
Euroverde, isso parece uma previsão à gaspar sobre o tempo, as temperaturas sobem estupidamente aquecendo a economia, e depois tendem a arrefecer.




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Muffin Escreveu:A questão não creio que seja sobre se a desvalorização traz prosperidade, mas antes se a não desvalorização não acarretará custos incomportáveis.
brunojsn Escreveu:
Os Estado Portugues sempre resolveu este tipo de problema com desvalorizacao da moeda e sempre resolveu. Suecia e Finlandia sao mais um exemplo de sucesso deste tipo de solucao.
lfhm Escreveu:
... estar mandar culpas lá para fora a dizer que estamos mal porque nos deram melhores condições de acesso ao crédito não será muito sensato.
lfhm Escreveu:
A questão do valor da dívida não será o maior problema mas a capacidade da amortizar e o peso dos juros no orçamento.
lfhm Escreveu:
A questão não era reduzir as despesas das empresas mas sim tornar o país atractivo ao investimento estrangeiro e ao empreendedorismo. Vide modelo Irlandês.
lfhm Escreveu:Não se está a conseguir fazer? Vê lá bem o balanço das importações/exportações nos últimos 3 anos!
lfhm Escreveu:Não se pode comparar países nórdicos com país periféricos. Num país nórdico as políticas esquerdistas funcionam muito bem porque as pessoas respeitam o estado como sendo património pessoal e não têm problemas nenhuns em pagar impostos altos. Os nórdicos têm uma sociedade equilibrada com níveis de produtividade elevados não porque trabalham mais horas mas porque o valor agregado por hora de trabalho é muito superior ao português por exemplo.
lfhm Escreveu:Já agora já pensaste quanto iria custar um litro de gasolina caso se volte ao escudo? Sem energia não há exportações para ninguém.
brunojsn Escreveu:lfhm Escreveu:Os países de sul tem problemas originados por conta própria ninguém a não ser os mesmos e anos sucessivos de más políticas foram responsáveis pelos mesmos.
Se eu ponho um individuo a fazer algo para o qual eu sei que ele não está preparado, a culpa é de quem? Minha ou dele?lfhm Escreveu:
Isso até teria lógica se nós não fossemos os principais prejudicados com a situação. Agora estar mandar culpas lá para fora a dizer que estamos mal porque nos deram melhores condições de acesso ao crédito não será muito sensato.brunojsn Escreveu:O maior problema do Euro foram as condições de adesão, que seguiram uma lógica invertida. O ajustamento deveria ter sido obrigatório numa fase pré Euro. Causa VS Consequência.
Concordo, mas é possível fazer o ajustamento nestas condições? Com 130% de dívida? Com 18% de desemprego.
brunojsn Escreveu:
A TSU... mas quem é que acredita que as empresas portuguesas debaixo de uma crise destas iam pegar no dinheiro da TSU e investir? Iam guardar para mais tarde e diziam obrigadinho. Até as entidades patronais se manifestaram FORTEMENTE contra a iniciativa porque ia reduzir-lhes as vendas ainda mais e fazer precipitar as falências ainda mais depressa. Foi colocar empregradores contra empregados. Muito giro só na teoria.
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brunojsn Escreveu:lfhm Escreveu:
Sendo assim qual é vantagem de mudar de moeda?
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A vantagem de desvalorizar a moeda é fazer aquilo que não se está a conseguir fazer de mais maneira nenhuma, promover o consumo interno e penalizar o consumo externo.
Foi assim que a Finlandia e Suécia resolveram um problema idêntico nos anos 90. Reformas mas com desvalorização da moeda e redução das taxas de juro para travar o problema no curto prazo e fomentar a economia interna.
lfhm Escreveu:O deslocamento não é difícil o maior problema é a barreira linguística e cultural.
lfhm Escreveu:Os países de sul tem problemas originados por conta própria ninguém a não ser os mesmos e anos sucessivos de más políticas foram responsáveis pelos mesmos.
lfhm Escreveu:O maior problema do Euro foram as condições de adesão, que seguiram uma lógica invertida. O ajustamento deveria ter sido obrigatório numa fase pré Euro. Causa VS Consequência.
lfhm Escreveu:Os fundos Europeus funcionaram e funcionam como mecanismo de distribuição e transferência dos ricos para os pobres, o resultado foi o que se vê...
Qual é a motivação que um Alemão tem para enviar mais dinheiro?
lfhm Escreveu:
A forma mais fácil de atrair capitais é tornar o país apelativo ao investimento o que foi feito até agora?
- Estado continua gordo
- Impostos ás empresas e sobre o capital são um abuso (bem que o Gaspar queria atacar a TSU veio logo o Zé Povinho a dizer que só quer vinho e sardinhas)
- Justiça nem se fala...
lfhm Escreveu:
Sendo assim qual é vantagem de mudar de moeda?
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lfhm Escreveu:- Impostos ás empresas e sobre o capital são um abuso (bem que o Gaspar queria atacar a TSU veio logo o Zé Povinho a dizer que só quer vinho e sardinhas)
brunojsn Escreveu:Dívida continua a aumentar, austeridade continua, vendas a retalho caiem há 29 meses consecutivos, desemprego aumenta, crises políticas, agitação social, medo nos consumidores (até já nas poupanças)..
Os americanos tinham e têm razão desde o início.
"Não estão reunidas as condições na europa para uma moeda única funcionar. Temos pouco mais do que uma simples paridade de moedas que historicamente no mundo sempre se demonstraram insustentaveis no longo prazo."
A Europa, deslumbrada pelo sucesso do projeto europeu, precipitou-se para algo para o qual ainda não estava, nem está, preparada. E agora recusa-se a admitir o erro e luta (o Sul desesperadamente) contra o inevitavel.
Errar é humano, teimosia é contra-producente e destrutivo.
O "compromisso político" da alemanha pela sobrevivência do Euro é muito mais fácil. Eles até têm alguns beneficios com esta crise com taxas de juros por vezes abaixo de zero. Emprestimos a países intervencionados com juros interessantes. Acesso a mão-de-obra jovem barata e bem formada do sul da europa. Enquanto procuram mercados alternativos para escoar produtos, e apresenta-se a oportunidade de governar diretamente Estados Membros.
Quem realmente tem um verdadeiro e penoso compromisso político com o Euro são os países intervencionados, que têm o tecido produtivo a ser destruido, as economias a estagnar, taxas de desemprego insustentaveis e agitação social perigosas.
PS e PSD tentaram resolver o problema da dívida sem qualquer sucesso. Uns com individamento a "investir", outros com cortes de despesa.
Está na hora de assumir e enfrentar de vez o problema de frente. Preparar um descolar do Euro de modo planeado, progressivo e suave que permita desvalorizarmos a moeda de modo a restaurar a economia, até concluirmos as reformas estruturais que talvez no futuro nos permita regressar a uma moeda comum na Europa.
Relembro os 3 pilares que os entendidos concordam ser a base de uma moeda comum:
1) Uniao política
2) Sistema fiscal idêntico
3) Fácil deslocamento de populações para zonas prósperas
Alguns defendem a disponibilidade de capital de zonas prosperas para investir em zonas económicas a recuperar, não é emprestar com taxas de juro elevadas.
Todos os critérios estão a meio caminho na europa, e a estabilidade da moeda vive da cooperação facultativa dos Estados Membro e de boa vontade. Não funciona.
Quanto mais cedo admitirmos isto, melhor.
Sem alarmismos, nem pânicos, nem surpresas, nem loucuras. Devagar, planeado, flexivelmente, transparente e verdadeiro.