
O efeito macroeconómico da descida dos salários é o aumento da competitividade relativa do factor trabalho. É um dos argumentos a favor de descer salários em vez de aumentar impostos. O drama é que o aumento de impostos não vai ter qualquer efeito multiplicativo e de redistribuição porque grande parte desse aumento de impostos irá só e apenas para pagamento da dívida, nem se colocando em grande parte a questão do tamanho do impacto da diminuição do investimento público (o tal que é polémico no que concerne o verdadeiro impacto na economia) e do que é efectivamente menos mau para a economia.
No que me concerne, podendo, diminuir salários é certamente mais eficiente que aumentar impostos porque os estados são quase por definição maus investidores e devem portanto apenas cumprir funções sociais e de redistribuição e pouco mais (sendo que mesmo essas podem ser privatizadas se se provarem mais eficientes que geridas publicamente*). Quem tem sido historicamente mais eficiente é o sector privado, porque de modo perfeitamente natural tem um interesse directo em ser eficiente e em se auto-gerir do melhor modo, ao contrário do estado que tem à partida um conflito de interesses entre o que é uma gestão eficiente e o que assegura a sua própria sobrevivência, que são medidas populistas e certamente pouco eficientes do ponto de vista de gestão e de produção.
* um exemplo disso com graça foi o facto da clínica onde tive os meus filhos (vivia em França nessa altura) ser mais barata que o hospital local, tendo melhores condições hoteleiras que o hospital (mas não tinha uma área de neonatologia, o que era um risco acrescido). O reembolso era total pelo estado apesar de ser uma clínica ultra-simpática, com quartos privativos, excelente serviço e privada.
No que me concerne, podendo, diminuir salários é certamente mais eficiente que aumentar impostos porque os estados são quase por definição maus investidores e devem portanto apenas cumprir funções sociais e de redistribuição e pouco mais (sendo que mesmo essas podem ser privatizadas se se provarem mais eficientes que geridas publicamente*). Quem tem sido historicamente mais eficiente é o sector privado, porque de modo perfeitamente natural tem um interesse directo em ser eficiente e em se auto-gerir do melhor modo, ao contrário do estado que tem à partida um conflito de interesses entre o que é uma gestão eficiente e o que assegura a sua própria sobrevivência, que são medidas populistas e certamente pouco eficientes do ponto de vista de gestão e de produção.
* um exemplo disso com graça foi o facto da clínica onde tive os meus filhos (vivia em França nessa altura) ser mais barata que o hospital local, tendo melhores condições hoteleiras que o hospital (mas não tinha uma área de neonatologia, o que era um risco acrescido). O reembolso era total pelo estado apesar de ser uma clínica ultra-simpática, com quartos privativos, excelente serviço e privada.