
Eu não sei se é chocante, espero que ele tenha razão e que Portugal nunca venha a precisar do que a Grécia está a precisar... mas se vier a precisar isso será um sinal de que ele está agora completamente enganado!
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Seria "chocante" dar a Portugal condições iguais à Grécia
Luís Rego em Bruxelas
03/12/12 15:48
Se Portugal pedir um alargamento do período de carência em dez anos "seria um sinal chocante", disse Wolfgang Schaüble.
Alemanha e França opõem-se à aplicação em Portugal das melhorias oferecidas à Grécia nos seus créditos do fundo de resgate, aconselhando o país a não se pôr ao mesmo nível dos gregos. "Eu não aconselharia Portugal a fazer isso e evitaria qualquer comparação com Grécia", disse hoje o alemão Wolfgang Schauble, em resposta ao eurodeputado Diogo Feio, no Parlamento Europeu. O assunto deverá ser discutido no Eurogrupo desta noite em Bruxelas.
A declaração do alemão fecha a porta ao pedido português de uma melhoria nos juros, maturidades e período de carência do seu empréstimo. Aliás, acrescentou mesmo que se Portugal pedir uma extensão de 10 anos no pagamento de juros isso "seria um sinal bem chocante".
O ministro francês Pierre Moscovici diz "o mesmo, porque a situação não é a mesma". E invoca de novo o argumento do contágio à Grécia. "Não acredito que se deva copiar o plano da Grécia para Portugal e Irlanda". O programa de Portugal "está a correr como esperado, é possível cumpri-lo e, nesse sentido, terão sempre o nosso apoio", rematou.
A bola passa agora para o presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, que garantiu há uma semana "aplicar as mesmas regras a todos", prometendo mesmo "satisfazer para os desejos de Portugal e Irlanda". Esse desejo, segundo o ministro de finanças português, Vítor Gaspar, é tratamento igual: "Portugal e a Irlanda serão - de acordo com o princípio de igualdade de tratamento"- "beneficiados pelas condições abertas no quadro do FEEF", prometeu no Parlamento.
Hoje, a presidente da Comissão parlamentar de economia e finanças, Sharon Bowles, resumiu a mensagem dos ministros alemão e francês dizendo que Portugal "deve manter o bom trabalho", não deixando de acrescentar que "tem compaixão pelo argumento da sustentabilidade associada às taxas de juro".
http://economico.sapo.pt/noticias/seria ... 57633.html
Foi um “mal entendido”. Portugal não vai beneficiar das facilidades da Grécia
30-11-2012 11:56 por Daniel Rosário
Fonte do Eurogrupo quis esclarecer o que entende de limitações do acordo alcançado para Atenas e volta atrás naquilo que foi por diversas vezes repetido, quer em Portugal quer em Bruxelas.
Afinal, tudo não terá passado de um mal entendido e, ao contrário do que afirmou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker – e repetiram depois o primeiro-ministro e o ministro das Finanças portugueses – nem Portugal, nem a Irlanda vão poder beneficiar das facilidades decididas pelos ministros das Finanças da Zona Euro, na segunda-feira, em relação à Grécia.
O esclarecimento e a expressão “mal entendido” são de uma fonte do Eurogrupo, que esta sexta-feira procurou clarificar o alcance – ou, no seu entender, as limitações – do referido acordo.
Em sua opinião, a flexibilização das condições dadas à Grécia no âmbito do fundo de resgate do euro aplica-se única e exclusivamente a Atenas.
Estas condições dizem respeito à anulação da comissão paga pelos empréstimos e também à extensão do período de carência e da maturidade destes empréstimos em mais 10 e 15 anos, respectivamente.
A mesma fonte, que participou na reunião de segunda-feira, explica que no encontro os ministros das Finanças de Portugal e da Irlanda defenderam e obtiveram dos demais parceiros apenas as vantagens explicitadas no comunicado final: ou seja, a isenção de baixar os juros dos empréstimos bilaterais concedidos à Grécia e a isenção de transferir para o governo grego os lucros obtidos pelos respectivos bancos centrais com a venda de títulos da dívida grega.
Esta leitura mais restritiva contrasta com a reacção inicial do presidente do Eurogrupo, de que as condições concedidas a um país sob programa são extensíveis aos demais. Uma ideia depois também defendida por Vítor Gaspar, na Assembleia da República, e por Passos Coelho, em entrevista à TVI.
O assunto promete aquecer a reunião do Eurogrupo de dia 3, segunda-feira, em Bruxelas.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... &did=87259
Pata-Hari Escreveu:
Bem, mas 800 ou 900 milhões é significativo. Atira-lhe com inflação e ganhas mais um bocado. Isto assumindo que os juros só descem para valores gregos.
mais_um Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Mais1, ainda nao li ( estou num telemóvel) mas o documento refere-se à Grécia e a Rute portuguesa nao é abordada ( tanto quanto percebi). O diferimento dos juros tem valor financeiro e não foi dito que a redução nos juros seja igual à da Grécia ( perdoa-me se estiver a falhar por nao ter lido ainda o documento).
Estás perdoada!![]()
Claro que o deferimento de juros tem valor financeiro (contas de merceeiro, entre 800 a 900 milhões de €/ano que vais ter que pagar mais tarde), resta saber é como é que vai ser feito, já que alguém vai ter que pagar esses juros a quem emprestou o dinheiro ao EFSF.
Em relação à redução dos juros foi dito que Portugal e a Irlanda iriam ter as mesmas condições da Grécia, eu interpreto como sendo o mesmo valor, como já aconteceu no passado.O presidente do Eurogrupo garantiu hoje de madrugada, em Bruxelas, que as novas regras acordadas para o empréstimo à Grécia serão também aplicadas a Portugal e Irlanda, os outros países sob assistência financeira.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... tecia.html
QuimPorta Escreveu:Não sou eu que estou a misturar, mas adiante.
A minha questão é: porque dizes que "isso" (beneficiar da compra da própria dívida no mercado secundário, com BCE ou sem BCE) está permitido à Grécia e não aos outros Estados sobre assitência financeira da Troika.
Até admito que tenhas razão, mas já fizeste várias citações neste contexto, e nenhuma refere nada disso.
QuimPorta Escreveu:Mais_um no teu próprio post citas compras pelo BCE, e não directamente pela Grecia.
Tal como, que Portugal e Irlanda não estão obrigados a transferir para a Grécia esse ganho cantabilistico, se o obtiverem. Até aqui nada é dito quanto a puderem beneficiar disso.
Sabes algo mais que ainda não tenhas citado?* Os países do euro comprometem-se a transferir para a conta segregada a criar pela Grécia a suua quota-parte equivalente aos lucros potenciais decorrentes das compras, pelo BCE, de dívida grega no mercado secundário (realizada a preços muito inferiores ao facial). Portugal e Irlanda, enquanto estiverem sob assistência externa, não terão de participar nesse esquema de transferência de ganhos contabilísticos dos seus bancos centrais para Atenas.
* Os países do euro comprometem-se a transferir para a conta segregada a criar pela Grécia a suua quota-parte equivalente aos lucros potenciais decorrentes das compras, pelo BCE, de dívida grega no mercado secundário (realizada a preços muito inferiores ao facial). Portugal e Irlanda, enquanto estiverem sob assistência externa, não terão de participar nesse esquema de transferência de ganhos contabilísticos dos seus bancos centrais para Atenas.
QuimPorta Escreveu:Refiro-me a um mecanismo para um país recomprar a sua própria dívida no mercado secundário, via BCE ou outro, tal como o K. tem explicado aqui no fórum.
The Eurogroup was informed that Greece is considering certain debt reduction measures in the near
future, which may involve public debt tender purchases of the various categories of sovereign
obligations. If this is the route chosen, any tender or exchange prices are expected to be no higher
than those at the close on Friday, 23 November 2012.
Pata-Hari Escreveu:Mais1, ainda nao li ( estou num telemóvel) mas o documento refere-se à Grécia e a Rute portuguesa nao é abordada ( tanto quanto percebi). O diferimento dos juros tem valor financeiro e não foi dito que a redução nos juros seja igual à da Grécia ( perdoa-me se estiver a falhar por nao ter lido ainda o documento).
O presidente do Eurogrupo garantiu hoje de madrugada, em Bruxelas, que as novas regras acordadas para o empréstimo à Grécia serão também aplicadas a Portugal e Irlanda, os outros países sob assistência financeira.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... tecia.html
* Os países do euro comprometem-se a transferir para a conta segregada a criar pela Grécia a suua quota-parte equivalente aos lucros potenciais decorrentes das compras, pelo BCE, de dívida grega no mercado secundário (realizada a preços muito inferiores ao facial). Portugal e Irlanda, enquanto estiverem sob assistência externa, não terão de participar nesse esquema de transferência de ganhos contabilísticos dos seus bancos centrais para Atenas.
QuimPorta Escreveu:mais_um Escreveu:QuimPorta Escreveu:Já que estás bem lançado, calcula aí quanto representará o BCE devolver à Grécia os lucros da compra da dívida no mercado secundário
Para calcular isso teria que saber a que preço é que o BCE tinha comprado a divida e a que preço é que a vai vender. E o que interessa isso para nós?
Importa na medida em viermos a beneficiar do mesmo efeito.
Claro que é difícil fazer esse cálculo, mas concedes certamente que é um ganho potencial muito elevado.
mais_um Escreveu:QuimPorta Escreveu:Já que estás bem lançado, calcula aí quanto representará o BCE devolver à Grécia os lucros da compra da dívida no mercado secundário
Para calcular isso teria que saber a que preço é que o BCE tinha comprado a divida e a que preço é que a vai vender. E o que interessa isso para nós?
QuimPorta Escreveu:Já que estás bem lançado, calcula aí quanto representará o BCE devolver à Grécia os lucros da compra da dívida no mercado secundário
'Regras gregas' poupam 26 milhões por ano a Portugal
A revisão das condições do empréstimo do FEEF tem impacto residual nos juros anuais. A principal vantagem é a extensão do empréstimo mas, para isso, é necessário que a Grécia cumpra.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/regras-gregas-p ... z2DRjcFIzl
Azul10 Escreveu:Em simultâneo, ficou acordado que os lucros potenciais do BCE com a compra de dívida grega (adquirida no mercado secundário, muito desvalorizada) serão transferidos para a Grécia - procedimento que pode eventualmente vir a beneficiar igualmente Portugal.
Em simultâneo, ficou acordado que os lucros potenciais do BCE com a compra de dívida grega (adquirida no mercado secundário, muito desvalorizada) serão transferidos para a Grécia - procedimento que pode eventualmente vir a beneficiar igualmente Portugal.
Pata-Hari Escreveu:Esta é a noticia do mês, que poderia ser ultra-importante se a soubermos aproveitar bem. Infelizmente não me parece que haja vontade politica para conseguirmos aproveitar isto reestruturando verdadeiramente a economia tal como nos está a ser exigido...Vítor Gaspar
Portugal terá juros mais baixos e prazos mais longos nos empréstimos europeus
27 Novembro 2012, 13:58 por Eva Gaspar | egaspar@negocios.pt
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Ministro das Finanças diz que Portugal beneficiará das condições oferecidas à Grécia nos empréstimos assegurados pelos fundos europeus de resgate.
Vítor Gaspar confirmou no Parlamento que as decisões tomadas esta madrugada, em Bruxelas, no sentido de reduzir os níveis de endividamento da Grécia, serão também aplicadas a Portugal e à Irlanda ao abrigo do “princípio da igualdade de tratamento” que ficara consagrado nas conclusões da cimeira europeia de 21 Julho de 2011.
O ministro das Finanças precisou que Portugal e Irlanda beneficiarão de idêntico tratamento no que respeita às condições mais favoráveis oferecidas pelos empréstimos assegurados pelos fundos europeus de resgate – o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), que será progressivamente absorvido pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), de natureza permanente.
Vítor Gaspar congratulou-se com as decisões do Eurogrupo, considerando que limitam os riscos de instabilidade para a Grécia e para toda a Zona Euro, ajudando a criar condições para que as autoridades gregas, que têm sido confrontadas com decisões “muito difíceis”, possam quebrar a tradição de fraca capacidade de execução do seu programa.
Após três reuniões num só mês, a Zona Euro e o FMI chegaram esta madrugada a um entendimento com a Grécia que pressupõe um novo alívio das condições financeiras (designadamente juros e prazos) associados aos já dois empréstimos externos concedidos ao país. Em simultâneo, ficou acordado que os lucros potenciais do BCE com a compra de dívida grega (adquirida no mercado secundário, muito desvalorizada) serão transferidos para a Grécia - procedimento que pode eventualmente vir a beneficiar igualmente Portugal.
Aberta ficou ainda a porta a um novo empréstimo europeu à Grécia destinado à recompra de dívida pública grega que, estando a ser transaccionada a valores muito inferiores aos de emissão no mercado secundário, resultaria num abatimento do seu “stock”.