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Enviado:
13/10/2012 18:11
por MarcoAntonio
Nem sequer - e é em última instância o que torna esta tentativa de relevar o custo líquido como sendo a parcela que interessa tão ridícula - a geração das receitas surge no âmbito dos contratos das PPPs. As receitas só começam a surgir à posteriori (particularmente na cobrança das portagens, que é o grosso dessa receita) no ambito das medidas de austeridade e consolidação orçamental.
Quer dizer, o custo e buraco gerado pelas PPPs era tão grande que se achou por bem - achou o governo anterior e acha este - não cobrar esse custo todo na forma de impostos e portanto reorganizar a forma como se cobra o custo.
E depois vem um "artista" fingir que o custo relevante, que deriva dos contratos que ele realizou, é o custo líquido, o qual é um mero artifício, uma mera parcela do custo total na forma como posteriormente se resolveu cobrir a despesa total com as parcerias (que é naturalmente o custo bruto).
Surreal tentativa de fazer de mim parvo!
Veja-se bem o ridículo de tudo isto: tinha calhado o Governo ter decidido por as portagens no dobro ou no triplo e o "artista" - sublinhando a mesmíssima parcela e usando o mesmíssimo argumento do "custo líquido" - até estava a dizer que as parcerias não custavam nada ou que até davam lucro ao Estado.

Enviado:
13/10/2012 17:59
por MarcoAntonio
O custo das PPPs é o custo bruto. Ponto. A corrupção ou negligência ou incompetência de quem realizou estes contratos reflecte-se no custo bruto, que é o custo efectivo de tais práticas para o conjunto de todos nós, que não assinou coisa nenhuma (alguém assinou por nós). Ponto.
Este tópico (e o tema da entrevista) é porque é que o custo destas parcerias é X (que é o custo bruto) e quem é responsável por ser X.
A discussão sobre modelos de financiamento de parcerias público-privadas (de como se cobre esse custo X) é para outro tópico. A discussão aqui não é sobre se X deve ser pago sob a forma de Y (=X) ou sob a forma de A+B (=X) naturalmente, isso pouco ou nada tem que ver de resto com os contratos e com quem os estabeleceu e em que condições.

Enviado:
13/10/2012 17:49
por gorgo
MarcoAntonio Escreveu:gorgol Escreveu:
Lá vou eu contra a corrente:
O Paulo Campos safou-se bem.
(...)
O Paulo Campos referiu que o custo líquido das ppp´s rodoviárias é inferior a 10.000 milhões, em 30 anos, resultanto um encargo anual no orçamento de € 300 milhões.
Já desmontei este pseudo-argumento antes: argumentar com o "custo líquido" é brincar com os números. O custo real é o custo bruto. A receita em causa é paga pelo utilizador-contribuinte e sendo as PPPs tão genéricas [rodoviária, saúde] mais as rendas da energia (mais genérico ainda) o que é realmente
relevante é o custo bruto
obviamente porque é quanto efectivamente estamos a pagar às privadas encostadas ao Estado.
Lá porque num dia se pagava tudo via impostos e no outro dia o contribuinte passou a pagar metade nos impostos e a outra metade na factura da utilização do serviço (sendo que a entidade que presta o serviço é meramente veículo de cobrança e no fim recebe uma renda pré-estabelida, que não mudou!) obviamente que o custo não baixou e qualquer pessoa que argumente que sim ou está a brincar com os números ou só pode estar distraída...
No caso do Paulo Campos é obviamente brincar com os números e a distração do contribuinte menos atento.
Até parece que as ditas "receitas" que abatem ao custo bruto (o relevante) vêm de algum buraco do chão e não do mesmo sítio de sempre: do contribuinte!
Não concordo, mas respeito:
Eu dos impostos só pago o custo liquido. No resto pago quando utilizo, como pago quando compro qualquer serviço público ou privado.
Outra discussão é se as receitas não deveriam ser superiores ao custo e desta forma ser rentável e só se justificarem as vias nestas circunstâncias.
As vias no final ficam para o Estado logo tem sentido atribuir-lhes um valor residual (significativo), que deverá ser o valor equivalente ao custo de reposição.
É um dos casos interessantes, pois, na minha opinião é uma situação de pagamento da geração atual e da próxima que as futuras recebem já pago, como nós recebemos as linhas de caminho de ferro.

Enviado:
13/10/2012 17:10
por MarcoAntonio
gorgol Escreveu:
Lá vou eu contra a corrente:
O Paulo Campos safou-se bem.
(...)
O Paulo Campos referiu que o custo líquido das ppp´s rodoviárias é inferior a 10.000 milhões, em 30 anos, resultanto um encargo anual no orçamento de € 300 milhões.
Já desmontei este pseudo-argumento antes: argumentar com o "custo líquido" é brincar com os números. O custo real é o custo bruto. A receita em causa é paga pelo utilizador-contribuinte e sendo as PPPs tão genéricas [rodoviária, saúde] - e já agora, se formos falar dos custos da energia e das rendas no sector energético, mais genérico ainda será - o que é realmente
relevante é o custo bruto
obviamente porque é quanto efectivamente estamos a pagar às entidades privadas encostadas ao Estado com contratos escandalosos, ditos blindados.
Lá porque num dia se pagava tudo via impostos e no outro dia o contribuinte passou a pagar metade nos impostos e a outra metade na factura da utilização do serviço (sendo que a entidade que presta o serviço é meramente veículo de cobrança e no fim recebe uma renda pré-estabelecida contratualmente, que não mudou!) obviamente que o custo não baixou e qualquer pessoa que argumente que sim ou está a brincar com os números ou só pode estar distraída...
Discutir entre os dois números é meramente discutir modelos de financiamento junto do cidadão, contribuinte e utilizador para cobrir o custo bruto que é quanto efectivamente as PPPs custam, não é discutir o custo real das PPPs.
No caso do Paulo Campos é obviamente brincar com os números e com a distração do contribuinte menos atento. Até parece que as ditas "receitas" que abatem ao custo bruto (o relevante) vêm de algum buraco do chão e não do mesmo sítio de sempre: do cidadão-contribuinte!

Enviado:
13/10/2012 16:56
por gorgo
Lá vou eu contra a corrente:
O Paulo Campos safou-se bem.
O JGF, mais uma vez está mal preparado. É jornalista formado em comunicação social especializado em economia?
Deixa de ser jornalista para estar sempre a dar a sua opinião. É mais politico que outra coisa.
Já com os preços dos combustíveis nunca percebeu como funcionam; idem para a formação de preços na eletricidade (regulados).
O Paulo Campos referiu que o custo líquido das ppp´s rodoviárias é inferior a 10.000 milhões, em 30 anos, resultanto um encargo anual no orçamento de € 300 milhões.
O JGF agarra-se ao custo bruto não considerando as receitas e impactos do IRC e IVA. Claramente não tem conhecimentos à altura para discutir estas matérias.
PC defendeu um país equilibrado, e até que se tinham feito demasiado obra no litoral e faltava no interior.
Não gosto do estilo do PC, não tinha que referir que tem apoios da familia, nem a pessoa me agrada, todavia no conteúdo, claramente o homem convenceu-me. As PPP´s não têm o sumo que lhe querem dar. Isso já se vê no orçamento de 2013 - objetivo - cortar € 250 milhões; são uma RTP, apenas.
O país ganha mais com a rede de estradas e auoestradas que temos do que com a RTP.

Enviado:
13/10/2012 0:22
por PsaP
gostava bastante de o ver no programa do medina

Enviado:
12/10/2012 23:51
por lsilva4
HLopes4 Escreveu:Renegade Escreveu:lsilva4 Escreveu:Os edit's eram para tentar colocar o vídeo, mas não consegui.
Concordo Marco António. Aliás, para mim este foi um dos programas mais pobres de sempre do "Negócios da Semana". Um programa que na minha opinião é um dos melhores da televisão portuguesa, tal como o JGF na classe de jornalista (económico).
Por exemplo, não me pareceu profissional da parte do JGF questionar o deputado Paulo Campos acerca do seu filho.
Concordo. Nunca vi o JGF assim. Parecia o tempo do McCarthyism com a "caça às bruxas" - "Você pertence ou alguma vez pertenceu ao partido comunista?".
Porra... que interrogatório! Pior que a CIA ou FBI!

O JGF nunca mais lá tem um político... Ou um banqueiro
Mas aparte o método, o conteúdo parece-me relevante, e alturas houve que o Campos ficou atrapalhado.
Posto isto, desconfio que lá será mais uma montanha a parir um rato...
Pelo que me pareceu esta entrevista foi solicitada/"forçada" pelo próprio Paulo Campos visando defender a sua honra e a do seu partido.
Afinal foi neste programa que se descobriram muitos dos "podres" e negócios ruinosos para os cofres do estado...
Imagino que o JGF se deve ter sentido na pele do hipotético juiz que tivesse a oportunidade de julgar o hitler. Por mais que se tente, o lado profissional não conseguiria esquecer o lado mais humano e emocional. Estou a exagerar na dimensão da metáfora, mas é a minha forma de justificar esta sua faceta menos feliz

Quase que deu para questionar se não me tinha enganado no canal e estava na TVI
O homem foi enxovalhado o programa todo porque estava a negar não só o que disse, mas também o que estava escrito em documentos.
Gostei particularmente quando o PC (a fazer beicinho) se vira para o JGF e lhe mostra, no portátil, uma gravação do NdS na tentativa de provar o seu ponto


Enviado:
12/10/2012 23:10
por Hramos3
Renegade Escreveu:lsilva4 Escreveu:Os edit's eram para tentar colocar o vídeo, mas não consegui.
Concordo Marco António. Aliás, para mim este foi um dos programas mais pobres de sempre do "Negócios da Semana". Um programa que na minha opinião é um dos melhores da televisão portuguesa, tal como o JGF na classe de jornalista (económico).
Por exemplo, não me pareceu profissional da parte do JGF questionar o deputado Paulo Campos acerca do seu filho.
Concordo. Nunca vi o JGF assim. Parecia o tempo do McCarthyism com a "caça às bruxas" - "Você pertence ou alguma vez pertenceu ao partido comunista?".
Porra... que interrogatório! Pior que a CIA ou FBI!

O JGF nunca mais lá tem um político... Ou um banqueiro
Mas aparte o método, o conteúdo parece-me relevante, e alturas houve que o Campos ficou atrapalhado.
Posto isto, desconfio que lá será mais uma montanha a parir um rato...

Enviado:
12/10/2012 22:53
por Renegade
lsilva4 Escreveu:Os edit's eram para tentar colocar o vídeo, mas não consegui.
Concordo Marco António. Aliás, para mim este foi um dos programas mais pobres de sempre do "Negócios da Semana". Um programa que na minha opinião é um dos melhores da televisão portuguesa, tal como o JGF na classe de jornalista (económico).
Por exemplo, não me pareceu profissional da parte do JGF questionar o deputado Paulo Campos acerca do seu filho.
Concordo. Nunca vi o JGF assim. Parecia o tempo do McCarthyism com a "caça às bruxas" - "Você pertence ou alguma vez pertenceu ao partido comunista?".
Porra... que interrogatório! Pior que a CIA ou FBI!

FMI

Enviado:
12/10/2012 20:01
por Euro-Pato
Para quem tem duvidas que a historia se repete, revejam como se vivia o FMI ha 30 anos.
Continua intemporal, so muda o nome dos "politicos".
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Enviado:
12/10/2012 19:25
por lsilva4
MarcoAntonio Escreveu:lsilva4 Escreveu:Os edit's eram para tentar colocar o vídeo, mas não consegui.
Clica em share e depois em embed. É só copiar o pedaço de codigo que ali aparece e colar aqui no forum.
Obrigado


Enviado:
12/10/2012 19:15
por MarcoAntonio
lsilva4 Escreveu:Os edit's eram para tentar colocar o vídeo, mas não consegui.
Clica em share e depois em embed. É só copiar o pedaço de codigo que ali aparece e colar aqui no forum.

Enviado:
12/10/2012 19:12
por lsilva4
Os edit's eram para tentar colocar o vídeo, mas não consegui.
Concordo Marco António. Aliás, para mim este foi um dos programas mais pobres de sempre do "Negócios da Semana". Um programa que na minha opinião é um dos melhores da televisão portuguesa, tal como o JGF na classe de jornalista (económico).
Por exemplo, não me pareceu profissional da parte do JGF questionar o deputado Paulo Campos acerca do seu filho.
Só sugeri a visualização da entrevista para realçar a forma como mais um político tentar contornar aquilo que é incontestável e que tanto nos prejudica e vai continuar a prejudicar.
Esta entrevista a dois Professores do IST (Técnico), também é muito esclarecedora acerca do que são e representam as PPP's.
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Enviado:
12/10/2012 18:54
por MarcoAntonio
Esse episódio do Negócios da Semana acaba sendo uma peixeirada (o "mérito" de se ter tornado uma peixeirada é obviamente do Paulo Campos, mas é pena que o JGF se tenha deixado embrulhar tanto, com o tempo eu comecei a formar a opinião de que ele também consegue ser bastante ingénuo por vezes).
Este episódio é sobre o mesmo tema e acaba sendo muito mais interessante e informativo pois não há peixeirada:
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Enviado:
12/10/2012 18:14
por Zeb_PT
Mais um exemplo (entre muitos) de um Politicus Merdis

Enviado:
12/10/2012 17:15
por lsilva4
A arte de tentar contornar factos é, realmente uma arte como a renda de bilros...Para além do mais o Sr. deputado Paulo Campos faz diversas afirmações interessantes...como a tal "de aos 47 anos ainda ser governado pelos pais".
Comediantes deste país cuidadinho com este senhor.
Faço a todos o convite para verem o programa.
Cumprimentos
Como se descalça um político em directo- Negócios da Semana

Enviado:
12/10/2012 17:10
por lsilva4
Aqui deixo o link para o Negócios da Semana com o Sr. Deputado e ex-secretário de estado das obras públicas Paulo Campos...
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