Muito bons ventos se adivinham.
Se amanhã a Alemanha (quando todos menos esperam) anunciasse que tenciona sair definitivamente do Euro, seria um milagre para os restantes países da zona euro. O BCE sediado em Frankfurt voltava a rever os estatutos e grande parte da influência alemã sairia do Euro, voltando obviamente a Alemanha ao Mark.
Todos os países da zona euro excepto a Alemanha iriam ver melhorada a sua capacidade de concorrência e passaria a Europa a uma economia bastante mais dinâmica com o exterior. As pessoas a prazo iriam obter muito maior poder de compra, ou pelo menos iriam ver mais dinheiro na carteira, ou mais oportunidades de ganhar mais, sendo que os activos imoveis que agora se compraram no pós crise, iriam valorizar brutalmente, fazendo mesmo rico qualquer pessoa que tivesse uns hectares de terra.
Mas a Alemanhã não prescinde do Euro até o ajustamento estar todo feito. A Alemanha quer garantias seguras de todos os parceiros de negócios quer dentro ou fora do euro. É impossivel pensar na saída da Alemanha porque isso iria acarretar bastantes custos internos aos alemães, quase o mesmo do que se prepararem no limite para reaver todo dinheiro emprestado aos parceiros da zona euro.
O FMI já se descartou da Europa e não mais cá volta tão depressa.
O BCE está a adiar o inevitavel que é colocar juros a 0,1% de forma a fazer circular ainda mais o dinheiro. Estamos em Portugal com a 3ª inflação mais baixa da zona euro e todos sabemos que os Bancos Centrais podem perder o controlo da situação se deixarem resvalar as economias para deflação. Sair de uma deflação é muito mais penoso e demora mais tempo do que sair de uma inflação de zero%.
Se os Alemães não estiverem dispostos já este mês a dar indicações ao BCE para inflacionar o sistema, então, cairemos na deflação. O BCE precisa urgentemente este mês de resolver, inflacionando o euro, depreciando-o de forma a que os governos, as câmaras, as empresas, as famílias, as pessoas, passem a ter mais dinheiro na carteira. Isso implica uma depreciação do euro para perto do dólar. Isso teria como consequência numa maior dinâmica das exportações, maior inflação e mais dinheiro no bolso, e uma valorização brutal de todo tipo de imoveis.
Será que os reformados alemães já têm todos casa em Portugal e periféricos?