os portugueses (o sistema nacional de saúde) para o qual desconto todos os meses - e bastante - através do IRS.
Qualquer português pode ter um sistema de saúde equiparável, melhor dizendo, até bastante melhor, ao sistema da ADSE.
Como?
Subscrevendo um sistema privado de saúde.
E olha que sei do que falo, pois, pago todos os anos, pela minha pessoa, mulher e filho, a quantia de € 930,00 para a Multicare.
E, acredita, estes € 930,00 no sistema privado da Multicare dá-me condições similares no acesso ao sistema privado de saúde por comparação com aquilo que pago anualmente na ADSE (€ 6.020,00)
6) Quais portugueses de primeira e quais portugueses de segunda!?
Sabes o que é a liberdade de escolha?
Há uma determinada fase da nossa vida em que, pelo menos teoricamente, podes optar: seguir o funcionalismo público ou ficares no privado.
Sabias as "linhas com que te cosias".
Agora, muitos anos depois, não te venhas queixar por não teres tomado a outra opção..., não te esqueças que tives-te liberdade de escolha.
Ah! Não te candidatas-te, esqueceste-te, não passas-te nos concursos públicos de acesso!? Paciência...
7) Dizes:
O desemprego e a emigração são consequência direta de um estado caro (que cobra muitos impostos), ineficiente, e a marimbar-se para os direitos dos privados de também terem trabalho, família e viver em Portugal. Percebo que isso seja um incómodo para ti...mas ao contrário da função pública que tem milhares de sindicatos e pode fazer as greves que bem entender porque a "sua" empresa não irá à falência, os desempregados e emigrantes não têm ninguém que os defenda. Nem sindicatos, nem associações.
Alguém tem de dar voz aos mais fracos.Estou certo que nas próximas legislativas vais votar no Marinho Pinto.
Que grande contrasenso, hein!
Por fim, declaras que "o desemprego e a emigração são consequência directa de um estado caro (que cobra muitos impostos)".
Ai é!?
Alemanha, Luxemburgo, Suécia, Noruega e por aí fora...
Países onde os impostos são mais elevados do que no nosso e onde a taxa de desemprego é muito inferior à nossa.
"Produtividade" diz-te alguma coisa!?
Tennis