Página 1 de 2

MensagemEnviado: 16/9/2012 12:46
por Pantone
Tentei encontrar quantos seriam com mais de 7500 mas apenas encontrei isto:

"De acordo com os dados da Caixa Geral de Aposentações, há cerca de 2000 pensionistas com reformas cima dos 5000 euros, na maioria magistrados, juízes e médicos. No regime geral há mais de 850 reformados a ganhar mais de 5000 euros por mês."

MensagemEnviado: 16/9/2012 1:34
por Razao_Pura
Não, não é uma minoria, o plafonamento não teve efeitos retroactivos.

MensagemEnviado: 16/9/2012 1:31
por Dialmedia
tiago_ferreira Escreveu:Um pouco off-topic (ou não) mas ao reler o que escrevi, reparei que vivemos num país em que o estado paga reformas superiores a 7500€... Surreal.


A ser possível devem-se contar pelos dedos das mãos. O problema nem é tanto o Estado pagar esses montantes, até porque uma pensão dessa magnitude significa que os descontos para a SS deverão ter sido milionários. Mesmo assim não invalida a criação de tectos máximos pois por outro lado quem descontou assim tanto de certeza que deve ter recursos mais que suficientes para viver condignamente com o seu património.

O que revolta mesmo os contribuintes são determinadas classes privilegiadas que com meia dúzia de meses ou anos de trabalho recebem pensões de vários milhares de euros. E mais, não só tem este direito faraónico em termos de montante como muitos andam a trabalhar "reformados" com 40 e 50 anos e já a embolsar essa pequena pensão, não faz sentido.

Muito provavelmente em poucos anos já receberam mais em pensão do que todo o rendimento que auferiram durante o exercício do cargo que lhes deu esse direito.

Daí que esta ira popular crescente em Portugal tenha surgido após Sexta-feira pois o povo estava com grandes expectativas de ver medidas relacionadas com este tema, e não viu.

Uma medidas destes em valor até nem era muito relevante (assim contas a olho deve ser em torno dos 10M€, não?), mas transmitia a mensagem certa de que o Governo está focado na redução de gorduras via aplicação da justiça e equidade.

Cumps.

MensagemEnviado: 16/9/2012 1:00
por Pata-Hari
Não concordo, mas ok.

MensagemEnviado: 16/9/2012 0:57
por amsfsma
Pata-Hari

O facto de "ninguém" concordar reforça a minha ideia de que as medidas atingem todos, inclusive as elites que são quem têm a capacidade de "manipular o povo através dos opinion makers e comunicação social. No entanto só se houve falar na TSU que é aquilo que atinge o povo pois as elites têm vergonha de assumir o motivo pelo qual protestam e porque sabem que só ocultando as medidas que os atingem (corte nas reformas superiores a 1500 euros, impostos agravados sobre sinais exteriores de riqueza) é que poderão negociar a sua remoção e assim deixar o povo sem a sua habilidade "técnica" nas manifestações que dessa forma serão "censuradas".

MensagemEnviado: 16/9/2012 0:32
por Pata-Hari
Pelo contrário, a adesão de hoje acho que mostra que há uns a decidir algo com quem ninguém concorda. Tens é a questão do que deve ser o modelo a seguir e o impacto que essa indecisão tem em nós e na forma como somos julgados pelos outros países que são quem nos está a pagar as contas.

MensagemEnviado: 15/9/2012 23:37
por amsfsma
Já é altura de se alterar o título deste post pois já se comprovou que não corresponde à verdade.
Aliás penso que o segredo do "sucesso" das manifestações de hoje tem a ver com o facto de também as últimas medidas terem atingido as "elites" que numa solidariedade interclassicista estão a colocar o "povo" contra estas medidas. Como sempre o governo vai arranjar outra forma de aplicar medidas piores ao povo, suavizando as que aplicara às elites mas que não estão a ter a devida relevância e as elites deixarão de apoiar o povo com as suas técnicas e instrumentos de gerar rebelião e passarão a apoiar o governo no sentido de gerar conformidade e obediência!

MensagemEnviado: 15/9/2012 22:30
por Pata-Hari
rmachado Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:O comentário do suiço não é assim tão correcto. O Suiço ganha em 12 meses muito mais do que o tuga em 14. A comparação tem quer ser feita em rendimento anual.

Marco, espero que seja essa a interpretação.

E quando ao Mira Amaral, o que ele ganha em fim de carreira é indiferente, o que deveria contar é o que descontou ao longo de toda a carreira.


Pata parece que não viste serem plafonadas... :)


Tens razão.

MensagemEnviado: 15/9/2012 22:10
por Automech
Ontem no jornal das 21 na SICN foi confrangedor. O Bagão Felix, que dedicou uma vida à SS, consegue defender que um reformado tem direitos adquiridos nas pensões, não por via negocial como um trabalhador, mas porque descontou no passado. Há argumentos inacreditáveis.

A seguir vem a Maria de Belém e, claro está, também muito indignada com os cortes (pudera...).

Nada como tocar nesta malta, que nunca descontou o suficiente e que anda a esfolar os outros, para termos um coro de indignados.

MensagemEnviado: 14/9/2012 17:28
por rmachado
Pata-Hari Escreveu:O comentário do suiço não é assim tão correcto. O Suiço ganha em 12 meses muito mais do que o tuga em 14. A comparação tem quer ser feita em rendimento anual.

Marco, espero que seja essa a interpretação.

E quando ao Mira Amaral, o que ele ganha em fim de carreira é indiferente, o que deveria contar é o que descontou ao longo de toda a carreira.


Pata parece que não viste serem plafonadas... :)

MensagemEnviado: 14/9/2012 17:00
por Pata-Hari
O comentário do suiço não é assim tão correcto. O Suiço ganha em 12 meses muito mais do que o tuga em 14. A comparação tem quer ser feita em rendimento anual.

Marco, espero que seja essa a interpretação.

E quando ao Mira Amaral, o que ele ganha em fim de carreira é indiferente, o que deveria contar é o que descontou ao longo de toda a carreira.

MensagemEnviado: 14/9/2012 14:48
por Um curioso...
ul Escreveu:Entrei em contacto com um amigo belga e essa será uma vatagem, premio ,incentivo , para quem trabalhou no Congo.

A França tambem há 2 situaçoes vantajosas para quem vive na Alsácia e Lorena e ainda melhoe , nas
"région d'Outre-mer"


Um curioso... Escreveu:
ul Escreveu:

E na Belgica o ano tem apenas 12 meses.

quote]



Não é verdade. A minha mãe é pensionista da Bélgica por ter vivido no ex Congo Belga. Tem 2 pensões ambas pagas pelo estado Belga (OSSOM e ONP): uma como trabalhador independente e outra como assalariada. Da primeira recebe 12 meses mas da segunda recebe 13 (12 mais uma prestação denominada "pecule de vacances")


Não sabia :oops: . Obrigado pelo esclarecimento.
Confesso que não me passava pela cabeça esse benefício, muito distante do modo como foram tratados os portugueses que trabalharam nas ex-colónias.

MensagemEnviado: 14/9/2012 14:09
por Opcard
Entrei em contacto com um amigo belga e essa será uma vatagem, premio ,incentivo , para quem trabalhou no Congo.

A França tambem há 2 situaçoes vantajosas para quem vive na Alsácia e Lorena e ainda melhoe , nas
"région d'Outre-mer"


Um curioso... Escreveu:
ul Escreveu:

E na Belgica o ano tem apenas 12 meses.

quote]

Não é verdade. A minha mãe é pensionista da Bélgica por ter vivido no ex Congo Belga. Tem 2 pensões ambas pagas pelo estado Belga (OSSOM e ONP): uma como trabalhador independente e outra como assalariada. Da primeira recebe 12 meses mas da segunda recebe 13 (12 mais uma prestação denominada "pecule de vacances")

MensagemEnviado: 14/9/2012 13:09
por Um curioso...
[quote="ul"]


E na Belgica o ano tem apenas 12 meses.

quote]

Não é verdade. A minha mãe é pensionista da Bélgica por ter vivido no ex Congo Belga. Tem 2 pensões ambas pagas pelo estado Belga (OSSOM e ONP): uma como trabalhador independente e outra como assalariada. Da primeira recebe 12 meses mas da segunda recebe 13 (12 mais uma prestação denominada "pecule de vacances")

MensagemEnviado: 14/9/2012 12:23
por Opcard
Um exemplo de um politido europeu .


Wilfried Martens 75 anos recebe 2 500 euros mês . E na Belgica o ano tem apenas 12 meses.

Entre muitas outra funcoes publicas e privadas ele foi 13 anos 1º Ministro da Begica...

Nos paises normais a minima é o dobro e a maxima é menos de metade!

MensagemEnviado: 14/9/2012 11:55
por Heisenberg
db7 Escreveu:Uma pequena historia:

devido ao meu trabalho viajo bastante, em especial Alemanha, Suiça e Austria.

Uma dada altura em conversa com um Suiço (isto prai em 2010 ou 2011) este pergunta-me se os reformados em Portugal recebem subsidio de ferias e natal ao qual eu respondi afirmativamente.

Deu umas quantas gargalhadas e disse-me em jeito de troça: não admira nos estado que estais!


E compararam o valor anual das reformas médias?

MensagemEnviado: 14/9/2012 11:55
por Opcard
Os mais agarrrados a este sistema , estranhamente até são os partidos de esquerda.


tiago_ferreira Escreveu:
ul Escreveu:... o estado apenas deve garantir uma pensão de subsistencia para todo e qualquer cidadão em idade de reforma ou que não tenha condições físicas para garantir o seu sustento.


E quem insiste em não perceber isto é a classe política e mais abastada (Mira Amaral, Catroga, Cavaco, Campos e Cunha, etc, etc, etc).

MensagemEnviado: 14/9/2012 11:53
por MarcoAntonio
pepi Escreveu:Marco, n percebi o teu ponto


O meu ponto é que é um imposto apenas no aspecto de ser obrigatório contribuir. Contudo, como estava, o "contribuinte" mesmo para os montantes mais altos tirava de volta tudo o que contribuia e mais algum... e mesmo que ocorresse alguma injustiça, ela era sempre só aparente.

MensagemEnviado: 14/9/2012 11:51
por tiago_ferreira
ul Escreveu:... o estado apenas deve garantir uma pensão de subsistencia para todo e qualquer cidadão em idade de reforma ou que não tenha condições físicas para garantir o seu sustento.


E quem insiste em não perceber isto é a classe política e mais abastada (Mira Amaral, Catroga, Cavaco, Campos e Cunha, etc, etc, etc).

MensagemEnviado: 14/9/2012 11:49
por pepi
MarcoAntonio Escreveu:
Mesmo que os que têm vencimentos mais altos fossem prejudicados (no sentido de descontarem mais do que o que obtêm de volta, o que não é verdade!) Portugal continuaria a ser um dos países europeus onde existem maiores diferenças sociais e salariais portanto seria sempre um não assunto o tempo todo.


Marco, n percebi o teu ponto

MensagemEnviado: 14/9/2012 11:45
por Opcard
Caros Tiago_ferreira e Pepi ,

Bem hajam já somos 3 , há mais de 20 anos que é uma luta minha , o estado apenas deve garantir uma pensão de subsistencia para todo e qualquer cidadão em idade de reforma ou que não tenha condições físicas para garantir o seu sustento.

O estado devia dar condições fiscais favoráveis para os PPR.

Alem de ser uma questão de justiça , é a sustentabilidade das nossas economias que esta em causa .

Alguém me dizia:
- que para as contas de todos os países Europa ficarem equilibradas bastava um terço dos reformados .......

MensagemEnviado: 14/9/2012 11:38
por MarcoAntonio
pepi Escreveu:Concordo com o modelo suiço (julgo que em Singapura também é assim).

Enfim, as nossas contribuições para a SS são um imposto e é triste que assim seja...


Mesmo que os que têm vencimentos mais altos fossem prejudicados (no sentido de descontarem mais do que o que obtêm de volta, o que não é verdade!) Portugal continuaria a ser um dos países europeus onde existem maiores diferenças sociais e salariais portanto seria sempre um não assunto o tempo todo.

MensagemEnviado: 14/9/2012 11:37
por JMHP
pepi Escreveu:.
Enfim, as nossas contribuições para a SS são um imposto e é triste que assim seja...


Sempre foi um imposto incaputado sem opção de escolha para os contribuintes num estado democrático.

A população como sempre viveu neste regime contributivo a que chamam de "Estado Social" pensando nos mais pobres, esquece e nem interroga a justiça e a eficácia deste sistema que também serve para "subsidiar" algumas classes privilegiadas que nunca deram a efectiva contribuição.

Mas isto é assunto tabu em Portugal, logo pagamos...

MensagemEnviado: 14/9/2012 11:11
por pepi
ul Escreveu:Eu estou a fazer todo para ter boa quqlidade de vida na velhice ,mas será fruto das minhas economias .


Para a qual pagas 2 vezes...

MensagemEnviado: 14/9/2012 11:10
por pepi
tiago_ferreira Escreveu:Concordas com o modelo ou achas que a base da taxa contributiva deve ser mais baixa?


N conheço o modelo em profundidade, mas o principio agrada-me.

O Estado deverá garantir as condições mínimas de subsistência, acima disso cada individuo deverá ser responsável pelas opções que toma.