VirtuaGod Escreveu:Não te metas nisso
É simples e complicado
Provavelmente de forma simples simples para fazer hedging de curto prazo usaria uma posição num ETF estilo FXE ou UUP. Terias de comprar FXE em posição igual à das obrigações para cobrir a posição longa em USD ao comprares a obrigação da costa rica.
Nunca usei CFDs mas era capaz de funcionar bem tb. Depois tens futuros e opções mas futuros é montantes elevadíssimos e opções é provavelmente a forma mais complicada e normalmente não é para curto prazo!!
Basicamente (alavancado ou não) tens de comprar euros em montante igual ao que terás nas obrigações da Costa Rica.
Eu também pensei nesta questão de hedge cambial, usando os ETFs de moeda, para isso, FXE, para EURUSD, usando uma conta em EUR para comprar activos em USD, e usando conta em USD, para comprar activos noutras moedas, o FXA e FXB, para respectivamente, USDAUD e USDGBP. Mas reparei, que era muito complicado e que as desvantagens iriam ultrapassar as vantagens. Se comprasse, por exemplo, activo A em USD, no valor de 1.000 USD. Teria de comprar 1.000 USD em FXE, para cobrir a compra do activo A:

se o activo A se valoriza-se ou desvaloriza-se, teria aumentar ou diminuir o FXE?

se o activo A, paga-se dividendos/cupões/juros, teria que aumentar o FXE?
Ora a resposta seria sim, se quisesse estar coberto. Mas isto iria trazer mais custos:

os de transação.
1ª DESVANTAGEM 
se o activo A tivesse valorização ou desvalorização cambial, o FXE a 100% do valor do activo, o retorno deste investimento seria nulo, seria um "zero-sum game", dando 1 exemplo, activo A desvaloriza devido ao EURUSD,
-1.5%, se o FXE for 100% do valor do activo A e se seguir a 100% o EURUSD, teríamos, no FXE, um retorno de
+1.5%. Resultado = 0% de retorno.
2ª DESVANTAGEMMas era preciso, que a cobertura (FXE) tivesse sempre a acompanhar o valor do próprio activo a 100%, e que tivesse sempre a acompanhar o par EURUSD a 100%.

A acontecer estes 2 cenários, teríamos um problema, teríamos que duplicar o valor sempre a 100% durante o investimento, poderia eventualmente trazer o problema de liquidez.
3ª DESVANTAGEM 
Como usamos 1 ETF, este traz comissões, de transação e de pagamento de dividendos.
3ª DESVANTAGEM 
Como tens pagamentos de cupões de obrigações e de dividendos do ETF, ambos em USD, a entrar numa conta em EUR, levas com o spread de câmbio do intermediário financeiro (IF)
4ª DESVANTAGEM 
Mas vamos pôr outro cenário, tudo corre bem, e o valor de saída do investimento no activo, a nivel cambial, seria aproximadamente o mesmo, ganhos/perdas residuais cambiais. O dinheiro no FXE, ficou empatado, com as mesmas ganhos/perdas residuais, se retiramos os custos de transação, os custos dos pagamentos dos dividendos do FXE (tanto fiscais, como de comissões sobre os dividendos), das perdas infligidas pelos spreads do IF, tens ainda: perdas através da inflação
6ª DESVANTAGEM e da oportunidade em que poderia usar o dinheiro do FXE, noutro investimento,
7ª DESVANTAGEM, no fim acaba-se por um "negative-sum game".
8ª DESVANTAGEMEu para tentar fugir a estas desvantagens, criei uma conta em USD, só levo com spreads cambiais do IF na compra e venda de USD, ou inicio e fecho da conta, respectivamente, controlo o timing de entrada em USD na abertura e na saída com o fecho da conta em USD, eliminando perdas cambiais. E assim controlo, os spreads cambiais de cada vez que negocio os activos em USD, e controlo também estes mesmos spreads nos pagamentos de cupões/dividendos/juros. Devido a usar a conta em USD, não incorro em custos de transação e de pagamento de dividendos do ETF. Para além de não ter empatado dinheiro, que poderá perder valor para a inflação e que poderia ser usado noutro investimento. Esta é a minha maneira que encontrei para minimizar os efeitos negativos de usar USD, através do EUR.