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Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 16/2/2014 22:04
por ocart
È lamentável que expulsem Homens Integros, Dedicados e sem nome nas capas dos Jornais por burlas ou corrupção. É o Normal: Não se pode ser muito competente pois o lema é "Quanto mais incompetente melhor". São mais manobráveis os yes man que aceitam tudo só pelo emprego que têm (politica), segundo palavras de Medina Carreira.

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 16/2/2014 1:00
por mcarvalho

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 15/2/2014 19:21
por mcarvalho
http://expresso.sapo.pt/expulsoes-e-div ... co=f855454





Expulsões e divisões - do PSD ao Bloco
Henrique Monteiro
8:00 Quarta feira, 12 de fevereiro de 2014
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Penso que uma das características mais negativas do modo fazer política em Portugal é a intolerância. O mal não será só português, basta ver aqui ao lado em Espanha para se encontrar algo muito semelhante, mas é do nosso país que me vou ocupar.

Ontem foi notícia que António Capucho ia mesmo ser expulso do PSD. Que fez Capucho? Apoiou, numas eleições autárquicas, um candidato que não era apoiado pelo PSD. Vejamos, um pouco mais pormenorizadamente, o problema. Um partido tem os seus estatutos e neles estão os direitos e deveres dos militantes. Não contesto a legalidade - face aos estatutos - dessa expulsão. O que coloco em causa é estatutos partidários dessa natureza, que aliás são comuns à generalidade dos partidos. Por que motivo um cidadão ao apoiar, no geral, como sempre se faz, a mundividência, a forma de estar, os objetivos políticos de um partido, tem de estar de acordo com todos os atos que esse partido desenvolve? Um militante do PS, do PCP, do CDS ou do PSD têm de pensar, ou pelo menos não expressar o contrário, que o melhor candidato a Carrazeda de Ansiães, a Melgaço, a Castro Marim ou ao Alandroal é o nome proposto pelo seu partido? Não pode discordar? Não pode achar que o nome proposto por outro partido, ou por um movimento de independentes, como foi o caso de Capucho em relação a Sintra, é melhor? Não pode achar melhor para o país o terceiro nome da lista de outro partido do que o terceiro nome da lista do seu partido? Não o pode dizer? Não pode mesmo pensar que o líder de outro partido, num determinado momento histórico, serve os interesses do país melhor do que o seu próprio líder?

Nos EUA havia os democratas por Reagan (conjunto de apoiantes do Partido Democrático que apoiaram Ronald Reagan), como houve os Republicanos por Clinton. É normal! Não se impõe a militantes e membros que pensem como os aparatchiks, os burocratas e os dirigentes do seu partido. Isso é dar o poder não aos militantes, aos que formam o partido, mas aos seus líderes e aos seus acólitos e sacristães. É afastar dos partidos os espíritos mais lúcidos e independentes e ficar com a carneirada.

Veja-se o caso do Bloco, noutro lado do espetro político. As trapalhadas com o 3D e com o Partido Livre (independentemente do mérito daqueles movimentos); a recusa em negociar, em partilhar é a constante. Na substância, não é diferente do que faz o aparelho do PSD (como o do PS e o do CDS fazem também, neste último bastou-me ler um artigo de José Ribeiro e Castro para ficar elucidado de como Portas trata as minorias). E recorde-se que, neste aspeto, ninguém leva a palma ao PCP - anos recentes estão aí a prová-lo.

Os partidos têm tendência a tornar-se em prisões para os seus próprios militantes, recompensando a fidelidade com os tachos que podem. Estão muito longe de ser aquilo que se idealizava - clubes de debate, espaços de liberdade entre pessoas com visões semelhantes do mundo. A intolerância cataloga cada pessoa, cada cidadão, não pelo seu mérito, não depois de analisar e ponderar aquilo que cada um pensa, mas de um modo totalmente utilitário e totalitário: o que ele diz, o que ele faz é-nos benéfico ou prejudicial? E neste nós não está contido o país, mas apenas a pequena seita, o pequeno núcleo, o ínfimo eleitorado dos yes-men que aplaudem, ululantes, a repressão aos que ousam o delito de opinião, como dantes um pobre crente aplaudia os autos-de-fé da Inquisição.

Diz-se que quando o precursor da reforma Jan Huss, acusado de heresia pelo Concílio de Constança, foi queimado em Praga, em 1415, uma velhinha percorreu uma distância considerável para colocar, ela própria, mais galhos secos na fogueira que teimava em não arder. Foi quando Huss exclamou 'O sancta simplicitas' (ó santa ignorância"). Já estão a ver quem, nos nossos partidos, são hoje herdeiros daquela velhinha.

Twitter:@HenriquMonteirohttps://twitter.com/HenriquMonteiro Facebook:http://www.facebook.com/pages/Henrique-Monteiro/122751817808469?ref=hl



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/expulsoes-e-div ... z2tPsBnQbX

comentário meu

'O sancta simplicitas' (ó santa ignorância"). Já estão a ver quem, nos nossos partidos, são hoje herdeiros daquela velhinha


Pilatos também perguntou :

quem quereis que VIVA... Cristo ou Barrabás?

e o povo influenciado ... escolheu o ---- LADRÃO!!!!!

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 17:35
por RedNeT
Mas alguém duvida que caso a lista do Capucho ganhasse, ele a esta hora ainda estava no PSD.O PSD se fosse um partido em condições tinha aplicado as suas regras ainda antes das eleições.
Farto destes partidos políticos ...

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 15:30
por mcarvalho
Sã convivencia e educação

in J negocios

"Não andamos aqui a matar ninguém"

13/02/2014

Alexandre Soares dos Santos, que durante quatro décadas liderou o grupo JM, até 2013, mas que "há meses" não entra na companhia, acusou hoje os media de fazerem uma campanha contra a grande distribuição, e em defesa da agricultura.

O tema das relações entre os grupos de distribuição alimentar e os fornecedores e produtores está na ordem do dia, a uma semana de entrada em vigor dos diploma sobre Práticas Individuais Restritivas de Comércio (PIRC) que promete regras (e coimas) mais apertadas para o sector do comércio. As duas partes tem vindo a trocar acusações mútuas desde que o diploma foi publicado em diário da República há umas semanas.

"Estou farto", defendeu esta quinta-feira Alexandre Soares dos Santos, que a JM seja tratada como "máquina trituradora" e que "não paga a fornecedores".

"Nós não andamos aqui a matar ninguém", afirmou durante a cerimónia de inauguração do novo centro de distribuição da JM em Silves.

Defendendo que mantém boas relações com os fornecedores, o antigo CEO da JM questionou mais tarde, aos jornalistas: "quem é que não está connosco? Quem não está connosco são os pequenos agricultores porque não se querem organizar em cooperativas".

Alexandre Soares dos Santos reiterou os números do grupo de distribuição: nos últimos anos, defendeu, a JM investiu 1,5 mil milhões de euros, criando 10 mil empregos. Contas feitas aos últimos cinco anos de crise, acrescentou, foram 540 milhões de euros os investidos pela JM em Portugal, criando 1.200 empregos, somou.

Mas assumiu que "para dar retorno accionista", a empresa cotada, e da qual a família Soares dos Santos detém a maioria de capital, precisa "de dar lucros".

"Só prestamos bons serviços"
Na defesa dos grupos de distribuição, Alexandre Soares dos Santos, que se apresentou como orador convidado - "agradeço à direcção da JM se ter lembrado que estava vivo", afirmou - chegou mesmo a elogiar a rival liderada por Paulo Azevedo.

"Empresas como a Sonae", disse, baixaram os preços, travaram a inflação e melhoraram os produtos do ponto de vista da segurança alimentar, defendeu. "Só prestamos bons serviços", sublinhou, reiterando o "rigor" do sector.

Na defesa, já afirmada noutras alturas, que como investidor é "muito mais bem recebido" no estrangeiro, Alexandre Soares dos Santos apontou baterias para os mais críticos: "gostam muito mais, se calhar, de ver uma PT desaparecer" para o Brasil, questionou.

"A minha família nunca vai vender" o grupo, disse mais uma vez, mas "gostamos também de ter algum estímulo". Mas "nós não fugimos aos impostos", frisou.

"O que é que queremos?", respondeu o ex-gestor a um jornalista presente, questionado sobre a atitude de Portugal para com o grupo, "que nos deixassem trabalhar sem nos insultarem", respondeu.

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 12:54
por habanero04
Por mim podem expulsar a pandilha política toda mas é para fora do País. :arrow:

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 12:33
por nmprc
mcarvalho Escreveu:
nmprc Escreveu:
pingu123 Escreveu:Em minha opinião, quem não cumpre as regras básicas de uma organização, não deve pertencer à mesma, seja aqui no caldeirão, seja na política ou noutra qualquer. Se tiver o mínimo de bom senso, deve até ser o próprio a sair. Quanto ao caso em concreto do Dr. Capucho, creio que o mesmo tinha outras formas de discordar da direção do partido sem ser necessário desrespeitar os estatutos, como o tem feito a Manuela Ferreira Leite ou o Marcelo Rebelo de Sousa.


Isso mesmo. Há regras, há estatutos que devem ser respeitados. Quando o AC se candidata contra o partido devia imediatamente ter abandonado o PSD.

Não me parece que este assunto mereça grande relevância



Normalmente , um Fundador de qualquer coisa, cria com um determinado objectivo e establece regras.

Portanto, das duas uma .. ou o Capucho não cumpriu as regras que ele próprio criou ao fundar o partido , ou alguém tomou o partido e subverteu as regras .

Qualquer que seja o caso , penso não se devia ter atingido este extremar de posições.

Se merece relevancia ou não .. isso fica ao critério de cada um .


Expressei-me mal... tanto merece relevância, que eu próprio comentei a questão. :) E talvez não me tenha explicado bem... Quando o PSD escolhe um determinado candiadato à Camara de Sintra (mal escolhido, na minha opinião), e o António Capucho decide candidatar-se na lista de outro candidato (o candidato certo, na minha opinião), deveria ter sido o próprio António Capucho a demitir-se do PSD!

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 11:44
por mcarvalho
nmprc Escreveu:
pingu123 Escreveu:Em minha opinião, quem não cumpre as regras básicas de uma organização, não deve pertencer à mesma, seja aqui no caldeirão, seja na política ou noutra qualquer. Se tiver o mínimo de bom senso, deve até ser o próprio a sair. Quanto ao caso em concreto do Dr. Capucho, creio que o mesmo tinha outras formas de discordar da direção do partido sem ser necessário desrespeitar os estatutos, como o tem feito a Manuela Ferreira Leite ou o Marcelo Rebelo de Sousa.


Isso mesmo. Há regras, há estatutos que devem ser respeitados. Quando o AC se candidata contra o partido devia imediatamente ter abandonado o PSD.

Não me parece que este assunto mereça grande relevância



Normalmente , um Fundador de qualquer coisa, cria com um determinado objectivo e establece regras.

Portanto, das duas uma .. ou o Capucho não cumpriu as regras que ele próprio criou ao fundar o partido , ou alguém tomou o partido e subverteu as regras .

Qualquer que seja o caso , penso não se devia ter atingido este extremar de posições.

Se merece relevancia ou não .. isso fica ao critério de cada um .

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 11:26
por nmprc
pingu123 Escreveu:Em minha opinião, quem não cumpre as regras básicas de uma organização, não deve pertencer à mesma, seja aqui no caldeirão, seja na política ou noutra qualquer. Se tiver o mínimo de bom senso, deve até ser o próprio a sair. Quanto ao caso em concreto do Dr. Capucho, creio que o mesmo tinha outras formas de discordar da direção do partido sem ser necessário desrespeitar os estatutos, como o tem feito a Manuela Ferreira Leite ou o Marcelo Rebelo de Sousa.


Isso mesmo. Há regras, há estatutos que devem ser respeitados. Quando o AC se candidata contra o partido devia imediatamente ter abandonado o PSD.

Não me parece que este assunto mereça grande relevância

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 10:45
por mcarvalho
Brunomanco Escreveu:o que é o IDP ??? é uma iniciativa livre da sociedade civil? ou é um instituto pago pelo estado com empregos e ordenados?




http://idportuguesa.pt/?page_id=6613


http://idportuguesa.pt/

ab

mcarvalho

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 10:41
por pingu123
Em minha opinião, quem não cumpre as regras básicas de uma organização, não deve pertencer à mesma, seja aqui no caldeirão, seja na política ou noutra qualquer. Se tiver o mínimo de bom senso, deve até ser o próprio a sair. Quanto ao caso em concreto do Dr. Capucho, creio que o mesmo tinha outras formas de discordar da direção do partido sem ser necessário desrespeitar os estatutos, como o tem feito a Manuela Ferreira Leite ou o Marcelo Rebelo de Sousa.

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 10:25
por Beruno
o que é o IDP ??? é uma iniciativa livre da sociedade civil? ou é um instituto pago pelo estado com empregos e ordenados?

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 8:19
por rasatlab
Facilmente arranja um lugarzito no PS. O que todos eles querem é tacho e protagonismo e quando a coisa virar ...!
Ele nunca conseguiu digerir o facto de não ter sido escolhido para Presidente da Assembleia da República! Muita azia!

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 2:21
por atomez
De facto, vivemos numa Partidocracia.

Ser político é muito simples: distribuir, ou pelo menos prometer, favores, benesses, privilégios, regalias, mordomias, em troca de apoio político.

Estudo mostra que boys ajudam a controlar administração pública

Tese de doutoramento de investigadora de Aveiro analisou 11 mil nomeações em 15 anos e concluiu que a maioria serviu para recompensar lealdades partidárias.

(porque será que isto não me surpreende?)

Re: Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundam

MensagemEnviado: 13/2/2014 1:56
por mcarvalho
outro que seria expulso

Re: Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundamento

MensagemEnviado: 13/2/2014 1:26
por rg7803
Sr_SNiper Escreveu:Eu sou a favor que se expulse malta de vez em quando quando nunca falam de mercados e só de off-topics, de resto é indiferente, e quando são mal educados também sou a favor



Epá....leste-me os pensamentos....
Uma vassourada de vez em quando...

Re: Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundamento

MensagemEnviado: 13/2/2014 1:14
por Sr_SNiper
Eu sou a favor que se expulse malta de vez em quando quando nunca falam de mercados e só de off-topics, de resto é indiferente, e quando são mal educados também sou a favor

Capucho -Fundador .. Expulsões .. Sim ou Não? e o Fundamento

MensagemEnviado: 13/2/2014 1:09
por mcarvalho
COMUNICADO SOBRE A EXPULSÃO DE ANTÓNIO CAPUCHO

Não cabendo ao Instituto da Democracia Portuguesa (IDP) em regra, pronunciar-se sobre a vida interna dos partidos, a expulsão de António Capucho, do PPD/PSD, emblemática da expulsão de mais quase uma centena de militantes, revela uma degradação da vida partidária a ser denunciada e combatida.
Que um partido expulse de modo cego um seu fundador é situação que só tem paralelo nos anos 30 do século XX, nos comunistas europeus. As purgas e o banimento social são a marca de partidos intolerantes e de dirigentes totalitários ou burros, mas, em ambos os casos, desavergonhados. A nova mocidade portuguesa passista, de fardeta neo-liberal, revela o que tem de pior com estas expulsões.
Considera o IDP que a aplicação cega do regulamento de disciplina, em vez da sagaz negociação com um fundador e dirigente histórico que deu continuadas provas de lealdade e prestou 40 anos de serviço à Pátria e a um Partido, revela o deserto de ideias em que se tornou o PPD /PSD. Que precisa ser restaurado dentro de uma reforma geral do sistema político.
António Capucho tem uma das carreiras políticas mais notáveis dos últimos quarenta anos. Dificilmente encontramos em Portugal e na Europa, quem tenha desempenhado tantos cargos e com coerência: ministro, parlamentar, autarca e dirigente partidário.
António Capucho apoiou as candidaturas da Oposição Democrática, em 1969, CEUD, e em 1973, CDE. Tendo aderido ao PPD em 1974, ocupou os cargos de secretário-geral adjunto (1975-1978), secretário-geral (1978-1983) e (1998-1999), vice-presidente (1987-1989, 1996-2000) membro da Comissão Política Nacional. Foi Deputado à Assembleia da República (1980-1999) e presidiu ao Grupo Parlamentar em (1984-1987 e 1999-2001).
Elemento preponderante da governação durante um quarto de século, integrou o VIII GC como Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, exercendo depois o cargo de Ministro da Qualidade de Vida no IX Governo. Foi Ministro dos Assuntos Parlamentares, entre 1987 e 1989, data em que assume a coordenação do Grupo Europeu do PSD e é vice-presidente do Parlamento Europeu 1989-1998. Cabe realçar ter sido o primeiro titular da pasta do Ambiente.
No PPD/PSD desempenhou a maioria dos cargos relevantes exceptuando o de Presidente. No Parlamento Europeu teve papel relevante, procurando manter o PSD na ALDRE (Aliança Liberal Democrata e Reformista Europeia) contra o abandono em prol do PPE conservador. Europeísta consequente, é autor de A União Europeia. O que é e como funciona (1994), União Europeia a 15 (1996) e De Roma a Amesterdão (1997).
Na sua carreira política, foi ainda presidente da Câmara Municipal de Cascais em 2001, 2005 e 2009, tendo renunciado ao mandato em Janeiro de 2011.
A experiência política de António Capucho é impar. Em momentos de crise do país em que existe a necessidade de novos paradigmas e gente segura, esta experiência seria um bem que qualquer partido deveria preservar a todo o custo.
O PPD/PSD seguiu uma via diferente: o diretório de Passos Coelho expulsou um fundador, como se esse acto extremista o libertasse dos erros da falsa austeridade que praticou, pratica e praticará. Antes de expulsar homens, o PSD já tinha expulsado o humanismo. Antes de liquidar este social-democrata, já tinha liquidado a social-democracia. Antes de expulsar esta pessoa, já expulsara as pessoas das suas prioridades.
Por tudo isto, não estamos perante um assunto interno do PPD/PSD mas perante um assunto de vida ou a morte da democracia portuguesa, enxovalhada com este ato, e a exigir uma reparação e um novo impulso.
Resta-nos augurar a António Capucho uma nova etapa política cheia de felicidades pessoais e pelo bem comum do país.

A Direção do IDP
Lisboa, 12 de Fevereiro de 2014