Apresentação
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Re: Apresentação
Concordo.
Mas o verdadeiro problema do ocidente é o precedente. Se a secessão da Ucrânia se concretizar a favor de Putin, está aberto um precedente (o caso da Geórgia não tem comparação, nem mediática nem de dimensão física) que pode levar a um enorme descoser de ex-repúblicas soviéticas em favor dos russos. E isso vai ter implicações no plano económico (e não só), fundamentalmente para a Alemanha que ainda são difíceis de prever. Julgo que essa é verdadeiramente a fonte de preocupação neste momento.
Mas o verdadeiro problema do ocidente é o precedente. Se a secessão da Ucrânia se concretizar a favor de Putin, está aberto um precedente (o caso da Geórgia não tem comparação, nem mediática nem de dimensão física) que pode levar a um enorme descoser de ex-repúblicas soviéticas em favor dos russos. E isso vai ter implicações no plano económico (e não só), fundamentalmente para a Alemanha que ainda são difíceis de prever. Julgo que essa é verdadeiramente a fonte de preocupação neste momento.
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Re: Apresentação
Negociarembolsa Escreveu:Obrigado pela vossas palavras de boas-vindas
Resta saber como é que o ocidente e, em particular, os EUA vão reagir a uma vitória tão retumbante da Rússia e de que forma se vão reequilibrar as forças nos mercados mundiais. A avaliar pelo que se passou na Crimeia, a aposta numa reação puramente no campo económico-financeiro, apesar de fazer mossa, parece em nada beliscar as intenções russas. Veremos o que se segue.
Não vai acontecer nada por uma razão muito simples. A Ucrânia não interessa a ninguém, tirando aos russos pelos motivos conhecidos (razões geográficas, históricas e culturais).
Aquilo não tem ouro, nem pitroil, nem gaz, só uma populaça de 100 milhões de tesos, um país endividado até ao tutano, controlado por oligarcas...
Como dizem os espanhóis "no passa nada..." e estas manobras do ocidente é só fumaça...
“Buy high, sell higher...”.
Apresentação
Obrigado pela vossas palavras de boas-vindas
Apesar de ser, em essência e em boa linguagem bolsista, mais técnico do que fundamental, penso que devemos sempre ter presente uma leitura dos assuntos do quotidiano que nos ajude a ler e complementar os gráficos. Neste momento, apesar de tecnicamente me parecer que estamos numa clara tendência ascendente, nota-se que mais do que as notícias de cariz económico, é a situação ucraniana que está a fazer alguma mossa nos mercados porque, de facto, é geradora de uma grande dose de incerteza.
Deixo a minha humilde opinião sobre essa questão.
Os russos são conhecidos por beberem muita vodka, mas também por serem ótimos jogadores de xadrez. No caso ucraniano, Putin, que em sentido tático nada perde para o seu inimigo político e ex-campeão Garry Kasparov, encaminha-se a passos largos para o xeque-mate.
Desde o início do conflito que a jogada russa passava por explorar o facto de a Ucrânia ser, em termos de nação, um caso falhado. Com um povo tradicionalmente dividido entre aquilo a que chamaríamos de verdadeiros ucranianos, mais ocidentalizado (até porque ocupa a região mais ocidental do país) e que olha com gosto para a organização e estilo de vida proposto pela UE, e a enorme comunidade russa ou pró-russa que odeia a Alemanha (ainda por causa dos nazis) e está disposta a abdicar da independência e voltar à mãe Rússia, a Ucrânia é um belíssimo alvo para a típica jogada de sabotagem política que vem nos livros desde pelo menos os tempos de Júlio César (ver "A guerra das Gálias").
A aposta de Putin é criar uma tensão que coloque os verdadeiros ucranianos na contingência de terem de pegar em armas para defender o país. Se os manuais de estratégia estiverem corretos, chegará a altura em que se colocará a questão de saber se efetivamente valerá a pena partir para uma guerra civil com o objetivo de obrigar os pró-russos a ocidentalizar-se, com todos os perigos e destruição que tal opção vai implicar, ou se, pura e simplesmente, fará mais sentido negociar uma secessão do leste que liberte a parte ocidental para se aproximar do ocidente. Putin acredita que, no final, os ucranianos vão optar pela segunda alternativa, até porque a mobilização de tropas ucraniana parece ser tudo menos entusiástica e a colossal dívida ucraniana coloca uma pressão adicional para se tomarem decisões apressadas.
Resta saber como é que o ocidente e, em particular, os EUA vão reagir a uma vitória tão retumbante da Rússia e de que forma se vão reequilibrar as forças nos mercados mundiais. A avaliar pelo que se passou na Crimeia, a aposta numa reação puramente no campo económico-financeiro, apesar de fazer mossa, parece em nada beliscar as intenções russas. Veremos o que se segue.
Apesar de ser, em essência e em boa linguagem bolsista, mais técnico do que fundamental, penso que devemos sempre ter presente uma leitura dos assuntos do quotidiano que nos ajude a ler e complementar os gráficos. Neste momento, apesar de tecnicamente me parecer que estamos numa clara tendência ascendente, nota-se que mais do que as notícias de cariz económico, é a situação ucraniana que está a fazer alguma mossa nos mercados porque, de facto, é geradora de uma grande dose de incerteza.
Deixo a minha humilde opinião sobre essa questão.
Os russos são conhecidos por beberem muita vodka, mas também por serem ótimos jogadores de xadrez. No caso ucraniano, Putin, que em sentido tático nada perde para o seu inimigo político e ex-campeão Garry Kasparov, encaminha-se a passos largos para o xeque-mate.
Desde o início do conflito que a jogada russa passava por explorar o facto de a Ucrânia ser, em termos de nação, um caso falhado. Com um povo tradicionalmente dividido entre aquilo a que chamaríamos de verdadeiros ucranianos, mais ocidentalizado (até porque ocupa a região mais ocidental do país) e que olha com gosto para a organização e estilo de vida proposto pela UE, e a enorme comunidade russa ou pró-russa que odeia a Alemanha (ainda por causa dos nazis) e está disposta a abdicar da independência e voltar à mãe Rússia, a Ucrânia é um belíssimo alvo para a típica jogada de sabotagem política que vem nos livros desde pelo menos os tempos de Júlio César (ver "A guerra das Gálias").
A aposta de Putin é criar uma tensão que coloque os verdadeiros ucranianos na contingência de terem de pegar em armas para defender o país. Se os manuais de estratégia estiverem corretos, chegará a altura em que se colocará a questão de saber se efetivamente valerá a pena partir para uma guerra civil com o objetivo de obrigar os pró-russos a ocidentalizar-se, com todos os perigos e destruição que tal opção vai implicar, ou se, pura e simplesmente, fará mais sentido negociar uma secessão do leste que liberte a parte ocidental para se aproximar do ocidente. Putin acredita que, no final, os ucranianos vão optar pela segunda alternativa, até porque a mobilização de tropas ucraniana parece ser tudo menos entusiástica e a colossal dívida ucraniana coloca uma pressão adicional para se tomarem decisões apressadas.
Resta saber como é que o ocidente e, em particular, os EUA vão reagir a uma vitória tão retumbante da Rússia e de que forma se vão reequilibrar as forças nos mercados mundiais. A avaliar pelo que se passou na Crimeia, a aposta numa reação puramente no campo económico-financeiro, apesar de fazer mossa, parece em nada beliscar as intenções russas. Veremos o que se segue.
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Re: Apresentação
Ola e bem vindo 

Stilgar: Take my life Usul (Paul), it's the only way.
Paul: I'M POINTING THE WAY!
DUNE 2
Re: Apresentação
Amigo,
Bem vindo. Estamos cá todos para ajudar e para aprendermos também consigo
Abraço e bons negócios
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Abraço e bons negócios
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Apresentação
Muito boa noite a todos, saudações bolsistas
Sou investidor nos mercados financeiros há cerca de 16 anos, desde os tempos da faculdade e invisto essencialmente no PSI20 e mais esporadicamente em warrants do DAX ou do S&P.
Durante bastante tempo participei no forum do caldeirão, mas depois, quando se deu a migração para o negócios, acabei por perder o acesso e nunca mais me registei, limitando-se apenas a vir a esta casa várias vezes ao dia tomar o pulso aos mercados na opinião dos ilustres foristas.
Entretanto, esta semana recebi um mail da cofina, que creio que também poderão ter recebido para fazer um registo geral e cá estou de volta, na expetativa de também poder dar o meu contributo para que possamos afinar as nossas decisões de investimento.
Bons negócios para todos.
Sou investidor nos mercados financeiros há cerca de 16 anos, desde os tempos da faculdade e invisto essencialmente no PSI20 e mais esporadicamente em warrants do DAX ou do S&P.
Durante bastante tempo participei no forum do caldeirão, mas depois, quando se deu a migração para o negócios, acabei por perder o acesso e nunca mais me registei, limitando-se apenas a vir a esta casa várias vezes ao dia tomar o pulso aos mercados na opinião dos ilustres foristas.
Entretanto, esta semana recebi um mail da cofina, que creio que também poderão ter recebido para fazer um registo geral e cá estou de volta, na expetativa de também poder dar o meu contributo para que possamos afinar as nossas decisões de investimento.
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