
Já agora, além de todos os problemas apontados (período de contribuições, progressão dos salários, método de cálculo, etc) convém recordar que embora seja o grosso da despesa (~80%) a contribuição não é para cobrir apenas a reforma/pensão, também é para cobrir o subsídio de desemprego e o subsídio de doença.
São estas as três funções principais da Segurança Social. A reforma é a componente mais importante mas não é a única. O beneficiário está a descontar para estes três benefícios essencialmente.
É um facto, a generalidade não descontou o suficiente para o que recebe durante a reforma. Está espelhado numa série de relatórios e é de fácil aferição, rapidamente com meia duzia de contas se percebe que está longe de ser suficiente. Seja na SS seja na CGA (embora entre os dois sistemas haja uma série de particularidades e diferenças). E não estou a falar dos regimes não contributivos da SS, esqueçamos isso.
Aliás, de uma forma geral (ver os relatórios da OCDE sobre o tema, por exemplo, pensions at a glance) os sistemas de reforma para serem equilibrados, o pensionista deverá receber na ordem de 60% do último vencimento. Um significativo número de países aplicou métodos e cálculos desproporcionados e insustentáveis. Mas Portugal está/estava entre os piores (chegou, segundo o relatório, a ter valores superiores a 100% de "replacement rate").
O "replacement rate" é o ratio entre o valor da reforma e o último vencimento (em termos líquidos, se não me falha a memória). Como digo, em Portugal chegou a ultrapassar os 100%, um completo absurdo...
Uma completa irracionalidade.
São estas as três funções principais da Segurança Social. A reforma é a componente mais importante mas não é a única. O beneficiário está a descontar para estes três benefícios essencialmente.
É um facto, a generalidade não descontou o suficiente para o que recebe durante a reforma. Está espelhado numa série de relatórios e é de fácil aferição, rapidamente com meia duzia de contas se percebe que está longe de ser suficiente. Seja na SS seja na CGA (embora entre os dois sistemas haja uma série de particularidades e diferenças). E não estou a falar dos regimes não contributivos da SS, esqueçamos isso.
Aliás, de uma forma geral (ver os relatórios da OCDE sobre o tema, por exemplo, pensions at a glance) os sistemas de reforma para serem equilibrados, o pensionista deverá receber na ordem de 60% do último vencimento. Um significativo número de países aplicou métodos e cálculos desproporcionados e insustentáveis. Mas Portugal está/estava entre os piores (chegou, segundo o relatório, a ter valores superiores a 100% de "replacement rate").
O "replacement rate" é o ratio entre o valor da reforma e o último vencimento (em termos líquidos, se não me falha a memória). Como digo, em Portugal chegou a ultrapassar os 100%, um completo absurdo...
Uma completa irracionalidade.