AutoMech Escreveu:Vou ler o artigo Migluso, mas parece-me que a situação é bem diferente agora. Hoje li, salvo erro na bloomberg, que o excesso de liquidez é actualmente de 900b, o que é uma coisa astronómica. E no entanto o leilão da Alemanha às moscas, passe o exagero.
Quanto ao colateral dependerá das maturidades dos passivos dos bancos. Não terá grande lógica aplicar em certificados do BCE a uma taxa e financiar-se no secundário a taxas mais altas, a não ser por necessidades pontuais de tesouraria. Se existem oportunidades para a liquidez então faz sentido que sejam canalizados para aí. A verdade é que a liquidez hoje é tal que nem a taxa zero do BCE satisfaz, nem tão pouco a dívida Alemã. Vai ter de haver mexidas aqui por parte do BCE. Estou curioso.
Os bancos que acedem a comprar esses certificados são aqueles que tem liquidez ao pontapé.
Esse program não é propriamente a pensar nos bancos espanhois ou portugueses .
Mas será de certeza para bancos alemães, franceses, holandeses...
O BCE ao comprar no secundario titulos de divida de paises intervencionados, quem serão os bancos a receber essa liquidez?
Provavelmente grandes bancos de investimento alemães e franceses.
Esses tal como os respectivos estados, financiam-se no mercado a juros baixissimos e portanto os ditos certificados serão um produto interessante para eles comprarem.
Tem risco zero e rendimento garantido.
Desta forma o BCE mete dinheiro acabado de imprimir por um lado e volta a tira-lo por outro.
Com este passo de magica comprou um activo de risco e vendeu um produto garantido.
Os bancos gostam destas cenas
No entanto a propria intervenção do BCE no secundario baixa o risco dos activos que compra.
Lindo não é?
Enfim um jogo de ilusões.
Draghi the wizard !!!
