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MensagemEnviado: 9/9/2012 14:45
por artista1939
AutoMech Escreveu:Em boa verdade ninguém obriga ninguém a pedir emprestado. Um saldo primário a zero resolve grande parte da dependência do país em relação aos credores e às suas ordens. Mas claro que é mais fácil diabolizar quem nos empresta do que fazer esse ajustamento.


Mas é tão mais fácil diabolizar quem pede emprestado sem um plano credível de pagamento ou sem a mínima vontade de o pagar... mas posso estar errado...

MensagemEnviado: 9/9/2012 14:07
por Automech
Em boa verdade ninguém obriga ninguém a pedir emprestado. Um saldo primário a zero resolve grande parte da dependência do país em relação aos credores e às suas ordens. Mas claro que é mais fácil diabolizar quem nos empresta do que fazer esse ajustamento.

MensagemEnviado: 9/9/2012 13:30
por Razao_Pura
George Soros vai intervir numa conferência na Alemanha cujo tema é a tragédia que ocorre na Europa!
Numa pequena entrevista que deu a uma TV diz que a Alemanha, se não quer ajudar os restantes países que estão em dificuldades, deve ela sair do Euro. Diz também que as recentes medidas do BCE serão benéficas o curto prazo mas más no mlp porque criam uma Europa a dois níveis, o dos credores e o dos devedores em que o grupo dos credodores "calls the shots" e o outro tem que aceitar a subjugação.
Dá que pensar.

MensagemEnviado: 8/9/2012 4:31
por Storgoff
Auto,

Estava mesmo para me ir embora .

Pois de facto O BCE recentemente baixou para 0 a taxa de deposito mas isso só reforça o que eu disse ou seja continuam pilhas de dinheiro parqueado pelos bancos no BCE a ganhar zero.
Os certificados sempre devem dar uns pozitos.
Com a vantagem para o BCE de ter o controlo temporal e quantitativo da liquidez que cativa ( retira do sistema).

A explicação que das para as yields negativas na Alemanha é uma possível.
A logica que estaria por detrás disso era a possibilidade da Alemanha voltar ao DM e haver um valorização cambial. Mas o que te garante que a Alemanha iria redenominar em DM as OT´s que vendeu em €.


Só os bancos depositarios é que podem enfiar dinheiro no BCE.
Ou seja os bancos que aceitam depósitos e dão credito e que fazem parte do espaço euro.
Esses não tem sitio mais seguro para por o dinheiro do que no BCE.
O risco de desvalorização que falas só se for cambial mas esse não faz sentido neste contexto
Um fundo de investimento que investe em títulos alemães não tem a alternativa do BCE.

È natural que este programa do Draghi venha a fazer subir o juros na Alemanha já que deixa de fazer sentido o conceito do porto seguro.

MensagemEnviado: 8/9/2012 3:48
por Automech
Storgoff Escreveu:Auto,

Por essa logica como explicas as actuais taxas Euribor?

Há muita liquidez que os bancos tem que não deriva das cedencias de liquidez do BCE.
Mas mesmo que assim seja, como explicas que grandes bancos europeus tenham varios B€ parqueados no BCE a receber o,25% de juro ?

Ou como é que explicas que se comprem titulos de divida alemã com yields negativas?

Afinal o activo mais seguro de todos são os que o BCE vende.

Como vês isto é mais intrincado do que parece à primeira vista.

O BCE ao vender os ditos certificados garante o controle e a cativaçao do dinheiro fora do mercado.
De qualquer forma estes processo de esterlização são mais complicados do que usar um simples balde de lixivia.
:lol:

A hora já vai avançada e eu tambem não sou nenhum banqueiro central
:mrgreen:


As taxas euribor é porque a taxa do BCE neste momento está em zero (e não 0.25%). Do mal o menos, pensarão alguns, daí que se o BCE quiser captar esses volumes terá de ter uma taxa minimamente competitiva (mas está amarrado ao tecto da cedência a 1%).

Taxas negativas têm mais a ver com a possibilidade da Alemanha abandonar o euro ou o euro se desfazer. Um depósito em euros no BCE comporta também ele risco de desvalorização caso as coisas deem para o torto. Idem para os certificados. Há malta que prefere fazer um seguro, oferecendo dinheiro à Alemanha, do que enfiar o dinheiro no BCE (e mesmo no ultimo leilão da Alemanha a coisa já não foi tão pacífica).

Eu espero que vocês tenham razão (era excelente) mas confesso que não estou muito optimista com o programa.

MensagemEnviado: 8/9/2012 3:32
por Storgoff
Auto,

Por essa logica como explicas as actuais taxas Euribor?

Há muita liquidez que os bancos tem que não deriva das cedencias de liquidez do BCE.
Mas mesmo que assim seja, como explicas que grandes bancos europeus tenham varios B€ parqueados no BCE a receber o,25% de juro ?

Ou como é que explicas que se comprem titulos de divida alemã com yields negativas?

Afinal o activo mais seguro de todos são os que o BCE vende.

Como vês isto é mais intrincado do que parece à primeira vista.

O BCE ao vender os ditos certificados garante o controle e a cativaçao do dinheiro fora do mercado.
De qualquer forma estes processos de esterlização são mais complicados do que usar um simples balde de lixivia.
:lol:

Bem , a hora já vai avançada e eu tambem não sou nenhum banqueiro central.
Mas qualquer duvida tambem podemos ligar ao tuga.

O Constancio talvez saiba um pouco mais da poda
:mrgreen:

MensagemEnviado: 8/9/2012 3:03
por Automech
Mas o BCE anda a ceder liquidez a 1% com colaterais (se é que se pode chamar colaterais a algumas coisas...). Ora, não faz sentido captarem via certificados acima disso (a não ser que se pressuponha que vai haver prejuízos do BCE envolvidos, como já alguém referiu). E mesmo no limite dos 1% não captarão muito, penso eu.

MensagemEnviado: 8/9/2012 2:49
por Storgoff
AutoMech Escreveu:Vou ler o artigo Migluso, mas parece-me que a situação é bem diferente agora. Hoje li, salvo erro na bloomberg, que o excesso de liquidez é actualmente de 900b, o que é uma coisa astronómica. E no entanto o leilão da Alemanha às moscas, passe o exagero.

Quanto ao colateral dependerá das maturidades dos passivos dos bancos. Não terá grande lógica aplicar em certificados do BCE a uma taxa e financiar-se no secundário a taxas mais altas, a não ser por necessidades pontuais de tesouraria. Se existem oportunidades para a liquidez então faz sentido que sejam canalizados para aí. A verdade é que a liquidez hoje é tal que nem a taxa zero do BCE satisfaz, nem tão pouco a dívida Alemã. Vai ter de haver mexidas aqui por parte do BCE. Estou curioso.


Os bancos que acedem a comprar esses certificados são aqueles que tem liquidez ao pontapé.

Esse program não é propriamente a pensar nos bancos espanhois ou portugueses .
Mas será de certeza para bancos alemães, franceses, holandeses...

O BCE ao comprar no secundario titulos de divida de paises intervencionados, quem serão os bancos a receber essa liquidez?

Provavelmente grandes bancos de investimento alemães e franceses.

Esses tal como os respectivos estados, financiam-se no mercado a juros baixissimos e portanto os ditos certificados serão um produto interessante para eles comprarem.

Tem risco zero e rendimento garantido.
Desta forma o BCE mete dinheiro acabado de imprimir por um lado e volta a tira-lo por outro.

Com este passo de magica comprou um activo de risco e vendeu um produto garantido.
Os bancos gostam destas cenas :)
No entanto a propria intervenção do BCE no secundario baixa o risco dos activos que compra.

Lindo não é?


Enfim um jogo de ilusões.
Draghi the wizard !!!
:lol:

MensagemEnviado: 8/9/2012 0:37
por artista1939
Merkel e Schauble contrariam as opiniões dos midia alemães e do próprio Weidmann.
BERLIN—Germany's government threw its support behind European Central Bank President Mario Draghi's plan to intervene in bond markets, countering criticism from German lawmakers, media and the country's central bank.

The ECB is acting "independently and within the framework of its mandate," a spokesman for German Chancellor Angela Merkel told reporters Friday, adding that the ECB's offer to buy bonds of struggling euro-zone governments is aimed at ensuring "the stability of money."

German Finance Minister Wolfgang Schäuble also backed the ECB's move, contradicting the Bundesbank's statement on Thursday that ECB bond-buying is "tantamount to financing governments by printing bank notes."

ECB officials "know very well what they have to do," Mr. Schäuble told reporters in Stockholm. "It's not the beginning of monetary financing of sovereign debt."

Berlin's support for the ECB's course is crucial for Mr. Draghi to press ahead with his plans. Germany is the largest member of the euro zone and its strongest economy. If both Ms. Merkel's government and Germany's central bank opposed the bond-buying plan, it would be all but impossible for Mr. Draghi to proceed.

Financial markets continued to bask in the afterglow of the ECB's announcement that it would intervene without limit in the teetering bond markets of countries such as Spain and Italy if they sign up for economic overhauls. Stock prices around Europe rose Friday. The yields on Italian and Spanish bonds fell, reflecting investors' greater confidence that the two countries will stay solvent. The euro rose sharply against the dollar, helped also by the weaker-than-expected jobs data in the U.S.

Stock markets in Germany, the Netherlands and Belgium rose to their highest levels in a year. The yield on Spanish 10-year bonds fell about one-third of a percentage point Friday, to 5.68%, according to FactSet. Spain's 10-year yield, an important indicator of the country's borrowing costs, had ended August at 6.83%. It had climbed above 7.5% in late July, before Mr. Draghi first signaled that the central bank would intervene to stop the downward spiral in Southern Europe's bond markets.

Italy's 10-year yield fell one-fifth of a percentage point on Friday, to 5.01%, FactSet said.

While markets welcomed the ECB's presentation of its bond-buying plan, Germany's media accused Mr. Draghi of underwriting the profligacy of Southern European governments. Mr. Draghi's promise that the ECB will be an "effective backstop" against the breakdown of euro-zone bond markets is "ludicrously wrong," said Germany's mass-circulation tabloid Bild, calling the move a "blank check for indebted states."

Mr. Draghi's claim that bond-buying is necessary to ensure that ECB monetary policy works is "far-fetched," said leading conservative newspaper Frankfurter Allgemeine Zeitung, stating: "Now there is no longer any border between monetary and fiscal policy in the euro zone."

Some lawmakers in Ms. Merkel's center-right coalition, where opposition to euro-zone bailouts is growing, also attacked Mr. Draghi for breaking with the German orthodoxy that the ECB should focus only on inflation, and that spiraling borrowing costs are a useful source of pressure on Spain and Italy to reform their finances.

But the German government's comments showed that Ms. Merkel and Mr. Schäuble are more comfortable with the ECB's strategy. That is likely to give Mr. Draghi confidence that he has enough political cover from Germany to proceed with his ambitious and risky bond-market intervention.

The chancellor and her finance minister have maintained a careful balancing act in recent weeks, signaling that they aren't opposed to Mr. Draghi's course, while also expressing solidarity for Bundesbank President Jens Weidmann, a former aide to Ms. Merkel, whose rejection of bond-buying has left him isolated on the ECB's governing council.

ECB measures have lifted euro-zone bond markets before, only to see the effect later fade. The central bank's decision in late 2011 to flood the euro-zone banking system with cheap three-year loans brought a calm to financial markets that lasted only through this year's first quarter.

Whether the latest ECB initiative achieves a more lasting effect depends partly on Southern European politicians. To obtain ECB aid, Spain must take the politically humbling step of asking for help from Europe's bailout fund and submitting to outside oversight—including, Mr. Draghi strongly suggested, from the International Monetary Fund.

Above all, the ECB and Spain must convince international investors that it is safe for them to buy large amounts of Spanish government debt again. Spain must repay about €20 billion ($25.3 billion) of bonds in late October, and needs more funds to cover its budget shortfall.

Spain progressively reduced the amount of money it raises in bond auctions as the crisis intensified in recent months. Its next debt auction, scheduled for Sept. 20, will be the first test of whether the ECB's move is a turning point in the crisis.


fonte: http://online.wsj.com/article/SB1000087 ... lenews_wsj

MensagemEnviado: 7/9/2012 16:14
por JMHP
Blue Epsilon Escreveu:Eu já deixei de acreditar nos políticos. Não interessa muito o que dizem. Às vezes é só para contrariar a oposição e vice-versa.
De palavreado estamos todos fartos.

Eu interessado nas acções. No que realmente fazem.

Ignorar o papel do BCE, que provavelmente é o que nos salva, não só é ridículo, como inconsciente.


Também gosto de ver acções e analisar os factos do que preocupar com as palavras... Mas lembra-te de que o BCE frisou bem que os países só terão ajuda do BCE se formalizarem um pedido de ajuda e executarem ajustamentos internos (austeridade e reformas).

O BCE explicou bem que... Não existem almoços grátis!

A verdadeira e boa decisão do BCE foi não ter anunciado limites na sua acção no mercado de modo que não sejam os mercados a testar a capacidade do BCE e assim controlar a especulação e manter os juros em níveis acessíveis aos países em dificuldades.

MensagemEnviado: 7/9/2012 16:06
por Blue Epsilon
VirtuaGod Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:Acho que o passos vai recusar qualquer compra da nossa divida por parte do BCE! :mrgreen:


Ele já disse várias vezes que não quer mais flexibilidade, e para todos os efeitos isto seria encarado como uma maior flexibilidade! Não me espanta que não peça ajuda ao BCE.



Eu já deixei de acreditar nos políticos. Não interessa muito o que dizem. Às vezes é só para contrariar a oposição e vice-versa.
De palavreado estamos todos fartos.

Eu interessado nas acções. No que realmente fazem.

Ignorar o papel do BCE, que provavelmente é o que nos salva, não só é ridículo, como inconsciente.

MensagemEnviado: 7/9/2012 15:57
por VirtuaGod
alexandre7ias Escreveu:Acho que o passos vai recusar qualquer compra da nossa divida por parte do BCE! :mrgreen:


Ele já disse várias vezes que não quer mais flexibilidade, e para todos os efeitos isto seria encarado como uma maior flexibilidade! Não me espanta que não peça ajuda ao BCE.

MensagemEnviado: 7/9/2012 15:44
por alexandre7ias
Há três meses, Passos estava contra as novas medidas do BCE

Pedro Passos Coelho (Foto: D.R.)
O primeiro-ministro foi claro no final de junho: "não concordo e não preciso de pedir licença a ninguém, nem em Portugal, nem na Europa"

Há menos de três meses, Pedro Passos Coelho disse que não concordava com a compra de dívida soberana por parte do Banco Central Europeu (BCE). A medida anunciada ontem por Mario Draghi tem sido acolhida como uma tábua de salvação para Portugal, permitindo aliviar a pressão sobre os juros da dívida. No entanto, num debate parlamentar em julho, o primeiro-ministro foi muito claro: "não concordo e não preciso de pedir licença a ninguém, nem em Portugal, nem na Europa."

A declaração de Passos Coelho pode ser encontrada na transcrição do debate parlamentar de dia 27 de junho deste ano, disponibilizada no site da Assembleia da República. Durante uma troca de argumentos com o líder do PS, António José Seguro, o primeiro-ministro disse recusar uma intervenção mais ativa por parte do banco central.



"O que é que o Sr. Deputado quer significar com «um papel mais ativo do BCE»? Se o Sr. Deputado, como o Partido Socialista tem vindo a expressar, entende que o BCE deve atuar em mercado secundário, com programas mais intensos, de compra de títulos de dívida soberana dos diversos países, se entende que o BCE, com um papel mais ativo, deve ser o financiador dos défices gerados pelos Estados, sendo, portanto, nessa medida, um prestamista de última instância de cada soberano da zona euro, Sr. Deputado, se é isto que entende, deixe-me dizer-lhe que não concordo e não preciso de pedir licença a ninguém, nem em Portugal, nem na Europa, para lhe dizer aquilo que penso."



Leia aqui a intervenção completa de Pedro Passos Coelho.

Estas medidas que o primeiro-ministro disse não aceitar foram exatamente aquelas que o presidente do BCE anunciou ontem, tendo provocado um efeito positivo generalizado nas bolsas e nos juros da dívida portuguesa. Os economistas concordam que este novo programa deverá facilitar bastante o regresso de Portugal aos mercados financeiros, podendo representar mesmo uma viragem na crise da zona euro.

Ainda assim, durante o debate de 27 de junho, Passos Coelho foi mais longe, argumentando que "qualquer descredibilização do papel , face àqueles que são os seus objetivos e àquele que é o seu mandato, corresponderia ao fim do euro e da União Europeia, tal como a conhecemos".

Conheça em mais pormenor a decisão do BCE.

O primeiro-ministro ainda não fez qualquer comentário desde que o BCE anunciou o novo programa e, até agora, não foi possível contactar o seu gabinete, para saber se mantém a mesma opinião.Nuno Aguiar


http://m.dinheirovivo.pt/m/article?cont ... IECO058415.

Acho que o passos vai recusar qualquer compra da nossa divida por parte do BCE! :mrgreen:

MensagemEnviado: 7/9/2012 0:51
por Automech
Vou ler o artigo Migluso, mas parece-me que a situação é bem diferente agora. Hoje li, salvo erro na bloomberg, que o excesso de liquidez é actualmente de 900b, o que é uma coisa astronómica. E no entanto o leilão da Alemanha às moscas, passe o exagero.

Quanto ao colateral dependerá das maturidades dos passivos dos bancos. Não terá grande lógica aplicar em certificados do BCE a uma taxa e financiar-se no secundário a taxas mais altas, a não ser por necessidades pontuais de tesouraria. Se existem oportunidades para a liquidez então faz sentido que sejam canalizados para aí. A verdade é que a liquidez hoje é tal que nem a taxa zero do BCE satisfaz, nem tão pouco a dívida Alemã. Vai ter de haver mexidas aqui por parte do BCE. Estou curioso.

MensagemEnviado: 7/9/2012 0:40
por migluso
AutoMech Escreveu:Mas para isso é preciso quem a compre. Ainda hoje a Alemanha não conseguiu colocar toda a dívida, apesar de haver imensa liquidez no sistema bancário.

A mim parece-me que a ideia da esterilização não vai resultar a não ser que o BCE suba as taxas de depósitos, que neste momento está em zero, aproximando-a da cedência de liquidez. E mesmo assim...


AM é possível que sim e como dizes é tudo uma questão de preço.

Mas repara o que se passou quando o BCE comprava dívida através do SMP.

Bids in last week’s ECB reverse liquidity operation to drain SMP purchases amounted to €352bn to drain €219.5bn, showing €132.5bn in additional non-invested liquidity. There is clearly a significant level of incremental liquidity since the December LTRO that is not being invested or utilised for productive purposes. This also lends weight to the argument that expectations of a significant uptake at the next LTRO may be overstated.


Mas lê também sobre a outra vantagem deste instrumento - bom colateral que os bancos podem utilizar para se financiarem no mercado interbancário.

http://ftalphaville.ft.com/blog/2012/02 ... tificates/

MensagemEnviado: 7/9/2012 0:37
por VirtuaGod
AutoMech Escreveu:Mas para isso é preciso quem a compre. Ainda hoje a Alemanha não conseguiu colocar toda a dívida, apesar de haver imensa liquidez no sistema bancário.

A mim parece-me que a ideia da esterilização não vai resultar a não ser que o BCE suba as taxas de depósitos, que neste momento está em zero, aproximando-a da cedência de liquidez. E mesmo assim...


Nos LTRO esterilizou através de depósitos mas agora pode simplesmente comprar euros no mercado (vendendo parte das reservas de dólares) por exemplo. Não te preocupes que se eles quiserem mesmo a esterilização não é coisa do outro mundo. Pode é ter bastantes mais custos do que eles estão à espera.

MensagemEnviado: 7/9/2012 0:20
por Automech
Mas para isso é preciso quem a compre. Ainda hoje a Alemanha não conseguiu colocar toda a dívida, apesar de haver imensa liquidez no sistema bancário.

A mim parece-me que a ideia da esterilização não vai resultar a não ser que o BCE suba as taxas de depósitos, que neste momento está em zero, aproximando-a da cedência de liquidez. E mesmo assim...

MensagemEnviado: 6/9/2012 23:36
por migluso
artista1939 Escreveu:Obrigado Virtuagod.

Então se tiverem que meter 1000 euros de um lado, vão tirá-lo de outro? A qual outro?


Não me querendo substituir ao Virtuagod (um colega de forum que eu muito prezo :wink: ), creio que o BCE irá emitir certificados de dívida de curto prazo (é normal ter maturidade de 1 semana, mas com o BCE a comprar dívida com maturidade até 3 anos, pode ser que o BCE aumente a maturidade dos seus certificados).

Na pág. 16 tem um exemplo muito simples.
http://www.centralbank.ie/mpolbo/mpo/Do ... %202-7.pdf

The operational features of the issuance of ECB debt certificates can be summarised as follows:
— the certificates are issued in order to absorb liquidity from the market;
— the certificates can be issued on a regular or non-regular basis;
L 111/16 EN Official Journal of the European Union 2.5.2005
— the certificates have a maturity of less than 12 months;
— the certificates are issued through standard tenders (as specified in Section 5.1);
— the certificates are tendered and settled in a decentralised manner by the national central banks; and
— all counterparties fulfilling the general eligibility criteria (as specified in Section 2.1) may submit bids for
the subscription of ECB debt certificates.

http://www.ecb.int/ecb/legal/pdf/l_1112 ... 010083.pdf

Pág. 16 e 17

MensagemEnviado: 6/9/2012 20:06
por VirtuaGod
Conheça o programa do BCE em seis passos

"5. Inflação

Todas as compras de dívida pública serão “integralmente esterilizadas”. Isso quer dizer que o BCE oferecerá depósitos ou títulos aos bancos para remover a liquidez injectada nos mercados com a compra das obrigações soberanas, neutralizando pressões inflacionistas – grande temor, sobretudo, dos alemã

MensagemEnviado: 6/9/2012 17:43
por Storgoff
Descambar???

Por causa do Weidmann?
Como se isso fosse alguma novidade...

MensagemEnviado: 6/9/2012 17:41
por Zeb_PT
Que a Alemanha estav contra estamos fartos de saber, como não vejo qq reacção nos indices dos states (que são influenciados pela barafunda europeia) possivelmente não passará de uma benigna correcção...esperemos :)

MensagemEnviado: 6/9/2012 17:35
por ee03146
Banesco Escreveu:Ooops :-k

Diário Económico Escreveu:Alemanha assume voto contra novo mecanismo de compra de dívida do BCE

Banco central da Alemanha assume voto contra novo mecanismo de compra de dívida do BCE.

O Banco central da Alemanha assumiu hoje que partiu do seu presidente, Jens Weidmann, o único voto contra a decisão do Banco Central Europeu de criar um novo mecanismo de compra de dívida.

Em comentário por e-mail noticiado pela agência Bloomberg, o Banco da Alemanha manifesta a oposição do seu governador à compra de dívida e diz mesmo que vê estas compras como "o equivalente ao financiamento dos Governos através da impressão de dinheiro".

"A política monetária arrisca-se a ser subjugada à política orçamental. Não se deve permitir que as compras [de dívida] coloquem em causa a capacidade da política monetária de salvaguardar a estabilidade de preços na zona euro", diz a mesma nota.

A decisão de criar este novo programa de compra de dívida soberana no mercado secundário, ligado às condicionalidades impostas nos programas apoiados pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e/ou do futuro fundo de resgate, o Mecanismo Europeu de Estabilidade, foi anunciada hoje pelo presidente do BCE, Mario Draghi, após a reunião mensal do Conselho de Governadores da instituição, em se decidiu manter as taxas de juro nos níveis anteriores.

Mario Draghi assumiu na conferência de imprensa onde explicou as decisões de política monetária que houve apenas um voto contra a decisão de criar este novo mecanismo, mas disse aos jornalistas que não iria avançar o nome do opositor, deixando aos jornalistas esse trabalho.

O programa será assim associado a condições e ao seu cumprimento estrito ligados a um programa completo ou parcial do FEEF/MEE, desde que esse programa inclua a possibilidade expressa dos fundos comprarem dívida no mercado primário.

Este mecanismo estará em funcionamento enquanto o BCE achar necessário, e terminará assim que os seus objetivos sejam cumpridos, podendo o BCE deixar de comprar e vender a dívida que tem no caso dos incumpridores.

Podem aceder os países que venham a ter programas de ajustamento do FEEF/MEE, e os países já sob programas da 'troika' mas apenas quando estiverem a tentar recuperar acesso aos mercados de dívida, com as transacções a focarem-se especialmente em dívida com maturidade de um a três anos, não tendo limites quantitativos.

http://economico.sapo.pt/noticias/alema ... 51242.html


ou seja, isto amanha vai descambar!!!

MensagemEnviado: 6/9/2012 17:27
por Texano Bill
Ooops :-k

Diário Económico Escreveu:Alemanha assume voto contra novo mecanismo de compra de dívida do BCE

Banco central da Alemanha assume voto contra novo mecanismo de compra de dívida do BCE.

O Banco central da Alemanha assumiu hoje que partiu do seu presidente, Jens Weidmann, o único voto contra a decisão do Banco Central Europeu de criar um novo mecanismo de compra de dívida.

Em comentário por e-mail noticiado pela agência Bloomberg, o Banco da Alemanha manifesta a oposição do seu governador à compra de dívida e diz mesmo que vê estas compras como "o equivalente ao financiamento dos Governos através da impressão de dinheiro".

"A política monetária arrisca-se a ser subjugada à política orçamental. Não se deve permitir que as compras [de dívida] coloquem em causa a capacidade da política monetária de salvaguardar a estabilidade de preços na zona euro", diz a mesma nota.

A decisão de criar este novo programa de compra de dívida soberana no mercado secundário, ligado às condicionalidades impostas nos programas apoiados pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e/ou do futuro fundo de resgate, o Mecanismo Europeu de Estabilidade, foi anunciada hoje pelo presidente do BCE, Mario Draghi, após a reunião mensal do Conselho de Governadores da instituição, em se decidiu manter as taxas de juro nos níveis anteriores.

Mario Draghi assumiu na conferência de imprensa onde explicou as decisões de política monetária que houve apenas um voto contra a decisão de criar este novo mecanismo, mas disse aos jornalistas que não iria avançar o nome do opositor, deixando aos jornalistas esse trabalho.

O programa será assim associado a condições e ao seu cumprimento estrito ligados a um programa completo ou parcial do FEEF/MEE, desde que esse programa inclua a possibilidade expressa dos fundos comprarem dívida no mercado primário.

Este mecanismo estará em funcionamento enquanto o BCE achar necessário, e terminará assim que os seus objetivos sejam cumpridos, podendo o BCE deixar de comprar e vender a dívida que tem no caso dos incumpridores.

Podem aceder os países que venham a ter programas de ajustamento do FEEF/MEE, e os países já sob programas da 'troika' mas apenas quando estiverem a tentar recuperar acesso aos mercados de dívida, com as transacções a focarem-se especialmente em dívida com maturidade de um a três anos, não tendo limites quantitativos.

http://economico.sapo.pt/noticias/alema ... 51242.html

MensagemEnviado: 6/9/2012 17:05
por EuroVerde
Se calhar já não é este ano que vão pôr juros a 0,5%

Apenas quando a inflação estiver a 2% ou menos na zona euro. :mrgreen:

MensagemEnviado: 6/9/2012 17:04
por VirtuaGod