
Elias Escreveu:Daquilo que consegui descobrir até agora, há várias entidades gestoras que cobram uma "comissão financeira" sobre a gestão do fundo de pensões em valores que variam entre 1,25% e 1,5% por ano. Desconfio que este último se trata do valor máximo previsto na lei.
Entretanto também descobri que existe uma "comissão de transferência" no valor de 3%.
Dado que os fundos de pensões não podem ser resgatados antes dos 65 anos (salvo casos excepcionais previstos na lei), esta comissão de gestão irá ter lugar durante uma série de anos consecutivos. Vais encontrar rendibilidades muito variadas de fundo para fundo.
Por exemplo se o titular mantiver o fundo de pensões durante 30 anos seguidos, então 37,5% do valor ali aplicado reverterá para o banco. Como as rentabilidades destes fundos são muitas vezes modestas, mal chegando para cobrir a inflação, na prática isto significa que o dinheiro ali aplicado pode ter uma rentabilidade negativa. Ou seja, aquilo que era suposto servir para constituir uma pensão acaba na prática por constituir um rendimento para o banco, mas não necessariamente para o titular da participação no fundo.
Fica o alerta para os eventuais interessados.
Quanto à comissão de transferência, depende do fundo e do acordo à entrada. Eu, por exemplo, não paguei comissão de transferência. Quanto à comissão de gestão, ela existe sempre, pode ou não ser explícita (assim ocorre em qualquer fundo ou PPR, etc...). A melhor forma é verificar a performance líquida acumulada (numa série de 5 a 10 anos) e comparar com a inflação e/ou uma rendibilidade da aplicação sem risco - tipo DP ou similar.
