Re: Construção de um Orçamento Zero

jccgold Escreveu:Passos Coelho sozinho arrasou com 6.5% do PIB.
O sismo de 1755 ao pé do homem é um menino

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jccgold Escreveu:Passos Coelho sozinho arrasou com 6.5% do PIB.
Uma alemã que tenha filhos pode ficar 2 anos sem ir trabalhar.
richardj Escreveu:Por falar em Orçamento Zero, para quando o défice próximo de 0? O objectivo deste ano é de 1,6? Estarei a sonhar?
sky_above_you Escreveu:2- Subsidio de desemprego/social de desemprego: corte de 25% incentiva as pessoas a voltar ao mercado de trabalho mais rapidamente e repõe a diferença salarial em relação a quem trabalha para que haja incentivo - poupança (a valores de 2010 muito inferiores aos actuais) ~500M€
sky_above_you Escreveu:3- Rendimento social de inserção: corte de 30% pela fiscalização... compensação parcial aos filhos (despesas escolares e alimentação na escola)--poupança 100M€
sky_above_you Escreveu:4- Subsidio de maternidade: sejamos honestos, os únicos que têm filhos a pensar no subsidio são os que estão no ponto 3 (não estou a inventar...alguns fazem planos detalhados das datas para ter filhos e tudo). corte de 15%- poupança 60M€
sky_above_you Escreveu:5- Pensões eliminação da injustiça: se quem vai para a reforma agora vê avaliada toda a carreira contributiva e ainda tem alguns descontos por cima só é justo que quem já está na reforma veja o valor da sua reforma reavaliado pelas regras actuais (aqueles que descontaram valores recorde no ultimo mês ou nos ultimos 10 anos conforme a lei veriam uma redução brutal) - poupança estimada 20% - 2800M€
sky_above_you Escreveu:6- Subsidios à formação profissional: colocar professores excedentários a efectua-la e direccionar as restantes formações para areas com aplicação prática. Formações para dar um canudo eliminadas. Se a formação for de facto útil e gerar emprego não é preciso pagar grande compensação a formandos. Poupança estimada 70% - 840M€
richardj Escreveu:8- Educação: horário de 35 horas para cumprir sendo 28 horas semanais de componente lectiva efectiva. Como me disse um professor há dias_ desde que comecei a dar aulas sinto que entrei para a reforma, tenho uma vida santa comparado com a vida que tinha quando trabalhava na industria. Professores a prazo excedentários despedidos. Professores excedentários no quadro: formação profissional, mobilidade, adaptação a outras áreas. Salários reduzidos ao que um licenciado sem formação extra pós curso recebe. Poupança: 2000M€
sky_above_you Escreveu:9- Saúde: Os numeros de 2012 que temos são flagrantemente inferiores aos de 2011 ja que foi o único ministério este ano que cortou na despesa de forma efectiva segundo li nos jornais. As poupanças possiveis são marginais mas parece-me que ainda se consegue poupar: nas horas extraordinárias (em compensação pode ser necessário contratar pessoal mas é melhor pagar a 100% que a 150%. Há ainda muito desperdicio a rede informatica para partilha de exames e informação clinica entre os diversos hospitais e centros de saúde deverá permitir uma poupança brutal e como está numa fase avançada de planeamento deve ser de rápida execução. A deriva para medicamentos genéricos devia ser mais acelerada se necessario criando um efeito de contratação em alto volume que ao mesmo tempo permitisse que uma marca (em cada medicamento) reduzisse muito os preços praticados e ao mesmo tempo reduzindo o único inconveniente dos genéricos que é a necessidade de ajustamento de doses quando se muda entre genéricos... Ao mesmo tempo uma responsabilização da entidade empregadora pelo serviço efectuado pelos seus funcionários eliminaria o medo de processos em tribunal ruinosos e consequente excesso de exames, duração de internamentos etc... tudo junto mais o corte já efetuado e acredito que a poupança ultrapasse os 35% e elimine grandemente os desperdicios. Poupança estimada 3200M€
sky_above_you Escreveu:10- Defesa: corte de 30 % é curto tendo em conta a utilidade. Sejamos honestos, se alguém nos quiser invadir não vai ser o exército que o vai evitar. temos apenas que ter os gastos que forem necessários para nos mantermos na NATO. Eliminação do excesso de chefias que atinge o ridiculo. Provavelmente o corte possivel é bem superior aos 30%, ou seja bem superior aos 580M€
sky_above_you Escreveu:11- Transportes e comunicações privatizar o que se conseguir o que não se conseguir não permitir as greves que acima de tudo têm um impacto na economia brutal. A poupança efectiva pode não ultrapassar os 20% mas em termos indirectos (com a eliminação das greves) o efeito pode ser de largas centenas de milhão. Resultado: uma poupança de 500M€ parece-me conservadora.
sky_above_you Escreveu:12- Serviços culturais recreativos e religiosos: não compete ao estado. Corte de 100%. Cerca de 300M€
sky_above_you Escreveu:As minhas prioridades (ou não prioridades) nos cortes na despesa -só com base no que neste topico está colocado:
1- Só falo na despesa porque acho que a receita está sobredimensionada
2- Subsidio de desemprego/social de desemprego: corte de 25% incentiva as pessoas a voltar ao mercado de trabalho mais rapidamente e repõe a diferença salarial em relação a quem trabalha para que haja incentivo - poupança (a valores de 2010 muito inferiores aos actuais) ~500M€
3- Rendimento social de inserção: corte de 30% pela fiscalização... compensação parcial aos filhos (despesas escolares e alimentação na escola)--poupança 100M€
4- Subsidio de maternidade: sejamos honestos, os únicos que têm filhos a pensar no subsidio são os que estão no ponto 3 (não estou a inventar...alguns fazem planos detalhados das datas para ter filhos e tudo). corte de 15%- poupança 60M€
5- Pensões eliminação da injustiça: se quem vai para a reforma agora vê avaliada toda a carreira contributiva e ainda tem alguns descontos por cima só é justo que quem já está na reforma veja o valor da sua reforma reavaliado pelas regras actuais (aqueles que descontaram valores recorde no ultimo mês ou nos ultimos 10 anos conforme a lei veriam uma redução brutal) - poupança estimada 20% - 2800M€
6- Subsidios à formação profissional: colocar professores excedentários a efectua-la e direccionar as restantes formações para areas com aplicação prática. Formações para dar um canudo eliminadas. Se a formação for de facto útil e gerar emprego não é preciso pagar grande compensação a formandos. Poupança estimada 70% - 840M€
7- não perceebo a coluna familiares e outras despesas. vou admitir que parte dos cortes na segurança social descritos acima não seja viável sendo compensada pelos cortes possiveis nestas areas
8- Educação: horário de 35 horas para cumprir sendo 28 horas semanais de componente lectiva efectiva. Como me disse um professor há dias_ desde que comecei a dar aulas sinto que entrei para a reforma, tenho uma vida santa comparado com a vida que tinha quando trabalhava na industria. Professores a prazo excedentários despedidos. Professores excedentários no quadro: formação profissional, mobilidade, adaptação a outras áreas. Salários reduzidos ao que um licenciado sem formação extra pós curso recebe. Poupança: 2000M€
9- Saúde: Os numeros de 2012 que temos são flagrantemente inferiores aos de 2011 ja que foi o único ministério este ano que cortou na despesa de forma efectiva segundo li nos jornais. As poupanças possiveis são marginais mas parece-me que ainda se consegue poupar: nas horas extraordinárias (em compensação pode ser necessário contratar pessoal mas é melhor pagar a 100% que a 150%. Há ainda muito desperdicio a rede informatica para partilha de exames e informação clinica entre os diversos hospitais e centros de saúde deverá permitir uma poupança brutal e como está numa fase avançada de planeamento deve ser de rápida execução. A deriva para medicamentos genéricos devia ser mais acelerada se necessario criando um efeito de contratação em alto volume que ao mesmo tempo permitisse que uma marca (em cada medicamento) reduzisse muito os preços praticados e ao mesmo tempo reduzindo o único inconveniente dos genéricos que é a necessidade de ajustamento de doses quando se muda entre genéricos... Ao mesmo tempo uma responsabilização da entidade empregadora pelo serviço efectuado pelos seus funcionários eliminaria o medo de processos em tribunal ruinosos e consequente excesso de exames, duração de internamentos etc... tudo junto mais o corte já efetuado e acredito que a poupança ultrapasse os 35% e elimine grandemente os desperdicios. Poupança estimada 3200M€
10- Defesa: corte de 30 % é curto tendo em conta a utilidade. Sejamos honestos, se alguém nos quiser invadir não vai ser o exército que o vai evitar. temos apenas que ter os gastos que forem necessários para nos mantermos na NATO. Eliminação do excesso de chefias que atinge o ridiculo. Provavelmente o corte possivel é bem superior aos 30%, ou seja bem superior aos 580M€
11- Transportes e comunicações privatizar o que se conseguir o que não se conseguir não permitir as greves que acima de tudo têm um impacto na economia brutal. A poupança efectiva pode não ultrapassar os 20% mas em termos indirectos (com a eliminação das greves) o efeito pode ser de largas centenas de milhão. Resultado: uma poupança de 500M€ parece-me conservadora.
12- Serviços culturais recreativos e religiosos: não compete ao estado. Corte de 100%. Cerca de 300M€
13- Serviços gerais da administração pública- não sei bem o que isto é. Assumo que aqui não consigo fazer cortes para excluir qualquer excesso de optimismo:
14- não percebo onde estão os municipios: a redução de 50% do numero de municipios e de 66% das juntas de freguesia avançava. A consequente redução de funcionarios e de duplicação de funções bem como a eliminação de cargos decisivos e politicos locais eliminariam uma porção substancial significativa da corrupção nacional. O efeito direto e indirecto é inestimável mas provavelmente superior a todos os que tenho vindo a referir até aqui
15-Faltou-me a rubirca habitação e serviços colectivos que não percebo o que é e tem um impacto pouco significativo
16- Faltou a segurança e ordem publicas: como é obvio em situação de crise é complicado cortar aqui. O único corte com significado seria a fusão das polícias e eliminação de tarefas duplicadas com consequente melhoria de serviço. a poupança em relação aos valores de 2011 provavelmente seria baixa.
17- Não sei onde estão os tribunais: aqui poupança não será a parte fácil por aumento da celeridade e prioridade nos processos comerciais aumentaria a competitividade da economia. Efeito orçamental não estimavel
15- Juros: Temos 15000m€ (salvo erro) em reservas de ouro. Se utilizados para retirar divida publica a preços de mercado poder-se ia talvez conseguir em média uma poupança de 10% anuais em juros (claro que agora as yields estão mais baixas.era muito melhor ter feito isso quando estavam em 20%). Poupança em juros 1500M€
16-Juros: com as poupanças e redução da divida publica referida conseguiriamos melhorar as taxas de financiamento. A curto prazo o efeito seria curto. Dou 120M€ para aqui para arredondar:)
Poupança total na despesa: 12500M€ mais alguns efeitos não estimáveis devido ao seu impacto ser maioritariamente indirecto. o aumento no numero de desempregados (pagos a 75% como todos os outros) podia ser mais do que compensado por medidas de redução da carga fiscal por exemplo e pelas áreas que não abordei e alterações na administração local que não estimei
Elias Escreveu:
Pois é... para procurar esta informação há pouca gente disposta, porque dá muito trabalho e é uma maçada... ver novelas e futebol é mais giro.
joaoventura Escreveu:Boas Elias,
acerca desse "problema", a conclusão a que cheguei é que isso acontece porque a cabeça das pessoas não dá para tudo, e porque a procura de informação consome tempo..
Algumas pessoas gostam mais de um determinado tipo de assuntos, outras de outros, e é assim que o mundo é feito.
Eu, por exemplo, tenho muitos hobbies e gostos, entre os quais os assuntos relacionados com economia e, por arrastamento, da envolvente económica e política. Mas gasto muito tempo a manter-me actualizado com toda a informação que há por aí. Como o tempo é finito, muitos detalhes ficam-me por esclarecer. Se gasto mais tempo nestes assuntos, tenho menos tempo disponível para os meus restantes hobbies e fico desactualizado nessas áreas.
Como tal, invés de ignorância "auto-infligida" na população em geral, prefiro acreditar que há é excesso de informação desorganizada.
Se as pessoas não apreciam este tipo de assuntos, não se vão dar ao trabalho de "escavar" no meio de tanta informação..
Elias Escreveu:As pessoas querem é pão e circo. E futebol, touradas e telenovelas.
Elias Escreveu:Pois é... tens um país de gente ignorante e parcialmente analfabeta.
(...)
Nada disso. As pessoas nem sequer querem saber disso para nada. As pessoas querem é pão e circo. E futebol, touradas e telenovelas.
richardj Escreveu:Elias Escreveu:richardj Escreveu:o maior problema é que as pessoas não sabem bem quanto e em que é que o estado gasta.
Esses dados estão disponíveis publicamente no site da DGO.
Eu diria antes que muitas pessoas não estão sequer interessadas em saber mais sobre o tema.
Elias, fazes-me rir, entras por esse portugal fora e perguntas às pessoas o que é a DGO, ah ah imagino as respostas. Quanto mais "consultar" pela "internet".![]()
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altrio Escreveu:Elias Escreveu:Eu diria antes que muitas pessoas não estão sequer interessadas em saber mais sobre o tema.
Nem discuti-lo.
Em relação à questão primordial se se deve aumentar a receita ou diminuir a despesa, a generalidade das pessoas inclina-se para a última, mas por nenhuma razão em especial, excepto "ser mais fácil".
Discutir o que é (mais próximo do) ideal, não lhes interessa.
Já agora, podemos levar a discussão ao limite, para ver como o argumento geralmente utilizado é absurdo: que se corte absolutamente tudo. O défice vai imediatamente para 0 (se se mantiverem alguns impostos até fica negativo). Ficaríam os portugueses numa situação melhor?
altrio Escreveu:Sim, o tópico é para discutir um orçamento zero, ou seja, em que a despesa é igual à receita.
Depois perguntei, mas quanto? E respondem-me: igual.
altrio Escreveu:Koreano Escreveu:Só defendo que no estado se actue da mesma forma que na vida real. Na empresa, quando não há crédito, gasta-se o que se factura ou vai-se à falência. Em casa, quando não há crédito, gasta-se o que se recebe e não há mais. E em qualquer dos casos, se o que há não chega, que se vendam os aneis. No caixão ninguém os vê.
Então, na vida real, alguém que não tem dinheiro para as despesas e se mexe para arranjar mais dinheiro está a optar por um caminho errado? O que deveria fazer era simplesmente gastar menos?
Elias Escreveu:richardj Escreveu:o maior problema é que as pessoas não sabem bem quanto e em que é que o estado gasta.
Esses dados estão disponíveis publicamente no site da DGO.
Eu diria antes que muitas pessoas não estão sequer interessadas em saber mais sobre o tema.
Elias Escreveu:Eu diria antes que muitas pessoas não estão sequer interessadas em saber mais sobre o tema.
richardj Escreveu:o maior problema é que as pessoas não sabem bem quanto e em que é que o estado gasta.
Koreano Escreveu:Só defendo que no estado se actue da mesma forma que na vida real. Na empresa, quando não há crédito, gasta-se o que se factura ou vai-se à falência. Em casa, quando não há crédito, gasta-se o que se recebe e não há mais. E em qualquer dos casos, se o que há não chega, que se vendam os aneis. No caixão ninguém os vê.
altrio Escreveu:Sim, o tópico é para discutir um orçamento zero, ou seja, em que a despesa é igual à receita.
Depois perguntei, mas quanto? E respondem-me: igual.
A resposta que me deste é assim, completamente vazia.
Koreano Escreveu:altrio Escreveu:Koreano Escreveu:altrio Escreveu:Porquê? Qual é a percentagem ideal do PIB que deve ser canalizada para a despesa?
A percentagem do PIB que equivale à receita...?![]()
Ou vamos continuar a brincar aos défices?
É esse o único critério? Tão bom é um orçamento com 1% de despesa e 1% de receita, como um orçamento com 70% de despesa e 70% de receita?
Tu é que trouxeste o critério da % do PIB à baila...
O tópico não é para discutir um orçamento zero?
Ora a tua pergunta, neste enquadramento, só pode ter a resposta que te dei...![]()