MiamiBlueHeart Escreveu:Koreano Escreveu:Se quiseres em vez de uma bifurcação, posso arranjar uma rotunda com muitas saídas...
O que acho é que o político vai continuar a seguir o caminho do crédito barato e da obra feita, se este estiver disponível. É o que o eleitorado deseja e o que lhe permite fazer perdurar o seu nome na história
Koreano,
Apesar de todo o meu pessimismo e descrédito pela classe política portuguesa, ainda não sou tão extremista.
Verifica as situações dos municípios portugueses: existem municípios que são a imagem do país, outros que que têm as contas mais-ou-menos e outros que não têm défices e passivos.
A diferença? Na capacidade das pessoas eleitas.
Acho que finalmente me revejo num "rótulo" que me colocas: tenho realmente um olhar extremista para com a classe política.
Para mim, já chegou mesmo ao descrédito total. Uma molhada de gente mediana que envereda pela via política para tentar chegar onde nunca conseguiria pela via do mérito profissional.
Pessoas com capacidade olharão com os mesmos olhos para esta classe e, se tiverem dois dedos de testa, tentam manter-se afastados. Alguns ainda batalham lá pelo meio mas desconfio que a prazo também vão bater com a porta. São uma espécie em extinção, os homens (e mulheres) independentes, competentes, com sentido de Estado e com vontade de se meter no meio político.
Claro que há municípios bem geridos. Como também têm havido alguns bons ministros (em todos os governos).
O problema é que são uma minoria e não têm durabilidade...
Quando a máquina partidária lhes começa a pisar os calos, batem com a porta e demitem-se, por motivos "pessoais";
Quando dizem o que é preciso fazer, em vez do que o "povo" quer ouvir, são achincalhados e já nem os filhos conseguem ir à escola sossegados;
Quando duram ao ponto de deixar a sua àrea de intervenção a carburar bem, levam um pontapé para o lado de forma a que esse poleiro possa então vir a ser ocupado por um gajo do "aparelho", que se encarregará de rebentar com todo o trabalho bem feito, ou aproveitá-lo para dar de m@mar aos seus.
Para não fugir ao tema em discussão neste tópico, lanço aqui um gráfico já conhecido e que pode servir de corolário a tudo isto: Desde 2005 para a frente, a "tal" saída da rotunda tem sido o caminho seguido.
