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MensagemEnviado: 29/9/2012 15:59
por PMACS
A-330 Escreveu:O problema é mesmo esse.

As pessoas pagam 20 euros por um CD. Desse montante os artistas ficam com no máximo 2 euros.E isso são os bons artistas.Alguns não chegam a ficar nem com 1.

O maior afetado com a pirataria são as gravadoras ,até porque é um negócio que tende a desaparecer.Para que se quer um CD físico hoje? Eu mesmo ripei todos os meus e tenho tudo no media center.

A net, se por um lado diminui a receita dos artistas com CDs, não é o fim do mundo para todos.Só para os muito conhecidos.Muitos foram promovidos e se tornaram mais conhecidos na net , podem vender CDs na net e tem que fazer mais concertos.

Um dos problemas é que também no mundo artístico está havendo mais e mais concorrência. Antes eram uma meia dúzia, hoje são milhares a disputar o mesmo mercado.Ficar conhecido está a ficar mais e mais difícil , mesmo que não houvesse internet.

A330


Algumas bandas vendem as suas musicas no seu próprio
site ou noutro independente e nem alinham em grandes editoras pois também já perceberam que são roubadas!

http://br.wwwhatsnew.com/2011/05/vibede ... -seus-fas/

MensagemEnviado: 29/9/2012 11:02
por Pemides
Dentro de uns mesitos vamos ter um novo player na indústria, o MegaBox, fundado pelo Kim Dotcom, o fundador do Megaupload. Promete pagar aos artistas 90% dos ganhos. Agora é que as big labels vão ter ainda mais motivos para gastarem mais uns milhões em lobying para forçar mais um ataque legal ao tipo, provalmente de forma ainda mais forçada e duvidosa do que o último onde mandaram a baixo o megaupload e o prenderam :roll:

http://torrentfreak.com/kim-dotcom-teas ... ts-120926/

MensagemEnviado: 29/9/2012 4:17
por atomez
elreidom Escreveu:(sempre é melhor do que sugerir a venda de t-shirts!)


Meramente irónico.

MensagemEnviado: 29/9/2012 2:19
por Heisenberg
Atomez Escreveu:Mudem o modelo de negócio.

Quem tem a perder não são os artistas nem o público, antes pelo contrário, quem perde são as editoras que funcionam como intermediários e ficam com a maior parte dos lucros.

A internet serve para isto mesmo -- desintermediação, pôr em contacto produtores com consumidores de forma mais direta e mais barata.



Dito assim até parece muito bem (sempre é melhor do que sugerir a venda de t-shirts!), mas o exemplo do Spotify é muito mau, já que é tudo menos "pôr em contacto produtores com consumidores de forma mais directa" ou acabar com intermediários que "ficam com a maior parte dos lucros".

O Spotify é na verdade mais um intermediário, que se coloca entre o consumidor e a editora e paga virtualmente nada aos artistas que o alimentam. Convenhamos que, para um serviço disponibilizar milhões de músicas ao preço da chuva, alguém tem de ficar com o buraco.

O modelo de negócio já mudou, tem mudado muito. A edição física cada vez mais divide o espaço com a edição digital, e já há muitos artistas que abdicam do formato físico em CD. É melhor? Para muitos talvez. Para quem se interessa somente pelos êxitos das playlists, tudo bem. Para quem gosta de ser surpreendido por um disco para além dos singles, a coisa já é menos linear (mas ainda possível). Por outro lado, as grandes editoras tinham a tradição de usar as bandas mais lucrativas para alimentar etiquetas onde muito se apostava nos novos valores desconhecidos, e havia um verdadeiro trabalho de "editor", pesquisando, reunindo e apresentando ao público uma selecção de artistas que de outro modo não nos chegaria (e com a internet não é líquido que chegue, já que a profusão de oferta, apesar das vantagens que tem, torna também mais difícil que algo se destaque senão pela quantidade de downloads, e menos vezes pela opinião de uma crítica mais ou menos confiável). Agora, as grandes deixaram de acreditar nesse serviço cultural e centram-se naquilo que é lucrativo, como quem se agarra desesperadamente às bóias salva-vidas em vez de tentar nadar para longe do navio a naufragar. Esse papel ficou com as independentes, que trabalham por gosto e sem lucro, mas que são muitíssimo mais vulneráveis aos downloads ilegais. Se ficamos sem isso e nos entregamos aos tais serviços cuja grande qualidade é disponibilizarem não sei quantos milhões de músicas, o prejuízo cultural é enorme. O que nos vai valendo é que as tais independentes trabalham mesmo no prejuízo, aquilo não precisa de modelo de negócio nenhum porque não é negócio. Até ver.

A coisa não pode ser vista a preto e branco.

MensagemEnviado: 29/9/2012 1:52
por A330-300
O problema é mesmo esse.

As pessoas pagam 20 euros por um CD. Desse montante os artistas ficam com no máximo 2 euros.E isso são os bons artistas.Alguns não chegam a ficar nem com 1.

O maior afetado com a pirataria são as gravadoras ,até porque é um negócio que tende a desaparecer.Para que se quer um CD físico hoje? Eu mesmo ripei todos os meus e tenho tudo no media center.

A net, se por um lado diminui a receita dos artistas com CDs, não é o fim do mundo para todos.Só para os muito conhecidos.Muitos foram promovidos e se tornaram mais conhecidos na net , podem vender CDs na net e tem que fazer mais concertos.

Um dos problemas é que também no mundo artístico está havendo mais e mais concorrência. Antes eram uma meia dúzia, hoje são milhares a disputar o mesmo mercado.Ficar conhecido está a ficar mais e mais difícil , mesmo que não houvesse internet.

A330

MensagemEnviado: 28/9/2012 23:06
por atomez
Mudem o modelo de negócio.

Quem tem a perder não são os artistas nem o público, antes pelo contrário, quem perde são as editoras que funcionam como intermediários e ficam com a maior parte dos lucros.

A internet serve para isto mesmo -- desintermediação, pôr em contacto produtores com consumidores de forma mais direta e mais barata.

How Musicians Make Money On Spotify

The streaming music service Spotify has garnered some 2 million users in the U.S. since its introduction a little over a year ago. The service includes many big acts like Katy Perry, but many musicians have mixed feelings about it. Some, like Adele and Coldplay, resisted putting new albums on Spotify, citing the service's low royalty payments to musicians. Others, like the Black Keys, won't allow full albums on the service at all.

The independent musician Erin McKeown has her albums on Spotify, and because she doesn't have a label, she gets all of the royalty money the service pays out every time someone plays one of her songs. McKeown asked her accountant to figure out how much money she was making. The answer was $0.004 per play — not much at all. McKeown says most of the money she sees from online activity comes from iTunes downloads.

"For me, most people go to iTunes," she says. "I'm paid fairly from iTunes. My entire catalog is represented."

She worries that her fans will stop buying downloads of her songs and listen to her free on Spotify without realizing they're not supporting her as much financially.

"I think a lot of people who used to buy music at full price use Spotify," McKeown says, "maybe because they don't know or maybe because it's a great service on the consumer side."

Executives at Spotify see it differently. Ken Parks, the company's chief content officer, says the service isn't cannibalizing digital downloads but instead luring people away from such unauthorized file-sharing sites as Pirate Bay. Both Spotify and Pirate Bay were born in Sweden, a country, Parks says, famous for its love of file sharing.

"Piracy was sort of ingrained in that culture," he says. "But now Spotify is ingrained in that culture in a way that's reduced piracy greatly. It's removed the incentive to pirate."

Spotify's database includes millions of songs, which listeners can access free on a computer if you don't mind a few ads. For $5 a month, subscribers can eliminate the ads, and for $10, they can access the service via mobile devices.

Parks says Spotify has around 15 million users worldwide, though he wouldn't break down the numbers by country. However, a document leaked to NPR shows over 1 million users in Sweden alone — not bad for a country of just 9.5 million people.

"Two years ago, the ... debate about downloading illegal music was a really hot topic in Sweden," says Mattias Lovkvist, the CEO of the independent Swedish label Hybris Recordings. "Now it's completely cold. Nobody talks about it anymore."

Lovkvist says what's even more significant is that around 90 percent of Swedish users have upgraded from the free Spotify service to one of the paid levels. He says artists get a higher royalty rate when paid subscribers stream their songs, and at least one Hybris musician, the singer Jonathan Johansson, is making a substantial amount of money from Spotify. Johansson sells out theaters in Sweden, and Lovkvist says the singer made $20,000 in royalties from Spotify the first week his most recent album came out.

"People actually go to Spotify to check out new artists," Lovkvist says. "All the kids listen to Spotify."

...

Still, an independent artist like McKeown says she'll stay on Spotify because that's where the fans are going.

"My goal as an artist is to be as available as possible to as many people as possible," she says.

McKeown notes that at least Spotify pays better than one even more popular service — YouTube.

Re: Eu jaa sei...

MensagemEnviado: 28/9/2012 15:03
por artista1939
bboniek00 Escreveu:...aqueles juiizes sempre a bombar nos emules e o catano...

eles arrazam os autores da prac,a portuguesa, acabam todos a cantar o fado da desgrac,adinha nas escadinhas do Lavra.


:lol:

MensagemEnviado: 28/9/2012 12:41
por Heisenberg
Lion_Heart Escreveu:
Atomez Escreveu:De repente começaram a ficar com bom senso.

A indústria musical e cinema estão a dar um tiro no pé ao andarem a perseguir os seus fans. Sim, se copiam é porque gostam do produto!

Mudem mas é de modelo de negócio, façam mais espetáculos ao vivo e vendam mais tshirts.


Vendam os dvd e blue ray mais baratos, afinal custam cêntimos. E tudo uma questão de coerência.


Felizmente os vossos comentários sobre bolsa não são tão levianos como estes, senão o fórum valeria bem menos do que vale.

Eu jaa sei...

MensagemEnviado: 27/9/2012 21:55
por bboniek33
...aqueles juiizes sempre a bombar nos emules e o catano...

eles arrazam os autores da prac,a portuguesa, acabam todos a cantar o fado da desgrac,adinha nas escadinhas do Lavra.

MensagemEnviado: 27/9/2012 21:45
por Lion_Heart
Atomez Escreveu:De repente começaram a ficar com bom senso.

A indústria musical e cinema estão a dar um tiro no pé ao andarem a perseguir os seus fans. Sim, se copiam é porque gostam do produto!

Mudem mas é de modelo de negócio, façam mais espetáculos ao vivo e vendam mais tshirts.


Vendam os dvd e blue ray mais baratos, afinal custam cêntimos. E tudo uma questão de coerência.

MensagemEnviado: 27/9/2012 21:41
por atomez
De repente começaram a ficar com bom senso.

A indústria musical e cinema estão a dar um tiro no pé ao andarem a perseguir os seus fans. Sim, se copiam é porque gostam do produto!

Mudem mas é de modelo de negócio, façam mais espetáculos ao vivo e vendam mais tshirts.

MensagemEnviado: 26/9/2012 23:17
por Heisenberg
Sem concordar com os métodos da associação que fez a queixa, não posso deixar de concordar com as críticas a este despacho do Ministério Público - que, convém notar, não é vinculativo ou definitivo.

É óbvio que a justiça portuguesa sabe que não tem capacidade para julgar praticamente o que quer que seja, não funciona de todo, e um caso destes só serviria para encravar os tribunais por muitos e longos anos, mais do que já estão. Então resolveram fazer uma fuga para a frente.

A notícia diz:

O Ministério Público refere, com base na análise que faz dos artigos do CDADC, que só em situações em que o autor (e depreende-se que mais ninguém, apesar de o CDADC referir igualmente artistas, e produtores) expressamente o proíbe se pode considerar crime a partilha pública de uma obra.

O despacho deixa ainda implícita uma crítica à forma como a ACAPOR lidou com o processo, sublinhando que a associação que representa os clubes e lojas de vídeos não apresentou qualquer documento a comprovar que os autores do(s) filme(s) proibiram a «disponibilização pública».


Qualquer pessoa que tenha discos em casa já leu a frase:
- "Proibidos a duplicação, o aluguer, o empréstimo e a utilização deste disco para execução pública e radiodifusão não autorizados."
- Ou em inglês: "Unauthorized reproduction, hiring, lending, public performance, and broadcast prohibited."

Todos os filmes têm semelhante frase no início, dizendo até que é proibido exibi-lo para grupos de amigos, ou coisa que o valha...

Portanto, como tantas vezes acontece, o Ministério Público não fez o trabalho de casa ou está ao serviço de outros interesses. Esta é a verdade.

Re: Agora é que a malta da cultura vai aos arames!

MensagemEnviado: 26/9/2012 20:27
por MarcoAntonio
artista1939 Escreveu:Copiar música e vídeos na Internet é legal
Despacho "demolidor" do Ministério Público arrisca a marcar a história da defesa dos direitos de autor em Portugal ao considerar que é lícito descarregar cópias de filmes e música em redes de Partilha de Ficheiros (P2P) em Portugal.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/copiar-musica-e ... z27baHe1xd



Pelo que percebi, o despacho sustenta-se nos seguintes artigos do CDADC:


ARTIGO 75º Âmbito

(...)

2 — São lícitas, sem o consentimento do autor, as seguintes
utilizações da obra:
a) A reprodução, para fins exclusivamente privados, em papel ou
suporte similar, realizada através de qualquer tipo de técnica fotográfica
ou processo com resultados semelhantes, com excepção das partituras,
bem como a reprodução em qualquer meio realizada por pessoa singular
para uso privado e sem fins comerciais directos ou indirectos;
b) A reprodução e a colocação à disposição do público, pelos
meios de comunicação social, para fins de informação, de discursos,
alocuções e conferências pronunciadas em público que não entrem nas
categorias previstas no artigo 7.º, por extracto ou em forma de resumo;
c) A selecção regular de artigos de imprensa periódica, sob forma
de revista de imprensa;
d) A fixação, reprodução e comunicação pública, por quaisquer
meios, de fragmentos de obras literárias ou artísticas, quando a sua
inclusão em relatos de acontecimentos de actualidade for justificada pelo
fim de informação prosseguido;
e) A reprodução, no todo ou em parte, de uma obra que tenha sido
previamente tornada acessível ao público, desde que tal reprodução seja
realizada por uma biblioteca pública, um arquivo público, um museu
público, um centro de documentação não comercial ou uma instituição
científica ou de ensino, e que essa reprodução e o respectivo número de
exemplares se não destinem ao público, se limitem às necessidades das
actividades próprias dessas instituições e não tenham por objectivo a
obtenção de uma vantagem económica ou comercial, directa ou indirecta,
incluindo os actos de reprodução necessários à preservação e arquivo de
quaisquer obras;
f) A reprodução, distribuição e disponibilização pública para fins de
ensino e educação, de partes de uma obra publicada, contando que se
destinem exclusivamente aos objectivos do ensino nesses
estabelecimentos aos objectivos do ensino nesses estabelecimentos
e não tenham por objectivo a obtenção de uma vantagem económica ou
comercial, directa ou indirecta;
g) A inserção de citações ou resumos de obras alheias, quaisquer
que sejam o seu género e natureza, em apoio das próprias doutrinas ou
com fins de crítica, discussão ou ensino, e na medida justificada pelo
objectivo a atingir;
h) A inclusão de peças curtas ou fragmentos de obras alheias em
obras próprias destinadas ao ensino;
i) A reprodução, a comunicação pública e a colocação à disposição
do público a favor de pessoas com deficiência de obra que esteja
directamente relacionada e na medida estritamente exigida por essas
específicas deficiências, e desde que não tenham, directa ou
indirectamente, fins lucrativos;
j) A execução e comunicação públicas de hinos ou de cantos
patrióticos oficialmente adoptados e de obras de carácter exclusivamente
religioso durante os actos de culto ou as práticas religiosas;
l) A utilização de obra para efeitos de publicidade relacionada com
a exibição pública ou venda de obras artísticas, na medida em que tal seja
necessário para promover o acontecimento, com exclusão de qualquer
outra utilização comercial;
m) A reprodução, comunicação ao público ou colocação à
disposição do público, de artigos de actualidade, de discussão
económica, política ou religiosa, de obras radiodifundidas ou de outros
materiais da mesma natureza, se não tiver sido expressamente reservada;
n) A utilização de obra para efeitos de segurança pública ou para
assegurar o bom desenrolar ou o relato de processos administrativos,
parlamentares ou judiciais;
o) A comunicação ou colocação à disposição de público, para
efeitos de investigação ou estudos pessoais, a membros individuais do
público por terminais destinados para o efeito nas instalações de
bibliotecas, museus, arquivos públicos e escolas, de obras protegidas
não sujeitas a condições de compra ou licenciamento, e que integrem as
suas colecções ou acervos de bens;
p) A reprodução efectuada por instituições sociais sem fins
lucrativos, tais como hospitais e prisões, quando a mesma seja
transmitida por radiodifusão;
q) A utilização de obras, como, por exemplo, obras de arquitectura
ou escultura, feitas para serem mantidas permanentemente em locais
públicos;
r) A inclusão episódica de uma obra ou outro material protegido
noutro material;
s) A utilização de obra relacionada com a demonstração ou
reparação de equipamentos;
t) A utilização de uma obra artística sob a forma de um edifício, de
um desenho ou planta de um edifício para efeitos da sua reconstrução.




e


ARTIGO 81º Outras utilizações

É consentida a reprodução:
a) Em exemplar único, para fins de interesses exclusivamente científico
ou humanitário, de obras ainda não disponíveis no comércio ou de obtenção
impossível, pelo tempo necessário à sua utilização;
b) Para uso exclusivamente privado, desde que não atinja a exploração
normal da obra e não cause prejuízo injustificado dos interesses legítimos do
autor, não podendo ser utilizada para quaisquer fins de comunicação pública
ou comercialização.


MensagemEnviado: 26/9/2012 20:25
por artista1939
Elias Escreveu:artista1939,

Que tal escrever "off-topic" no título? :wink:


My bad... :mrgreen:

MensagemEnviado: 26/9/2012 20:23
por Elias
artista1939,

Que tal escrever "off-topic" no título? :wink:

OT - Agora é que a malta da cultura vai aos arames!

MensagemEnviado: 26/9/2012 20:19
por artista1939
Copiar música e vídeos na Internet é legal
Despacho "demolidor" do Ministério Público arrisca a marcar a história da defesa dos direitos de autor em Portugal ao considerar que é lícito descarregar cópias de filmes e música em redes de Partilha de Ficheiros (P2P) em Portugal.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/copiar-musica-e ... z27baHe1xd