Quando leu este comentários , antigamente é que era bom , que agora há mais injustiças , como nada é mais falso,mesmo tendo a população mundial crescido a um ritmo alucinante nunca tanta gente teve uma vida decente ,o medo do futuro volta não volta ao longa da história aparece mas o tempo sempre demonstrou que estavam errados , deixo aqui um artigo :
"Basta ler o jornal ou ver o noticiário da noite e parece sempre que o mundo está cada vez pior. Há sempre um novo problema a destacar. Quanto mais mortes, destruição e desespero, melhor. Tal como diz um manual dinamarquês do jornalismo, "uma boa história é, normalmente, uma má notícia".
Em raras ocasiões se transmitem histórias inspiradoras e de progresso. Quando isso acontece, são sentidas como um prazer culposo. Por isso, costumamos pensar que o mundo está numa situação pior do que na realidade está - mesmo que achemos que as nossas vidas estão a melhorar.
Vejamos o seguinte: desde 1978 que se pergunta aos consumidores norte-americanos se a sua situação financeira está melhor ou pior do que no ano anterior. Nos últimos 25 anos, uma média de 38% respondeu que está melhor, ao passo que 32% dos inquiridos consideraram que tinha piorado. No entanto, quando lhes é feita a mesma pergunta sobre a economia dos EUA, no seu conjunto, 74% têm dito, em média, que está pior, contra 38% que consideram que está melhor. Mais pessoas acham que as suas vidas estão a melhorar, mas consideram que os outros estão piores, talvez devido à persistente propensão dos jornalistas para reportarem as más notícias.
O fenómeno não se cinge aos Estados Unidos. Desde 1977, a Gallup International tem realizado inquéritos às pessoas de todo o mundo sobre se acham que as suas vidas estão melhores no ano seguinte do que no ano anterior. Para 2014, quase 50% dos inquiridos disseram que as suas vidas estarão melhores, tendo apenas 20% respondido que estarão pior. Mas quando lhes foi pedida a opinião sobre como é que a economia mundial estará, o resultado é muito equilibrado, com 32% convictos de que estará melhor e 30% a responderem que estará pior.
Assim, há que retroceder um pouco e reconhecer que muitos indicadores apontam para um mundo em processo de melhoria. Os novos dados do Banco Mundial dizem que a proporção das pessoas extremamente pobres foi reduzida em mais de 50% nos últimos 30 anos, de 42% da população mundial em 1981 para 17% em 2010. Apesar de 1,2 mil milhões de pessoas do mundo desenvolvido viverem ainda com menos de 1,25 dólares por dia - um problema que temos sem dúvida de combater - a taxa de pobreza extrema nunca esteve tão baixa. Os economistas estimam que, em 1820, mais de 80% da população mundial era extremamente pobre.
Da mesma forma, analisemos as extraordinárias melhorias a nível da educação. Actualmente, o analfabetismo continua a afectar 20% da população mundial, mas esse problema foi drasticamente reduzido face aos estimados 70% em 1900. No próspero Ocidente, o rápido crescimento dos níveis de literacia foi alcançado em inícios do século XX. Nos países em desenvolvimento também se observaram melhorias igualmente substanciais (e contínuas) de 1970 a 2000, com a China a apresentar o avanço mais significativo.
Os custos de uma educação deficiente são enormes. A título de exemplo, o Paquistão e a Coreia do Sul tinham mais ou menos o mesmo nível de educação e de rendimentos em 1950. Actualmente, os sul-coreanos têm, em média, 12 anos de estudos, ao passo que um típico paquistanês tem menos de seis anos de escolaridade. O rendimento per capita da Coreia do Sul aumentou 23 vezes neste período, ao passo que o do Paquistão apenas triplicou.
A par com o Consenso de Copenhaga, os economistas têm tentado avaliar o custo do analfabetismo. Estimamos que se não houvesse analfabetismo em 1900, o mundo estaria mais rico em 240 mil milhões de dólares (ajustados à inflação), o que equivaleria a cerca de 12% do PIB mundial da época. Assim, pode dizer-se que o problema do analfabetismo global em 1900 custou ao mundo 12% do PIB. Actualmente, o custo global do analfabetismo diminuiu para 7% do PIB. Em 2050, quando o analfabetismo atingir cerca de 12%, o custo terá sido reduzido para 3,8% do Produto Interno Bruto.
Da mesma forma, a guerra comporta um elevado custo económico e humano. No entanto, se bem que as imagens de guerra que agora vemos sejam mais imediatas e intensas do que nunca, a nossa percepção de conflito omnipresente está errada. No século XX, os conflitos vitimaram 140 milhões de pessoas, incluindo os 78 a 90 milhões das duas guerras mundiais.
A boa notícia, que não costuma ser mediatizada (precisamente porque é boa), é que os cenários em que os gastos militares são mais elevados, iguais ou inferiores no futuro sugerem que os elevados custos militares do século XX se transformaram naquilo que parece ser um permanente dividendo da paz. A Primeira Guerra Mundial custou cerca de 20% do PIB global e a Segunda Guerra Mundial custo praticamente o dobro.
Quando analisam o custo de um conflito, os economistas do Consenso de Copenhaga estimam os custos reais das despesas militares globais. Se também se tomar em consideração as vidas perdidas em batalha, a estimativa aumenta em cerca de 50%.
Segundo estas estimativas, os custos militares anuais no século XX ascenderam, em média, a cerca de 5% do PIB. Mas, desde o recorde de 7% com a Guerra da Coreia, os custos globais diminuíram de forma constante, atingindo 3,5% em 1980 e cerca de 1,7% actualmente. Mesmo um panorama pessimista aponta um aumento para apenas 1,8% em 2050; num cenário mais optimista, os custos militares descerão ainda mais: 1,6% do PIB.
Há ainda muitos problemas no mundo, tal como os meios de comunicação social nos lembram todos os dias. E temos de nos concentrar em eliminar a pobreza, erradicar o analfabetismo e promover a paz. Mas também temos de nos lembrar que o mundo, no geral, é um lugar melhor do que pensamos.
JN
António Pedro Escreveu:Esta notícia já não é nova, inclusive o Pres. Cavaco Silva já chegou a fazer referência a isso...daqui a 25 anos! É o envelhecimento da população.
Não é por acaso que 25% da população Portuguesa vive na miséria, a classe média já era, e vão-se acumulando dividendos das carteiras de quem mais tem, e as políticas de pagar cada vez menos vão crescendo. Compreendo que muitos queiram "fugir" na procura de uma vida mais digna...e não são só os mais jovens...muitos são os que andam nos 40´s e 50´s a mais ainda. Quando temos certas classes banalizadas, tratadas como trabalhadores insignificantes como se em nada contribuíssem para o desenvolvimento do nosso País, não é de espantar existir desconfiança quanto ao resultado de um possível esforço de uma vida...
Uma coisa é certa...Portugal tem um enorme potencial como residência para quem pretende gozar de uma boa reforma...se calhar já começa a ser para os muitos que vêm de outros países.