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Caldeirão da Bolsa

Bruxelas quer mulheres a administrar empresas

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por atomez » 12/9/2012 8:57

Hmmmm... quem diria...

Economist Escreveu:The End of Men: And the Rise of Women.

Female muscle

Now is not a good time to be a man

MEN today are haunted by the “spectre of a coming gender apocalypse”, Hanna Rosin declares in her new book, “The End of Men”. How worried should they be? It is true that women are contributing more than ever to household income. They dominate university attendance around the world. In South Korea more women than men pass the foreign-service exam, which has sparked the foreign ministry to implement a minimum quota for men. In Brazil nearly a third of women earn more than their husbands, a phenomenon that has caused men to form church support-groups calling themselves “Men of Tears”.

Ms Rosin, an editor at Atlantic, whose book grew out of an article she wrote for the magazine in 2010, acknowledges that men are not about to become extinct any time soon. But women today are excelling, while men founder. As part of her research, Ms Rosin travelled to many corners of America, among them Auburn-Opelika, Alabama, where women’s median income is 40% higher than men’s, and men are encouraged to watch virtual simulations to teach them how to get jobs.

The financial crisis has been especially unkind to men: three-quarters of the 7.5m American jobs lost in the recession belonged to men and were in traditionally masculine industries, such as construction, manufacturing and finance. Manufacturing’s flight from America and the evolution of technology in the workplace have left many men jobless—and often despondent. The book is filled with anecdotes from those who are trying to make sense of what has happened to them. “Probably no one has had their wife move up the ladder as far as I’ve moved down,” says one man. Another, who is annoyed that his girlfriend earns more than he does, complains, “All the things we need to be good at to thrive in the world…are things that my female friends and competitors are better at than me.”

The argument Ms Rosin puts forward does not spell out the end of men so much as the deterioration of their condition. The new service-based economy rewards communication and adaptation, qualities that women are more likely to have. Only about 3% of men have taken over raising children full-time while their wives support their families. Instead, many men, especially young ones, have retreated into a world of video games, drinking and prolonged adolescence—a phenomenon identified in “Guyland”, a 2008 book by an American sociologist, Michael Kimmel.

But what happens to men has great consequences for women, and vice versa. Many poorer women who are not well educated are forgoing marriage, believing that a man is simply a drag and an additional mouth to feed, Ms Rosin argues. Educated, wealthier women, on the other hand, are experiencing more fulfilling relationships in which they share responsibilities with partners as each takes up slack at different times. She calls these “seesaw marriages”. One result of women’s rise is that men have more retirement income, better health and happier marriages.

Hard as Ms Rosin tries to argue that the world has embraced “matriarchy”, however, the data does not support her thesis. Only 3% of Fortune 500 bosses are women, as are only 20 of the world’s 180 heads of state. She dismisses evidence that suggests her book is inappropriately titled: “Men have been in charge for about 40,000 years, and women have started edging them out for about 40. So of course there are still obstacles at the top.” She also eschews a more nuanced approach by letting what is mostly an argument about American gender trends strive to be global. For example, she mentions that women own more than 40% of private businesses in China, and that in many countries parents prefer having a daughter. But nowhere does she acknowledge that aborting female fetuses remains a huge problem in China and India.

“The End of Men” is notable, however, for what it says about America’s thinking on women today. In another provocative article in the Atlantic, “Why Women Still Can’t Have It All”, Anne-Marie Slaughter argued that women are deluded if they think that they can have a high-flying career and a family without something giving way. Ms Slaughter used to be a senior official in the State Department, a job she recently gave up in order to spend more time with her children and return to academia. A high-powered job can be compatible with child-rearing only if a woman is wealthy, has a job with flexible hours or works for herself.

Ms Rosin also argues for greater flexibility in the workplace, but ultimately takes a more bullish line than Ms Slaughter about women’s ability to change their workplaces to suit their needs. Both young men and women of the millennial generation want more flexible work hours and see the value of working remotely. And they will seek out employers who try hard to make better work-life balance a reality.

This is not the first recession that has triggered a crisis of masculinity in America. After the recession in the early 1990s, Susan Faludi wrote “Stiffed: The Betrayal of the American Man”, which lamented that men were underworked, underachieving and undersupported. This time the story is somewhat different. Had Ms Rosin put off writing her book for a few years, she would probably have seen women’s jobs go the way of men’s. The economic dislocations that have erupted in male-dominated industries, such as construction and finance, are making their way into industries dominated by women, as governments cut back on services, teaching staff and the like. The real story about men and women is about how this economic crisis will harm both genders, and future generations.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por mcarvalho » 6/9/2012 17:38

bem.. já não sei se é uma preocupação geral (com todas as mulheres) ou uma preocupação pessoal..

aí, tens o apoio de todos os Caldeireiros :wink:
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por Pata-Hari » 6/9/2012 17:05

Marco, os cargos de direcção são os cargos de maior importancia, remuneração e poder. As mulheres servem para fazer o trabalho mas não para o representar e gerir?
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por Pata-Hari » 6/9/2012 17:01

rjac Escreveu:Pata,

ainda bem que o fim que pretendemos é o mesmo, a sério.

Mas permite-me discordar do meio que sugeres para lá chegar. Há coisas que não se conseguem mudar do dia para a noite e o que vejo hoje, não é um problema de avaliação de capacidade nem tão pouco de capacidade e tentei deixar isso bem claro no 1º post.

É uma questão de perfil e motivação. Acho que não temos mais mulheres em cargos executivos porque simplesmente não existem mais mulheres com esse perfil e motivação.

Entrando um pouco na guerra dos sexos e puxando a brasa à minha sardinha:

Pata Hari Escreveu:os dados de educação provam que deveriamos ter mais do que 50% de mulheres na gestão das empresas.


a minha licenciatura foi em gestão de empresas, não havia 50% de mulheres e os crâniozinhos das diferentes turmas e anos eram invariavelmente homens.


Olha, a minha é de economia (Nova) e no meu ano os cranios eram mulheres. Numa proporção de 3 para 1 (pode estar a falhar-me alguém...)

Se fosse uma questão de motivação ou de interesses, terias mulheres na direcção executiva de empresas vocacionadas para as humanisticas, não?
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por Elias » 6/9/2012 16:34

rjac Escreveu:
Tenho uma ideia que neste fórum podemos encontrar pessoas dinâmicas, ambiciosas, inteligentes e com capacidades ao nível tanto de gestão como de estratégia, compreensão de números, etc etc... enfim, pessoas que possuem tanto o perfil, como a motivação para poderem ser considerados aptos a enfrentar um desafio nas lides executivas. Reforço, perfil e motivação!!

Qual a % entre homens e mulheres no caldeirão? Aproxima-se dos 60-40?! Não me parece.

Será que é preciso uma lei que obrigue a frequência de mais mulheres no caldeirão?!


Esta é a realidade. Regra geral, as mulheres parecem interessar-se mais por foruns de outras temáticas, que nada têm a ver com investimento em mercados financeiros 8-)
 
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por Marco Martins » 6/9/2012 15:53

AmigosdaBolsa Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:
rjac Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:O engraçado é que o que eu retiro deste tópico é que ninguém (homem) acha que haja discriminação e ninguém (homem) propõe soluções para além de manter o status quo.

Mesmo com estatisticas, números, estudos sobre diferenças de ordenados para os mesmos trabalhos, estudos sobre a educação e as posições atingidas pelas mulheres, you name it, nenhum homem vê problema nisto.

Já as duas mulheres que apareceram no tópico, consideram que existe um problema grave e uma delas ousa (que loucura! escandalo!) concordar com uma proposta de lei que pretende reduzir a dissonância.

Espantoso.


O argumento vale para os dois lados com a agravante de que aqui, não encontraste nenhum homem a defender que devia ser 80-20 em vez de 60-40. Viste homens a defender que o género não deveria fazer parte da equação, mas sim, o mérito. Vocês é que estão a querer meter o género ao barulho.

Mas afinal queremos igualdade ou não?


já para não falar no efeito adverso que o vasco falou

jvasco27 Escreveu:...um negro que chega a uma universidade por causa de uma lei de quotas, ou uma mulher que chega a um cargo importante por causa de uma lei de quotas, serão sempre menosprezados por quem é preconceituoso, por mais mérito que tenham...


ou nunca ng se queixou dos benefícios dos estatutos que certos estudantes tiveram aquando na entrada de certos cursos?


Rjac, e como provas perante um tribunal que tens mais mérito? qual o futuro numa empresa que levaste a tribunal para provar que foste tratado injustamente? qual o futuro em qualquer empresa se levaste uma a tribunal para provar que outra te tratou injustamente?

Ou queres medir mérito por capacidade? bem, então os dados de educação provam que deveriamos ter mais do que 50% de mulheres na gestão das empresas.

O que sugeres para que o mérito seja necessáriamente e obrigatoriamente reconhecido?

Nota que eu quero O MESMO! quero que as mulheres sejam avaliadas pelo mérito e não pelo mérito ponderado negativamente pelo sexo. Só que não consigo ver outro meio de lá chegar senão pela força até que se torne hábito aavliar e promover pelo mérito que é uma coisa que está provado que não está a suceder.


Temos é de criar mais quotas:
- cursos de Eng. precisamos de quotas para mulheres, pois infelizmente a maioria são Homens.
- Temos também de criar quotas nos cursos de educação e psicologia, é só mulherio lá.
- Convém criarmos quotas na educação de infância. Praticamente só há mulheres a ensinar nos jardins de infância, temos de resolver isso.
- Agora que penso nisso 90% dos meus professores eram todas mulheres, toca a resolver isso e criar quotas. Os homens também sabem ensinar.
- E mulheres nas oficinas, raramente vejo, não pode ser. Da próxima vez quero que uma mulher me arranje o carro. Toca a criar quotas.
- e secretários? na maioria são mulheres toca a criar quotas.

Isto afinal está tudo errado e muito mal.


Pelo que vejo, se calhar as quotas só podem ser aplicadas a áreas onde não exista necessidade de trabalho... ou seja, altos cargos de direcção, política e poucos mais...

O que será que os cargos de direcção têm de diferente dos outros?!?!?
 
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por AmigosdaBolsa » 6/9/2012 15:48

Pata-Hari Escreveu:
rjac Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:O engraçado é que o que eu retiro deste tópico é que ninguém (homem) acha que haja discriminação e ninguém (homem) propõe soluções para além de manter o status quo.

Mesmo com estatisticas, números, estudos sobre diferenças de ordenados para os mesmos trabalhos, estudos sobre a educação e as posições atingidas pelas mulheres, you name it, nenhum homem vê problema nisto.

Já as duas mulheres que apareceram no tópico, consideram que existe um problema grave e uma delas ousa (que loucura! escandalo!) concordar com uma proposta de lei que pretende reduzir a dissonância.

Espantoso.


O argumento vale para os dois lados com a agravante de que aqui, não encontraste nenhum homem a defender que devia ser 80-20 em vez de 60-40. Viste homens a defender que o género não deveria fazer parte da equação, mas sim, o mérito. Vocês é que estão a querer meter o género ao barulho.

Mas afinal queremos igualdade ou não?


já para não falar no efeito adverso que o vasco falou

jvasco27 Escreveu:...um negro que chega a uma universidade por causa de uma lei de quotas, ou uma mulher que chega a um cargo importante por causa de uma lei de quotas, serão sempre menosprezados por quem é preconceituoso, por mais mérito que tenham...


ou nunca ng se queixou dos benefícios dos estatutos que certos estudantes tiveram aquando na entrada de certos cursos?


Rjac, e como provas perante um tribunal que tens mais mérito? qual o futuro numa empresa que levaste a tribunal para provar que foste tratado injustamente? qual o futuro em qualquer empresa se levaste uma a tribunal para provar que outra te tratou injustamente?

Ou queres medir mérito por capacidade? bem, então os dados de educação provam que deveriamos ter mais do que 50% de mulheres na gestão das empresas.

O que sugeres para que o mérito seja necessáriamente e obrigatoriamente reconhecido?

Nota que eu quero O MESMO! quero que as mulheres sejam avaliadas pelo mérito e não pelo mérito ponderado negativamente pelo sexo. Só que não consigo ver outro meio de lá chegar senão pela força até que se torne hábito aavliar e promover pelo mérito que é uma coisa que está provado que não está a suceder.


Temos é de criar mais quotas:
- cursos de Eng. precisamos de quotas para mulheres, pois infelizmente a maioria são Homens.
- Temos também de criar quotas nos cursos de educação e psicologia, é só mulherio lá.
- Convém criarmos quotas na educação de infância. Praticamente só há mulheres a ensinar nos jardins de infância, temos de resolver isso.
- Agora que penso nisso 90% dos meus professores eram todas mulheres, toca a resolver isso e criar quotas. Os homens também sabem ensinar.
- E mulheres nas oficinas, raramente vejo, não pode ser. Da próxima vez quero que uma mulher me arranje o carro. Toca a criar quotas.
- e secretários? na maioria são mulheres toca a criar quotas.

Isto afinal está tudo errado e muito mal.
 
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por rjac » 6/9/2012 15:37

Pata,

ainda bem que o fim que pretendemos é o mesmo, a sério.

Mas permite-me discordar do meio que sugeres para lá chegar. Há coisas que não se conseguem mudar do dia para a noite e o que vejo hoje, não é um problema de avaliação de capacidade nem tão pouco de capacidade e tentei deixar isso bem claro no 1º post.

É uma questão de perfil e motivação. Acho que não temos mais mulheres em cargos executivos porque simplesmente não existem mais mulheres com esse perfil e motivação.

Entrando um pouco na guerra dos sexos e puxando a brasa à minha sardinha:

Pata Hari Escreveu:os dados de educação provam que deveriamos ter mais do que 50% de mulheres na gestão das empresas.


a minha licenciatura foi em gestão de empresas, não havia 50% de mulheres e os crâniozinhos das diferentes turmas e anos eram invariavelmente homens.
Cpts,
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por Krupper » 6/9/2012 15:30

Pata-Hari Escreveu:Aposto que seria consensual que é inapropriado eu comentar que o meu chefe deveria ser o que tem o maior "apendice".


Mas eu sempre ouvi dizer que o tamanho não era o mais importante... :roll: :roll: :twisted:
 
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por Presa36 » 6/9/2012 15:28

Pata-Hari Escreveu:é o meu caso, sou feia, sem formação e ninguém me pega.


cás, cás, cás :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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por Pata-Hari » 6/9/2012 15:24

rjac Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:O engraçado é que o que eu retiro deste tópico é que ninguém (homem) acha que haja discriminação e ninguém (homem) propõe soluções para além de manter o status quo.

Mesmo com estatisticas, números, estudos sobre diferenças de ordenados para os mesmos trabalhos, estudos sobre a educação e as posições atingidas pelas mulheres, you name it, nenhum homem vê problema nisto.

Já as duas mulheres que apareceram no tópico, consideram que existe um problema grave e uma delas ousa (que loucura! escandalo!) concordar com uma proposta de lei que pretende reduzir a dissonância.

Espantoso.


O argumento vale para os dois lados com a agravante de que aqui, não encontraste nenhum homem a defender que devia ser 80-20 em vez de 60-40. Viste homens a defender que o género não deveria fazer parte da equação, mas sim, o mérito. Vocês é que estão a querer meter o género ao barulho.

Mas afinal queremos igualdade ou não?


já para não falar no efeito adverso que o vasco falou

jvasco27 Escreveu:...um negro que chega a uma universidade por causa de uma lei de quotas, ou uma mulher que chega a um cargo importante por causa de uma lei de quotas, serão sempre menosprezados por quem é preconceituoso, por mais mérito que tenham...


ou nunca ng se queixou dos benefícios dos estatutos que certos estudantes tiveram aquando na entrada de certos cursos?


Rjac, e como provas perante um tribunal que tens mais mérito? qual o futuro numa empresa que levaste a tribunal para provar que foste tratado injustamente? qual o futuro em qualquer empresa se levaste uma a tribunal para provar que outra te tratou injustamente?

Ou queres medir mérito por capacidade? bem, então os dados de educação provam que deveriamos ter mais do que 50% de mulheres na gestão das empresas.

O que sugeres para que o mérito seja necessáriamente e obrigatoriamente reconhecido?

Nota que eu quero O MESMO! quero que as mulheres sejam avaliadas pelo mérito e não pelo mérito ponderado negativamente pelo sexo. Só que não consigo ver outro meio de lá chegar senão pela força até que se torne hábito aavliar e promover pelo mérito que é uma coisa que está provado que não está a suceder.
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por mcarvalho » 6/9/2012 15:20

Pata-Hari Escreveu:é o meu caso, sou feia, sem formação e ninguém me pega.



e ainda por cima .. andas numa vassoura :lol: .. se tivesses um ferrari! :)
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por rjac » 6/9/2012 15:18

Pata-Hari Escreveu:O engraçado é que o que eu retiro deste tópico é que ninguém (homem) acha que haja discriminação e ninguém (homem) propõe soluções para além de manter o status quo.

Mesmo com estatisticas, números, estudos sobre diferenças de ordenados para os mesmos trabalhos, estudos sobre a educação e as posições atingidas pelas mulheres, you name it, nenhum homem vê problema nisto.

Já as duas mulheres que apareceram no tópico, consideram que existe um problema grave e uma delas ousa (que loucura! escandalo!) concordar com uma proposta de lei que pretende reduzir a dissonância.

Espantoso.


O argumento vale para os dois lados com a agravante de que aqui, não encontraste nenhum homem a defender que devia ser 80-20 em vez de 60-40. Viste homens a defender que o género não deveria fazer parte da equação, mas sim, o mérito. Vocês é que estão a querer meter o género ao barulho.

Mas afinal queremos igualdade ou não?


já para não falar no efeito adverso que o vasco falou

jvasco27 Escreveu:...um negro que chega a uma universidade por causa de uma lei de quotas, ou uma mulher que chega a um cargo importante por causa de uma lei de quotas, serão sempre menosprezados por quem é preconceituoso, por mais mérito que tenham...


ou nunca ng se queixou dos benefícios dos estatutos que certos estudantes tiveram aquando na entrada de certos cursos?
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Re: A propósito...

por pdcarrico » 6/9/2012 15:17

jvasco27 Escreveu:
pdcarrico Escreveu:Caro JVasco,

Qualquer norma que se destine a corrigir uma injustiça pode induzir a outras. Não há como produzir legislação sem efeitos secundários. Mas uma lei é boa ou má se no geral conseguir produzir um efeito que melhora mais ou menos a vida das pessoas.


Nenhuma lei pode ir contra a noção fundamental de que todos somos iguais perante a lei, independentemente de raça, género, religião, etc. A idéia de "discriminação positiva" é uma falácia, porque nenhuma discriminação pode ser justa ou positiva.

Brincar de Deus a escolher os eleitos nunca deu bom resultado, em contexto nenhum.

As leis de quotas servem principalmente aos políticos que com elas agradam sem muito esforço uma parte importante dos eleitores, sem atacar os verdadeiros problemas. E volto a dizer, servem apenas para estigmatizar mais aqueles que supostamente tentam proteger. Porque um negro que chega a uma universidade por causa de uma lei de quotas, ou uma mulher que chega a um cargo importante por causa de uma lei de quotas, serão sempre menosprezados por quem é preconceituoso, por mais mérito que tenham...

Caro,

Ninguém quer brincar de ser Deus. Mas existem selecções e os critérios têm sempre uma ponta de arbitrariedade. Uma prova define o melhor candidato para uma vaga? Alguém por ser conhecido do chefe é melhor do que os outros? E no entanto quem seleccionou não era Deus.

As quotas no Brasil apesar de apenas terem 3/4 anos já desmentem o seu argumento. Os alunos quotistas são estatisticamente melhores alunos justamente porque muito prezam a janela de oportunidade que não imaginavam possível, e via de regra vêm de escolas com piores estruturas.

Há-de sempre haver preconceituosos crónicos .. mas aí nada a fazer, azar o deles.
Editado pela última vez por pdcarrico em 6/9/2012 15:18, num total de 1 vez.
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por Pata-Hari » 6/9/2012 15:16

é o meu caso, sou feia, sem formação e ninguém me pega.
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por mcarvalho » 6/9/2012 15:13

se os votos das mulheres são iguais aos dos homens .. então os homens ganham por maoiria absoluta

.. é pena que as mulheres, não consigam mobilizar as próprias mulheres para a sua (de algumas muito poucas) luta...

Recordo-me dos movimentos feministas dos anos 60 a quem só pertenciam só as feias , tortas e encalhadas..ninguém lhes pegava...

QUANDO UMA ARRANJAVA UM HOMEM ... a primeira coisa que fazia era abandonar o movimento :mrgreen: :lol:

pata é .. meio a brincar meio a sério :wink:

para os outros Caldeireiros.. é mesmo a sério
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por pdcarrico » 6/9/2012 15:11

Pata-Hari Escreveu:O engraçado é que o que eu retiro deste tópico é que ninguém (homem) acha que haja discriminação e ninguém (homem) propõe soluções para além de manter o status quo.


Atenção ao respeito .. que eu sou muito macho :lol:
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por pdcarrico » 6/9/2012 15:11

rjac Escreveu:tentando ser o mais sucinto possível, na minha opinião, este tópico já descambou há algum tempo com argumentos que me fazem questionar se não estamos a confundir telepatia com a tia do pelé.


Que bom que vc veio para nos iluminar :shock:
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por jvasco27 » 6/9/2012 15:10

Por que não uma lei a dizer que o cargo de primeiro-ministro deve ser exercido alternadamente por homens e mulheres?

Era justo...
 
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por Pata-Hari » 6/9/2012 15:06

AmigosdaBolsa Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Directora de departamento, para mim, não quer dizer nada. Tens que explicar. O número mais importante é que tens 45% de mulheres mas ZERO na administração. Estranho, não?


E eu como dono da empresa tenho de lá colocar mulheres só porque sim. Tanta conversa com liberalização do mercado, mas depois vêm com conversas ditatoriais.

Parece-te bem obrigares-me a colocar na minha empresa mulheres só porque sim? Eu coloco se tal achar que é o melhor. Candidato a candidato. Agora o estado é que diz quem eu devo colocar? Ao contrário de todos os exemplos que utilizas de perseguição a judeus, escravos e direito de voto, neste caso tem simplesmente haver com opções dos donos das empresas. Os donos das empresas têm que ter o direito de poder escolher livremente quem pretendem. O estado mal se gere a si mesmo quanto mais gerir privados.


PS - Não tenho nenhuma empresa



O que os números mostram é que nas pequenas empresas em que TU escolhes quem lá trabalha com base nos critérios de competência para a função, a discrepancia é menor. É normal, afinal de contas as mulheres têm em média melhor formação e mais educação que os homens.

Claro está que vão haver excepções, não faz sentido num trabalho que exija força ser-se forçado a admitir mulheres no mesmo número que homens. A questão que é até agora, as leis que pretendem atingir igualdade de oportunidades e de tratamento, equidade e justiça não funcionaram.
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por Pata-Hari » 6/9/2012 15:02

O engraçado é que o que eu retiro deste tópico é que ninguém (homem) acha que haja discriminação e ninguém (homem) propõe soluções para além de manter o status quo.

Mesmo com estatisticas, números, estudos sobre diferenças de ordenados para os mesmos trabalhos, estudos sobre a educação e as posições atingidas pelas mulheres, you name it, nenhum homem vê problema nisto.

Já as duas mulheres que apareceram no tópico, consideram que existe um problema grave e uma delas ousa (que loucura! escandalo!) concordar com uma proposta de lei que pretende reduzir a dissonância.

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por AmigosdaBolsa » 6/9/2012 15:01

Pata-Hari Escreveu:Directora de departamento, para mim, não quer dizer nada. Tens que explicar. O número mais importante é que tens 45% de mulheres mas ZERO na administração. Estranho, não?


E eu como dono da empresa tenho de lá colocar mulheres só porque sim. Tanta conversa com liberalização do mercado, mas depois vêm com conversas ditatoriais.

Parece-te bem obrigares-me a colocar na minha empresa mulheres só porque sim? Eu coloco se tal achar que é o melhor. Candidato a candidato. Agora o estado é que diz quem eu devo colocar? Ao contrário de todos os exemplos que utilizas de perseguição a judeus, escravos e direito de voto, neste caso tem simplesmente haver com opções dos donos das empresas. Os donos das empresas têm que ter o direito de poder escolher livremente quem pretendem. O estado mal se gere a si mesmo quanto mais gerir privados.


PS - Não tenho nenhuma empresa
 
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Re: A propósito...

por jvasco27 » 6/9/2012 14:58

pdcarrico Escreveu:Caro JVasco,

Qualquer norma que se destine a corrigir uma injustiça pode induzir a outras. Não há como produzir legislação sem efeitos secundários. Mas uma lei é boa ou má se no geral conseguir produzir um efeito que melhora mais ou menos a vida das pessoas.


Nenhuma lei pode ir contra a noção fundamental de que todos somos iguais perante a lei, independentemente de raça, género, religião, etc. A idéia de "discriminação positiva" é uma falácia, porque nenhuma discriminação pode ser justa ou positiva.

Brincar de Deus a escolher os eleitos nunca deu bom resultado, em contexto nenhum.

As leis de quotas servem principalmente aos políticos que com elas agradam sem muito esforço uma parte importante dos eleitores, sem atacar os verdadeiros problemas. E volto a dizer, servem apenas para estigmatizar mais aqueles que supostamente tentam proteger. Porque um negro que chega a uma universidade por causa de uma lei de quotas, ou uma mulher que chega a um cargo importante por causa de uma lei de quotas, serão sempre menosprezados por quem é preconceituoso, por mais mérito que tenham...
 
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por rjac » 6/9/2012 14:56

Bom,

tentando ser o mais sucinto possível, na minha opinião, este tópico já descambou há algum tempo com argumentos que me fazem questionar se não estamos a confundir telepatia com a tia do pelé.

Tentando dar alguma proporção à coisa, será que faz sentido trazer a conversa dos negros para aqui?! É que estamos a falar de história do milénio passado (literalmente) e onde claramente havia uma luta, sim; mas por direitos que lhes estavam vetados!

Mas existe alguma lei que proíba as mulheres de pertencer a qualquer administração ou comissão executiva?

E querem-me dizer que não existe casos desses em Portugal?!

Pode existir muito compadrio nesta história de nomeações e de quem é q chega lá acima. Felizmente, já não me parece que o género seja uma delas.

Não há mais porque simplesmente não existem mais!!

Onde é que suporto a minha opinião?

Tenho uma ideia que neste fórum podemos encontrar pessoas dinâmicas, ambiciosas, inteligentes e com capacidades ao nível tanto de gestão como de estratégia, compreensão de números, etc etc... enfim, pessoas que possuem tanto o perfil, como a motivação para poderem ser considerados aptos a enfrentar um desafio nas lides executivas. Reforço, perfil e motivação!!

Qual a % entre homens e mulheres no caldeirão? Aproxima-se dos 60-40?! Não me parece.

Será que é preciso uma lei que obrigue a frequência de mais mulheres no caldeirão?!
Cpts,
rjac
 
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por PT_Trader » 6/9/2012 14:54

Pata-Hari Escreveu:Directora de departamento, para mim, não quer dizer nada. Tens que explicar. O número mais importante é que tens 45% de mulheres mas ZERO na administração. Estranho, não?
Directora de departamento é quem reporta à administração... e a administração executiva não tem 50 pessoas, longe disso, contam-se pelos dedos...
 
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