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Enviado:
25/1/2013 19:09
por JMHP
mais_um Escreveu:Qualquer semelhança com uns edificios publicos vendidos a empresas do Estado para mascarar o defice é pura ficção....
Parpública autorizou empréstimo à ANA para segurar défice
Sem a receita de 800 milhões, o défice imposto pela ‘troika’ não teria sido cumprido. A Parpública assumiu a responsabilidade pelo empréstimo.
A Parpública autorizou a ANA a contrair um empréstimo junto da banca, o que permitiu à gestora dos aeroportos nacionais entregar ao Estado 800 milhões de euros. Sem esta verba, o Governo não teria cumprido o défice acordado com a ‘troika' para o ano de 2012.
A empresa que gere as participações do Estado, "na qualidade de accionista único da ANA - Aeroportos de Portugal, SA, autorizou a empresa a contrair um empréstimo no montante de 800 milhões de euros junto da banca", confirma fonte oficial do Ministério das Finanças ao Diário Económico. "Nessa qualidade, [a Parpública] assume também responsabilidade por esse mesmo empréstimo", continua a mesma fonte.
http://economico.sapo.pt/noticias/parpu ... 61118.html
É o conhecido "desenrascando" à portuguesa. Infelizmente nunca nos livraremos desse estigma.... A não ser que um dia os nossos credores se fartem definitivamente de nós.

Enviado:
25/1/2013 11:16
por mais_um
Qualquer semelhança com uns edificios publicos vendidos a empresas do Estado para mascarar o defice é pura ficção....
Parpública autorizou empréstimo à ANA para segurar défice
Sem a receita de 800 milhões, o défice imposto pela ‘troika’ não teria sido cumprido. A Parpública assumiu a responsabilidade pelo empréstimo.
A Parpública autorizou a ANA a contrair um empréstimo junto da banca, o que permitiu à gestora dos aeroportos nacionais entregar ao Estado 800 milhões de euros. Sem esta verba, o Governo não teria cumprido o défice acordado com a ‘troika' para o ano de 2012.
A empresa que gere as participações do Estado, "na qualidade de accionista único da ANA - Aeroportos de Portugal, SA, autorizou a empresa a contrair um empréstimo no montante de 800 milhões de euros junto da banca", confirma fonte oficial do Ministério das Finanças ao Diário Económico. "Nessa qualidade, [a Parpública] assume também responsabilidade por esse mesmo empréstimo", continua a mesma fonte.
http://economico.sapo.pt/noticias/parpu ... 61118.html

Enviado:
25/1/2013 0:47
por Mcmad
Duas coisas :
1) Como já muitos de vós já referiram, a dívida pública é
insustentável neste valor sem perdão
2) tenham em atenção que este valor de défice não é o que conta,
Em contabilidade nacional sairá o valor preciso.

Enviado:
25/1/2013 0:10
por MiamiBlue
Elias Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:A ANA serviu para tapar o buraco, nada mais..
Nunca percebi muito bem se as receitas extraordinárias servem ou não para remendar o défice.
No tempo em que a MFL era ministra das finanças, o eurostat não aceitava...
Pelo que é público:
- Os 5% só serão atingidos se o valor da ANA for contabilizado - vontade do Governo;
- O eurostat e o governo ainda andam em negociações.
Mas é indiferente se o eurostat aceita ou não, na realidade o défice nunca será de 5%.
E se temos que olhar para o lado da despesa, os resultados são ilustrativos da brutal destruição da economia, que se traduziu numa redução brutal das receitas.
E para Vitor Gaspar, a pergunta deveria ser: que valor de receita Vitor Gaspar consegue assegurar.. porque destruir 2330 milhões de euros de receita é obra!!!

Enviado:
24/1/2013 23:32
por Elias
MiamiBlueHeart Escreveu:A ANA serviu para tapar o buraco, nada mais..
Nunca percebi muito bem se as receitas extraordinárias servem ou não para remendar o défice.
No tempo em que a MFL era ministra das finanças, o eurostat não aceitava...

Enviado:
24/1/2013 23:29
por MiamiBlue
Comparativamente com o ano de 2011, o Governo arrecadou menos 2.330 milhões de euros.
Num ano em que os impostos subiram significativamente.
E se pensarmos que o objectivo do Governo era arrecadar mais 3,2%, de impostos, face a 2011, então o buraco foi brutal.
Está aqui o resultado das acções de um Governo esqueceu completamente a economia real.
A ANA serviu para tapar o buraco, nada mais..
Continuamos a funcionar com paliativos que nada resolvem do problema de fundo.
Minutos

Enviado:
24/1/2013 18:41
por eba
Antigamente, nos texteis vendiamos minutos por a mao-de-obra ser barata e era um modelo de negocio para Portugal.
O modelo de negocio baseado numa taxa de IRC de 10% também pode resultar no sentido de proporcionar mais emprego e por arraste mais IRS e Cont Seg. Social, etc., de tal forma que compense a perda de IRC.

Enviado:
24/1/2013 17:59
por richardj
cem então e se o IRC vier para 10% e talvez, com um pouco de sorte, a burocracia diminuir um pouco, qual é a probabilidade de começarmos a ser invadidos por chaters de empresas, gradualmente, nos próximos 3 a 5 anos? Assim, umas pequenas e medias industrias, nos arredores de lisboa leixoes e sines hum ?
Re: Comentário

Enviado:
24/1/2013 17:33
por Ulrich
mais_um Escreveu:Cem pt Escreveu:Esta Dívida Pública monstruosa que acumulámos superior a 120% do PIB, face ao frágil tecido empresarial e industrial do nosso País, é insustentável geri-la, quanto mais pagá-la no futuro.
Não há hipóteses de todos os anos se conseguir sequer manter esta Dívida Pública, quanto mais evitar a sua subida permanente e constante, pagando juros superiores a 10.000 milhões de Euros sem ao mesmo tempo termos qualquer hipótese de reduzir o seu capital. Isto é insustentável, se não fizermos mais nada para atalhar soluções radicais continuamos no caminho pré-anunciado para um verdadeiro desastre se o touro não for pegado de frente, digam o que disserem os nossos políticos.
Este montante só em juros anuais representa um desperdício de recursos monumental para o Estado que poderia servir para fazer muita coisa: libertar o aumento de impostos aos cidadãos para aumentar consumo interno, dinamizar investimento público e a criação de emprego, diminuir os encargos sociais, etc, etc.
As pessoas em geral vociferam contra as Agências de Rating que mantêm um outlook negativo, mas quem está minimamente ao corrente do que se passa não pode deixar de lhes dar razão porque a médio e longo prazo só um corte radical destas medidas de mezinhas e asfixia permanente dos cidadãos com cortes de subsídios, salários e aumentos de impostos constantes poderá resultar em algo de diferente.
Como?! Também já o disse várias vezes aqui no Fórum, só temos 2 saídas possíveis: ou num cenário mais radical abandonamos a zona Euro ou então teremos de anunciar mais cedo ou mais tarde um “default” de pedido de perdão da Dívida na ordem dos 25% aos 50%, vai custar muito anunciar isto à população mas a manutenção deste “status quo” do deixa andar para ver o que vai sair desta situação de aperto permanente das contas públicas não augura nada de bom. Claro que ainda há uma 3ª saída mas essa seria um milagre: a descoberta de petróleo em Portugal para passarmos a ser a Noruega do sul da Europa, mas enfim, deixem-me sonhar…
O mal disto tudo é que qualquer que seja a solução encontrada, seja alguma das que sugeri atrás ou outra qualquer que não estou a imaginar nesta altura, logo que a nova situação financeira futura propicie alguma margem de manobra para gastar algum “guito” disponível a nossa classe política logo se encarregará de a desbaratar em dois tempos até regressarmos a um novo período de aflições sem que ninguém seja responsabilizado e culpado, um paraíso para estes senhores à custa de todos nós!
Desde que vi a execução orçamental em Setembro que sou da mesma opinião que tu.
Estou plenamente de acordo com a análise, mas esse processo será a fase seguinte, e irá acontecer no molde que nos permitirem...
Até lá estamos em modo sobrevivência.
Re: Comentário

Enviado:
24/1/2013 16:53
por mais_um
Cem pt Escreveu:Esta Dívida Pública monstruosa que acumulámos superior a 120% do PIB, face ao frágil tecido empresarial e industrial do nosso País, é insustentável geri-la, quanto mais pagá-la no futuro.
Não há hipóteses de todos os anos se conseguir sequer manter esta Dívida Pública, quanto mais evitar a sua subida permanente e constante, pagando juros superiores a 10.000 milhões de Euros sem ao mesmo tempo termos qualquer hipótese de reduzir o seu capital. Isto é insustentável, se não fizermos mais nada para atalhar soluções radicais continuamos no caminho pré-anunciado para um verdadeiro desastre se o touro não for pegado de frente, digam o que disserem os nossos políticos.
Este montante só em juros anuais representa um desperdício de recursos monumental para o Estado que poderia servir para fazer muita coisa: libertar o aumento de impostos aos cidadãos para aumentar consumo interno, dinamizar investimento público e a criação de emprego, diminuir os encargos sociais, etc, etc.
As pessoas em geral vociferam contra as Agências de Rating que mantêm um outlook negativo, mas quem está minimamente ao corrente do que se passa não pode deixar de lhes dar razão porque a médio e longo prazo só um corte radical destas medidas de mezinhas e asfixia permanente dos cidadãos com cortes de subsídios, salários e aumentos de impostos constantes poderá resultar em algo de diferente.
Como?! Também já o disse várias vezes aqui no Fórum, só temos 2 saídas possíveis: ou num cenário mais radical abandonamos a zona Euro ou então teremos de anunciar mais cedo ou mais tarde um “default” de pedido de perdão da Dívida na ordem dos 25% aos 50%, vai custar muito anunciar isto à população mas a manutenção deste “status quo” do deixa andar para ver o que vai sair desta situação de aperto permanente das contas públicas não augura nada de bom. Claro que ainda há uma 3ª saída mas essa seria um milagre: a descoberta de petróleo em Portugal para passarmos a ser a Noruega do sul da Europa, mas enfim, deixem-me sonhar…
O mal disto tudo é que qualquer que seja a solução encontrada, seja alguma das que sugeri atrás ou outra qualquer que não estou a imaginar nesta altura, logo que a nova situação financeira futura propicie alguma margem de manobra para gastar algum “guito” disponível a nossa classe política logo se encarregará de a desbaratar em dois tempos até regressarmos a um novo período de aflições sem que ninguém seja responsabilizado e culpado, um paraíso para estes senhores à custa de todos nós!
Desde que vi a execução orçamental em Setembro que sou da mesma opinião que tu.

Enviado:
24/1/2013 16:52
por mais_um
Para quem quiser esmiuçar melhor as contas publicas de 2012:
http://www.dgo.pt/execucaoorcamental/Pa ... es=Janeiro

Enviado:
24/1/2013 16:38
por MiamiBlue
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Já, a culpa foi da malta que tinha dinheiro e decidiu poupar....
“A poupança cresceu ao longo deste ano a uma dimensão que não esperávamos”, disse Passos Coelho. “O que se passou”, continuou, “é que muita gente, por receio ou por precaução, tinha dinheiro para gastar e não gastou. As pessoas podiam ter comprado automóveis! Tem um efeito positivo”, admitiu, porque “saiu menos dinheiro do País, mas as receitas fiscais baixaram”.
Esta afirmação do primeiro ministro parece-me mais uma opinião do que outra coisa.
Elias,
Que eu tenha conhecimento, infelizmente é esta a única explicação pública do PM e do Governo de Portugal para a significativa diminuição de receita de impostos verificada em 2012.
Face a 2011, o Estado recebeu menos quanto? 2 mil milhões de euros??
Quanto rendeu a ANA??
Entre o que tinha previsto receber de impostos, no OE 2012, e o que efectivamente recebeu, de quantos centenas de milhões estamos a falar??
Para além das questões relacionadas com a despesa,eu pergunto e considero castiço o esquecimento que tem sido dada á rubrica das receitas..
É que o Governo, influência bastante significativamente a sua própria receita.
Comentário

Enviado:
24/1/2013 16:34
por Cem pt
Esta Dívida Pública monstruosa que acumulámos superior a 120% do PIB, face ao frágil tecido empresarial e industrial do nosso País, é insustentável geri-la, quanto mais pagá-la no futuro.
Não há hipóteses de todos os anos se conseguir sequer manter esta Dívida Pública, quanto mais evitar a sua subida permanente e constante, pagando juros superiores a 10.000 milhões de Euros sem ao mesmo tempo termos qualquer hipótese de reduzir o seu capital. Isto é insustentável, se não fizermos mais nada para atalhar soluções radicais continuamos no caminho pré-anunciado para um verdadeiro desastre se o touro não for pegado de frente, digam o que disserem os nossos políticos.
Este montante só em juros anuais representa um desperdício de recursos monumental para o Estado que poderia servir para fazer muita coisa: libertar o aumento de impostos aos cidadãos para aumentar consumo interno, dinamizar investimento público e a criação de emprego, diminuir os encargos sociais, etc, etc.
As pessoas em geral vociferam contra as Agências de Rating que mantêm um outlook negativo, mas quem está minimamente ao corrente do que se passa não pode deixar de lhes dar razão porque a médio e longo prazo só um corte radical destas medidas de mezinhas e asfixia permanente dos cidadãos com cortes de subsídios, salários e aumentos de impostos constantes poderá resultar em algo de diferente.
Como?! Também já o disse várias vezes aqui no Fórum, só temos 2 saídas possíveis: ou num cenário mais radical abandonamos a zona Euro ou então teremos de anunciar mais cedo ou mais tarde um “default” de pedido de perdão da Dívida na ordem dos 25% aos 50%, vai custar muito anunciar isto à população mas a manutenção deste “status quo” do deixa andar para ver o que vai sair desta situação de aperto permanente das contas públicas não augura nada de bom. Claro que ainda há uma 3ª saída mas essa seria um milagre: a descoberta de petróleo em Portugal para passarmos a ser a Noruega do sul da Europa, mas enfim, deixem-me sonhar…
O mal disto tudo é que qualquer que seja a solução encontrada, seja alguma das que sugeri atrás ou outra qualquer que não estou a imaginar nesta altura, logo que a nova situação financeira futura propicie alguma margem de manobra para gastar algum “guito” disponível a nossa classe política logo se encarregará de a desbaratar em dois tempos até regressarmos a um novo período de aflições sem que ninguém seja responsabilizado e culpado, um paraíso para estes senhores à custa de todos nós!

Enviado:
24/1/2013 16:16
por Ulrich
As minhas afirmações são feitas numa lógica de cenário pós-traumático:
Temos de ser pragmáticos na abordagem, primeiro estabilizar o paciente, o que foi conseguido, e agora sustentar-lhe o recobro, animar a economia.
Claro que muita coisa foi bem feita outras mal, o caminho é tortuoso mas os níveis de melhorias estão a ser alcançados.
Não existe uma estratégia perfeita, e de facto o maior esforço está a ser feito pelas pessoas singulares e colectivas...isto é que tem de ser rapidamente revisto


Enviado:
24/1/2013 16:12
por Elias
mais_um Escreveu:Já, a culpa foi da malta que tinha dinheiro e decidiu poupar....
“A poupança cresceu ao longo deste ano a uma dimensão que não esperávamos”, disse Passos Coelho. “O que se passou”, continuou, “é que muita gente, por receio ou por precaução, tinha dinheiro para gastar e não gastou. As pessoas podiam ter comprado automóveis! Tem um efeito positivo”, admitiu, porque “saiu menos dinheiro do País, mas as receitas fiscais baixaram”.
Esta afirmação do primeiro ministro parece-me mais uma opinião do que outra coisa.
Mesmo que tenha havido um aumento da poupança, creio que nem o PM nem qualquer outra pessoa pode presumir saber o que levou as pessoas a poupar e qual o perfil das pessoas que pouparam mais (a menos que haja estudos sobre isso, o que não me parece ser o caso). Mas como sempre, o pessoal gosta de racionalizar sobre o comportamento dos outros - tal como os jornalistas fazem em matéria de mercados ("subiu porque...", "desceu porque...")

Enviado:
24/1/2013 16:04
por mais_um
MiamiBlueHeart Escreveu:Quantas centenas de milhões de euros o Governo recebeu menos, apesar do significativo aumento de impostos de 2012??
E o Governo, já percebeu porque isso ocorreu??
Já, a culpa foi da malta que tinha dinheiro e decidiu poupar....
“A poupança cresceu ao longo deste ano a uma dimensão que não esperávamos”, disse Passos Coelho. “O que se passou”, continuou, “é que muita gente, por receio ou por precaução, tinha dinheiro para gastar e não gastou. As pessoas podiam ter comprado automóveis! Tem um efeito positivo”, admitiu, porque “saiu menos dinheiro do País, mas as receitas fiscais baixaram”.

Enviado:
24/1/2013 15:41
por MiamiBlue
Ao ritmo que o Estado está a destruir receita, por destruição da economia, qualquer dia pode não existir FP e continuara existir défice..
Quantas centenas de milhões de euros o Governo recebeu menos, apesar do significativo aumento de impostos de 2012??
E o Governo, já percebeu porque isso ocorreu??
Um Governo que utiliza o modelo de governação que qualquer português utiliza em sua casa, não se pode admirar dos resultados.

Enviado:
24/1/2013 15:33
por richardj
então aumentem lá mais impostos, ou cortem na despesa. Sim, mas para comer uns 6 mil milhões (para ficar nos 1,5) tem de se despedir muita gente.

Enviado:
24/1/2013 15:31
por mais_um
Ulrich Escreveu:mais_um Escreveu:Confesso que não consigo ver onde está a noticia excelente.
Em relação ao defice, o valor acordado foi 5% após a avaliação de Setembro, a troika ter chegado à conclusão que não conseguiamos chegar aos 4,5%, mesmo usando o expediente da concessão da ANA.
Se o valor fosse superior, teria sido esse que a troika teria concordado.
Entretanto aguardemos novidades de Bruxelas.
Onde tu vês um copo meio vazio eu vejo um copo meio cheio, porque para mim ele estava completamente vazio
Já agora o que querias dizer com "novidades de Buxelas"?

A contabilização da concessão da ANA para calculo do defice está pendente da autorização do Eurostat:
Aliás esta concessão em parte foi um expediente, já que a privatização não entra para o defice, assim foi uma forma de contabilizar (ou pelo menos tentar) parte do dinheiro no defice.
E eu não vejo o copo meio cheio ou meio vazio, aqui não há nada de subjectivo, limito-me a constatar factos e até ver não são bons.


Enviado:
24/1/2013 15:31
por djovarius
Para não falar que um "ratio" dívida/PIB de 122% (já deve ser maior, mas enfim) só é sustentável com juros até dois a dois e meio por cento.
Eu não vejo copo nenhum meio vazio ou meio cheio. O copo tem um dedinho de vinho, pouco, para acompanhar uma mísera refeição e nada mais.
Alguém no seu perfeito juízo pensa que se pode gastar 8 ou 9 mil milhões de euros só em juros, sem sequer se reduzir o capital? E se sim, durante quanto tempo e com que crescimento económico ?
Era mesmo necessário mais tempo, mais dinheiro, um "perdão" de dívida nunca inferior a 15 ou 20 mil milhões e até uma intervenção real de compra de títulos por parte do BCE para forçar uma redução dos juros em todos os prazos superiores a 3 anos de modo a que as forças do mercado entendessem a capacidade do Banco Central.
Um programa de ajuste tem de incluir o tempo necessário para as reformas estruturais.
dj

Enviado:
24/1/2013 15:18
por Ulrich
Elias Escreveu:Uma coisa é certa: enquanto tivermos défices a dívida continua a aumentar em valor absoluto e enquanto não tivermos crescimento a divida continua a aumentar também em % do PIB.
O que eu gostava que alguém me explicasse é onde fica a sustentabilidade deste modelo...
Exacto,
para mim o modelo seria:
- Défice permitido para o ano corrente igual a crescimento do ano anterior menos 1.5%.
Não seria perfeito , mas é um modelo possível.

Enviado:
24/1/2013 15:17
por MiamiBlue
Recuo de 6,1% da receita dos impostos face ao ano de 2011.
O Objectivo no OE2012 era aumentar a receita de impostos em 3,2%!!!!!
Resumindo, o nível de destruição de economia em 2012 foi brutal.. E este facto, foi mencionado centenas de vezes no final de 2011.
E por isso o desemprego está ao nível que está..
Recordo, que para 2012 era PROIBIDO:
- discutir o défice de 4,5%;
- falar em medidas extraordinárias para atingir o défice (depois dos fundos de reformas da banca, tivemos a ANA).
Afinal foram utilizados os expedientes do costume - o governo utilizou a tática dos anteriores, inclusive de JS.
Mas o problema é que foram utilizados para corrigir as falhas gravíssimas de projecção e o desemprego já estava criado.
Antigamente no futebol era costume falar de vitórias morais, e pelos vistos, na economia temos agora o mesmo conceito.
Depois de um incêndio algumas plantas começam a crescer..
Quando de um Governo implementa medidas sem ter noção das consequências que elas têm na economia, só pode dar asneira.
O Governo teve brilhante, o défice foi atingido à custa das medidas do costume e de um desemprego de 13,2% previsto, conseguiu atingir os 16%.

Enviado:
24/1/2013 15:07
por Elias
Uma coisa é certa: enquanto tivermos défices a dívida continua a aumentar em valor absoluto e enquanto não tivermos crescimento a divida continua a aumentar também em % do PIB.
O que eu gostava que alguém me explicasse é onde fica a sustentabilidade deste modelo...

Enviado:
24/1/2013 15:02
por Ulrich
mais_um Escreveu:Confesso que não consigo ver onde está a noticia excelente.
Em relação ao defice, o valor acordado foi 5% após a avaliação de Setembro, a troika ter chegado à conclusão que não conseguiamos chegar aos 4,5%, mesmo usando o expediente da concessão da ANA.
Se o valor fosse superior, teria sido esse que a troika teria concordado.
Entretanto aguardemos novidades de Bruxelas.
Onde tu vês um copo meio vazio eu vejo um copo meio cheio, porque para mim ele estava completamente vazio
Já agora o que querias dizer com "novidades de Buxelas"?


Enviado:
24/1/2013 14:58
por mais_um
Confesso que não consigo ver onde está a noticia excelente.
Em relação ao defice, o valor acordado foi 5% após a avaliação de Setembro, a troika ter chegado à conclusão que não conseguiamos chegar aos 4,5%, mesmo usando o expediente da concessão da ANA.
Se o valor fosse superior, teria sido esse que a troika teria concordado.
Entretanto aguardemos novidades de Bruxelas.